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História One Love - Capítulo Seis


Escrita por: CandiceForbes

Notas do Autor


Depois cem anos voltei.
Primeiramente quero agradecer a todos pelos 237 favoritos, pelos 107 comentários e pelos susto que levei One Love está em 40 lista de leituras.. mds, assim vocês acabam comigo.
Esse capítulo é na visão do Oliver, sim muitos querem saber como vai ser Olicity com a chegado do Malone..kkkk.. isso nem eu sei responder, ideias estão vindo e tenho que pensar em como vou introduzir ele na história. Gente eu ainda não decidi qual capítulo Oliver vai descobrir que Liv é filha dele, a forma que ele vai descobrir essa eu já sei e não vou contar vou deixar todas na curiosidade. Helena vai começar a jogar sujo, eu jã não gostava dela depois desse capitulo que escrevi quando estava indo passar meu ano novo na Bahia. Pois é meninas.. Eu linda e maravilhosa na Bahia na praia podendo curtir um solzinho daqueles o que eu fiz? Peguei o celular e fui terminar de escrever o capitulo de One Love, isso porque eu amo muito vocês.

Chega de blá blá e boa leitura.

Capítulo 7 - Capítulo Seis


Pov Oliver.

 

Hoje o Governador Bertinelli daria uma festa beneficente, mas todo mundo sabia que isso era uma fachada que ele usaria para arrecadar fundos para sua campanha de reeleição. Eu não estava nem um pouco a fim de estar presente nessa festa, de dar uma de bom marido, mostrar um casal perfeito que de perfeito não tinha nada.

Olhei para escrivaninha e o envelope com os papéis do divórcio continuavam no mesmo lugar que eu havia deixado. Helena nem se deu o trabalho de abrir o envelope. Dei um soco na mesa só de lembrar daquele maldito entrando na sala da Felicity e se apresentando como namorado dela. Seria verdade? Será que era isso que ela queria me dizer na noite passada? Não poderia ser isso. Por que ela não havia falado nada? Ficou parada, vendo a Laurel me tirar da sala dela, e ele a beijando.

― Oliver, você já está pronto? – perguntou Helena, entrando no quarto. ― Sabe que não gosto de chegar atrasada, e como filha do Governador, tenho que ser a primeira a chegar.

―Então por que não vai sozinha? Sabe que não gosto dessas festas que seu pai dá.

― Você é meu marido. Então você tem sim que estar presente, gostando ou não. – ela olhou para escrivaninha e viu o envelope. ― Acho que você sabe qual é a minha resposta sobre isso.  – ela apontou para o envelope.

― Eu estou pouco me importando com qual é a sua resposta, e só quero que você assine esses malditos papéis, simples.

Fazia dois anos que vinha querendo me divorciar da Helena, dar um basta nesse casamento de fachada, mas eu nunca tinha motivo, e há dois meses encontrei esse motivo. A volta da Felicity à cidade me fez perceber que eu nunca havia me esquecido dela, nunca esqueci o amor que sentia por ela. Nem inúmeras vezes que fui até Nova York só para vê-la nem que seja de longe, se não fosse pelo Ray eu jamais saberia que ela estava morando em Nova York. Que estava vivendo a vida dela longe de mim, e fui o culpado por isso. Se eu tivesse contado a verdade a ela, se eu tivesse sido sincero. Ao contrário, eu escolhi a mentira e aceitar aquela chantagem.

―Se você acha que vou te dar o divórcio para você poder ficar com aquela mulher, está muito enganado, Oliver. Eu nunca vou assinar esses papéis.

― Coloca uma coisa na sua cabeça, Helena.  – a segurei pelos braços. ― Eu não te amo mais, nunca te amei. O pouco de respeito e carinho que eu tinha por você acabou. Acabou quando você fez a sua escolha por futilidade sua.

― Você vai tocar nesse assunto de novo? Vai começar tudo de novo, Oliver? E só isso que você soube falar nesse um ano.

