Nossas risadas ecoavam no parque junto com os gritos e as risadas das crianças. O clima estava ótimo, fresco. E pensamos que poderiam aproveitar essa tarde fazendo um piquenique e passear com o Floyd e Batman. E agora estamos aqui, em um piquenique, e Miley me contava suas aventuras que aconteceu nas suas viagens de trabalho enquanto eu estava sentada entre as suas pernas e ria das suas bobagens acariciando os pelos dos nossos bebês.
– Não ria Demi. Entrou água em mim em todos os lugares e quando digo em todos os lugares, é em todos os lugares mesmo. – Tentou soar seria, mas seu ar de riso mostrava que ela mesma achava graças nas suas travessuras.
– Ah Miley, foi engraçado, confessa. – Falei tentando recuperar o fôlego que perdi quando dei as minhas crises de risos.
– Ok, pode até ter sido engraçado mas isso não muda o fato que sai de lá toda encharcada.– Falou me abraçando mais em seus braços. – Estou com água no ouvido até hoje. – Murmurou.
– Mas também, pra que diabos você foi se inclinar perto do lago? – Perguntei virando a minha cabeça em sua direção.
– Oras para tirar fotos dos peixinhos que nadavam lá. – Falou como se fosse óbvio. – Mas como sou desastrada acabei me desequilibrado e caindo no lago com a câmera e tudo.
– Pelo menos viu os peixinhos de perto. – Falei rindo.
– Ahahahah isso foi muito engraçado senhorita da zoação. – Falou sarcástica. – Na verdade eu vi os peixes em 6D pois eu vi e senti eles entrando por baixo das minhas roupas. – Falou me causando mais risadas. – Eu só queria saber por quê as maioria deles entraram nas minhas calças. – Murmurou e eu explodi na gargalhada, mas logo tampei a minha boca para abafá-la pois sei que tenho a risada muito alta. – Isso, ria. Pode rir da minha desgraça. – Respirei fundo tentando recuperar o fôlego que perdi depois da crise de risos.
– Por que eu fui perder isso. – Falei pra mim mesma, mas também para provocá-la.
– Por que eu fui perder isso. – Me imitou com a voz ridiculamente fina. – Você está rindo porque não foi com você.
– Ainda bem né. – Falei entre risadas.
– Chata. – Resmungou, me apertando mais mais em seus braços.
– Ridícula. – Rebati rindo.
– Você é uma chata Demetria.
– Eu sei. – Ri.
– Quando é que você vai parar rir de mim? – Perguntou brincando com os meus dedos.
– Quem disse que vou parar de rir? – Ergui um sobrancelha e sorri de lado.
– Argh! Eu nem sei como eu te suporto.
– Porque você me ama e não vive sem mim. Simples assim. – Dei de ombros.
– Pior que é verdade. – Beijou a minha bochecha. – Mas você também me ama. – Deu outro beijo na minha bochecha.
– Ainda bem que isso é verdade. – Sorri e ela me beijou, só que desta vez nos lábios. Sorri entre o beijo. Não prolongamos e nem aprofundamos o beijo. Estávamos em público.
– Vai querer mais alguma coisa? – Perguntou depois que quebramos o beijo.
– Ainda tem o maravilhoso bolo de chocolate que você fez? – Perguntei já sentindo a minha boca salivar só de imaginar no maravilhoso bolo que comi uma hora atrás.
– Tem sim. – Ela se separou de mim para logo depois voltar a sentar com eu entre suas pernas e me entregar um pedaço de bolo.
Passei a comer o bolo em silêncio, apenas aproveitando o clima bom que se instalou. Sorri ao ouvir as risadas das crianças e sorri mais ainda ao imaginá-las brincando e correndo em um parque com o céu azul, com a grama verde, com bancos e árvores em volta, enquanto um senhor de idade distribuía sorvetes para as crianças e para os casais que aproveitavam o parque.
– O dia deve estar lindo. – Suspirei, e dei a última mordida no meu pedaço de bolo.
– Se quiser eu posso descrevê-lo pra você. – Falou apoiando a cabeça em meu ombro. – Eu posso ser os seus olhos.
– Seria maravilhoso. – Sorri e virei a cabeça escondendo o rosto na curva do seu pescoço.
