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História One more chance? - Kiss


Escrita por: wtfmar

Notas do Autor


hey hey

Capítulo 9 - Kiss


Katy acordou com calma e descansada, como se tivesse dormido por mais de 24h. Deixou a mente voltar à Terra lentamente enquanto tomava consciência do próprio corpo. Estava deitada na cama de uma suíte de um Hotel, na suíte ao lado da que era ocupada por Rihanna. Mas, de quem era aquele braço que a enlaçava pela cintura?

Conseguiu sentir o cheiro do perfume da morena pairando no ar e preferiu aproveitar o calor daquele abraço conhecido por mais alguns segundos. Espiou o relógio que tinha colocado na mesa de cabeceira. Ainda eram 4:15 da manhã, o que significava que tinha dormido apenas umas duas horas.

Fez um esforço sobre-humano para se virar sem acordar a outra. Gostava de observar Rihanna dormir, ela sempre parecia tão tranqüila. Era um dos únicos momentos em que ela não colocava uma barreira ao redor de si mesma. Katy removeu uma mecha de cabelo que caía no rosto da cantora e gentilmente acariciou seu rosto.

Naquele momento não existia Margot, revista, Dianna, Johnny, entrevista, Karen e nem aqueles últimos 10 anos. Katy sentia como se apenas as duas fossem reais. Deslizou a mão do rosto de Rihanna para seu pescoço, ombro e pelo braço até chegar em sua mão. Observou a pele da mulher ficar arrepiada e roçou as unhas, fazendo o caminho inverso. Quando começou a brincar com o dedo indicador pelo pescoço, Rihanna abriu os olhos e encarou firmemente dentro dos de Katy. Havia ali milhares de perguntas não feitas, mas apenas uma resposta para todas elas.

Katy espalmou a mão que estava no pescoço de Rihanna na nuca da cantora e a puxou para um beijo. Vontade, volúpia, fome, desejo, saudade. Tantos sentimentos se misturavam na guerra que as duas travavam. Rihanna correspondeu com a mesma impetuosidade, agarrando Katy pelos braços, a puxando para cima de si mesma. Tentavam tocar cada centímetro de pele da outra, sem descolar os lábios.

A jornalista ergueu o corpo, prendendo Rihanna entre as pernas, e se desfez da camiseta do pijama desengonçado. A morena espalmou uma das mãos na barriga de Katy e subiu em direção ao seu pescoço, puxando-a pela nuca para mais um beijo. As duas travavam uma deliciosa batalha para saber quem estava no controle, cedendo e tomando em iguais proporções.

Para aprofundar ainda mais o contato, Rihanna impulsionou seu corpo sobre o de Katy. Queria ficar por cima, mas tudo o que conseguiu foi alcançar o fim da cama e derrubar a jornalista no chão.

Katy levantou-se assustada. Não estava no chão, estava na cama. Ao seu lado, Rihanna dormia tranquilamente, mas nada de braço ao redor da sua cintura nem cheiro de perfume pairando no ar. Fora tudo um sonho. Real. Até demais. Levou uma das mãos aos lábios e podia jurar que ainda sentia o gosto da cantora neles, mas achou que devia estar ficando louca.

- É melhor eu tomar um banho gelado antes que eu perca a cabeça.

(...)

- Acorda, Rihanna. Já são 8h30 da manhã e eu tenho um monte de coisas para fazer antes do seu próximo compromisso.

Rihanna abriu os olhos sem ter muita certeza de onde estava. Mas isso não era importante naquele momento, já que a primeira visão que teve ao acordar foi o rosto de Katy, tão bonito quanto na época em que namoravam. Ela tinha os cabelos negros molhados e penteados para trás de qualquer maneira, nem um pingo de maquiagem e, ainda assim, não podia parecer mais linda.

- Hum? Katy? O que você está fazendo aqui?

- Esse é o meu quarto, lembra? Você dormiu aqui.

Lembrava de ter ido ao quarto de Katy para conversar um pouco e de ter deitado um pouquinho na cama dela, apenas para ficar mais confortável. Deviam ter apagado em algum momento daquela conversa. Não era assim que gostaria de ter dormido novamente com a ex-namorada, mas já era um bom começo.

- Verdade... Bom dia, Katy. Dormiu bem? – Perguntou espreguiçando-se como uma tigresa na cama.

- Bom dia, Rih. – Observou a cantora em sua cama, lânguida, e se perguntou por que ela tinha que parecer tão atraente àquela hora da manhã. – Dormi muito bem. Você?

- Como um bebê. Acho que a sua voz continua operando maravilhas pelo meu sono.

- Que bom. Fico feliz em saber. Agora, será que dá para você voltar para a sua suíte? Daqui a pouco a Karen vai começar a procurar por você e achar que eu te sequestrei, ou algo parecido. Além disso, eu ainda preciso trabalhar um pouco antes de partirmos para a sua agenda.

