História One Hundred Years - Amor Proibido

Suja, silenciosa e amedrontadora. Essa era a aparência da pizzaria a noite.
Pode ser meio ridículo dizer que a principal atração da pizzaria tem vida... mas é só a verdade. Tudo isso apenas aconteceu por causa de um assassino louco que matou 5 crianças sem piedade, as almas delas se infiltraram nas atrações principais e é assim que essas bestas metálicas se movem por aí.
 A algum tempo atrás eu cheguei nessa pizzaria e já notei os conflitos que existem nesse lugar... parece que atualmente, os animatronics antigos foram descartados e os novos, toys, como eu ficaram em seu lugar. Porém existe um conflito em meio a isso... a inveja excessiva nos olds e o orgulho dos toys fez com que nos dividíssemos em um grupo. Eles querem que passemos pelo o que eles passaram, e nós queremos ficar em nossos devidos lugares jogando nossa fama e conforto na cara deles. Pelo menos é isso que desejam que nós façamos.
 Puppet, ou Marionette, é o nosso líder. Sendo do grupo dos toys, devemos respeitá-lo e obedece-lo quando necessitar... o líder dos olds é o Golden Freddy, eu particularmente nunca o vi, só ouço falar sobre ele... Puppet diz que ele é um animatronic insenssível que quer comandar a pizzaria e fazer ela virar um caos, só para matar o guarda noturno... oh... pobre guarda noturno, não posso negar, eu o persigo, mas só por causa dos meus amigos... quer dizer, por causa do meu amigo, Foxy... ele é legal apesar de ficar fazendo pose...
- Mangle - Toy Freddy me tirou dos pensamentos paralelos.
- Hm? Ah, oi T. Freddy... o que foi? - Perguntei delicadamente.
- Ah, nada, eu vim ver se você está bem... já são 03:40 e você nem se moveu...
- Hm... eu não estou muito afim de atormentá-lo hoje.
- Ah, se você não vai, eu também não vou. - ele sorri amigavelmente.
- Você sabe que tem que ir... o Puppet vai ficar com raiva de você, caso não aparecer por lá...
- Que nada... ele não vai se importar, isso aqui tá falindo... logo, logo nem vai precisar de guarda noturno... eles não vão ter dinheiro pra pagar.
- Falindo? Mas já? Eu quase acabei de chegar... por que está falindo?
- Ah, por causa de uma pizzaria nova de um outro dono... um tal de William... Willton... Wellington, ah sei lá. É uma pizzaria com atrações de circo, acho que as crianças cansaram dos mesmos animais de sempre.
- Que pena...
- Não é tão ruim, afinal assim ninguém precisa mais caçar guarda noturno... - ele se aproximou de mim.
- É, tem razão - me afastei fingindo não notar a proximidade. - eu vou... eu vou para a cozinha... - eu sorri calmamente.
- Ah... tá bom - da um sorriso tentando disfarçar a decepção.
Eu andei calmamente em direção a cozinha esperando poder ficar um tempo sozinha e organizar alguns pensamentos que surgiam na minha cabeça. Mas pelo contrário, encontrei quem eu não queria encontrar. Foxy.
- Oi. - ele disse sem olhar para mim.
Eu tinha alguns pequenos problemas pessoais com o Foxy... eu gostava dele mais do que como amigo e sabia que ele sentia o mesmo que eu, porém eu ficava com raiva por ele simplesmente não admitir uma coisa dessas.
- Hm... oi - eu disse sem olhar em seus olhos também.
- Tudo bem? - ele finalmente olhou para mim.
- Interessante de sua parte se importar.
- Eu sempre me importei. - nesse momento senti minha fiação faiscar por dentro.
Mas já? Foi tão rápido assim? Não... eu não estava aqui a tão pouco tempo, já haviam se passado uns 5 meses desde que cheguei. O que posso fazer? Assim que olhei os olhos de Foxy pela primeira vez já me apaixonei perdidamente.
- Olha... - ele notou que eu estava imobilizada e chegou mais perto - talvez... eu... eu goste mais de você do que pareça...
Essas palavras foram o que eu precisava para sentir meu rosto corar, já não ligava mais para o fato de parecer estar explodindo por dentro.
Foxy puxou meu queixo com o seu gancho me fazendo olhar diretamente em seus olhos vibrantes amarelos.
- Hey... por que está com vergonha? - ele deu aquele sorriso que apenas ele sabe dar e colou seus lábios aos meus.
Eu não sabia o que fazer, só correspondi e me concentrei naquele beijo apaixonado.
Ele me abraçou com cuidado e passou as mão várias e várias vezes pelos meus cabelos brancos até nos soltarmos. Estávamos num momento digno de novela, hipnotizados com o que tínhamos acabado de fazer. Por um leve período de tempo estava tudo muito bem, havíamos esquecido de quem éramos, onde estávamos...
- Hm.
Aquela curta "palavra" simplesmente cortou todo o silêncio e emoção. Nós voltamos a realidade assim que ouvimos.
- Bonito, né? Mangle, está beijando seu rival? - Puppet disse num tom meio sarcástico.
Ficamos por alguns segundos, que pareceram horas nos encarando.
Voltar a realidade com certeza era uma coisa ruim naquele momento.