– Ok... hum. Onde eu começo? – Perguntou pra si mesma e eu ri baixo. – Bom, tem uma senhora a nossa frente, aparenta não ser muito velha, sentada no banco de madeira lendo um livro. – Fechei os olhos assim que ela começou a falar, ilustrando cada palavra sua. – Há também um vendedor de pipoca e um sorveteiro. Algumas crianças estão brincando nos brinquedos que tem aqui e... ai meu Deus! – Exclamou me assustando.
– Que foi? – Perguntei preocupada.
– Um garotinho está comendo areia e terra! Cadê a mãe dessa criança?! – Soltei uma risada por causa do seu exagero.
– São crianças Miley.
– Mas eu não comia areia e muito menos terra quando eu era criança.
– Falando em crianças. A gente não visitamos mais o hospital. – Abri os olhos e me afastei um pouco dela.
– Depois de tudo que aconteceu, não tivemos tempo e nem cabeça pra isso.
– É... Miguel deve estar com saudades. – Miguel é um garoto de dez anos com tumor no cérebro. Já passou por várias cirurgias, mas assim como todos e ele sabem que o seu caso é impossível. Mas apesar de tudo, ele é um ótimo garoto. Divertido, engraçado, esperto e alegre. Eu e Miley fizemos amizades com com ele muito rápido. Ele é realmente um ótimo garoto.
– Quando tudo se resolver vamos lá, ok? – Assenti, dando um suspiro longo.
– Tudo bem. Agora continue por favor. – Falei deitando a cabeça em seu peito e voltando a fechar os olhos.
– Ok. Tem um casal na maior melação, na verdade estão quase se comendo ao nosso lado. Uma criança acabou de cair, mas ela ligou o foda-se e saiu correndo novamente. A sua mãe também não deu muita importância, pois ela voltou a conversar com a sua amiga. Tem um grupo de adolescentes à nossa esquerda bebendo e andando de skate, duas mulheres estão passeando com os seus cachorros, um homem está fazendo uma caminhada e outros adolescentes empinado pipa. Bom eu acho que é isso.
– E o clima? O céu? – Perguntei ainda de olhos fechados.
– Bom, como você pode perceber o clima está maravilhoso. O brisa está batendo nas árvores fazendo suas folhas balançarem um pouco e o céu totalmente azul, sem nenhuma nuvem e o sol destaca com o seu brilho.
– Perfeito. – Sorri com o meu pensamento.
– Não tão perfeito como você pequena. – Falou melosa.
– Isso foi clichê e muito meloso Miley. – Fiz uma careta e ela riu.
– Pior que foi mesmo. – Riu. – Eu podia trabalhar em filmes mexicanos românticos.
– Podia mesmo. – Ri sendo acompanhada por ela. – Que dia é hoje? – Perguntei depois que ficamos caladas.
– Sábado, por quê?
– Amanhã já é o tal jantar. – Revirei os olhos. – Se não fosse pela a minha vó e Sam eu não iria.
– Você não é obrigada a ir. – Acariciou a minha bochecha.
– Mas eu preciso ir. – Suspirei. – Não posso deixar esse gostinho de vitória pra a minha mamãe. – Ironizei no mamãe, mas no fundo estava sendo horrível ter essa rixa com a minha própria mãe. Sentia grande falta dela, não a de hoje, mas a antiga.
– Tudo bem, se você quer assim. – Beijou o topo da minha cabeça. – Mas saiba que vou estar com você sempre. – Sorri e ela me deu um selinho.
– Podemos ir embora? Estou cansada. – Formei um bico em meus lábios e ela riu.
– Claro. – Mordeu o meu bico.
– Ai Miley. – Fiz uma careta e ela me deu outro selinho que logo tratei de aprofundá-lo. Virei o meu corpo e segurei a sua nuca trazendo mais o seu rosto para o meu enquanto Miley fazia um carinho singelo na minha costas. Miley soltou um resmungo entre o beijo e o encerrou com um selinho.
– Que foi? – Perguntei com o cenho franzido.
– Nada, só tem gente nos olhando com cara feia. – Revirei os olhos e a puxei para mais um beijo.
– Não liga para eles, eles são um idiotas. Não sabem o verdadeiro significado de amar. — Sorri acariciando o seu rosto.
– Você tem razão. – Beijou a minha testa.
– Eu sempre tenho. – Sorri com a língua entre os dentes.