― Pois é, Helena, eu poderia estar comemorando o aniversário de um ano do meu filho, se você não tivesse abortado por um capricho seu. Por que não queria ter filhos, sei não quer criá-lo ou ter algum vínculo eu não me importo mais eu teria criado o meu filho teria dado todo amor mundo a ele.

Até hoje eu não a perdoava por isso, tudo que eu mais queria nessa vida era ser pai, e Helena havia me tirado esse sonho. Para falar a verdade o sonho de casar, ter filhos e construir uma família esse sonho eu sempre tive com a Felicity, sempre soube que ela era a mulher da minha vida, e ainda é. O momento que joguei tudo fora foi a minha desgraça, passei seis meses bebendo direto na boate, eu só vivia lá. Minha mãe havia ido inúmeras vezes atrás de mim e numa dessas vezes eu estava tão bêbado que acabei discutindo com ela e falando da traição dela e que eu sabia que Thea é filha do Malcolm.

Minha mãe ficou tão assustada que ela não sabia o que falar, me pedia minha desculpas, mas falava que não estava arrependida do que fez e que meu pai também não era nenhum tipo de homem fiel que ela sabia das traições dele principalmente quando ia viajar para fora. Foi quando ela revelou algo que me deixou mais surpreso ainda, que meu pai tinha se apaixonado por uma antiga estagiária da empresa que ele estava disposto a largar tudo para ficar com ela, inclusive a largar família. Quando ele estava no aeroporto se preparando para fugir com a sua amante, ele recebeu uma ligação da nossa empregada Raisa avisando que a Thea tinha sofrido uma queda e tinha quebrado o braço. Ele largou tudo no aeroporto e foi correndo para o hospital ver a Thea. Ela também falou que ele sempre soube que a Thea não era filha dele e se alguém se atravesse abrir a boca para falar sobre isso, que ele mandava dar fim na pessoa.

A cada dia que passava, eu ficava mais surpreso com meus pais, o mundo de mentiras que eles criaram, e que tudo que os pais perfeitos que eu achei que eles fossem não passava de uma ilusão criada por mim. Eu não sei como a Thea vai reagir quando souber que o pai verdadeiro dela é na verdade o seu padrinho, Malcolm Merlyn.

Jurei pra mim mesmo que jamais serei um pai igual ao que os meus foram. Que nunca contaria uma mentira para o meu filho

― Eu falei pra você diversas vezes que não quero ter filhos, que não vou carregar uma criança por nove meses, ficar gorda e com os peitos caídos porque tenho que alimentá-lo. E você deveria ter me apoiado, não sabe o quanto doeu em mim, mas ao contrário você se trancou naquela maldita boate e transou com a primeira vagabunda que sorriu para você. Então não me venha com desculpas porque você escolheu isso, Oliver, quando dormiu com a Kara. E o que você acha que seu filho pensaria quando visse que seus pais dormem em quartos separados e que mal dão um bom dia. E que o pai dele prefere passar noites dormindo na boate do que em casa? Que a mãe dele não quis tê-lo? O que acha Oliver? Mentiria para ele, igual seus pais mentiram pra você? Uma vez Queen, sempre Queen.

― Não me compare com meus pais, eu não sou igual a eles.

― Será mesmo, Oliver?  ─ ela foi saindo do quarto e parou na porta. ―Te espero lá embaixo, não demore.

Terminei de me arrumar e fui descendo as escadas, quando escutei a Helena falando com alguém ao telefone. Assim que ela me viu, desligou assustada. Não dei muita ideia para isso, pois nunca me interessei em saber com quem ela andava, falava ou se estava me traindo. Por mim tanto fazia, porque amor da minha parte por ela nunca houve e nunca vai haver.

