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História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Thirty second chapter


Escrita por: kando

Notas do Autor


Oi^^
Atualizei rápido como o prometido, certo?
Já adianto as desculpas e não me matem pelo capítulo
Kissus e boa leitura~

Capítulo 33 - Thirty second chapter


Changkyun mantinha uma mão na lateral da cabeça com os olhos fechados, a outra, estava firmemente segurando as da amiga, e parecia tentar se acalmar. Jooheon estava de pé, imóvel, esperando qualquer reação que fosse. Minhyuk suspirava diversas vezes. Já Wonho, mantinha os olhos em um tamanho maior do que o normal, esperançoso.

E ela. Não fazia qualquer movimento sequer, até mesmo suas pálpebras pareciam impedidas de reagirem a vontade formigante de realizarem a lubrificação natural das córneas. Uma perfeita estátua com o olhar mais vagamente petrificado. E foi uma surpresa para todos eles quando a primeira gota jorrou pelo canto do olho.

Changkyun não tinha visto, ainda tentava não deixar seus nervos falarem mais alto naquele momento e piorar o estado dela. Foi preciso que Minhyuk lhe cutucasse o braço para ele se dar conta do quão mal ela se encontrava.

Comprimindo os lábios em frustração, ele levou o polegar a face dela, trilhando com o dedo o local molhado, e de uma só vez, afogou o rosto dela em seu peito.

- Eu deveria ter imaginando que isso aconteceria, deveria ter mantido os olhos em você. Não podia tê-la deixado sozinha. - A lembrança de ter voltado, em uma tentativa falha de evitar o que acontecia agora, não amenizava a culpa que sentia da lembrança de a deixar para trás com o Wonho.

- ... Você já sentiu isso? - A voz dela o fez estremecer. Estava gélida. Opaca. - Já descobriu que a pessoa que você mais ama é um completo monstro?

- Não diga isso. Kihyun não é um monstro. Apenas errou no passado. - Minhyuk tentou amenizar. Não aparentou dar resultado.

- Minji não foi capaz de seguir em frente. Ela se culpa até hoje pelo que aconteceu. Me disse que não costumava ser como é agora, era boa e inocente. Mas foi maculada por um ser perverso. Ele deteriorou com tudo de bom que ela possuía.

- (S/n)... - Changkyun arriscou fazê-la parar. Percebia o que fazia, entendia o que se passava na mente dela, e não era nada bom.

- Sabia que Sojin tentou se matar depois de todos a terem visto nua fazendo aquelas coisas? A família a expulsou de casa. Ela ficou um ano sem falar com o pai, e mesmo assim, a relação deles nunca voltou a ser como era antes.

- Por favor, (S/n). - I'M implorou novamente. Vê-la se martirizar daquele jeito partia ainda mais seu coração.

- Yein também sofreu. Foi um milagre a essência dela não ter se perdido. Continua doce mesmo após ter...

- Chega, (S/n)!!! - O grito do amigo a fez dar um pequeno sobressalto, levantando os ombros enquanto voltava a se encolher. - Kihyun fez coisas ruins no passado, mas isso não significa que ele não tenha mudado. Não acha que ele se arrepende?

- Pessoas que se arrependem buscam o perdão de outras pessoas. Não acho que o Kihyun queira ser perdoado.

- Pois você está muito enganada. Simplesmente é difícil para ele enfrentar o passado, por isso ele tenta esquecer, acha que causaria ainda mais dor se fosse atrás delas.

- É ele que está dizendo isso, ou você?

- Por que vocês não a impediram? - Changkyun desistiu de argumentar com aquela garota 'impossível' ao depositar sua indignação nas outras pessoas a sua frente. Minhyuk e Jooheon recuaram. Envergonhados. Sabiam que tiveram boa porcentagem de culpa pelo estado em que ela se encontrava, e não sentiam-se orgulhosos com isso.


Changkyun havia desistido de seguir com o plano muito antes, apesar de ser quem mais estava disposto a concluí-lo no começo. Jooheon apenas estava sendo influenciado, certo de que era a coisa certa a se fazer. Minhyuk percebeu o erro tarde demais, sua mudança de planos bem no último minuto não foi capaz de impedir o que estaria por vir. Wonho queria aquilo, desde o início, e mesmo vendo como ela poderia estar machucada agora, não se arrependia da atitude que tomou, via a oportunidade perfeita ali. A fragilidade dela lhe soou bem conveniente.


- Temos que contar para o Kihyun o que está acontecendo. - Changkyun falou com a voz da razão, certo de que era o mais propício a se fazer.

