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História One Last Goodbye ( Imagine Jin BTS ) - One Last Goodbye - Capítulo Único


Escrita por: Sehy

Notas do Autor


Oie, tudo bem?

Fiz essa OS com o Jin, dedicada à minha dongs ~ShiroBlanc. Bem, você disse que gostava de drama. Só espero que... eu não tenha pegado pesado T.T
Espero que goste, amore.

E que todos gostem...

Não tive como revisar muitas vezes, então qualquer erro, puxem minha orelha! haha

Kissus <3

Capítulo 1 - One Last Goodbye - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction One Last Goodbye ( Imagine Jin BTS ) - One Last Goodbye - Capítulo Único

Desde que Kim SeokJin entrou em minha vida, nenhum outro desejo fora maior que o de construir uma família com ele.

 Nos conhecemos na minha formatura da faculdade. Ele era o primo de uma grande amiga minha de classe, e foi à celebração para prestigiá-la. Acabou que nos conhecemos; nos apaixonamos; nos casamos, e estávamos há quatro maravilhosos anos juntos.

 Sempre quisemos ter um filho, mas achamos melhor estabilizarmos nossas vidas e planejar uma gravidez para o momento certo. Assim fizemos.

  Tivemos um pouco de dificuldade. Nossas tentativas falharam durante uns meses, mas nos mantivemos confiantes... e finalmente, nosso maior presente estaria chegando.

 Ele ainda não sabia, iria contar tudo a ele em uma Sexta à noite, quando chegasse do trabalho, então planejei tudo nos mínimos detalhes, para fazer uma bela surpresa à Jin.

 Mesmo que eu não fosse tão boa na cozinha quanto ele, dei tudo de mim para preparar seu prato favorito. Não ficou grande coisa, mas eu sabia que só pelo fato de ter tentado, ele ficaria feliz.

 Ao terminar, tomei um banho e me perfumei. Pus um vestido rodado, rosa e florido, que Jin havia me dado de presente há pouco tempo e sapatilhas também na cor rosa, em um tom pastel. Optei por manter meus cabelos soltos.

  Finalizei e fui para nosso quarto, deixando tudo em perfeita ordem para quando Jin chegasse.

 Queria que tivéssemos uma noite bem romântica depois que lhe desse a notícia. Então espalhei algumas pétalas pela cama e algumas velas aromatizadas pelo quarto. Fora algo bem simples, mas não precisávamos de muito para termos um momento mágico juntos.

 Ouvi a porta sendo aberta e corri para sala. Dei de cara com Jin, que sorriu confuso ao ver minha expressão de desespero. Eu deveria estar lá antes que ele chegasse; deveria ter posto a mesa, ligado o som. Mas, imprevistos à parte.

 – Oi, amor. Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou se aproximando de meu rosto, me roubando um selar rápido.

 – N-nada... é que... eu tenho uma surpresa para você! – Sorri e recebi um sorriso surpreso vindo de Jin.

– Ah, é mesmo? E que surpresa é essa? – Finalizou me abraçando pela cintura.

Espalmei as mãos em seu peito e disse:

– Não seja apressado! Vá tomar um banho primeiro. Já separei uma roupa para você, está no banheiro. Enquanto isso eu termino.

– Hmm... está bem então. Será o banho mais rápido da história! – Rimos e Jin se encaminhou para o banheiro, como eu havia pedido.

Fui até o quarto e tirei de dentro do guarda roupas, uma caixa, não muito grande. Ela era branca e retangular, fechada por um belo laço de fita vermelha. Dentro dela, estavam minhas surpresas para Jin. A coloquei no meio da cama e tranquei o quarto, levando a chave comigo, para que ele não entrasse antes da hora.

Arrumei a mesa e nos servi logo, para não perdermos tempo. Liguei o som e coloquei nossa música favorita.

Quase imediatamente depois, Jin saiu do banho e veio em minha direção, próximo à mesa.

– O que está aprontando Sra. Kim, posso saber? Nossa música, meu prato favorito... – Finaliza me abraçando e distribuindo beijos por meu rosto, me fazendo rir.

– Você já vai saber!

– Aish, mas eu quero saber logo!

– Vou te dar uma pista... – Jin me olha erguendo uma de suas sobrancelhas – Essa surpresa está no nosso quarto. – Sorri de lado o fazendo sorrir também.