No trajeto até a festa, nós fomos em total silencio, Helena até tentou puxar algum assunto, mas como eu não estava dando ideia, ela resolveu ficar na dela, não disse mais nada. Quando chegamos, percebi que tinha mais fotógrafos do que o normal. Isso com certeza não era uma festa qualquer que meu querido sogro estava planejando. Quem será o anfitrião que ele vai chantagear para que banque a campanha dele? Com certeza algum idiota que cairia na primeira coisa que ele mostrasse.

― Oliver! ─ disse ela com um olhar apreensivo. ― Será que você…

― Pode deixar, Helena, vou continuar mantendo as aparências. Só não sei até quando. E não se preocupe: se não contei pro seu pai o que você fez, não vai ser agora que vou contar. Imagina do que ele seria capaz de fazer quando descobrir.

― Pode deixar que eu mesma converso com o meu pai sobre isso. Não agora mais depois que as eleições acabarem.

Descemos da limusine e nos abraçamos para as fotos, como se fôssemos o casal mais feliz. Pena que ninguém sabe o inferno que é a minha vida.

Assim que entramos, fui direto para o bar, e Helena foi cumprimentar alguns políticos e suas esposas. Eu pedi um uísque sem gelo, e fiquei ali parado vendo Helena falar com as pessoas como se nada tivesse acontecido.

―Você é o dono da empresa Queen? ─ um homem com uma voz meio rouca me perguntou. ― Prazer. Dean Winchester.

― Prazer. Oliver Queen. ─ o cumprimentei. ― Por que seu nome não me é estranho? Já ouvi em algum lugar.

― Deve ter ouvido meu nome do leilão. Fui eu que arrematei a mansão Queen.

― Pode ser, mas ouvi em outro lugar. ― tento fazer um esforço e lembro. ― Eu vi seu nome com um dos empresários que queria comprar a empresa da minha família.

― Corrigindo: ainda quero. ─ ele deu um gole da sua bebida. ― Sei que não vai querer tratar de negócios aqui, até porque isso não é um tipo de ambiente para se falar sobre isso. Só que você ainda não me deu uma resposta, não retorna as minhas ligações nem aos meus e-mails.

― Desculpe, mas não sou eu que estou à frente disso. E também, para vender, minha irmã tem que estar de acordo.

― Você tem a maior parte das ações, então a decisão é sua. A primeira oferta foi feita pelo senhor Palmer, e então decidimos dobrar a oferta. Você deve perceber que nenhum empresário dobraria uma oferta para comprar uma empresa que já está falida.

Ele tinha razão, nenhuma pessoa em sua sã consciência faria uma oferta dessas, não que seja tentadora. Mas para vender a empresa, Thea teria que estar de acordo com a venda. Por mais que eu possua a maior parte das ações. Mas o que me deixa mais intrigado é o porquê essa insistência em comprar a empresa da minha família que já está falida. Isabel Rochev comprar, eu não falo nada, mas a Palmer Tech, que era uma empresa do Ray e agora passou a ser comandada pela Felicity...

― É uma oferta bastante irresistível, Senhor Winchester. ─ respondi a ele. ― Mas como você sabe, não posso te dar uma resposta sem conversar com a minha irmã.

― Dispenso as formalidades. ─ respondeu ele. ― Pode me chamar de Dean. ─ ele olhou para o celular que tinha tocado. Imagino que fosse mensagem de alguém. ― Eu já imaginava por isso, mas caso concorde, podemos fazer uma reunião com a sua irmã presente e mostrar a proposta que a Palmer Tech tem a oferecer.

Uma mulher sedutora e linda chegou perto da gente e tomou um gole da bebida dele. Ela não gostou nem um pouco.

― Pelo jeito, os abutres já estão em cima da carniça achando que vão ganhar. ─ disse ela, encarando ele.

― Fale por você, Isabel. Eu estou apenas tendo uma conversa nada formal com o Oliver.

