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História One Life - Nasci para Matar


Escrita por: imaginelieber

Capítulo 33 - Nasci para Matar


Fanfic / Fanfiction One Life - Nasci para Matar

— Eu sinto muito — lamentei. Não imaginava como devia ser a dor de perder um irmão, se Caleb se fosse eu perderia o chão.

Caitlin moveu a cabeça levemente, mas parecia mais querer mudar de assunto do que aceitar minhas condolências. 

— O que mais quer saber? 

Eu não sabia se queria mesmo saber, mas em algum momento minha mente decidiu que era melhor saber com o que lidava do que vagar pelo escuro.

— O que a família dele é afinal? — as palavras saíram obrigadas da minha boca, e contive o impulso de tapar os ouvidos.

Ela franziu a testa, tendo dificuldades para uma classificação.

— Uma companhia de assassinos de aluguel tradicional, alguma coisa assim.

A essa altura eu não deveria ter me surpreendido, mas meus olhos se arregalaram de choque.

— O que quer dizer com tradicional?

Ela deu de ombros, indiferente, dominando o assunto como se fosse o alfabeto.

— Você sabe, que existe há muito tempo, passou por gerações. Eles não construíram o nome de um dia para o outro.

Se eles eram tão conhecidos assim, eu não entendia como nunca deixaram escapar nada para a imprensa de forma que eu não os encontrasse na internet. Talvez fossem temidos o suficiente para sua fama se espalhar apenas oralmente, não ousariam irritá-los.

Eu estava negando com a cabeça inconscientemente, o pote de salada de frutas era a única coisa que me agarrava a lucidez. Ele parecia tão deslocado em minha mão, simples demais para a complexidade do momento. Enfiei mais um punhado na boca e mastiguei devagar para digerir tudo aquilo com cuidado.

— Você está bem? Seus olhos estão meio loucos — Caitlin parecia preocupada. Deveria ser mesmo perturbador ter um desconhecido em surto no meio de seu refúgio. Eu sabia bem como era a sensação.

Aquela era uma pergunta idiota, era claro que eu não estava bem e não ficaria tão cedo. Então não me dei ao trabalho de responder, necessitando de apenas mais uma resposta para poder finalmente escapar daquele lugar corrompido por maldade. Cada móvel ali vinha de sangue inocente, e conseguir conviver com aquilo tornava Caitlin tão cruel quanto eles.

— Por que estão atrás de mim? — meu único palpite era como pagamento por ter entrado na night club estúpida.

Isso me fez lembrar o motivo pelo qual havia me metido naquela situação. E mais essa, será que Hanna estava bem? E outra, Guilherme estava bem?

— Não sei, Justin foi descobrir isso. Na verdade, ele já deve estar chegando, saiu era umas sete horas — ela olhou no relógio, refletindo.

Não dava para negar que meu primeiro pensamento era o motivo de sua demora, mas imediatamente bani o altruísmo e me foquei no que deveria me importar, eu tinha pouco tempo para fugir. Comi apressada ao saber que meu tempo havia chegado, engolindo rápido.

— Pode me dar um pouco de água? — pedi como o primeiro passo de uma estratégia.

Sem questionar, ela se levantou.

Não tinha como ter certeza de que ela falava a verdade quanto a ter seguranças na porta, mas eu podia arriscar e jogar meu charme super funcional para eles. Uma rota alternativa não deu certo da última vez que tentei, e no fim a porta estava mesmo desimpedida.

Quando Caitlin virou de costas eu me agachei, engatinhando atrás do sofá até chegar em frente à porta e me colocar em pé com a adrenalina fluindo mais uma vez em meu sangue. Estava levando a mão à porta quando o trinco se moveu me dando um susto pelo movimento inesperado. Não deu tempo de assimilar o ocorrido antes que a porta se abrisse e a figura maligna entrasse. Eu esperava que depois de tudo pudesse vê-lo com outros olhos, não foi exatamente assim.

Amaldiçoei seus olhos claros assim que os colocou sobre mim, transmitindo por aquelas mesmas vias imaginárias a sensação dolorosa de tremer as pernas e me deixar sem ar. Meu coração de fato acelerou, mas agora aquela marcha o sobrecarregava, trazendo consigo todos os motivos pelos quais eu deveria desejar que Justin Bieber nunca tivesse entrado em minha vida. E foi naquele grito silencioso da minha alma que eu entendi que o amava. E amá-lo doía pra caramba.