– Ah, acho que já entendi o que está querendo. – Disse em um tom malicioso.

– Ei! Não senhor... Não e nada disso que estou querendo! É uma surpresa linda. Mas, se você continuar me perguntando vai demorar mais tempo para descobrir, pois eu não vou te contar. – Disse me desfazendo do abraço e me sentando na mesa.

Jin reclamou e me perguntou o que era, mais um milhão de vezes durante o jantar. Mas, claro que fiz questão de deixá-lo morrendo de curiosidade.

Finalmente terminamos de comer. Jin me ajudou a retirar a bagunça da mesa e levamos tudo para a pia. Eu tentei começar a lavar o que sujamos, mas Jin novamente reclamou, pois, queria a qualquer custo descobrir a tal surpresa.

– Aigo! Está bem, seu chato. – Ri e peguei em sua mão, o puxando em direção ao quarto. – Espere aqui. Eu não vou demorar. – Jin apenas assentiu, sorrindo feito uma criança.

Entrei no quarto e tranquei a porta, para que ele não viesse atrás de mim. Rapidamente acendi as velas e sai do quarto, encarando Jin.

– Então, cadê a surpresa? – Perguntou.

– Eu espero que goste. – Sorri e peguei em sua mão, adentrando o cômodo.

– Eu falei que já sabia o que você queria, e me disse que não era nada disso! – Disse rindo e me abraçando por trás, afundando seu rosto na curva de meu pescoço.

– Mas não é, bobo! A surpresa não é essa... – Disse acariciando seus braços que circundavam minha cintura.

– Então qual é? Meu Deus, pra quê tanto mistério? – Disse me virando de frente para si.

– Ela está dentro da caixa... a que está no meio da cama.

Jin logo me soltou, se sentando na cama e pegando a caixa. Me sentei ao lado dele e o observei abrir.

Assim que Jin a abriu, me olhou confuso.

– M-mas... o que é isso?

– Pega, amor!

Jin retirou da caixa, um par de sapatinhos brancos e os colocou na cama. Sua respiração começou a descompassar. Ele já havia entendido.

Após retirar os sapatinhos, retirou um pequeno macacão para recém-nascido. Branco de listras vermelhas, tendo nele escrito “Saranghae Appa”*. Jin sorriu e olhou para mim, com os olhos brilhando, seu rosto já começava a ficar vermelho.

– Ainda não acabou. – Sorri e peguei a roupinha de suas mãos, que tremiam um pouco, a colocando ao lado dos sapatinhos.

Jin respirou fundo e pegou o último item da caixa. Um envelope branco, onde escrevi à próprio punho:

“ Agora dentro de mim, batem dois corações por você. “

Antes mesmo de abrir o envelope, Jin deixou a primeira lágrima cair, molhando o mesmo.

– A-amor... você... – Perguntou com dificuldade, fitando meu rosto. Mordi o lábio sorrindo e assenti.

Jin soltou um ar de surpresa e se entregou às lágrimas, fazendo com que eu me entregasse também. Ele se aproximou de mim e selou nossos lábios, me dando um beijo amoroso, que infelizmente não durou muito, já que ambos estávamos chorando.

Sorri e disse fraca:

– Abre!

Jin abriu o envelope, e nele havia o resultado do exame, que confirmava minha gravidez.

– Meu Deus! – Jin disse secando suas lágrimas, enquanto eu fazia o mesmo com as minhas.

O mais velho virou de frente para mim na cama, segurou em minhas mãos e sorriu. Fora um sorriso, completamente diferente de todos os outros que já havia visto no rosto de meu marido.

– Eu sonhei tanto com isso... eu não tenho palavras. Você é uma mulher incrível, e vai me dar o maior presente que eu poderia ganhar na vida! Eu te amo tanto!

Com uma de minhas mãos acaricie seu rosto, e com a outra, levei sua mão à minha barriga, que foi acariciada por ele.

– Eu também te amo, Oppa.

Jin se ajoelhou em minha frente e colocou o ouvido em minha barriga.

– Ei, JiEun? Se estiver me ouvindo, chute a mamãe! – Ri alto e dei um tapinha em seu ombro.

– Primeiro, eu estou grávida de dois meses. Nunca que o bebê vai chutar. E segundo, JiEun? Como tem tanta certeza que é uma menina? – Perguntei rindo.