Então essa era Isabel Rochev, de quem eu havia ouvido falar muito nos últimos meses. Walter sempre mencionava o nome dela e que eu deveria aceitar a proposta de compra que ela fez. Mas naquela época, eu não pensava nisso meu mundo estava sem sentido. Eu tinha acabado de descobrir que Helena escolheu tirar o nosso filho, toda vez que me lembro disso, sinto um aperto no peito. Eu nem prestava atenção no que aqueles dois estavam conversando. Peguei meu copo com uísque e saí do bar sem dizer uma palavra.

Fiquei olhando para aqueles rostos que estampavam um sorriso mais falso que uma nota de três dólares. Muitos que estavam nessa festa não apoiavam ou não gostavam do meu sogro, mas ainda assim estavam presentes com as suas mulheres, bebendo, conversando e se abraçando parecendo que eram amigos e não rivais.

Olhei para entrada e vi Felicity entrando junto com a Laurel. Elas falaram alguma coisa e depois soltaram um sorriso. Felicity olhou em volta como se estivesse procurando por alguém, como se algum daqueles rostos fosse alguém que ela quisesse muito que estivesse nessa festa. Ela olhou, cumprimentou algumas pessoas, pegou uma taça de champanhe que o garçom lhe ofereceu, e voltou a conversar com a Laurel. Quando estava me preparando para poder ir falar com a Felicity, senti alguém segurando no meu braço.

― Não se atreva a falar com aquela mulher. ─ disse Helena segurando no meu braço bem forte. ― Você não teria a cara de pau de fazer isso. Quer que eu passe por mais uma humilhação, é isso, Oliver?

― Humilhação? É isso mesmo que ouvi você falar? ─ tirei a mão dela do meu braço e a arrastei para algum canto daquele salão onde ninguém percebesse a nossa discussão. ― Então vamos falar de humilhação: o que seu pai pensaria quando eu subisse naquele palco e anunciasse para todos o que a belíssima filha do Governador fez. Não me provoque, Helena.

― Isso é uma ameaça, Oliver? Se for, pense duas vezes antes de querer ameaçar uma Bertinelli. Eu sou capaz de passar por cima de qualquer pessoa sem nenhuma piedade, mesmo que essa pessoa seja meu marido.

Fico em silêncio, a encarando.

― Eu não tenho medo de você. – respirei bem fundo. ― Porra! – dei um soco na parede. ― Eu não te amo, Helena! Qual parte dessa merda de casamento você não entende? Assina o divórcio e você vai ficar livre de mim para sempre, livre para ficar com quem você quiser, alguém que não queria ter filhos igual a você. Eu não quero mais viver debaixo do mesmo teto que você, não quero respirar o mesmo ar que você respira, eu sinto pena de você. Pena de alguém que prefere ficar num casamento infeliz, pena de alguém que tem um marido que não a suporta mais. Põe uma coisa na sua cabeça: esse casamento acabou.

― Se você se atrever a chegar perto daquela mulher, eu acabo com você. ─ ela saiu andando e foi em direção a um grupo de mulheres.

Tudo na minha vida estava errado: eu era casado com uma mulher que eu não amava, e a mulher que eu amo estava nos braços de outro. Saí andando em direção ao bar e peguei uma garrafa de uma bebida qualquer. Fui em direção ao jardim, que por sinal estava lindo, todo iluminado. Parecia um cenário de filme onde o mocinho encontra sua amada sentada num banco. Ele sentou ao lado dela, e pediu perdão por todos os erros que cometeu no passado, erros que fizeram eles se afastarem, erros dos quais ele se arrepende profundamente de ter cometido, mas que ele teve seus motivos. Motivos que ele contaria a ela e esperava que a sua amada o compreendesse, o perdoasse. Ele se ajoelhou no chão chorando, implorando pelo seu perdão. Em meios às lágrimas, ele disse que a ama, que nunca esqueceu dela nesses seis anos, que pensou várias vezes em jogar tudo pro alto que ir atrás dela, atrás da sua amada, aquela que ele escolheu para ser dele. Mas como um covarde que era, não conseguia sair do lugar e ao invés de lutar pelo seu amor, escolheu seguir outro caminho, o caminho que os pais deles escolheram casar com aquela que ele nunca amou, que nunca ia fazer ele feliz como a sua amada fez. Aquela que não tem o mesmo sorriso que ela. Ele a olhou, e ela disse que também o ama que jamais esqueceu o amor que sente por ele, mesmo ele a magoando no passado é ele que ela escolheu. 

