1. Spirit Fanfics >
  2. One More Chance >
  3. Aparência.

História One More Chance - Aparência.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


Não demorei em? rsrs
Mais um capítulo, obrigada pelos comentários.
Boa leitura🌼

Capítulo 10 - Aparência.


Fanfic / Fanfiction One More Chance - Aparência.

Point of view América Singer 

Peguei o táxi que estava desembarcando uma pessoa na frente do salão. Falei o meu endereço e então não precisei dizer mais nada. 

O caminho inteiro foi um sofrimentos doloroso demais. Lutei para não deixar minhas lágrimas fugirem dos meus olhos. 

Quando finalmente cheguei em casa, subi, peguei o dinheiro e entreguei para o taxista depois fui direto para o meu quarto. 

Eu o odiava com todas as minhas forças. Não entendia como alguém conseguia ser tão mau a ponto de plantar bons sentimentos em alguém e depois destruir um por um sem dó nem piedade. Nunca consegui entender o porque das pessoas magoarem as outras, será que elas não sabem que isso simplesmente machuca e deixa cicatrizes irreparáveis? 

A dor da alma sempre dura mais que a dor física e eu me detestava por ser tão sensível, por ter me entregado para alguém que não valia a pena, por ter vivido algo que nunca existiu e principalmente por ter me jogado de cabeça em um buraco negro. 

George estava na cozinha fazendo o café da manhã com Celeste cantando e fazendo brincadeirinhas de casais. Apertei a minha bolsa no ombro e limpei a garganta querendo atenção. Eles me olharam.

- Estou indo dar uma volta... Até mais. 

- Ames, está tudo bem mesmo?

- Sim.

- Não quer comer? Fiz waffles.

- Não. Obrigada, George.

Eles me olharam sem graça mas não tentaram me impedir.

Desci as escadas e entrei no táxi que estava me esperando. Indiquei o endereço e então me encostei no vidro da janela. 

A viagem durou uns vinte minutos, eu não tinha noção do quanto Angeles era grande e estava empenhada em descobrir cada cantinho ali já que eu não tinha expectativa de nada na minha vida e também não tinha mais o que fazer.

Paguei o motorista que me olhou de um jeito safado e antes que ele falasse alguma coisa entrei na portaria.

- Bom dia - disse o porteiro - Nathalie? - perguntou gentil.

- Sim.

- Ela já liberou a sua entrada, pode subir.

- Obrigada.

- Dessa vez o Maxon não veio?

Quase deixei escapar uma grosseria.

- Não - sorri pra ele.

Subi pelo elevador e então fui até a casa dela. Toquei a campainha e ela abriu, me dando passagem.

- É muito bom saber que você gostou, América. Senta!

Me sentei no sofá macio e ela se sentou na minha frente. 

- Tenho uma surpresa pra você. Hoje vamos conversar normalmente, nada de sala especial e de perguntas, mas tenho uma surpresinha por você. Espere um instante - ela se levantou e entrou em um dos quartos.

Me distraí observando a linda sacada da sala, no meu quarto tinha uma assim, maravilhosa. Eu adorava acordar e ir sentir a brisa de manhã todos os dias, era bom demais.

- Essa é a Hanna, minha sobrinha - olhei para Nathalie e senti meu estômago ferver.

Ela estava segurando um bebê no colo que se mexia impaciente. 

- Você quer pegá-la, América? - perguntou se sentando na minha frente e me mostrando a linda garotinha. 

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu estendi os braços para poder pegar a criança. Nathalie me deu ela e quando eu a tive nos braços, senti que todos os meus problemas nunca tinham existido. 

Os olhos verdinhos daquela menininha estavam acesos e ela estava mexendo a boca, como se pudesse conversar comigo. Não consegui controlar as lágrimas.

 Era estranho demais o que eu estava sentindo naquele momento. Eu estava com um bebê no colo.

Mas de repente o clima estava ficando pesado, e mesmo querendo continuar com Hanna no colo eu queria que ela sumisse dali porque ver o quanto era bom poder estar com ela no colo só me machucava ainda mais e me fazia ver tudo o que eu tinha perdido. 