Jin tirou o ouvindo de minha barriga e a beijou.

 – Intuição de pai. – Ambos rimos – Não vou ficar triste se for um menino, mas eu acho que é menina! Ela vai ser nossa princesa... – Jin se levantou voltando para a cama, onde se deitou suspirando – Já estou até vendo, os meninos vindo a pedir em namoro. – Disse rindo.

 – Ai meu Deus! Ela ou ele, só tem dois meses e você já está pensando nos pretendentes? – Disse me deitando de bruços ao seu lado, me apoiando nos cotovelos, para olhá-lo.

 – Amor, cuidado! Deitando assim você vai amassar a JiEun! – Disse se levantando um pouco e me virando, me fazendo deitar de costas.

 – Aish, que homem exagerado, meu Deus! – Disse gargalhando, sendo acompanhada por Jin.

 Ele se colocou sobre mim, – sem depositar nenhum peso, pois segundo ele, “amassaria a JiEun” – acariciou meu rosto e sorriu.

 – Você tem noção do quão feliz sou, desde que te conheci? – Perguntou me roubando um sorriso.

 – Claro que tenho! Eu também sou.

 Jin acariciou meu rosto, enquanto mantínhamos nossos olhares conectados. Foi se aproximando devagar até que depositou um doce beijo em meus lábios, que foram acariciados pelos seus.

Logo segurei com ambas as mãos em seus cabelos, entrelaçando meus dedos nos mesmos, e não demorou para que nossas línguas se encontrassem e dançassem em perfeita sincronia.

Puxei Jin para mais próximo de mim e sussurrei:

– Não se preocupe, amor, não vamos amassar a JiEun. Pode fazer o que quiser. – Rimos baixo, e Jin se deitou mais sobre mim, entre minhas pernas.

Dobrei os joelhos, permitindo o contato entre nossas intimidades cobertas, fazendo com que eu sentisse a excitação precoce de Jin.

Levei minhas mãos à barra de sua camisa, a tirando com sua ajuda. Sorri e voltamos a nos beijar. Enquanto eu acariciava suas costas, sentia a mão de Jin subir por minha coxa direita e a massageando.

Separamos o beijo, mantendo nossas testas coladas. Soltei um leve arfar, ao sentir os dedos de Jin adentrarem a lateral de minha calcinha. Ele sorriu e manteve contato visual comigo.

Jin umedeceu dois de seus dedos, em meu próprio líquido, e me penetrou devagar.

– Awn Jin... – Gemi arrastada, contraindo meu interior em seus dedos, enquanto via turvamente Jin morder o lábio inferior.

– Você gosta assim, não é amor? – Indagou acelerando os movimentos, me fazendo contorcer de leve sob seu corpo.

O mais velho distribuiu beijos e chupões em meu pescoço, enquanto me estocava com seus dedos em um ritmo que fazia meu coração palpitar.

Apertei seus ombros, gemendo manhosa. Ele tirou seus dedos e me beijou. Sem perder tempo, Jin se pôs sobre seus joelhos e eu me sentei. Suas mãos foram até meu vestido, o tirando rapidamente, me deixando apenas de calcinha.

O vi umedecer os lábios, que logo foram de encontro ao meu seio esquerdo. Jin lambeu o bico rijo, o chupando lentamente em seguida. Suas mãos foram à minha cintura, à apertando e me puxando para si, me fazendo sentar em seu colo, sobre seu membro.

Ouvi o gemido rouco de Jin, assim que comecei a rebolar em seu colo. Agora os lábios de Jin voltaram para meu pescoço, pois, ele sabia que era meu ponto fraco. Suas mãos apertavam meus seios e eu pendia a cabeça para trás.

– Vamos logo com isso! – Disse saindo de seu colo e sentando na cama.

Eu mesma retirei a última peça que cobria meu corpo, enquanto Jin tirou sua calça junto de sua cueca. O mesmo se sentou na cama apoiando as costas na cabeceira.

– Vem aqui. – Pediu batendo com as mãos em suas coxas.

Me ajeitei em seu colo, segurei em seus ombros e colamos nossas testas. Jin posicionou seu membro em minha entrada, e logo em seguida fui sentando devagar sobre o mesmo. Ambos gememos contra os lábios um do outro.

