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História One Hundred Years - 12: Passeando por Aí


Escrita por: marymravenclaw

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 13 - 12: Passeando por Aí


Fanfic / Fanfiction One Hundred Years - 12: Passeando por Aí

Terça-feira


O último horário passava de forma normal, enquanto a professora continuava a explicação aprofundada sobre a movimentação dos planetas e sua influência na interpretação da magia. Astronomia não era a melhor matéria, não era realmente necessário o uso da magia com varinhas, o que tornava a matéria um tanto enfadonha. Já os alunos de Uagadou pareciam extremamente interessados, não era para menos, a escola era a melhor de todas neste ramo, seus alunos eram, acima de tudo, renomados pelo excelente uso e manipulação da magia dos astros.


— Estou tão animada para que essa aula acabe e nós possamos voltar para nossa incrível detenção.— Ana comentou, fazendo um gesto um exagerado com as mãos e deixando seu sarcasmo bem presente no tom de voz, logo em seguida largou a pena sobre o pergaminho, fazendo algumas gotas de tinta se espalharem pela mesa e mancharem suas anotações. A garota bufou com a falta de jeito.— Por que diabos Theo não poderia ser do nosso ano?


— Talvez porque nós não somos gêmeos.— Newt comentou, olhando em volta e encarando as cores verdes do uniforme de Castelobruxo.


Alguns alunos cochilavam sobre seus livros.


Beatriz, sentada do outro lado da sala acompanhada de Tina, observava o Scamander e Ana pelo canto dos olhos, fingia anotar o que a professora dizia quando no fundo rabiscava um pergaminho com desenhos tortos, Tina estava realmente perdida em seus pensamentos mais distante que os astros da matéria.


Bia a cutucou nas costelas, fazendo-a soltar um murmúrio abafado pelas mãos da Almeida.


— O que foi?— A Goldstein perguntou em voz baixa.— Por que fez isso?


— Não, por nada.— Bia comentou.— Ainda está brava comigo porquê eu aceitei o jogo de Quadribol?


A outra garota deu de ombros.


— Porque eu não sabia que iria virar essa baderna toda, e...— ela voltou a falar mas foi interrompida pela outra.


— É passado.— ela comentou num tom indecifrável.— Agora, só terminar de cumprir o restante da detenção e fingir que nada aconteceu.


— "Fingir que nada aconteceu" significa ignorar o fato da discussão, inimizades, e voltarmos a ser amigo?— Beatriz perguntou, agora encarando os britânicos do outro da sala diretamente, fazendo com que Tina lançasse um olhar breve para os dois.


Ela deu de ombros.


Antes que pudesse falar alguma coisa a aula foi finalizada pela professora dispensando os alunos. Bia enfiou a cara nos livros por alguns instantes e então voltou a ajeitar-se na cadeira.


Tina soltou um longo suspiro imaginando o quão chatas seriam as próximas quatro horas limpando a sala dos troféus, novamente.


— Gold, minha querida.— Ana se aproximou dela sorrindo.— Animada?


Tina lhe lançou apenas um olhar sonolento.


— Não dormiu direito durante a noite?— Ana tornou a perguntar.— Ou é apenas tédio?


— Tédio.— a garota respondeu jogando a bolsa sobre o ombro direito e caminhando com Ana para fora da sala. Newt e Bea às acompanharam em silêncio.


Chegaram a sala dos troféus, onde encontraram Isa, Andrew, Theo e Leta já começando o trabalho. O garoto segurava um grande cálice, enquanto as duas meninas limpavam um pedestal. O Scamander mais velho varria o chão.

— Madame Atraso.— Theo resmungou largando a vassoura, aproximando-se de Newt e bagunçado os cabelos do mais novo.— Vamos começar com isso porque quero acabar logo.

— Se acalma Theo, ainda vamos ficar por aqui mais seis dias, não pode escapar antes do fim.— Ana resmungou.

— A detenção é de uma semana, se não terminei a limpeza eu não vou continuar depois disso.— ele resmungou em retorno.

— Se terminarmos antes vão arranjar mais alguma coisa para fazermos.— Isa os interrompeu.— Não faz sentido correr com isso.

Ana deu de ombros apanhando a vassoura que Theo havia largado e começando a varrer o lugar enquanto o garoto foi fazer outra coisa.

O resultado começava a aparecer com a falta de poeira em alguns lugares. Se o ritmo fosse mantido, conseguiriam limpar toda a sala até o final da semana.

Um relógio ao fundo badalou as oito da noite.

— Só mais uma hora.— Bia observou, colocou o espanador de lado e deixou-se cair encostada num móvel por alguns instantes.

Leta sentou-se ao lado da americana.

— Onde está Newt?— a Sonserina perguntou varrendo o lugar.— Ana, sem piadinha desta vez.— Leta riu.— Esther está em qualquer lugar desta sala limpando-a.

Ana sorriu. Era a primeira vez que a Lestrange fazia qualquer comentário sobre o assunto.

Acontece que daquela vez ambas estavam erradas.

