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História One More Chance - Raiva.


Escrita por: Alasca__Young

Notas do Autor


Olaaaaa, gurias💚
Boa leitura, obg pelos comentários!

Capítulo 5 - Raiva.


Fanfic / Fanfiction One More Chance - Raiva.

Point of view América Singer 

Tentei me mexer deitada no sofá mas o corpo de Maxon na minha frente impossibilitou isso. Eu estava imprensada entre ele e nós estávamos coladissimos naquele sofá pequeno, cobertos pela minha manta. 

Respirei fundo. Eu poderia empurrar ele dali. Mas não quis.

Continuei ali parada sentindo o cheiro dele e curtindo o calor que a pele dele transmitia colada na minha. 

Noite passada, quando terminamos o filme - que a gente mal assistiu porque discutimos mais do que tudo - Maxon fez massagem nos meus pés depois de eu ter chutado ele algumas vezes por querer se aproveitar de mim e dizer que meus pés eram horríveis demais.

Descobri que ele tem 28 anos, é formado em alguma coisa que ele não quis me dizer e já pegou a dona da loja aqui de baixo. 

Ele parecia ter oito anos e eu cinco. Pareciamos duas crianças implicante que discordavam de tudo e no final, depois de tanto bater boca, acabamos dormindo juntos.

Não sei como. 

Ouvi a a chave penetrar a fechadura e girar, nesse meio tempo tentei sacudir Maxon e empurrar ele, mas o idiota me abraçou ainda mais, resmungando um xingamento qualquer. 

Empurrei ele com mais força para trás para que Celeste não entrasse e entendesse tudo errado.

- Maxon! - sussurrei batendo nele.

- Quieta, ruiva. 

E então me desesperei quando a maçaneta girou. Passei por cima dele mas já era tarde, ela já tinha visto tudo o que queria ver, tudo o que não passava de uma imaginação dela, mas que parecia verdade.

- O-oh  - disse contente - Volto mais tarde!

- Não! - gritei me levantando - Maxon, hora de você ir embora!

Ele abriu os olhos com dificuldade e olhou pra mim estranhando. 

- Não precisa, Max. Eu já estou indo.

- Não, ele que está indo! - puxei seu braço e ele levantou confuso 

- Olá, Celeste. Obrigada pelo passe livre - e bocejou.

- Anda! - rangi os dentes e ele se levantou.

- Calma, baby. 

- Baby? - perguntou Celeste - Ah. Meu. Deus. Preciso ir embora agora! 

- Celeste, você fica! - ordenei - E você vai embora daqui!

- Então é assim? Depois de tudo que passamos juntos você... - ele começou e me deixou ainda mais nervosa.

Fazia tempo que eu não tinha mais controle de nada. Ficava estressada por tudo, não tinha mais contade de agradar ninguém e não estava mais nem aí pra nada.

- Para! - gritei.

Eles olharam impressionados pera mim e eu fui para o meu quarto. 

Eu nunca fui assim. Nada me estressava, nada me deixava para baixo, nem as provocações dos meus irmãos mais velhos, nem as ordens da minha mãe. Muito menos o fato de ser filha do meu pai. 

Mas depois de tudo o que aconteceu, eu nunca mais consegui ser a mesma e a cada dia que se passava, eu percebia o quanto eu me destruía cada vez mais.

- Deixa eu...

- Não, Max. Relaxa, eu falo com ela...

- Mas Celeste eu...

- Não, não. Você não entende. Ela precisa ficar sozinha. A culpa não é sua, tá? Ela vai ficar bem.

Ouvi eles conversarem e então a porta fechou. 

Ela apareceu na porta do meu quarto e se encostou no batente da porta.

- Ai, Celeste - minha voz estava embargada - Desculpa. É tão difícil pra mim... É tudo tão recente e tão doloroso. Ás vezes eu perco o controle, acho que estou ficando louca. Não consigo parar de lembrar de tudo e só consigo chorar um choro que não acaba mais. Será que eu nunca vou conseguir sair dessa? 