Após tê-lo por inteiro dentro de mim, comecei a me movimentar lentamente. Jin segurou em minha cintura, me ajudando com os movimentos. Não demorou muito para estarmos em um ritmo enlouquecedor.

Jin me segurou e me jogou na cama, deitando por cima de mim entre minhas pernas, me estocando forte me fazendo gemer alto.

Nossos corpos estavam suados, nossas respirações descompassadas, e o cheiro das velas se mesclava com o cheiro de sexo. Nos proporcionando uma experiência maravilhosa.

Sentia o membro de Jin pulsar e ir cada vez mais fundo em meu interior, que já se contraía incontrolavelmente, anunciando que meu ápice estaria próximo. Após mais algumas estocadas, Jin derramou seu líquido dentro de mim, e atingimos nossos limites juntos, extremamente ofegantes.

Delicadamente, ele se retirou de mim deitando ao meu lado, e me puxando para deitar em seu peito.

– Eu te amo. – Disse deixando uma lágrima cair, sobre a pele de Jin.

O mesmo levanta meu rosto para si e o caricia.

– O que foi, amor? – Indagou confuso.

– Nada, eu só... estou tão feliz que... essa alegria não cabe dentro de mim. – Mantive meus olhos fitando os dele.

– Eu também te amo, mais que tudo. – Sorriu e secou minhas lágrimas, em seguida, selando nossos lábios.

Pouco depois, tomamos um ótimo banho juntos e voltamos para a cama, assim, caindo no sono.

Infelizmente essa fora uma de nossas últimas noites românticas juntos, já que eu teria uma gravidez delicada pela frente.

                                                                                               ...

Assim que Jin saiu para o trabalho, não havia nada para eu me distrair. Os móveis do quarto do bebê já estavam montados, mas o quarto estava uma bagunça. Eu sabia que não podia pegar peso, pois minha gravidez era de risco e qualquer coisa poderia ser fatal para o bebê, então fui apenas organizar o quarto.

Me empolguei mais do que deveria. Não peguei peso, mas, limpei todo o quarto, organizei as roupinhas, coloquei todos os brinquedos em seus devidos lugares, e ao terminar, me joguei exausta no sofá.

 

Acordei assustada, sentindo uma dor muito forte nas costas e fisgadas em meu baixo ventre. Estava de tarde, e eu havia adormecido. Essas dores, – pelo que andei lendo durante os oito meses de gestação – indicavam que eu estava entrando em trabalho de parto.

Me levantei com dificuldade, me sentando no sofá, e o vi sujo de sangue. Acabei por soltar um grito entrando em completo desespero, por estar sozinha em casa. Um enorme sentimento de culpa tomou conta de mim.

Não era possível que isso estaria acontecendo só por eu ter arrumado um cômodo!

Peguei o celular que estava próximo a mim, e liguei chorando para Jin, que não demorou a atender:

– Oi, amor!

– J-jin... Jin, pelo amor de Deus, eu preciso de ajuda! – Disse com dificuldade, pois, começava a ter falta de ar.

– O que está acontecendo? Que voz é essa?

– Amor, eu cochilei no sofá... e acordei com muita dor. Eu estou sangrando, Jin!

– Aigo! Fique calma, não se levante, eu vou ligar para a ambulância.

– Não! Por favor eu preciso de você!

– Meu amor, se acalme. A ambulância chegará mais rápido que eu. Eu te encontro no hospital!

– Está bem, por favor, ligue logo então!

– Vou ligar agora, te amo.

Larguei o celular ao meu lado, e me contorci de dor no sofá. O fluxo do sangramento não era forte, mas ainda se fazia presente. Eu estava morrendo de medo de que algo acontecesse com nosso bebê.

Não demorou muito para que eu ouvisse o barulho da ambulância se aproximar. Fui andando devagar até a porta, chorando e gemendo de dor, enquanto segurava minha barriga. Destranquei a porta e me apoiei na parede, escorregando pela mesma, até me sentar no chão. Sentia meu corpo mais fraco a cada segundo que se passava.

Ouvi alguém bater na porta, e o pouco de força que me restou, foi o suficiente para dizer à pessoa que entrasse, e após isso, tudo se apagou.

 

 

Quando acordei, eu estava de pé na recepção, do que me parecia ser um hospital.

Como eu poderia ter acordado aqui? E além do mais... em pé!