- Eu vou avisá-lo. - Minhyuk tomou a tarefa sem fazer rodeios, catando o celular do bolso e parecendo começar a escrever um discurso.

- Hoseok, será que você poderia levá-la ao dormitório dela? Não vai ser muito bom se ela estiver aqui quando o Kihyun chegar...



                        ~★~


Pressa. Ele tinha pressa. Qualquer um que passasse se surpreenderia pela evidente aura nervosa que ele emanava. Dez ligações perdidas, era esse o motivo da sua preocupação. Ainda com o celular em mãos, digitava compulsivamente acompanhando seus passos firmes pelo prédio da Starship. Aonde ela estava? Não fazia idéia. Procurou em tantos lugares óbvios que acabou se esquecendo de um. E não teria se lembrado, se Shownu não tivesse lhe dado um toque.

"Já olhou na sala de prática?" "É claro que olhei, foi o segundo lugar para qual eu me dirigi" "Não. A nossa, já olhou na nossa?"

Não, Kihyun não havia olhado lá, ainda. E só de imaginar que ela poderia estar com os outros meninos, com Changkyun, seu peito explodia para poder encontrá-la logo. Abriria o jogo no minuto em que a visse, não esconderia mais nada, jurou a si mesmo.


Assim que seus pés tocaram receosos frente a sala de prática, ele recuou, o pressentimento angustiante parecia ainda mais vivo em seu peito.

- Hyunwoo me disse que estava procurando pela (s/n). - Kihyun se sobressaiu ao ter uma presença ao seu lado. Hyungwon o encarava confuso, como se tivesse algo estranho em si. - O que está acontecendo?

- Eu... não sei. - Kihyun realmente não sabia o que acontecia. Não sabia o porquê daquele pressentimento e o porquê de suas  mãos tremerem ao segurar a maçaneta da porta.

- Está tudo bem com você? - Um momento de euforia parecia dominar Hyungwon ao observar a palidez do rosto de Kihyun. Se afastou para dar passagem quando ele fechou os olhos e balançou a cabeça, dando passos para trás até que encontrasse a parede na parte anterior a porta.

- Me diga que ela não está aí dentro. Por favor.

As batidas no peito de Kihyun se tornavam quase que dolorosas, e não foi preciso que Hyungwon agisse para ver o que se encontrava por trás da porta. Wonho saira de lá com um sorriso oculto nos olhos, seu braço envolvia com firmeza os ombros da estatura menor que si, puxando-a para tão perto, que era possível notar o que ele queria com aquela aproximação.


Ela logo o notou ali. Bem na sua frente. Ofegando e suando frio. Travaram uma luta intensa de olhares. Os dele, angustiados e implorando por perdão. Os dela, secos e oprimidos por um terrível sentimento que Kihyun nunca imaginou que causaria nela. Horror. Ela estava o abominando. De todas as formas possíveis, e tratou de deixar aquilo bem claro na troca mútua de sentimentos diferentes que mantinham naquele instante.


Desde que pussera os olhos naquele olhar, Kihyun soube. Provou o que tanto temia. Não havia mais volta.  As íris nem sequer brilhavam mais por vê-lo, estavam cruas e obscuras. Onde é que estava a sua Jagiya ali? A garota que escondia um sorriso por encontrá-lo? Não querendo revelar o quanto estava feliz por vê-lo. Não havia mais nada disso.


Ela cortou a ligação de seus olhares quando reprimiu as pálpebras ao negar com a cabeça. Wonho entendeu aquele gesto como uma indicação de que ela não queria mais continuar ali. Não queria mais ter que vê-lo. E realizando aquele desejo com contentamento, a guiou para longe dali, aproveitando que Kihyun não fez menção de impedí-los.

Ele os observou se afastarem cada vez mais. Por que não se movia? Por que não os impedia como sua cabeça projetava?

Kihyun não acreditava no que via, não podia deixá-la ir. Não podia perdê-la. Aquela possibilidade passou tantas vezes por sua cabeça, que ele nem considerou que poderia realmente vir a acontecer. Prometeram que não se perderiam, que não se deixariam ir. Mas por que tudo parecia tão distante agora?


- (S/n)!!! - Kihyun gritou, tão alto que sua garganta arranhou com a força repentina. Ela não se deu ao trabalho de virar o rosto para o chamado, mas podia se ver a mão dela fechando-se com mais força sobre a camiseta na parte dorsal de Wonho.

E quando o pés de Kihyun agiram pelo próprio impulso, disposto a trazê-la de volta para si, ele foi barrado por braços em volta de sua cintura.