Eu estava acostumada com crianças, afinal, meu salário dependia delas. Já com Bebês, nunca tive contato direto como estava tendo com Hanna. Não depois de tudo aquilo.

- Não posso - estendi a garota para a tia.

- Ela gostou de você, América - Nathalie nem se mexeu para pegá-la - Fica com ela. É só um bebê, e ela gostou de você.

- Não faz isso comigo, Nathalie, por favor.

- Você precisa superar isso, América. Veja só, ela está rindo pra você. Não feche os olhos, olha pra ela...

Não conseguia. 

Era uma tortura demais 

- América, ela está sorrindo para você. 

- Nathalie...

- Olha pra ela. 

- Não consigo! - ela estava soltando gemidos e gritinhos tão fofinhos... 

- Consegue. Você só não quer, não se permite. Mas não é assim que as coisas funcionam. Ninguém tem culpa do que aconteceu, você muito menos. Você pode abrir os olhos e ver a Hanna ou você pode me entregá-la e então vai continuar com todo esse tormento te bloqueando. A escolha é sua. 

Senti a garotinha se mexer em meus braços sem parar. Era bom demais sentir aquele corpinho tão pequeno e frágil nos meus braços, então eu a puxei de volta para mim.

Passei a manhã inteira com Hanna nos braços, cuidando dela como a fosse minha. Chorei algumas vezes e Nathalie fingiu que não tinha visto nada, mas quando chegou a hora em que eu a coloquei na cama para dormir, senti como se o mundo fosse acabar. Era como se eu estivesse me despedindo de uma parte minha. 

Mas já não era tão ruim. 

A terapia de choque estava funcionando, mas eu ainda estava sentindo aquela dor que eu sabia que nunca seria curada, mas que poderia ser amenizada.

Agradeci Nathalie pela ajuda, tentei pagar mas ela se negou a aceitar e então eu fui embora.

Estava saindo do elevador quando vi Marlee correr na minha direção. Ela me abraçou, como se fôssemos grandes amigas e eu não achei ruim. 

- Que bom te ver! Você mora por aqui? 

- Não, eu só vim... hmmm... 

- Deixa eu adivinhar: Nathalie?

- É - sorri - E aí, como você está? Já contou?

- Estou enjoada - deu de ombros - É horrível. Mas estou bem. Ontem quando chegamos eu contei pra ele que já suspeitava, ele só não disse nada. Dá pra acreditar? Depois que contei, saiu de casa e demorou muito. Fiquei desesperada. Quando voltou estava com um teste de farmácia. Me tranquei no banheiro e fiz aquele negócio estranho e só saí de lá quando o resultado deu positivo. Fiquei com tanto medo! Carter ouviu que ia ser pai e deitou no sofá, eu achando que ele estava sei lá... arrependido. Mas quando fui ver, ele estava chorando de emoção - ela disse com os olhos cheios e lágrimas e eu senti uma inveja enorme, mas me senti imensamente feliz por ela - E então ele me deu o anel de noivado - ela mostrou o anel brilhante - O pedido foi improvisado mas foi perfeito! Ah, nós não vamos nos casar só porque eu estou grávida!

- Da pra ver que vocês se amam. Seu bebê com certeza vai ter muita sorte, você vai ser uma ótima mãe! Parabéns! 

Abracei ela apertado. Eu realmente estava muito feliz e esperava que pelo menos pra ela desse certo.

- E o Cálix? Não veio com você? - perguntou com malícia. 

- Cálix? - fiquei perdida e ela revirou os olhos sorrindo.

- Maxon. É um nome composto horrível, né? Ele odeia ser chamado de Cálix. Não fala que foi eu que te contei, hein? 

Comecei a rir.

- Porque será que é a cara dele? 

- Não sei! Só sei que ele odeia, e como eu já saquei como é que vocês estão jogando esse jogo... 

- Não tem jogo nenhum - esclareci.

- A não, imagina... Só imaginação minha e de todas as outras pessoas que veem vocês dois juntos.

