- Você não entende, Hyung. É como se ela apenas estivesse me usando. - Qualquer um que passasse diante daqueles dois, e presenciasse aquela cena, não acreditaria no que veria. Kihyun estava quase aos prantos, desabafando sobre problemas amorosos com um amigo.
- Como assim, te usando? A (s/n) não é uma garota desse tipo.
- Eu sei que não. Mas, ela não parece demonstrar nenhum sentimento por mim além do desejo carnal. Confesso que fui eu quem a pressionou no início, e ela sempre se rendia pelo desejo. Mas agora que eu não a toco, ela cobra isso de mim.
- Ela deve ter motivos para cobrar, não acha?
- Claro que não. Nós nem mesmo nunca passamos de simples amassos para tal coisa. E eu estava lá com ela, demonstrando tudo que eu sentia com carícias, mas mesmo assim ela me cobrou mais. - Olhando por outro lado, a situação até que soava bem cômica. Kihyun parecia uma garota que foi menosprezada pelo namorado por não dar-lhe o que queria, mas para Hyungwon, aquilo parecia inacreditável.
- Está me dizendo que a (s/n) apenas quer fazer sexo com você?
- Sim, é exatamente isso. Ela não liga para os meus sentimentos, e nem mesmo sabe o que sente em relação a mim. - Aquilo, definitivamente, parecia com um dos dramas de uma garota rejeitada, era isso o que se passava pela cabeça de Hyungwon.
- Calma, Kihyun, você apenas deve ter entendido errado. - Hyungwon pôs as mãos sobre os ombros de Kihyun, tentando consolar o estado, realmente crítico, do amigo.
- Não entendi nada errado, Hyung. Agora ela está lá, em um encontro com o Hoseok, nem mesmo se deu ao trabalho de me ligar hoje.
- Ciúmes, carência, drama, ou seja, os sintomas do amor. - Hyungwon se colocou de pé, chamando a atenção do garoto encolhido na cama. - Eu realmente não posso lidar com isso.
- Não diga que irá me deixar falando sozinho?!
- Apenas relaxe, Kihyun. A (s/n) logo logo estará de volta e vocês resolvem essa situação, porque eu desisto.
~★~
Poderia parecer uma coisa não muito significativa, mas Wonho sabia como os outros se sentiriam caso revelasse que ele foi o primeiro, entre eles, a presenciar a garota de vestido.
Por causa da rotina, ela não poderia usar roupas do tipo, pois poderia atrapalhar inclusive na dança, que praticava todos os dias. E neste dia, em especial, ela praticamente foi obrigada por Yangmi a colocar uma peça que nunca mais usará desde que pisara seus pés na Coréia.
Yangmi, depois do dia em que aconselhou a garota a não ficar depois da aula com o professor de dança, foi tentando se aproximar gradativamente de (s/n), revelando que sempre quis ter feito isto antes. Sabia pelo que a garota passava e queria poder ajudar, mas admitiu ter sido fraca demais, pois se preocupou com o que os outros poderiam pensar dela caso se aproximasse de uma estrangeira, e acabou percebendo que aquilo realmente não importava quando decidiu dirigir a primeira palavra a (s/n).
As duas, lentamente, ganharam intimidade, e passaram a compartilhar coisas que a (s/n) não imaginava poder falar tão cedo com alguém que conheceu a pouco tempo. Mas ela confiava na Yangmi, tanto que não hesitou em revelar com quem sairia naquele dia.
- Quer ir para algum lugar em especial? - Hoseok entrelaçava seu braço ao dela, andando tranquilamente pela calçada, não se preocupando em ser reconhecido pelo Sol já ter se escondido a um bom tempo, tornando meio difícil para as pessoas declararem conhecê-lo apenas pelas luzes das ruas de Seul.
- Admito que não conheço muito bem os pontos turísticos daqui, apesar de sempre desejar conhecer, a empresa foi um dos únicos lugares grandes o qual eu pisei os pés. Realmente gostei da praia a qual você me levou. Foi divertido. - Ela se sentia incrivelmente bem, podendo respirar novos ares sem ter aquele sentimento agoniante em sua garganta que tivera durante as semanas recentes. - Obrigada por isso, Hoseok.
- Não precisa me agradecer. Eu farei qualquer coisa para você se sentir melhor. - Por alguma razão, as bochechas dela tomaram uma leve coloração avermelhada, e os olhos se abriram um pouco mais.
- Acho melhor irmos embora agora. - Ela desfez os braços entrelaçados, andando afrente dele.
- Mas já? Ainda nem fomos na N Seoul Tower.
- Fazemos isso outro dia, Hoseok. Agora nós temos mesmo que ir.
Wonho, estranhando a atitude da garota, a puxou pelo braço, interrompendo os passos apressados que ela dava.
- Eu fiz algo de errado? - Ele abaixou os olhos em puro desânimo, imaginando ter conseguido estragar aquele encontro.
- Não, Hoseok. Você foi perfeito, acredite. É só que... eu não posso te retribuir, sinto muito. - Aquela cena era nostálgica, afinal, se aparentava muito com o dia em que Wonho mandou uma mensagem para a garota, pedindo que ela se encontrasse consigo na sala de prática do Monsta. Ao vê-la, ele nunca teve tanta certeza do que estava prestes a fazer, se declarando para ela com uma confiança impassível, que foi rapidamente despedaçada em mil pedacinhos quando ela proferiu palavras semelhantes as de agora.
- Se você ao menos me desse uma chance... - Ele murmurou, afligindo novamente o seu coração com aquele sentimento de rejeição.
- Desculpe, eu não posso.
- E por que não? Se você e o Changkyun não declaram para todos que estão juntos, deve ser porque não estão tão certos disso, que talvez, não se gostem tanto quanto pensam.
(s/n) ficou confusa por uns instantes, tomando o raciocínio dele para si.
- Mas o Kyun e eu não estamos juntos.
- Não? - Ele não teria acreditado, se a expressão dela não estivesse tão verdadeira. A garota negou brevemente, percebendo a tensão dele se aliviar. - ... Então o que nos impede? - Com a voz doce, Wonho se aproximou, colando a testa de ambos.
Ela estava tensa, tanto pela aproximação quanto por parecer ser obrigada a contar o verdadeiro motivo, o qual, ninguém além de Hyungwon e o próprio motivo, desconfiar.
- Eu não posso dizer agora. - Tentou se afastar, mas ele a impediu.
- Me dê uma única chance, por favor. Me deixe te mostrar que eu posso ser o suficiente para você. - Com o rosto a poucos centímetros um do outro, Wonho quase implorava.
- Você é o suficiente para qualquer garota, Hoseok. Eu que não sou o suficiente para você.
- Não diga isso. - Por estarem tão pertos, a vontade que ele sempre teve de sentir aqueles lábios tão delicados com os seus, se elevava ainda mais, porém, a garota continuava firme em tentar afastá-los, se relutando pela atitude que ele revelava estar prestes a tomar.
- Hoseok... - Ela sussurrou, resistindo lentamente em parar de relutar, a fim de se soltar, reconhecendo que a força dele era bem maior que a sua.
- Não fuja de mim, (s/n). - Ele suplicou, com os olhos levemente banhados em lágrimas, angustiando a garota por fazê-la perceber que ele estava naquele estado, exatamente por causa dela.
- O Ki... - Era tarde, antes que ela conseguisse contar toda a verdade, Wonho já tinha cortado a pouca distância que o impedia de fazer o que sempre quis.
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