Sentei no banco, abri a garrafa comecei a beber e imaginar aquela cena. Fico ali por uns quarenta minutos, quando alguém chegou perto de mim.

― Vai voltar com o vício? ─ eu reconheci aquela voz, será que eu bebi demais para ficar imaginando coisas. ― Dessa vez qual foi o motivo? ─ não era minha imaginação. Vinte anos poderiam passar, que eu reconheceria aquele tom de preocupação misturado com deboche.

Olhei para o lado e vi Mckenna Hall em pé ao meu lado com uma cara de poucas e boas. Ela tirou a garrafa da minha mão.

― Se for para me dar uma lição de moral, é melhor você voltar para Chicago. Hoje não estou a fim de sermão. – peguei a garrafa da mão dela e voltei a beber.

Mckenna, Tommy e eu sempre fomos melhores amigos: um trio de amigos inseparáveis que cresceu juntos. Frequentamos as mesmas escolas até a nossa adolescência. Nossos pais sempre foram dos mesmos ciclos de amigos, sócios do único clube de Seattle. Mas quando entramos para faculdade, Mckenna foi cursar Direito na faculdade de Chicago, seguir os passos do pai dela que era um advogado muito famoso em Seattle, mas nunca perdemos contato. Quando ela não podia vir para Seattle por causa das provas, eu e Tommy íamos até Chicago visitá-la e nem lembrava quando tinha sido a última vez que nos vimos. Ah! Claro que lembrava, foi quando terminei com a Felicity e fui para Chicago atrás da Mckenna. Precisava conversar com alguém que me entendesse.

― Você sempre achando que a bebida resolve seus problemas. – ela sentou ao meu lado. ― Esqueceu da última vez o que aconteceu? Acho que você se lembra de muito bem.

Como poderia esquecer?

Eu tinha ido até Chicago visitá-la, mas acabei parando o carro em algum bar e fiquei bebendo. Conheci uma mulher qualquer e a levei para o hotel onde eu estava hospedado. Chegando ao meu quarto bebemos e logo depois que tomei o segundo copo comecei a sentir uma forte dor de cabeça e uma tontura. A única coisa que me lembrava era daquela mulher abrindo a porta para um cara entrar. Depois desmaiei e acordei com o Tommy me segurando no chuveiro tentando me acordar e voz da Mckenna como se ela estivesse conversando com alguém.

Sinceramente eu não sei como o Tommy sabia onde eu estava. Naturalmente, ele rastreou meu celular pelo GPS e foi atrás de mim em Chicago.

― Eu sei muito bem o que aconteceu, não precisa me lembrar. ─ fui rude com ela, que me olhou esperando uma desculpa minha. ― Desculpe.

― Você sabe muito bem que toda vez que você resolve encher a cara, pega a primeira que se oferece para você. E naquele dia, foi por pouco que você não morreu.

― Desde aquela noite que não fico com nenhuma mulher, sabe disso.

― Na época a desculpa era que havia perdido a mulher que você amava. E agora? Qual vai ser a desculpa para voltar a beber?

Passei a mão na cabeça.

― Helena não quer dar o divórcio.

― Isso não é motivo para beber, Oliver. E outra, até hoje não entendo porque você se casou com aquela mulher, nunca fui com a cara dela e nunca vou. Sabemos muito bem que não é ela que você ama. E pelo o que eu me lembre, naquela época você saiu de Chicago decidido a ir atrás da Felicity. Um mês depois, recebi o convite do seu casamento.