— Vem.— Ana estendeu as duas mãos para as garotas sentadas.— Vamos ver onde Ártemis está e, quem sabe, encontremos Esty em meio à um monte de poeira e taças velhas.

Elas apanharam os instrumentos de limpeza mais uma vez. Ana piscou algumas vezes após abanar o espanador e espalhar um pouco de poeira pelo ar.

— Tem pó nos meus olhos.— a Lufana resmungou jogando o objeto no chão e fechando os olhos enquanto agarrava a manga da blusa de Theo com as duas mãos.

Theseus deu de ombros para as outras garotas enquanto Isa e Andrew se aproximavam conversando com as vassouras em mãos.

O Scamander tentou ajudar a namorada com a poeira.

— É só poeira Ana.— ele disse segurando as mãos dela.

— Eu sei que é só poeira, só diz isso porque não são os seus olhos.— ela resmunga abrindo um deles, um tanto vermelho e logo após solta um espirro.— Agora está melhor.

Ela abriu o outro olho, enxugando as bochechas com a manga da camisa.

Uma hora atrás...


Tina parou por alguns segundos a frente de um grande armário de taças, observou Ana, Leta e Theo que limpava um dos cantos, enquanto Bia parecia distraída com alguns pontos de poeira que flutuava à frente da garota e Isa havia desaparecido com Andrew por entre as prateleiras. A morena encarou a porta da sala distraída, tendo a breve visão das pontas do cachecol amarelo da Hufflepuff de esgueirar por ela.


Ponderou por milésimos de segundos se era melhor deixar que o Scamander desaparecesse fazendo sabe-le o quê ou seguí-lo e descobrir algo que não era de sua conta. Optando pela opção mais óbvia a garota largou o espanador, certificando-se de que ninguém à estava observando e caminhou até a porta disfarçadamente.

No corredor viu o Scamander se distanciar a passos apressados e desaparecer numa curva. Apressou-se tentando fazer o mínimo de barulho possível e só chegou a tempo de vê-lo desaparecer por um buraco na parede que logo se fechou revelando uma pintura de um velho magricelo.

A garota apressou-se até o quadro.

— Uma passagem.— resmungou mais para si mesma nas tentativa de fazer com que seu cérebro assimilasse e procurasse uma solução.— Onde isso vai dar?— dirigiu-se ao velho do quadro.

— Como?— a pintura lhe perguntou em retorno.

— Onde essa passagem secreta dá?— ela formulou a pergunta da melhor forma que pode.

Ela correu os olhos ao redor quadro, que agora tagarela sobre um assunto aleatório como se evitasse de dizer-lhe o que perguntara.

Havia um candelabro na parede logo ao lado, sua primeira ideia foi puxá-lo e esperar que algo acontecesse. Tentativa falha.

— Querida, não estamos num livro, não é assim que as coisas funcionam por aqui.— o velho resmungou revirando os olhos.

— Para onde essa passagem leva?— ela tornou a repetir.

— Corredor do quinto andar.— a voz do homem parecia entediada e sem paciência.

Tina apressou o passo quase correndo pelas escadas e corredores. Certamente àquela altura o Scamander já deveria ter chegado onde procurava ir.

Ao chegar ao quinto andar a Goldstein observou o lugar à procura de qualquer ser vivo por ali, e tudo que pode ouvir foram passos vindos de alguma corredor aleatório que ligava àquele.

Um desespero à invadiu, tinha certeza que aquele som metalizado era produzido pelos sapatos do zelador que tinham ponteiras de metal, encarou as paredes a procura de alguma sala, na tentativa de abri-las, uma, duas, trancadas.

Os passos se tornavam cada vez mais próximos. A garota observou o corredor notando uma porta próxima à si que tinha a certeza de que não estava ali dois minutos antes, no entanto, não era o momento de discutir se tratava-se de uma ilusão ou não, meteu a mão na trava da porta empurrando-a e surpreendendo-se com o fato de estar apenas encostada.

Se jogou do lado de dentro da sala e fechou a porta de forma quase silenciosa no exato instante que o homem velho chegou ao corredor.

Ela soltou um suspiro dando um passo atrás, ainda encarando a madeira escura. Soltou outro suspiro.

Parou por alguns instantes para ouvir enquanto o som metalizado ecoavam pelo corredor.

Ajeitou o tecido da saia cor de Cramberry e aproximou-se da porta assim que ouviu o barulho dos passos se tornar distante. Antes que pudesse abri-la foi surpreendida por um borrão escuro se atirando em sua direção e a derrubando de costas no chão.

Um ruído assustado saiu de sua garganta antes da garota fechar os olhos por alguns instantes. Passos humanos se aproximaram.

O animal parecia aninhar-se sobre seu peito e remexer a corrente de seu colar e então logo ser retirado dali.

Respirou fundo antes de abrir os olhos para poder entender o que se passava ao seu redor.


Notas Finais


Hoje não é terça, mas eu consegui terminar o capítulo e decidi postar :') ❤
Até terça 😘


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