- Você não tem porque se desculpar, amiga - ela disse - Você só precisa acreditar que você pode seguir em frente. Você precisa fazer isso. Porque todo mundo tem que fazer isso, querendo ou não. Você não está louca, só está se bloqueando. Você está se deixando levar por um babaca musculoso mas você não quer e isso esta causando um conflito interno dentro de você. O Maxon é um babaca. Mas ele é um babaca legal. E gostoso - acabei rindo com ela.

- Conheço ele à quatro dias.

- Romeu e Julieta se apaixonaram assim que se viram.

- E eles morreram.

- Eu e o George saímos ontem e estamos gostando um do outro, quase namorando.

- Vocês nem sabem o sobrenome um do outro.

- Ai, América - ela me abraçou apertado - Você é uma  puta vadia sem graça!

Domingo era sempre o dia mais emocionante. Antigamente a essa hora eu estaria no Club, ou na piscina da minha casa. Talvez no club de golf, no shopping sendo obrigada a fazer compras ou então... viajando com ele.

Mas não, eu estava sentada na poltrona mudando de canal enquanto Celeste pintava as unhas de vermelho vibrante e me contava sobre George. 

- ... e quando ele apertou a minha bunda, eu descobri que ele era o cara certo porque meu corpo todinho vibrou e...

- Ta bom, vamos pular os detalhes da sua transa maravilhosa. 

Ela riu.

- Hoje nós vamos sair, de novo.

- Ah por favor não deixa o Maxon saber disso.

- Já era.

- O que?

- Ah, qual é? Ele te faz sorrir e você fica putamente contente com ele. E já fizemos um trato.

- Como assim? É um complô contra mim?

- A favor de você. Aliás, ele deve estar...

Toc toc. 

- Meu Deus! - falei furiosa.

- Abre pra ele...

Me levantei e fui abrir a porta pra ele. Não era ele. Era George. Sorri, me sentindo vingada. Celeste estava com uma máscara de pepino na cara e com um vestido ridículo, parecendo uma velha, mas ainda continuava bonita. 

- Celeste, não é pra mim... - abri a porta e George sorriu ao vê-la.

- Sua vaca! - ela gritou - Fecha esse Cacete agora! George feche os olhos! América!!!!!!

Comecei a rir e ela correu para o banheiro.

- Fica à vontade - dei passagem pra ele que estava vermelho querendo rir.

- Ela vai matar a gente?

- Ela vai. 

Você me paga, sua vaca do cacete! - ela estava gritando do banheiro. 

Olhei rindo pra ele que também estava desmanchando. 

Entrei no banheiro e ela veio pra cima de mim. Me defendi segurando seus braços enquanto ela me xingava.

- Tá tudo bem ai? - George perguntou. 

Eu não estava conseguindo nem respirar de tanto rir, fazia tempo que eu não dava boas gargalhadas. 

Deixei ela se arrumando lá e fui tomar um banho. Quando saí, vesti uma calça jeans Preta e uma camiseta marsala bem apertadinha. Calcei o meu velho all star e me senti como se tivesse dezoito anos. 

Deixei meu longo cabelo solto e passei duas camadas de rímel. Peguei minha jaqueta preta e fui pra sala onde eles estavam se pegando.

- Eu vou... dar um volta.

Celeste fez um joinha com a mão e eu saí.

Desci as escadas e fui andando até o bar mais perto, que tinha na esquina. Me sentei na bancada e John logo veio com o meu copo de mannhatan. 

Virei o copo.

- Oi, srt. Singer - me virei para o lado e vi Elie. 

- Olá.

Ela fez o pedido para John e então se virou para mim. 

- Seus pais mandaram isso - ela me entregou um envelope.

- Devolve. Não quero nada deles. 

- Srta. Singer...

- Eu não quero nada deles. Só quero saber como estão. Nada mais. 

- Tudo bem... - ela respirou fundo e guardou o envelope na bolsa - Seus pais ainda estão preocupados com você. O casamento da sua irmã vai ser daqui à um mês e alguns dias, ela mandou o convite - ela puxou uma embalagem dourada e escandalosa da bolsa - Seu irmão mais novo foi pego fumando na escola e a May não está nem aí para os estudos. Vive dizendo que vai fugir, assim como você. Ah, Kotta vai estrear um filme pequeno na próxima semana, ele também te mandou um convite para ir na premiere. 