― O casamento que você se recusou a ir e não aceitou ser a minha madrinha.

― Sabe que nunca fui a favor dessa loucura, não me vem com papinho que fez isso porque sua mãe pediu que sabemos muito bem que não é só por causa disso. Você teve todos os motivos do mundo para dizer NÃO e ir atrás da Felicity.

Mckenna tinha razão, eu tive oportunidades para dar um basta nisso, impedir essa loucura da minha mãe e contar para Thea toda verdade, não me render a uma chantagem barata que me fez perder o grande amor da minha vida.

― Sabe que hoje em dia existe uma coisa chamada Divórcio Litigioso?

― Sei sim, e você não tem ideia do quanto eu queria fazer isso. Mas… ─ não terminei de falar e fiquei pensativo.

― Mas o quê, Oliver? Se você quer mesmo o divórcio, nada pode te impedir, nem mesmo a Helena. Então é isso que você quer? Viver num casamento de aparência? Viver como um fantoche na mão daquela mulher? Você não é o Oliver que eu conheço. Cadê o Oliver Queen que com pouco dinheiro na carteira arrastou seus dois melhores amigos para fazer um mochilão e conhecer o Brasil, porque cismou que deveria ir atrás daquela brasileira que você conheceu numa festa de um amigo nosso, dormiu com ela apenas uma vez e falou que ela era a mulher da sua vida?

― Você sabe muito bem que eu era imaturo naquela época e não sei por que você e o Tommy deixaram eu fazer essa loucura. Por que não me impediram?

― Já que estávamos todos juntos e você empolgado com a viagem, decidimos não te impedir. Mas se bem que foi divertido, nós três num país aonde nunca fomos atrás de uma garota que você dormiu uma vez só e que nem sabia o nome dela. Até que de tanto procurar, fomos curtir a noite num luau naquela praia. Qual é mesmo o nome?

― Praia dos Espelhos. – falei.

― Essa mesma, e você encontrou a tal mulher da sua vida beijando outro cara.

Começamos a rir juntos. Foi a melhor época da minha vida. Eu era um homem que podia tomar as minhas próprias decisões, não deixava ninguém e nem mesmo meus pais se intrometer na minha vida.

― Eu não sei se posso ser esse Oliver ou se um dia vou voltar a ser ele.

― Claro que pode, basta você querer e se esforçar.

Ficamos sentados por alguns minutos olhando para as estrelas, eu pensando no que Mckenna havia falado, e ela parecia estar pensativa. Eu ainda não sabia por qual motivo ela havia voltado para Seattle. Será que era saudades? Desde que seu pai havia falecido - na mesma época que a minha mãe - mal conversávamos. Mckenna mudou, não queria conversa, e eu como seu melhor amigo, sabia muito bem a dor que ela estava sentindo, o apoio que ela queria e eu não podia dar. Tinha feito um mês que a minha mãe havia falecido, e eu ainda não estava sabendo lidar com aquela dor, não podia lhe oferecer meu ombro amigo.

― E a propósito, o que te fez voltar para Seattle? ─ perguntei levantando e dando as mãos a ela.

― Sou a nova delegada de Seattle.

Aquilo me deixou bastante surpreso. Mckenna delegada? Desde quando? Quando ela resolveu ser uma policial e nunca me falou nada.

― Você me deve uma explicação sobre isso.

― Sim, devo tanto a você quanto ao Tommy, mas prometo explicar isso outro dia. Mas agora vamos entrar antes que a sua querida esposa dê um ataque.

Fomos em direção ao salão principal, meu sogro estava fazendo um discurso, e Helena estava ao lado dele. Tentou disfarçar com um sorriso quando me viu entrando acompanhado com a Mckenna.

Mckenna deu um sorriso irônico e me deu um beijo na bochecha e me abraçou.

― Você gosta de provocar ela. ─ falei sorrindo e retribuindo aquele braço.