- Quer dizer que você dorme comigo e depois me enxota do seu quarto?! Assim eu vou começar a achar que eu sou qualquer uma! – Tinha um tom zombeteiro na voz, mas a pergunta camuflava uma pontinha de verdade.

- Você sabe que não é qualquer uma e eu não dormi com você, Rihanna.

- Não? O que foi aquilo, então?

- Nós dormimos na mesma cama, mas não dormimos juntas. – Apenas nos meus sonhos, pensou. – Percebeu a diferença?

- Ainda não, mas talvez eu ainda esteja dormindo. Quem sabe?

- É. Quem sabe.

Katy atravessou o quarto atrás de Rihanna para abrir-lhe a porta e reparou, pela primeira vez, como a morena ficava bem naquela camisola. O tecido macio parecia abraçar cada curva de seu corpo e a barra da saia mostrava o suficiente das pernas torneadas para fazer com que Katy precisasse de mais um banho gelado. Começava a detestar o seu profissionalismo.

- Vejo você no café da manhã?

Rihanna virou-se rapidamente para trás e flagrou Katy avaliando seu corpo mal coberto pela camisola. Deu um meio sorriso. Agora tinha certeza de que a jornalista queria aquilo tanto quanto ela e era tudo uma questão de tempo.

- Ahn... Claro. No café da manhã.

(...)

Sentia-se mal expulsando Rihanna do seu quarto daquele jeito, principalmente depois da conversa que finalmente tiveram, mas precisa fazer sua ligação diária para Dianna e não queria correr o risco de a editora ouvir mais do que deveria. Além de ser extremamente difícil manter a concentração no trabalho com uma Rihanna apenas de camisola a poucos metros de distância.

Colocou o computador na mesa e enquanto esperava a máquina iniciar, ligou para a chefe. Não sabia muito bem o que dizer para ela, mas ordens eram ordens. Do outro lado, o telefone foi atendido antes do segundo toque.

- Bom dia, Katy.

- Bom dia, Dianna. Liguei cedo demais?

- Claro que não. Já estou da redação. E como está indo a entrevista? Já temos a nossa capa?

- As coisas estão indo bem. O Johnny fez algumas fotos incríveis ontem e eu já consegui bastante material. Principalmente sobre o lado profissional. Estou deixando que ela tenha tempo para confiar em mim para falar sobre as coisas mais pessoais.

- Claro. Faz sentido. Muito bom trabalho, Katy.

- Obrigada.

- Só uma perguntinha, antes de eu deixar você voltar ao trabalho. O que você sabe sobre uma Karen Smith?

- É a assessora de imprensa da Rihanna. Por quê?

- Porque eu recebi um email dela, na noite passada, dando a entender que a sua relação com a Rihanna não seria exatamente apropriada. Palavras dela.

- Olha, Dianna. A Karen veio ontem ao meu quarto para fazer todo tipo de ameaça. Eu já dei as respostas que eu podia e posso te garantir que você não tem nada com que se preocupar.

- Ótimo. Que isso continue assim.

E desligou o telefone sem se despedir, deixando Katy plantada no meio do quarto, com um ponto de interrogação no lugar dos olhos.

Ela, então, resolveu que o melhor que tinha a fazer era trabalhar. Quem sabe assim pararia de pensar em Karen e numa Rihanna extremamente sensual que resolveu fazer gracinhas em seus sonhos.

Transcreveu uma série de anotações sobre os momentos que tinha passado com a cantora. Tinha o costume de começar um arquivo com tudo o que pudesse se lembrar sobre seus entrevistados assim que possível. Era uma maneira de manter a matéria o mais próxima à realidade possível.

Depois de cinco páginas de texto, resolveu que merecia um descanso. Fechou o notebook e esticou as costas, aliviando a tensão na coluna. Trocou de roupa e antes de encontrar com o resto das pessoas, decidiu que tinha uma última ligação a fazer.

Discou o número que sabia de cor sem nem precisar olhar para o teclado. Os dedos já estavam treinados a fazer aquele movimento. Colou o telefone ao ouvido com apreensão. Não sabia o que falar para a namorada quando ela atendesse. Sabia apenas que precisavam conversar. Mas não teve chance disso. A ligação foi direcionada diretamente para a caixa-postal.

- Oi, Margot. Sou eu. Olha, eu sei que eu devo ser a última pessoa da terra que você quer ver nesse momento, mas eu realmente acho que a gente deve conversar. Não dá para jogar dois anos na lata do lixo desse jeito. Eu te amo! Por favor, me liga. Deixa eu explicar as coisas. Uma chance só de...

Um apito estridente soou em seu ouvido, indicando que o limite da mensagem tinha sido alcançado. Nada mais restava a fazer.

- Agora só me resta esperar – falou para seu reflexo no espelho do elevador, enquanto descia para o café da manhã.

- Esperar o que?

Pelo espelho viu Rihanna forçar a porta do elevador a se abrir.

- Nada, Rihanna. Nada.
 



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