Ela me entregou outro convite: azul marinho e muito elegante. 

- Na verdade, seus pais estão brigando mais do que o normal. Eles querem mais do que tudo arranjar um jeito de te levar de volta e... reatar o seu casamento com o.. 

- Chega, já é suficiente. So avisa pra eles que eu não quero voltar e que eu não vou voltar. Nem pra casa nem para a porra do casamento que eles armaram pra mim. Eu não vou voltar. E eu não quero nada deles. 

- Você...

- E por favor, Elie, não volte mais aqui para me persuadir à voltar. É mais que perca de tempo, você já deve estar cansada de ouvir um não é eles também. 

- Srta...

- Não me obrigue a ser mais grossa do que eu já sou.

- Tudo bem - ela recolheu a bolsa e saiu do bar sem doze mais nada e sem beber o que tinha pedido.

Me levantei, deixei o dinheiro em cima do balcão e peguei os convites. Sai do bar, pela porta vai e vem.

Parei um pouco, olhei pra cima e soltei o ar preso em meus pulmões.

Ouvi uma risadinha baixa e estreitei os olhos. Lá do outro lado, bem no fim do estacionamento, uma garota estava inclinada sobre uma camionete preta enquanto um cara a beijava. 

Me aproximei para ter certeza do que eu estava vendo e pude ouvir a conversa.

- ...foi uma ótima noite, cachorrão... - e começou a rir.

Foi mesmo, mas eu tenho que ir... tenho compromisso, querida. 

Revirei os olhos e sai dali o mais de pressa possível, até chegar em casa e me jogar no sofá. Furiosa comigo, com ele, com meus pais e com o resto do mundo. 

Voltei pra dentro do bar e tirei a jaqueta, tinha ficado com calor. Pedi mais mannhatan e comecei a beber. 

Um cara se sentou ao meu lado e ficou tentando chamar a minha atenção cantando a música que estava tocando e olhando pra mim.

Sem paciência para continuar ouvindo aquela voz desafinada olhei para o lado séria. Ele sorriu pra mim. Seus olhos eram verdes e o cabelo era preto, perfeitamente penteado em um topete pra cima. 

Senti meu corpo ficar um pouco mole, ele era extremamente bonito e parecido com ele. Tive uma recaída; que sorriso maravilhoso. 

- Oi? - falou.

- Oi - respondi me desarmando. 

- Desculpa o comentário - ele continou sorrindo - Mas é que eu... eu nunca vi uma ruiva tão bonita assim, com todo o respeito. 

Não tive reação e meu rosto ficou vermelho. 

Eu não deveria ficar ali me martirizando mas era tão bom ficar perto de alguém que me lembravam ele...

- Zack, que bom te ver aqui, brother! - Maxon colocou a mão no ombro dele e sorriu pra mim - Obrigado por guardar esse lugar pra mim, já pode dar licença.

- Mas eu não estava...

- Você pode se sentar ali na mesa com a Anna.

- Maxon... - Zack tinha fechado a mão e já estava ficando nervoso.

- Não - me intrometi - Não precisa sair daí, e você, Maxon, pode se sentar no meu lugar, ja estou indo embora. 

Me levantei.

- Aproveita e paga a minha conta. 

Peguei a minha jaqueta no encosto da cadeira e joguei por cima do ombro.

- Paga pra mim ai depois a gente acerta - ouvi ele dizendo para Zack e logo ele apareceu na minha frente.

Revirei os olhos.

- Posso te levar? - perguntou mostrando sua maldita e linda covinha. Mas eu não me senti atraída como de costume, muito pelo contrário, senti raiva dele.

- Eu tenho duas pernas e sei o caminho.

Ele não insistiu, permaneceu sem entender o motivo da minha raiva e eu fui embora sentindo minha garganta embolar. 



Notas Finais


Eu deixo os comentários para vocês hahaha
Espero que estejam gostando da fic de verdade, estou adorando os favs e os comentários, vocês são demais❤
Beijos e até a próxima!


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