– Ok senhora dona da razão. – Riu e eu a acompanhei. – Vem, vamos embora. – Ela pegou a minha mão e se levantou me levanto junto. Esperei ela recolher as coisas e não demorou muito para tudo estar guardado. Miley segurou a minha mão entrelaçando os nossos dedos e começamos a andar para a nossa casa – que não estava muito longo do parque e com o Batman e Floyd me guiando.
– Tem notícias de Selena e Megan? – Perguntei depois de um tempo em silêncio.
– Sim, elas vão ter alta amanhã. – Soltou a minha mão e abraçou o meu pescoço e eu passei o meu braço pela a sua cintura fina.
– Ótimo, elas estavam loucas para sair daquele hospital.
– Adivinha quem está visitando elas, ou melhor Megan todos os dias no hospital? – Perguntou com ar de riso.
– Quem?
– Mini Demi. – Soltou uma risada nasal e eu franzi o cenho.
– Eu? – Perguntei desentendida.
– O quê? Não! Quer dizer, não você. A Ally. Chamo a Ally de mini Demi e você de mini Ally, sabe, é tipo uma homenagem à vocês que são baixinhas.
– Ah sim. – Assenti com a cabeça. – Então o meu apelido é mini Ally e o da Ally é mini Demi?
– Isso. – Respondeu beijando o topo da minha cabeça. Torci o boca e depois estalei a língua no céu da boca.
– Não gostei. – Fiz uma careta.
– O quê? Por quê? – Perguntou incrédula.
– Porque sim oras. – Dei de ombros. – Já não gosto quando vocês me apelidam por causa da minha altura e acredito que Ally também não. Agora essa Miles? Não dá. É muita zoação para duas pessoas só. Aposto que Ally não vai gostar nenhum pouco também quando souber disso.
– Eu gostei. Achei fofo. – Falou baixo.
– Tudo bem, vou deixar essa passar. Só não quero que você e as meninas inventam mais apelidos para mim ou para a Ally, por favor. Já temos muitos.
– Sim capitã. – Brincou me fazendo rir. – Chegamos. – Ela me puxou me fazendo apresar os passos e não demorou muito para estarmos demais casa já.
– Vou guardar as coisas. – Miley falou soltando a minha mão e eu assenti indo até o sofá e me jogando nele e fechando os olhos logo em seguida.
Por mais que a gente só tivesse andado uns dois quarteirões, eu estava morta de cansaço. Parecia que eu tinha corrido uma maratona, ou sei lá. Os me pés doíam pra caramba. O ruim de estar grávida é isso.
– Tudo bem? – Ouvi a voz da Miley me fazendo abrir os olhos.
– Não. – Um gemido de cansaço saiu da minha boca junto com a minha resposta. Miley riu e senti ela sentar do meu lado.
– Que tal tomarmos um banho quente de banheira, com direito a espuma e tudo enquanto eu faço massagens em seus pés?
– Você vai fazer isso mesmo? – Me ajeitei no sofá, sentando direito no mesmo.
– É claro, por que não?
– Smiley você é a melhor. Você é a melhor. – Deitei a minha cabeça em seu ombro. – Já disse que te amo hoje?
– Já. – Riu, acariciando o meu ombro.
– Vou dizer mesmo assim. Eu amo você.
– Você está dizendo isso por quê me ama mesmo? Ou por quê eu vou fazer massagens em seus pés? – Perguntou com ar de riso.
– Os dois. – Murmurei.
– Ok. Vem, vamos tomar um banho. – Senti um de seus braços passarem por baixo da minha coxa e a outra abraçar a minha costas e quando percebi, já está no colo de Miley e a mesma caminha acredito em direção ao banheiro do nosso quarto.
– Batman e Floyd, espero que se comportem e não comem o sofá ou qualquer outra coisa que não seja ração. – Miley disse me fazendo rir e começou a subir a escada comigo ainda em seu colo.
(...) (...)
– Pa-para Mi-Miley. – Eu ria sem parar por causa das cócegas que Miley fazia no meu pé. Estávamos tomando banho na banheira, com direito a espuma e uma playlist calma que tocava, e bom, disse Miley que ela ia fazer massagens em meus pés, mas tudo que eu recebo é uma consequência de cócegas. Eu nem sabia que eu era tão sensível nos pés.