Vi que estavam presentes, Jin e minha sogra. Ambos tinham em seus rostos, feições tristes.

Fui até Jin e sentei ao seu lado, tocando em sua mão. Meu marido me ignorou, puxando a mesma, se desfazendo de meu toque. Eu apenas o encarei confusa.

– O que foi, filho? – Perguntou minha sogra.

– E-eu, não sei. Senti um arrepio estranho.

– Jin, querido. Você está muito nervoso. Tente se acalmar.

– Como posso me acalmar? – Perguntou se entregando ao choro – Minha mulher está no centro cirúrgico tendo uma hemorragia, e eu não posso entrar! Eu não posso fazer nada por ela! Se acontecer algo com nosso bebê? Se acontecer algo com ela?

Jin eu estou aqui!

Disse, mas ele pareceu não me ouvir, o que me deixou ainda mais confusa e agora preocupada. Como assim, eu estava no centro cirúrgico? Eu estava ao lado dele!

– Meu filho... ficará tudo bem. Tente pensar positivamente!

Jin chorava de soluçar. Sua mãe o abraçou, enquanto eu observava a cena.

Um homem vestido de azul, com uma touca e máscara cirúrgica se aproximou de nós. Nos levantamos e fomos em sua direção.              

Ele abaixou a máscara e disse:

– Seu bebê está bem, faremos alguns exames, mas me parece ser uma menina saudável.

– Graças à deus! – Disse minha sogra.

– Doutor, e... e minha esposa? – Perguntou Jin, aflito.

– Sr. Kim... nós fizemos o possível. Ela deu entrada no hospital, com uma hemorragia que foi aumentando cada vez mais. Não teríamos tempo de salvar as duas. Como as chances de sua esposa sobreviver eram poucas, infelizmente tivemos que dar prioridade à apenas uma. Eu sinto muito.

– N-não! – Disse Jin em um sussurro, e ao mesmo tempo senti uma forte pontada em meu peito. – Não é possível! Ela estava bem quando eu saí de casa, como isso pôde acontecer? O senhor tem certeza, doutor? – Perguntou sacudindo o médico por sua roupa, enquanto minha sogra chorava silenciosamente. 

– Sim... tenho. É uma grande dor para nossa equipe Sr. Kim, mas lhe garanto que fizemos o possível. Ela teve uma hemorragia interna, talvez por algum esforço. Ela perdeu muito sangue e nós tivemos que agir rápido, senão teríamos perdido as duas.

– Não... mãe? – Jin se virou para ela, que balançou a cabeça negativamente enquanto desciam lágrimas por seu rosto.

– Eu os deixarei à sós. Preciso ver como está a criança. – Disse o médico cabisbaixo, se virando e indo em direção ao longo corredor vazio.

Na recepção, ouvíamos apenas os gritos de Jin e os consolos de sua mãe.

Então era isso? Eu estava morta? Por isso ele não me via?

Sim... eu estava morta.

Minha gestação não foi fácil, mas os médicos nunca deram ao entender que poderíamos chegar a esse ponto.

                                                                                                       ...

Por algum tempo vaguei em meio ao nada, inconformada. Não aceitava o fato de não ter me despedido de Jin... de não ter visto o rosto de minha filha. Minha alma não descansaria em paz, e eu continuaria sofrendo, enquanto não a conhecesse e não desse um último adeus a meu marido.

Em meio à uma de minhas peregrinações dolorosas, me foi concedida ocultamente a permissão de chegar perto de Jin. Eu não havia entendido como, pois, era algo além do meu entendimento. Meu espírito não era evoluído, ao ponto de fazer com que ele me visse ou me ouvisse. A única forma de falar com Jin, seria invadindo um de seus sonhos.

Era uma noite fria. Triste. O berço de minha pequena estava em nosso quarto, e ambos dormiam como anjos.

Me aproximei e pude finalmente, ver o rostinho de JiEun. Ela era linda.  Senti minha garganta apertar, mas me segurei.

Ela já estava grandinha... nem parecia que havia se passado tanto tempo. Uns três meses, talvez?

Segurei em uma de suas mãozinhas, e pude ver um sorriso puro se formar em seu rosto.

Ela podia me sentir. Ela sabia que a mãe dela estava ali. E se dependesse de mim... eu sempre estaria.

Me aproximei mais e toquei seu rosto, enquanto minha alma chorava.