― Qual finalidade de entrar acompanhada do meu melhor amigo e não poder provocar a mulher dele? ─ ela deu um sorriso e pegou uma taça de champanhe. ― Vou falar com o Tommy antes que ele surte porque cheguei e fui falar com você primeiro.

Ela foi falar com o Tommy, que estava com a Laurel.

Fiquei por alguns minutos vendo aquele patético discurso e todos aplaudindo. Olhei em direção do bar, e vi a Felicity linda e radiante como sempre, usando um vestido azul longo. Seus cabelos estavam soltos o que a deixava mais linda. Eu queria chegar até ela e tirá-la desse lugar, levá-la para um lugar onde só haveria nós dois, e eu a teria novamente nos meus braços. Eu a fitava com os olhos sem me importar que alguém percebesse, eu só queria sentir seus lábios nos meus novamente.

Alguém me chamou, fazendo com que eu recobrasse meus pensamentos mais insanos. Ah! Como eu desejava aquela mulher.

Fiquei conversando com algumas pessoas. Eu estava louco para sair de perto daquelas pessoas e ir atrás da Felicity, que não estava mais no bar. Será que ela já foi embora? Foi embora sem ao menos falar comigo? Pelo menos um Oi?

Em meio a tanta gente, procurei por ela, que estava num lugar mais isolado conversando com a Helena. E pela forma que elas falavam, não parecia ser uma conversa amigável. De longe fiquei observando tudo. Felicity foi embora, e eu fui atrás dela.

― Felicity? ─ chamei, e ela continuou andando. ― Felicity Megan Smoak. ─ sei que ela nunca gostou de ser chamada por mim pelo nome todo.

― O que você quer, Oliver? ─ ela parou e ficou de costas. Pela sua voz, deu para perceber que ela estava chorando.

― O que você e a Helena estavam conversando? Ela te fez alguma coisa? Por favor, fale comigo?

Ela olhou e eu percebi que seus olhos estavam cheio de lágrimas. Cheguei perto dela, e puxei um lenço do meu bolso. Limpei aqueles lindos olhos.

― Eu te amei um dia, Oliver, e agora percebi o quanto errei em voltar para Seattle. Percebi o quanto errei quando transei com você naquela noite do baile.

― Sei que você ainda me ama, Felicity. O que aconteceu com a gente na noite do baile não foi um erro, ambos queríamos. Você se entregou pra mim e falou que me amava.

― Não, Oliver, você está muito errado.

― Você está falando isso por causa do pai da sua filha? Você tem medo que ele tire ela de você? É isso, Felicity? Era isso que você queria me falar naquele dia?

Se era isso que ela queria me contar naquela noite, eu a perdoaria, e ajudaria a criar sua filha. Daria todo o meu amor de pai para ela. Se Felicity soubesse o quanto sonho em ser pai, que eu assumiria a filha dela mesmo sendo de outro, que quero formar uma família com ela.

― Pai da minha filha?─ ela me olhou confusa e ficou pensativa.

― Eu sei que ele é o pai da sua filha.

― Oliver há seis anos, eu fui apaixonada por você. Eu te amei como eu nunca tinha amado nenhum homem nessa vida. Entreguei minha vida a você de tal forma que me assustei, mas me vi completamente apaixonada e não conseguia mais parar pensar em Oliver Queen. Mas você jogou tudo fora, você jogou fora todo amor que te dei, jogou fora tudo que aconteceu com nós dois, nossos planos, nossos sonhos. Você escolheu amar a Helena, você escolheu amar e ser feliz ao lado dela. Mesmo sofrendo, com o coração partido eu dei continuidade à minha vida. Tenho uma filha linda e um homem que me ama de verdade e não vou jogar isso fora por causa de uma aventura, por causa de uma pessoa que sabemos que nunca me amou.

― Eu fui atrás de você em Nova York. – disse a ela.


Notas Finais


Boa leitura


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