– Por que eu deveria parar? – Perguntou rindo e sem parar com as cócegas.
– Por fa-favor. – Falei em meio à risos. – Miley se você nã-não parar eu sa-saio desse banheiro e deixo vo-você sozinha.
– Está bem, eu paro. – Ela parou com as cócegas e passou a fazer massagem em meu pé.
– Acho bom mesmo. Você só não ficaria sozinha como hoje não vai ganhar uma noite especial. – Pisquei e tentei recuperar o fôlego que perdi alguns minutos atrás.
– Como assim não vou? – Perguntou um pouco desesperada parando de massagear o meus pé. – Eu parei com as cócegas!
– É, depois de eu ter apelado. – Falei e ouvi ela bufar. – Agora continue com a massagem.
– Não. – Segurou firme o meu pé. – Eu vou continuar com as cócegas. – Completou, e em poucos segundos senti os seus dedos mexerem freneticamente em meu pé e minha gargalhada ecoou no banheiro novamente.
De repente ela parou e ficou em silêncio, enquanto eu ria baixo e tentava regular a minha respiração novamente.
– Eu amo a sua risada. – Quebrou o silêncio.
– Eu acho ela muito escandalosa. – Ruborizei, sentindo o seu olhar queimar sobre mim.
– Não, é gostosa de se ouvir. É contagiante. – Senti ela contornar a minha perna com o dedo. – Poderia ficar ouvindo ela o dia inteiro e nunca me cansaria.
– Bom, se você diz... – Dei de ombros. – Mas mesmo assim eu não gosto muito dela.
– Devia gostar. – Murmurou voltando a massagear o meu pé. – Eu gosto dela. Na verdade eu a amo. Sinceramente eu amo tudo em você. Sua risada, seu sorriso, seus lábios que eu sou completamente viciada; seu cabelo, seu queixo furado que dá vontade de morder; suas sardas, sua barriga de grávida e até os seus olhos. – Acariciou calmamente a minha perna e coxa. – Eu amo suas manias. Como você mexe no cabelo quando está nervosa ou ansiosa, ou quando torce e mexe o nariz de raiva. Ou o quanto você fica corada quando falo essas palavras para você. É fofo.
– Para Miley! – Cobri o meu rosto com as duas mãos sorrindo envergonhada.
– Eu não falei que era fofo? – Senti a água movimentar e logo suas mãos molhadas tiraram as minhas que cobriam o meu rosto. – Não precisa ficar com vergonha pequena. Já devia ter se acostumado com isso. – Beijou a minha bochecha.
– Você sabe que eu nunca vou me acostumar com isso. – Formei um bico em meus lábios e ela riu mordendo ele.
– Sim, eu sei. – Me deu um selinho. Senti ela se afastar de mim e logo depois as suas mãos voltaram a massagear o meu pé.
– Eu amo essa música. – Falei quando Faith de Sleeping At Last começou a tocar. Me deitei um pouco na banheira e fechei os olhos aproveitando aquele momento.
– Eu também. – Riu fraco. – Essa música me faz lembrar da April de Grey's Anatomy. – Completou me fazendo rir. Miley sempre foi fã de Grey's Anatomy, não me surpreendeu nada de ela ter me falado isso. Com tempo eu também passei a gostar de Grey's.
– Boba. – Joguei um pouco de água em sua direção torcendo para que tenha acertado ela.
– Errou! – Riu e eu mostrei a língua em sua direção. – Quanta maturidade Demetria.
– Falou a pessoa mais matura da face da terra. – Debochei. – E não me chame de Demetria.
– Você não reclama quando eu te chamo de Demetria quando estamos a sós em quatro paredes fazendo você sabe o quê. – Ruborizei diante das suas palavras. As vezes eu não entendo os meus hormônios. Uma hora parece que eu estou no cio e na outra qualquer coisa me faz querer enfiar a minha cabeça em um buraco e morar lá dentro.
– Você adora me deixar sem graça né? – Perguntei envergonhada, molhando um pouco o meu braço com os pingos d'água que caia dos meus dedos.
– Como eu te disse. É fofo. – Ouvi o seu celular tocar e não demorou muito para Miley atender. Esperei ela conversar com quem seja no celular e voltei a fechar os olhos, respirando fundo.
– Quem era? – Perguntei quando percebi que ela encerrou a chamada.
