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História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Fourteenth chapter


Escrita por: kando

Capítulo 15 - Fourteenth chapter


- C-changkyun? - Kihyun virou rapidamente, já considerando que estava encrencado se o outro descobrisse. - F-faz o que a-aqui?

- Que ligação foi essa, Kihyun? - I'M mostrou insistência no assunto.

- Ligação? I-isso não foi nada, era só a minha mãe. - Mentiu. E muito mal por sinal.

- Sua mãe... - Kihyun não permitiu que I'M continuasse, e rapidamente o virou, o empurrando para a sala do CEO.

- Vamos voltar pra lá, certo? Ainda temos que escutar aqueles dois ignorantes que só pensam em sair por cima nessa.


Ele tinha conseguido despistar o I'M daquela vez, mas teria que tomar cuidado da próxima, não poderia deixar que ninguém desconfiasse do que ele planejava.



                          ~★~



Depois de mais conversas, e mais esquemas, já estava tudo preparado para irmos adiante naquilo. Todos já estávamos com as falas prontas caso a impressa nos questionasse sobre qualquer assunto a respeito do acontecido.

Estávamos prestes a dar por encerrada aquela 'reunião'. Mas antes que pudessemos, acabamos sendo surpreendidos.

- Ela insistiu em te ver, Changkyun.

Os olhares de todos pesaram sobre as pessoas que acabaram entrando sem avisos naquela sala. Era ela ali, ela e Wonho. Ele a segurava, e a mesma mal conseguia ficar de pé. O estado dela estava bem pior do que eu esperava, com marcas por toda a pele exposta do seu pescoço, e algumas no braço. Vê-la fez meu estômago se embrulhar, a vontade que eu tinha de acabar com aquele estrume aumentava ainda mais.

- Essa é a garota? - O advogado cortou o silêncio que se formou, e como se não precisasse da resposta, continuou. - Ele escolheu bem, vocês não acham? Ela tem belas curvas.

Depois desse comentário, e de reparar que ele a observava de cima a baixo, fui impedindo de acertá-lo bem no meio do rosto por Jooheon, que segurou meu braço, negando com a cabeça.

- Controle-se Sr. Kwon. - O CEO interferiu. - Mantenha seus pensamentos para si, você está aqui para ajudar no caso, não para se abaixar ao mesmo nível daquele ser.

- Certo, certo. - Ele acenava com um sorriso deboxado no rosto, como se não estivesse se importando. Afinal, esse homem é mesmo advogado?


- É melhor vocês irem, expliquem a situação para ela. - Concordamos e saímos daquela sala a pedido do CEO, que ainda censurava o tal Kwon com os olhos.


Quando adentramos todos no elevador, com um incômodo silêncio, parei para observá-la, não conseguindo fixar meus olhos por muito tempo. Aquelas marcas me incomodavam. Me doía saber que ela tinha sido tocada por outro homem sem que permitisse, que outro, a forçou fazer algo que não queria. O fato dela não se lembrar me aliviava um pouco, mas e quando se lembrasse?


Segundos depois, quando ela passou a encarar todos nós, e o nosso comportamento indiferente, se pronunciou.

- Tá legal, o que está acontecendo?

- Vamos ao hospital. - Minhyuk respondeu, transformando a frase um pouco confusa para todos nós.

- Do que está falando?

- Você está machucada, não vê? Fomos pedir ao chefe que nos deixasse te levar ao hospital. - Foi só aí, então,que percebemos. Ele estava inventando uma desculpa, para não contar a verdade.

- Ahhh... - Ela exclamou, como se verdadeiramente entendesse. - Mas como foi que eu me machuquei mesmo?

- Hm... É-é...

- Você caiu da escada, foi isso. - Interrompi, entrando no meio da conversa, antes que o Minhyuk levasse um passo em falso. - Sua cabeça está um pouco confusa, por isso não se lembra. - Ela assentiu, ainda com uma expressão duvidosa, parecendo tentar se lembrar.

Eu e os meninos nos entreolhamos, como se estivéssemos dizendo de uma forma silenciosa que aquilo era o melhor a se fazer. Não tentaríamos recuperar sua memória, ou ela viria, ou nunca mais precisaríamos tocar no assunto. E eu iria me encarregar de fazer com que aquele caso terminasse antes mesmo que chegasse aos tribunais.

Kihyun off



                            ~★~



Eu realmente não estava entendendo a razão de termos ido a delegacia, e o porquê daqueles policiais estarem nos acompanhando até o hospital. Depois de responder algumas perguntas ambíguas de um delegado, aqui estamos, em frente ao consultório médico, com dois homens armados nos seguindo.

Além do Changkyun e do Jooheon, o CEO também estava lá, me dando uma horrível sensação, afinal, o que seria tão sério que fizesse ele estar acompanhando um trainee até o medico? Já podia prever meu contrato sendo desfeito depois dessa consulta.