- Seja lá o que tenha acontecido, não me parece que ela esteja muito bem, e acredite, você não vai querer que o relacionamento de vocês acabe justo agora. Ela precisa esfriar a cabeça, dê um tempo a ela. - Não era preciso ser um gênio para saber que ela não estava de bem com o Kihyun, e Hyungwon prévia o que aconteceria se ele fosse atrás dela.

- Não percebe, Hyungwon? Eles contaram. Tempo nenhum vai amenizar o que ela esteja sentindo neste instante. Eles finalmente conseguiram o que tanto queriam. - Kihyun tinha fúria nos olhos. A mesma fúria que o fez desistir de ir atrás dela e o guiou a entrar exacerbado na sala de prática, descarregando seu ódio com um movimento brusco direcionado ao seu alvo.


O garoto de cabelos castanhos caiu no chão com o embate. Minhyuk soltou um fino grito agudo, largando seu celular pelo acontecimento inesperado. E Jooheon e Hyungwon estavam espantados, com os olhos esbugalhados.

Changkyun não revidou. Nem, tampouco, disse algo ou se moveu. Sua mão tocava o local latente no canto do olho delicadamente, e a dor naquela região parecia aumentar.

- Eu disse que era um assunto meu. Por que você teve que se intrometer? Não aguentou admitir que ela me amava? - "Amava". Aquela palavra subiu penosa pela laringe de Kihyun. Será que ela já não o ama mais?

- Você está julgando mal o Changkyun, Kihyun. - Jooheon tomou conhecimento dos fatos e o empurrou, evidentemente aborrecido com a situação ali.

- O quê? Olha o que ele acabou de fazer. Agora a (S/n) nunca mais vai querer olhar na minha cara. - Kihyun mexia os braços com euforia, pronto para desafogar sua raiva novamente na pessoa sentada de maneira descomunal no chão, que tinha os olhos fechados e um semblante calmo. Calmaria essa que irritava profundamente Kihyun.

- Não foi idéia dele. - Jooheon retrucou impaciente. Sabia o quanto Kihyun estava sendo imprudente.

- E de quem mais seria??

- Err... - O moreno acanhado, levantava o dedo indicador hesitantemente, não sendo capaz de encarar as pessoas a sua volta, considerando que cometeu um grande erro. - Foi minha.

- Logo você, Minhyuk? - Hyungwon exclamou com decepção e surpresa, pois até então, ele nem mesmo havia descoberto sobre o que os garotos planejavam.

- D-desculpem, eu achei que era a coisa certa a se fazer. - Era até angustiante olhar para o rostinho arrependido de Minhyuk, ele se sentia tão mal por ter provocado aquilo tudo que estava prestes a desabar, e supostamente o faria, se Jooheon não tivesse dado tapinhas em suas costas, dizendo que estava tudo bem, afinal, todos foram responsáveis pelo ocorrido.

- O Changkyun também havia concordado com isso, mas ele acabou se arrependendo. Tanto que ele foi até você, para, pelo menos, tentar conseguir te fazer falar antes daquelas garotas. - Jooheon continuou com o sermão, ainda enfurecido com a atitude de Kihyun. - Ele tentou te ajudar, não teve culpa alguma.


Kihyun até poderia passar a raiva que havia descontado no Changkyun para o Minhyuk, ou, ao menos, engolir o orgulho e pedir desculpas de uma forma silenciosa para o I'M. Mas ele não tinha mais cabeça para aquilo, uma forte dor já consumia com todo o sentimento de ódio ou pesar que sentia.


Ele havia a perdido. A única garota que amou em toda sua vida, e ela, provavelmente, nunca mais iria querer lhe olhar nos olhos novamente. Sua cabeça parecia explodir em um turbilhão de pensamentos, alguns diziam que ficaria tudo bem, ela ainda poderia lhe perdoar, outros, destruíam com todas as suas chances de tê-la de volta.

Caído ajoelhado no centro daquela sala, Kihyun não conseguia mais enxergar as pessoas a sua volta, o último olhar que ela lhe deu, carregado de frieza e rancor, se repetia cruelmente diante dos seus olhos . E ele chorou, assim como nunca antes. Pouco se importava pelo espetáculo que fazia para quem quiser assistisse. Sentia uma dor imensurável em seu peito, lhe torturando da maneira mais nociva possível, rasgavá-lhe o peito como se sentisse a estaca abrindo sua pele aos poucos. Lenta e supliciosamente. Ele estava a perdendo.



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