– Wilmer. – Suspirou pesado. – Ele perguntou se você está bem e eu disse que sim. Perguntou sobre a nossa filha e falei que ela está bem. Ele só não perguntou se eu estou bem. Ah! E mais notícias, o sol nasceu hoje. Nada de novo. – Falou sarcástica, me causando risadas.
– Ele está tentando Miley. – Ri fraco.
– Tentando não sei o que. O cara finge que eu não existo. Só fala comigo quando o assunto for sobre você e o bebê. – Pausou, soltando uma lufada de ar. – Mas é até melhor assim. Não terei que aguentar ele no meu pé.
– Então pelo menos você está tentando, não é? – Ergui as sobrancelhas.
– Eu não. – Soltou uma risada nasal. – Não sou obrigada.
– Vocês dois vivem implicando um com outro mas no fundo querem ser dois grande amigos. – A provoquei. A possibilidade de Miley e Wilmer virarem amigos é pouca. Como diz o ditado: são como cães e gatos, nenhum vai com a cara do outro, nunca foram. Eles até podem trocar algumas palavras, mas são poucas e necessárias palavras.
– Muito engraçadinha você. – Deu uma risada falsa. – Vamos parar de falar dele e vamos pensar em só nós duas e nossa filha.
–Ok, então.
– Eu estou tão ansiosa para dar um nome à ela, mas não consigo pensar em nenhum. Isso é um porre. – Senti sua mão acariciar a minha barriga e um suspiro alto saiu da sua boca.
– Espere ela nascer. Na hora você vai saber Miles. – Sorri e coloquei a minha mão em cima da sua que estava em minha barriga.
– Vamos ter um filho? – Perguntou de repente me fazendo franzir o cenho não entendo. – Quero dizer, depois que ela nascer vamos ter outro filho. Só nosso.– Senti ela se aproximar e agora ela tinha as duas mãos na minha barriga. – Eu amo muito ela, amo muito a nossa filha. É um privilégio estar fazendo parte da vida dela desde do começo, ser a segunda mãe dela. E eu sei que ela vai querer ter um irmãozinho ou uma irmãzinha para poder brincar e conversar. Então, vamos ter outro filho, um filho nosso, só do nosso sangue. Vamos esperar tudo se acalmar e vamos nos casar, criar a nossa própria vida, ter o nosso futuro, fazer o nosso futuro. – Sorri e procurei o seu rosto para logo depois puxá-la para um beijo calmo.
– Será um prazer ter um filho seu e trocar o meu sobrenome para Cyrus. – Sorri, lhe dando um selinho. – Demetria Devonne Lovato Cyrus. Isso soa tão bem.
– Senhora Demetria Lovato Cyrus. É, isso soa muito bem minha futura esposa Lovato Cyrus. – Riu e eu a acompanhei. Senti a sua mão acariciar a minha bochecha enquanto a outra continuava na minha barriga fazendo um carinho singelo naquela região. – Eu amo você, Demi. – Sua fala saiu com uma intensidade e sinceridade que me fez arrepiar. Sentia o seu olhar me queimar de forma intensa e de algum jeito ele me prendia nela. De alguma forma me conectava à ela e eu sentia o quanto ela me amava, o quanto ela dizia essas palavras com sinceridade. Eu não precisava vê-la para ter a certeza de que eu a amo da mesma forma que ela me ama.
– E eu te amo mais, Miley. – Falei séria, mostrando-lhe que estava sendo sincera. Sem mais aguentar, avancei em seus lábios, puxando-a para um beijo com calma porém com luxúria.
Uma das suas mãos foi para o meu quadril me puxando para ela e me fazendo escorregar levemente na banheira com água e espuma, enquanto a outra sua mão foi para a minha nuca, prendendo a minha cabeça junto a dela.
– Eu preciso de você, eu preciso te amar Demi. – Sua voz sussurrada e rouca me estremeceu, e os seus lábios roçando nos meus e seu membro semi-ereto encostando na minha coxa ajudou com isso.
– E eu preciso que você me faça sua e me ame. – Respondi no mesmo tom, arranhando sua nuca de leve.