As vibrações permaneciam intactas com nossa proximidade e isso não bom sinal. Eu deveria ter alguma retardo mental por sentir atração em alguém tão desprezível.

O inspecionei para ver se estava ferido, relaxando meus ombros ao ver que estava impecável naquele terno cinza. Sua expressão denunciava a hesitação que o preparava para meu ataque. Pelo menos um de nós estava preparado. Não percebi que estávamos nos encarando naquele impasse quando Caitlin pigarreou atrás de mim.

— E então Bieber? Missão cumprida? Sua protegida se comportou como uma verdadeira dama — ela disse com uma pitada de ironia — Do jeito que você falou, eu esperava ao menos gritos e alguma utilidade pra isso aqui — agora se divertia, parecendo querer provocá-lo.

Virei-me para ver do que falava, notando seu sorrisinho provocativo e uma agulha em sua mão. Meu cérebro finalmente aprendera a relacionar rápido os detalhes e deduzi que a loira empinada não me dava informações para me ajudar, ela queria ver o circo pegar fogo para se divertir com um escândalo meu e poder usar sua arma. Era claro que também não se engara com minha desculpa que estava com sede, e só estava esperando eu tentar abrir a porta para aplicar o que quer que fosse em mim.

Ele realmente havia ordenado que me drogasse?!

Minha racionalidade — já era hora — submergiu os sentimentos descontrolados, esquentando meu sangue. Fuzilei Caitlin com os olhos e voltei minha fúria contra o mandante.

— Posso ir para casa agora ou tem mais algum cativeiro que quer me jogar? Ou prefere me drogar primeiro? — vociferei, já calculando a distância entre a porta e seus braços.

Justin encarava Caitlin com repreensão, suspirando antes de olhar para mim.

— Se você se comportar podemos civilizadamente ir até meu carro e eu te deixarei em casa — propôs previamente desconfiado de que eu preferisse pelo jeito difícil.

Bufei e encarei a parede com tedio, recusando-me a concordar em ir com ele de livre e espontânea vontade. Poderia ter certeza de que me levaria para minha casa?

— Se quiser também pode ficar com Caitlin, ela é adorável.

Eu identifiquei o sarcasmo em sua voz, mas isso não diminuiu o incômodo que senti, me fazendo chocar meu ombro contra o seu enquanto o contornava para abrir a porta.

— Nos vemos por aí querida! — ouvi a voz demasiadamente doce proposital de Caitlin.

O porshe preto estava bem em frente à calçada, e não vi segurança nenhum na entrada para que me impedisse de correr, se não fosse pela mão firme de Justin agarrando meu braço. Ele nem me olhou, indiferente a minha cara feia, me conduzindo até a porta do passageiro.

— Qual é o seu problema? — questionei intrigada.

Ele abriu a porta do carro e já prevendo minha renúncia, literalmente me empurrou para dentro, fechando a porta em seguida e travando o carro com o controle para que pudesse caminhar tranquilamente até sua porta. Eu tinha certeza de que havia fumaça saindo do meu nariz como uma panela de pressão viva, prestes a causar mais estragos do que o notificado na história de explosões de panela.

— Você não sabe com quem está mexendo Justin Bieber. Eu vou acabar com você! — ameacei assim que entrou no carro, visivelmente estressado. Isso porque não era ele quem estava sendo arrastado de um canto para o outro como uma maleta velha.

Ele nem ao menos piscou, ligando o carro e acelerando como se estivesse ali sozinho preocupado com o que comeria no almoço mais tarde.

O espaço apertado naquele carro era um grande risco para nós dois. Aquilo me consumiu de uma maneira que senti um desejo genuíno e intenso de decepar-lhe a cabeça. 

— Você não é homem de ao menos olhar na minha cara! Quero sinceramente que sufoque com esse silêncio que sempre joga em mim! Você é um babaca, inútil, dissimulado, inescrupuloso, sujo, detestável! — o brado que distorcia minha voz a deixava irreconhecível até para mim.

Seus olhos imediatamente se voltaram para mim, inicialmente preocupado que eu estivesse tendo um derrame cerebral, depois surpreso com a intensão da minha reação.

— Faith, se acalme — falou com cuidado, me examinando.

Eu grunhi.

— Eu não quero me acalmar! Quero te estrangular!

Minha fisionomia transtornada não dava espaço para que ele questionasse a veracidade da afirmação, então franziu um pouco a testa, decidindo o que fazer sobre isso. Em meio segundo o carro fez uma curva abrupta, me pressionando contra a porta.