Querida, me perdoe. Eu prometo, que de onde eu estiver, cuidarei de você.

Não queria me afastar dela, mas precisava falar com Jin. Dei então um beijo na testa de minha filha, que se remexeu no berço, me fazendo sorrir.

Fui até Jin e sentei ao seu lado na cama, o observando dormir por um tempo.

Segurei em sua mão e fechei os olhos. Quando os abri, estávamos em uma praia. Eu havia conseguido entrar no sonho de Jin.

Ele estava distante, sentado na areia com JiEun em seu colo. Seu olhar parecia perdido no horizonte, que exibia um lindo pôr do sol.

Fui me aproximando aos poucos, e quando já estava próxima o suficiente para que ele me notasse, Jin virou o rosto em minha direção.

Os olhares de ambos foram inundados por lágrimas. De alegria, por nos reencontrarmos? De tristeza, por nossa família ter sido separada, de forma tão prematura? Eu não sabia dizer, era algo inexplicável.

Eu tinha uma única chance, e faria bom uso dela. Meu dever era acalmar o coração de Jin, para que ele pudesse seguir em frente, e eu também. Então, assim fiz.

– Posso segurar nossa filha? – Perguntei me sentando ao seu lado e secando minhas lágrimas.

– Claro que pode, querida. – Disse Jin sorrindo, ao mesmo tempo que as gotas escorriam por seu rosto.

Peguei JiEun no colo e a abracei forte. Seria nosso primeiro e último abraço. Me desfiz do mesmo e fitei o rosto da pequena por um tempo.

A devolvi para Jin e o encarei.

– Porque nos deixou? Porque fez isso com a gente? – Perguntou fraco. Eu mordi o lábio e balancei a cabeça negativamente.

– Se dependesse de mim, eu jamais os deixaria. Meu amor, minha missão foi cumprida.

– Que missão? Sua missão era me fazer te amar e depois partir?

– Minha missão fora fazer você amar e ser amado, pura e profundamente. Mesmo em meio à um mundo tão sujo e cruel. Eu parti, Jin, mas lhe deixei a melhor lembrança que poderia ter de mim. Todas as vezes que olhar para nossa filha, quero que se lembre do quão amado foi por mim e sempre será. Meu corpo pode ter morrido, mas meus sentimentos não. De onde eu estiver, eu estarei amando nossa filha... eu estarei amando você.

Jin abaixa a cabeça e continua a chorar. Toco em seu rosto, levantando o mesmo. Me aproximo e selo nossos lábios amorosamente.

Nos separo e secando as lágrimas de meu marido.

– Amor, preciso que fique bem. Não quero que fique triste ao se lembrar de mim. Quero que sorria e se lembre de nossos momentos feliz, para que eu finalmente possa descansar.

– Me desculpe, mas não posso te prometer isso.

– Me prometa então que ao menos tentará.

– Eu tentarei, mesmo que seja impossível. – Disse cabisbaixo.

– Eu confio em você, sei que vai conseguir. – Disse acariciando seus cabelos.

Dei um beijo no topo da cabeça de JiEun, e um selar demorado em Jin.

– Eu te amo. – Sussurrei em seu ouvido.

– Eu também te amo.

Assim que Jin finalizou, fechei seus olhos delicadamente com meus dedos. Quando ele os abriu novamente, eu não estava mais lá.

Eu não poderia mais me comunicar com Jin ou JiEun, mas eu podia os observar. Admito que me orgulho de meu marido, e da incrível filha que ele tem criado. Ambos estão se saindo melhor do que eu esperava.

 Aquela era a minha hora. Eu partiria independente de ser em trabalho de parto ou não, mas o destino se encarregou de fazer com que tudo acontecesse de maneira perfeita.

 Foi então, dado fim à minha vida, para que outra pudesse começar. E eu daria minha vida por nossa filha novamente, quantas vezes fossem necessárias, pois, fora nossa pequena quem deu sentido à vida de Jin, assim que parti. 


Notas Finais


Alguém me abraça? T.T

Deem uma olhada nas minhas outras fics <3

Long Imagine Jimin - The Psychologist: https://spiritfanfics.com/historia/the-psychologist--imagine-jimin-6011691

Imagine Namjoon - Habitué: https://spiritfanfics.com/historia/habitue-imagine-namjoon--bts-6463784

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