Como resposta, Miley começou com as carícias. Começando os beijos pela a bochecha, descendo para o meu maxilar, para o queixo mordiscando aquele local e depois subiu para a minha boca, mordendo o meu lábio inferior e passou a ponta da sua língua nos meus lábios, para logo depois, voltar a tomar os meus lábios em um beijo. Era rápido porém profundo, quente porém apaixonado, e necessitável mas parecia que tínhamos todo tempo do mundo. Era perfeito.
Miley encerrou o beijo com um selinho, e começou a beijar novamente o meu rosto. Desta vez começou pela a minha testa, onde deixou um beijo singelo no mesmo. Depois desceu para o meu nariz, beijando a ponta dele, o seu rosto caiu levemente para o lado e um beijo foi deixado em minha bochecha e depois para o meu pescoço onde deixou um beijo sensual no mesmo me fazendo gemer baixinho.
– Miley anda logo com isso, por favor. – Falei entre suspiros e pude sentir ela sorrir entre a pele do meu pescoço o que me fez arrepiar dos pés à cabeça.
Ela não me respondeu, apenas ficou entre as minha pernas e me levantou um pouco. E um gemido manhoso e agoniado saiu da minha boca quando sua língua quente passou pelo o vão dos meus seios molhados. Em poucos segundos senti a sua língua massagear o mamilo de um dos meus seios e com isso senti uma pontada e dor de prazer no meu centro, o que fez eu me mexer inquieta em baixo dela a procura de mais contado.
Uma das suas mãos desceram pela a minha cintura e quadril e parou na minha bunda, apertando aquela região me fazendo gemer mais alto. Agarrei os seus cabelos e forcei o seu rosto contra a minha pele. Miley pousou a sua mão em um dos meus seios e tratou de massageá-lo e brincar com o mamilo, enquanto a sua boca fazia todo trabalho no outro. A cada mordia e sugada eu revira os olhos e gemia mais alto.
— Deus Demetria, como eu amo os seus seios. – Sua voz rouca sussurrou entre a minha pele. – Tão apetitosos e macios. – Passou a ponta do nariz pelo vão dos meus seios subindo até a minha clavícula e a sua mão que estava no meu seio foi para o meu pescoço arranhando a minha nuca. – Sua pele e seu cheiro natural me deixa louca. – Fez uma trilha de beijos da minha clavícula até o meu pescoço. – Me faz querê-la mais e mais. – Falou em meio a mordidas em meu pescoço. – Céus Demetria, eu não vou aguentar.
– Não aguente. — Segurei o seu rosto, a trazendo para perto do meu e mordi seu lábio o puxando entre os dentes. Desci a minha mão pelo o seu corpo e procurei o seu membro por baixo da água e quando eu o encontrei o direcionei até a minha intimidade fazendo nós duas gemer pelo o contato. – Faça. Por favor.
Miley não hesitou. Direcionou o seu pênis para a minha entrada e me penetrou lentamente até estar completamente dentro de mim, me causando uma sensação satisfatória e prazerosa por finalmente tê-la em mim por completo.
Miley passou a se movimentar lentamente até a começar a fazer movimentos mais fortes e poucos mais acelerados. Cravei as minhas unhas em seu ombros e pedi por mais, e a mesma obedeceu acelerando os seus vai e vem.
Procurei pelo os seus lábios e a beijei. A beijei com todo amor e carinho que sentia por ela e a mesma retribuiu na mesma intensidade. Parecia que o tempo parou para nós duas, como só existia nós e mais ninguém. Como o nosso beijo fosse a nossa verdadeira troca de olhares.
É sempre assim quando nos entregamos uma para a outra, quando fazíamos amor. Quantas vezes eu me entregava a ela de corpo e alma e eu sempre sentia uma nova sensação? Uma sensação boa e necessitável, e que eu poderia sentir sempre e sempre. É fato que, estar com ela é como se sentir segura. Fazer amor com ela é como acender uma faísca dentro de mim e que está prestes a se transformar em chamas. É magnífico. As vezes encaramos como apenas uma transa, mas sabemos que no fundo é algo mais que carnal. Isso ficava claro, muito mais do que claro.
– Deus Mi-Miley! – Meu corpo tremeu quando senti novamente a língua de Miley em um dos meus seios, lambendo e massageando com o mamilo do mesmo sem parar com os seus movimentos dentro de mim. – Mais... Por favor...