— Pois bem, seja feita a sua vontade — disse com exaustão, resoluto.

Não entendi o que ele queria dizer, e antes que eu pensasse em perguntar — e se ele não respondesse a coisa não ficaria muito bonita — o veículo estava freando. Olhei pela janela e identifiquei uma casa de dois andares numa tonalidade de cinza gelado, um telhado embutido e uma entrada grande para carros. Essa com certeza não era minha residência.

Voltei-me para ele prestes a despejar mais uma porção de ofensas e acuações, mas ele já havia descido do carro, se direcionando para a porta da casa. Desci atrás, feliz por agora poder acertá-lo em cheio, mas indignada que estivesse pensando em me despejar em mais algum lugar. 

— O que você acha que está fazendo?! — exigi saber, cruzando os braços, decidida a não sair da calçada para não entrar em mais uma cilada sua.

Ele destrancou a porta e a abriu, se voltando para mim e estendendo a mão para que eu entrasse.

— Você acha que sou burra o suficiente para entrar aí? Que lugar é esse? — perguntei impaciente.

Seus olhos se apertaram um pouco antes que respondesse, como se não estivesse ainda certo de que queria me dizer.

— Minha casa. Acho justo eu morrer na minha casa.

Por essa eu não esperava, o que me desconcertou um pouco. Eu já havia imaginado umas trezentas vezes como era sua casa, mas nunca arrumara coragem para pedir que me levasse nela. Claro que ele tinha que escolher o pior momento para me levar ali, quando sua imagem já estava toda corrompida em minha mente, quando as coisas estavam um caos. Era difícil não imaginar se ele levava outras garotas ali, e por esse motivo não me trazia, ou então se não era seu próprio matadouro. Então ele planejava me matar? Faríamos um duelo até a morte?

Eu aceitava. Era justo bagunçar todo o seu refúgio como ele bagunçara o meu. Queria que aquelas paredes o lembrassem de seus piores momentos.

Estufei o peito e avancei para dentro, sem conseguir impedir que meus olhos curiosos dessem pelo menos uma volta na entrada. Tinha o mesmo tom gélido do exterior. A primeira coisa a vista era um balcão preto circundado por alguns bancos brancos. Eu deveria saber que ele teria uma bar em casa. A minha direita estava uma sala de estar, sofás longos e dourados sob um lustre grande, fixados em um tapete marrom juntamente com uma mesa solitária e transparente no meio, o piso de mármore, algumas luminárias de embutir no teto, numa análise mais minuciosa eu podia ver algumas caixas de som pequenas. Era o lugar perfeito para uma reunião íntima, a qual ele deveria fazer toda noite com as garotas que trazia do club.

Balancei a cabeça para expulsar as imagens perturbadoras e me voltei para ele que me analisava ali no meio de sua casa, como se se acostumasse com essa realidade. Em uma utopia, eu arriscaria dizer que estava emocionado por finalmente me ter ali por inteira em seu mundo. Na realidade, ele era um traidor mentiroso. 

Ah Justin, nós poderíamos ser tanto, por que tinha que estragar isso?

Encolhi meus ombros, sentindo aquela dor me apertar novamente, e de repente nem ter forças para bater nele eu tinha, eu só queria ir embora para bem longe antes que começasse a chorar igual uma criança.

— Tenho um lugar para que possa me picar em pedaços, se quiser me acompanhar — ele apontou com a cabeça para a esquerda.

Respirei fundo, me recompondo para que ele não percebesse meu estado emocional abalado. Passei na sua frente até onde apontava, havia um corredor pequeno. Do lado direito estava a cozinha, e no final uma escada em espiral, atrás desta havia uma porta fechada. 

— Não estou falando da cozinha, se é o que está pensando. Pode abrir a porta — informou.

Segui o comando, contornando a escada. Alguma coisa em minha cabeça despertava um pouco de tensão por eu estar me dirigindo exatamente a um lugar perfeito para um crime, dentro da casa de um assassino e um quarto suspeito. Eu não sei onde estava com a cabeça, mas abri aquela porta.

Um tatame me recebeu, havia alguns manequins espalhados pelo cômodo, um saco de pancadas pendendo do teto, um boneco de madeira que eu só havia visto no filme Karate Kid, um espelho grande na parede refletia minha expressão surpresa e visivelmente cansada — embora eu tenha "dormido" por doze horas. Aquilo era um alvo de tiro na parede esquerda? 