E finalmente tinha chegado a hora, a porta branca em que estava escrito médico legista tinha se abrido, e o homem que apareceu chamava pelo meu nome.

Suspirei e fui, prevendo o pior...

(s/n) off



- E então, Srta... - Depois de fechar a porta pela qual a garota passou, o médico parou para ler a ficha, demorando um tempo, e fazendo uma leve expressão de surpresa. - ...(s/n), tudo bem? - Abriu um sorriso simpático, disfarçando qualquer tipo de reação que tivesse esboçado antes.

- Tudo sim. Mas sabe senhor, eu só caí da escada e fiquei com essas marcas. Não vai me prender aqui a noite inteira por causa de exames, não é? - Ela queria negar que algo mais grave tivesse acontecido. Não queria ter que voltar para sua verdadeira casa por problemas médicos.

- Hum, foi isso que te disseram?! -  O médico balbuciou.

- Oi?

- Sente-se. - Ele puxou a cadeira, e ela obedeceu, observando ele dar a volta e se sentar na cadeira do outro lado da mesa. - Agora quero que me diga se está sentindo algum desconforto interior.

- Desconforto interior? Acho que não, só essas marcas que ainda doem. - Ele balançou a cabeça, não dando para perceber se aquilo era um bom sinal, ou não.

- ... Sabe, (s/n). O corpo trabalha de uma forma bastante misteriosa, ainda mais o nosso cérebro, que quanto mais tentamos aprofundar as pesquisas sobre esse órgão, mais confusos ficamos. Acredite, cientista nenhum, até hoje, conseguiu desvendar os enigmas que estão dentro da nossa cabeça. Nosso cérebro é capaz de muitas coisas, até mesmo de nos confundir...

- Aonde o senhor quer chegar com essa conversa toda? - Ela estava se preocupando, pois sabia que quando os médicos enrolavam, coisa boa não era.

- Aconteceu algo com você, (s/n), algo muito ruim. E o seu cérebro, em uma forma de proteção, acabou criando uma barreira, e é por isso que está aqui.

- Ainda não entendi, Dr., está falando de algum tipo de doença?

- Relativamente, sim. Já ouviu falar de amnésia?

- Claro, quando uma pessoa acaba tendo perda de memória.

- Pois então, já escutou algo sobre amnésia dissociativa, ou, até mesmo, psicogênica? - Negou. - Vou explicar de modo simples, quando acontece algo muito marcante na vida de alguém, o nosso cérebro acaba reprimindo algumas imagens, e é como se a pessoa nunca tivesse passado por aquilo, entende?

- ... Está querendo dizer que eu perdi a memória?

- Consegue se lembrar do que fez hoje de manhã? O motivo dessas marcas? - Ela negou, mas levou em consideração o que Kihyun lhe contou.

- Disseram que minha cabeça ainda estava confusa. É normal por causa da queda, não?

- Tenho que te dizer uma coisa, sei que as pessoas que lhe disseram isso, mentiram para te proteger, para que não sofresse, mas elas precisam entender que uma hora ou outra você vai se lembrar, e será bem pior se não saber agora.

- Do que está falando, Dr.? O que realmente aconteceu?

- Ainda não podemos tirar conclusões precipitadas. Primeiro, vai me responder uma pergunta, certo? - Ela assentiu levemente, se incomodando com a aflição em seu peito. - Você, alguma vez, se lembra de ter tido relações sexuais com algum garoto, ou até mesmo, namorado?

- Não senhor, nunca tive um namorado. - Respondeu prontamente, não entendendo o porquê da pergunta, e como se ela já estivesse juntando todas as peças. As marcas pelo corpo, a queixa na polícia, e o hospital, um desespero angustiante tomou conta de si. - ... Eu fui abusada?

- Como eu disse, não podemos tirar conclusões precipitadas. Sabemos pouco sobre o caso, e para saber o que realmente aconteceu, você tem que deixar que eu te examine. - Tentou acalmá-la, não dando indícios de que realmente era aquilo. - E não posso negar, (s/n), o exame é bem íntimo e constrangedor, mas o quanto antes começarmos, mais rápido terminaremos. Ninguém pode te obrigar a nada, nem aqueles policiais armados lá fora, então, se quiser sair correndo daqui e nunca mais voltar, vá em frente. Só digo que, para acabar com essa dúvida, esse é o único jeito. Ninguém sabe o que realmente vem acontecendo com você, e estão todos dispostos a te ajudar a se lembrar.

Ela pensou, tinha que fazer uma escolha, descobrir de uma vez por todas o que tinha acontecido, ou então, viver tranquilamente até que as memórias do passado resolvam lhe assombrar.

- E se eu não quiser saber, e nem me lembrar?

- Como eu disse, a escolha é sua...



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