Miley intensificou os seus movimentos como eu avia pedido. E com um gemido longo e sofredor derreti em seu membro, fazendo assim, Miley acelerar os seus movimentos e explodir gemendo alto o meu nome com ainda eu tendo espasmos por causa do orgasmo que acabei de ter.
Miley tirou o membro de dentro de mim e afundou o seu rosto em meu pescoço se aconchegando em mim. Ficamos quietas e nesta posição até as nossas respiração voltar ao normal.
– Eu estive pensando. – Miley quebrou o silêncio com a voz levemente rouca. – De repente essa água ficou extremamente quente. – Ri do seu comentário e a abracei mais. Levei a minha mão a sua nuca, onde passei a passar a pontas dos meus dedos lentamente, mas não de uma forma erótica, era um carinho singelo.
– Por será, hum? – Perguntei com ar de riso.
– Eu sei porquê. E eu quero esquentá-la mais um pouco. – Passou a ponta da língua em meu pescoço me fazendo arrepiar.
– É tentador, mas que tal deixar pra depois? – Respondi entre suspiros.
– Pra que deixar para depois o que podemos fazer agora? – Rebateu com outra pergunta, beijando a minha bochecha e meu maxilar.
– Miley... – Gemi baixo quando sua língua entrou em contado com a minha pele novamente. Arranhei a sua nuca e abracei sua costas a puxando para mais perto de mim fazendo com que os nossos sexos se encostasse novamente, o que nos rendeu um gemido.
Arranhei sua costas e beijei seu ombro enquanto Miley se movia em cima de mim, fazendo com que seu membro roçasse na minha intimidade. Não resisti e me movi junto com ela, rebolando e jogando o meu quadril contra a ela, querendo mais contado, mais que um roçar.
– Pra quem queria pra depois está bem animadinha, não? – Sussurrou passando a ponta do seu nariz pela a minha bochecha e pescoço.
Segurei o seu rosto com as duas mãos e aproximei os meus lábios dos seus.
– Fazer o que se eu não resisto à você. – Sussurrei entre os seus lábios. Mordi seu lábio e passei a mordiscar a sua pele até chegar em seu ouvido, onde chupei o seu lóbulo. – E agora não quero que você apenas me ame, eu quero me foda. – Ouvi um gemido sofredor de Miley e sorri com efeito que causei nela. – Bem gostoso. – Completei sorrindo malicioso.
– Não parece que você estava toda envergonha algumas horas atrás. – Falou rindo e mordiscando o meu lábio inferior.
– Calada e faz o que eu mandei. – Rosnei e a puxei para um beijo apressado. Nossas línguas batalhavam dentro das nossas bocas, mas nós duas sabia que essa batalha não tinha vencedor. Arranhei o seu ombro e levei a minha mão para um dos seus seios apertando o mesmo. Miley, como resposta, levou sua mão para a minha bunda e a apertou para logo depois passar as suas unhas curtas arranhando a mesma.
Eu já estava ficando sem ar, mas estava pouco me importando. Eu só queria senti a sua boca gemendo na minha fazendo um tremor gostoso.
– Você quer que eu te ame, não é? – Perguntou com a voz baixa e senti alguns beijos calmos pela a minha clavícula. Assenti com a cabeça suspirando alto. – Mas quer também que eu te foda? – Assenti novamente, mas parece que não foi o suficiente pra ela, pois ela deu um tapa em minha coxa rosnando baixo. – Me responde direito Demetria. — Estremeci com sua voz autoritária.
– Sim, eu... – Miley não deixou eu terminar a frase, me fazendo me interromper com o meu próprio grito, mas não um grito de dor, mas sim de prazer. Miley me penetrou sem aviso algum e com força.
– Calma pequena. Eu só estou te fodendo. – Falou perto do meu ouvido. – Como você pediu. – Sua risada ao pé do meu ouvido me fez estremecer novamente.
– Cala a boca e se mexe. – Rosnei arranhando a sua costas.
– Como quiser meu amor. – E foi aí que o quadril de Miley fez todo o serviço em mim, me levando a um orgasmo intenso. E não foi o último desse dia, foi um de muitos. Muitos na nossa banheira e muitos depois na nossa cama.
Miley realmente fez o que pedi, me amou e me teve de todas outras formas possível. Apenas aproveitando uma a outra. Apenas amando, ou apenas transando. Eu diria apenas aproveitando.
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