O movimento que o espelho captava atrás de mim roubou minha atenção, Justin tirava o paletó e o jogava o chão. Olhei pra ele a tempo de vê-lo dobrando a manga da camisa e tirar o sapato social e a meia. Ele se posicionou no tatame, pegando ali no canto duas luvas aparadoras de soco e as duas de boxe pretas, me estendendo as últimas.

— Não se importa de jogar limpo, não é? — perguntou ao ver minha desconfiança.

Fechei a cara pra ele.

— Eu quero te machucar, não quero um treino idiota de boxe — rebati.

Ele torceu a boca.

— Sei que apesar disso ainda está aqui por querer ouvir algumas coisas da minha boca, e eu estou disposto a falar. Que tal você tentar me acertar enquanto te conto?

Considerei antes de aceitar a oferta, sem ter certeza de que ele me contaria mesmo, também me preparando para o que mais ele poderia me dizer. Eu já estava no chão, não tinha como ficar pior do que isso, tinha?

Respirei fundo e peguei as luvas, enfiando em minhas mãos de qualquer jeito. Pelo menos minha mão estaria segura, já o rosto dele... O deixaria bem bonito para que conquistasse muito mais mulheres que quisesse.

Ele se preparou, erguendo as mãos separadas na frente do corpo.

— Tudo bem, vamos começar. Você quer perguntar ou eu vou dizendo?

Bufei pra sua pergunta e dei o primeiro soco, mirando o rosto dele. O reflexo do animal era bom, e ele conseguiu levantar o aparador antes que eu o acertasse.

— Ok. Acho que eu devo começar — deduziu — Tenho certeza de que Caitlin já começou a te contar a história. Você poderia me dar uma dica para que eu soubesse por onde começar.

Devolvi outro soco, agora era minha vez que não dizer nada. Minha única expressão seria a corporal.

Ele maneou a cabeça, entendendo a deixa.

— Meu tataravô fundou esse negócio. No início só havia ele, mas estava indo tão bem que decidiu expandir para o restante da família. Chegou a um momento que a demanda estava tão alta que teve que contratar terceiros. Ele mesmo os treinava, criou técnicas específicas e com isso foi fortalecendo a Companhia  — ele falava olhando nos meus olhos, querendo que eu entendesse cada palavra. Eu preferi não olhar pra ele, focando em partes expostas do seu corpo que eu poderia acertar. Poderia ser só mais uma história de progresso social se eu não soubesse do que realmente se tratava.

Era revoltante que tratasse aquilo com tanta tranquilidade, e isso aumentou a força e as investidas dos meus socos, que até agora não acertava outro lugar a não ser o aparador.

—  Esse se tornou oficialmente o negócio de nossa família, e todos os descendentes já são criados desde o nascimento para assumir essa responsabilidade. Meu pai ensinou tudo o que eu sei. Por isso sempre te disse que isso é o que eu sou — sua frase veio acompanhada de um ponto final e eu o olhei, cessando os ataques.

Justin me esperou responder e eu dei um sorriso sarcástico.

— Então como é? Alguém te contrata pra matar uma pessoa que você não conhece e você simplesmente vai na maior boa vontade?

Ele devolveu meu sorriso.

— Exatamente. E acho que não vai ficar surpresa em saber que as elites que você tanto convive são nossos maiores e mais fiéis clientes.

Dei de ombros, aparentando indiferença, o que não era verdade. Quantas das pessoas que recebi em minha casa poderiam estar encomendando mortes?

— Nunca me misturei com eles, estou com a consciência limpa. E você, está?

Justin não se intimidou com meu olhar julgador.

— Eu nasci pra fazer isso, então sim Faith, estou com a consciência limpa.

O soquei novamente, a força fez com que o som reverberasse pelo cômodo.

— Também está sobre a noite passada? Aquela mulher trabalha com você, Justin? Ou você também foi contratado para matá-la?

Ele finalmente desviou os olhos, encarando minhas mãos, mas bem quando eu queria ver a verdade neles. Multipliquei a intensidade dos socos.

— Eles não gostam de você, sabia? Minha família.

Isso deu um descompasso na minha sequência, mas retomei o ritmo, fingindo não me importar. Na verdade não era bom saber que a família do cara que você gostava não te aprovava. No caso, eu deveria estar honrada.

— Os deixe saber que o sentimento é recíproco. E não é nada assustador saber que um bando de assassinos me detesta.

Justin voltou a olhar em meus olhos com intensidade.