Fui pro salão atender as clientes, todas iam pra mesma festa e estavam afobas, foi um saco pra decidir quem seria a primeira, foi um verdadeiro tumulto. 

A última que atendi foi uma grávida que estava com um barrigão de oito meses, o garotinho lá dentro não parava de chutar e ela jurou que ele seria um grande jogador de futebol. Ela deixou eu pegar na barriga dela e eu não me senti tão mal.

Todas as clientes estavam lindas, fiquei orgulhosa. Olhei no relógio e já estava marcando vinte da noite, Celeste estava retocando o laque das meninas e quando terminou aproveitei o momento para me aproximar.

- Vai sair hoje? - perguntei quando ela se aproximou.

- Vou curtir um filminho com Ge la em casa. Você deveria ligar pro Maxon e se juntar a nós. Ou você pode se juntar sozinha. 

- Hm - coloquei minha bolsa no ombro e ela me olhou com aquele olhar de quem saca tudo.

- Fala.

- Falar o que?

- O que você vai fazer - ela colocou as mãos na cintura. 

Respirei fundo. 

- Ah, sabe... Eu andei pesquisando uns lugares pra eu morar...

- América! - ela gritou.

- Vocês precisam de privacidade! Eu sei como é isso, eu estou atrapalhando...

- Não está! Você me conhece, sabe que eu falo mesmo e se eu não falei nada é porque realmente não tem nada...

- Nao é isso. É que você está fantasiando que eu por um acaso vou namorar o Maxon e nós seis porque ainda tem o Carter e a Marlee que vão ser pais vamos ficar saindo juntos, fazendo programas de casal, um casamento coletivo talvez...

- Porra, America! - ela gritou mas só nós ouvimos pois aquele lugar estava uma bagunça - Será que tem como você não ser neurótica pelo menos uma vez no cacete da vida? Isso está ficando ridículo já! Não faz isso com você! Te conheço a menos de dois anos mas mesmo assim eu te amo e é horrível ter que ver você se afundar mais a cada dia! É chato saber que você não te planos para o futuro, que você não vive e sim sobrevive e que você simplesmente não sente vontade de recomeçar a vida em plenos vinte e cinco anos!

E era tudo aquilo mesmo. Eu estava vivendo cada dia esperando que fosse o último. 

Mas nos últimos dias, não era bem assim. Eu estava até... conversando com uma psicologa. A que ponto eu cheguei?

- Você está certa - concordei. 

- É o que você tem pra dizer? - perguntou indignada.

- Felizmente, sim.

Ela balançou a cabeça e saiu furiosa. 

Terminei de arrumar as coisas e peguei meu dinheiro com a Bariel. Enrolei e coloquei no bolso. Não me despedi de ninguém, apenas sai do salão e vi um ser loiro abandonado sentado no meio fio.

Eu não sabia se deveria falar com ele depois daquela noite mas devido as circunstâncias ele com certeza estava ali porque queria falar comigo. 

Hesitei um pouco até que fui em sua direção. 

- Estou pronta, Max - ouvi antes de tocar nele.

 Me virei para trás e vi a garota que estava fazendo as unhas a alguns minutos. Ela estava radiante e muito bem produzida.

Notei o quanto era é linda, parece o tipo ideal de garota pela qual ele se apaixonaria.

Ignorei e fingi que nunca tinha acontecido. Que eu nunca tinha tentado falar com ele e que ele não estava levando uma modelo - eu acho - parao abate como ele mesmo dizia.

Olhei para frente, pra ele, e lá ele estava com roupas sociais. Não esperei que dissesse alguma coisa, ele não me devia explicação, podia sair com quem quisesse.

Olhei pra frente, mas não pra ele e então comecei a andar em direção para algum lugar que eu não tinha noção.


Notas Finais


Que que ilson, Cálix?
América com ciúmes, báh ahsushaha
Gostaram????
Espero que sim!
Não deixam de comentar, favoritar, acompanhar....
Beijossss e até logo!
🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼🌼


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...