— Ninguém vai encostar em você Faith — ele disse com convicção, perceptivelmente enfurecido com essa possibilidade.

Repeti na minha cabeça que ele não se importava comigo para não deixar que isso mexesse em meus sentimentos.

— Não foi o que te perguntei — desviei o assunto, já sentindo que começava a transpirar.

Ele respirou fundo.

— Essa é a resposta. Eles acham que você me amolece, e constantemente querem provas de que eu continuo o mesmo. Nossos rivais estariam ontem na nossa região, e queriam que eu demonstrasse minha índole inabalável. Por isso me perturbou tanto que estivesse lá, aquele era o último lugar que você deveria estar. Era muito perigoso. Todos sabem da sua influência, era claro que tentariam alguma coisa. 

Balancei a cabeça, incapaz de pensar no que isso significava.

— E se quer saber, não fui eu quem chamou aquela mulher. Ela simplesmente apareceu se esfregando em mim, e o melhor que eu podia fazer era ignorá-la. Você tem que acreditar que aquilo não significou nada.

Meu coração reclamou quando foi esmagado outra vez. Olhei em seus olhos persistentes, exasperada.

— Por que eu tenho que acreditar? Isso te importa? Depois de tantas mentiras que me disse, importa em acreditar que você não tinha outra escolha a não ser deixar uma mulher praticamente nua rebolar em cima de você?!

Ele lutou com as palavras.

— Porque essa é a verdade! Porque você importa! Eu sempre te disse que você não iria querer saber disso. Esse é o mundo que eu vivo, e eu não vou sair dele, não sem...

— Morrer? Igual seu amigo que você me disse que foi demitido? — perguntei alterada.

Ele apertou os lábios, olhando para suas mãos enquanto tirava as luvas.

— Nós temos um código, e temos que segui-lo.

Uma risada de nervoso escapou da minha boca, fazendo com ele que me olhasse.

— Não é possível que você concorde com tudo isso. Eu sei que não concorda. Eu sei que ficou revoltado com a morte de Christian, que não é esse o caminho que quer para seus irmãos e.... — as palavras se perderam em minha boca, eu não sabia mais o que dizer, eu não sabia se havia o que dizer.

— Eu nasci para matar Faith, e nada vai mudar isso.

Neguei com a cabeça, descrente.

— Por isso agrediu aquele homem que estava falando comigo? Porque você não tem o mínimo de filtro de bondade na sua cabeça?

Ele negou.

— Achei que Guilherme tinha te enviado para lá. Ele trabalha comigo.

E a coisa ficava cada vez melhor.

— Hanna me mandou uma mensagem para ir pra lá, ela pediu minha ajuda. Esse Guilherme só estava me avisando que ela já tinha ido embora.

Ele abriu um sorriso sádico.

— Tenho certeza de que não foi ela.

Assenti repetidas vezes, me acostumando com aquilo.

— Então te conhecer realmente foi minha maior desgraça.

Seu rosto se contraiu, ferido, e me odiei por aquilo, por mais que aquilo fosse a pura verdade, machucá-lo teve o efeito contrário do que eu pensava. Ele se recompôs rapidamente, travando o maxilar.

— Tenho certeza que sim. 

 


Notas Finais


QUERIDAS EU CHEGUEIU
As provas na vdd acabavam nesta quarta feira. Bom, acho que passei.
Ontem fiquei aqui tentando escrever, não terminei. Hj minha irma ficou puta pq nao quis fazer n pra postar, mas to aqui. Minha mae acabou de chegar e a gent vai sair e eu ainda não arrumei nada em casa, então tenho que correr. Eu não planejava terminar o capítulo assim mas vai ter que ser pq eu to mt atrasada - a minha vida eh mt corrida socorro Deus
Eu respondo os comnetarios mais tard, quando eu chegar ok? Muito obrigada mesmo por comentar e dar favoritinhos. Eu fico mt mt feliz.
Eu to mais desesperada que a Faith, algum me ajuda que eu nao sei o que fazer. Esse capítulo me doeu, me doeu bastante. E pra mim ta pqueno. Mas enfim, agra de ferias, com ctz postarei semnana que vem e vou ver se consigo postar mais vezs por semana. Pq vcs sabem, entrar de ferias quer dizr, "parar de estudar pra virar escrava em casa".
Deixa eu correr agr oisdjsi beijao lindonas.
Essa imagem do capitulo definindo a fic socorro

leiam - > https://spiritfanfics.com/historia/true-disaster-7188106


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