1. Spirit Fanfics >
  2. One more step - Imagine Monsta X - Kihyun >
  3. Thirty-fourth chapter

História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Thirty-fourth chapter


Escrita por: kando

Notas do Autor


Hi*-*
Devo explicações pelo capítulo anterior, certo? Então vim aqui responder os comentários.
Primeiro, sei que o capítulo tinha ficado pequeno, desculpem. Não foi por problemas familiares ou a minha imaginação, até porquê, como a fic está quase no fim, estou tendo bastante idéias de como terminá-la. Devo dizer que foi exatamente aí o problema, não estava conseguindo transmitir o que eu queria para a escrita - e ainda acho que não consegui - e acabei me enrolando um pouco. O capítulo anterior foi apenas para que eu não demorasse demais para atualizar.
Segundo, podem perceber que esse está bem maior, para compensar vocês pelo anterior
E terceiro, qual é o problema com esse capítulo? Não me perguntem, nem eu mesma sei o que eu estava pensando.
Acho que é isso, até as notas finais...

Capítulo 35 - Thirty-fourth chapter



 - Então... Como você está? - "Pergunta estúpida", Hyungwon pensou. A imagem dela era capaz dizer tudo. Provavelmente, perdera de quatro a cinco quilos, e as olheiras profundas soavam bastante deprimentes.

Era visível que ambos não conseguiriam superar tão cedo o que havia acontecido, a menos que se juntassem novamente, e era essa a idéia do Monsta X, logo após ter conseguido separá-los.

- Bem. - A resposta não pareceu verdadeira nem mesmo para ela, mas ela também não soava dar tanta importância em parecer convincente. - Como vão todos?

- Er... Kihyun. Ele não está nada bem. - Hyungwon não se preocupou em ser direto demais. Confiava que se contassem tudo o que acontecia, ela aceitaria rapidamente ir ver o Kihyun. Estava se precipitando.

- Hyungwon, se vocês vieram aqui para falar do Kihyun, eu sinto informar, mas...

- Por favor, apenas nos escute. Depois você decide o que deve fazer. - Minhyuk considerou que o método que Hyungwon usara não era o adequado para aquele momento, ao menos se quissessem ser expulsos ao vê-la se levantar e indicar a porta.

Oscilante, desconfiada pelo pedido de Minhyuk, ela voltou a sentar-se no braço do sofá, encarando distante e pensativa as próprias mãos, antes de virar o olhar para eles dois.

- Então digam.

O motivo deles terem ido ali, já estava claro o bastante, não inteiramente para ela, já que apenas pensava que eles planejavam interceder a favor de Kihyun, não desconfiava que algo bem pior acontecia, e Minhyuk decidiu, de modo mais cauteloso, seguir o exemplo de Hyungwon e falar diretamente sobre o assunto, já que não adiantaria mais enrolar.

- Viemos avisar que o Kihyun está doente. E já faz um tempo, quer dizer, para ser mais específico, desde a noite do dia em que ele te viu pela última vez.

Se ela mostrou algum sinal de preocupação? Seu rosto inexpressivo sugeria que não, mas as unhas fincadas com força nas próprias coxas revelavam outra coisa.

- Bom, aposto que ele irá melhorar logo. - Negligenciou os próprios sentimentos, desejando profundamente não dar tanta importância.

- Aí é que está. O médico disse que era apenas um mal estar passageiro, que dentro de um a dois dias o Kihyun melhoraria, mas, ao invés disso, ele está piorando cada vez mais.

- Diagnóstico errado? Deveriam consutá-lo com outro médico.

- (S/n), não fuja. - Hyungwon decidiu interromper, desconfiando como tudo terminaria. - Você sabe muito bem o porquê dele estar assim.

Sim, bem lá no fundo, ela sabia. Mas a voz da razão sempre apareceria para colocar dúvida em tudo relacionado a Kihyun. E se tivesse sido apenas mais um jogo para ele? Ela verdadeiramente tinha importância? Ou era só mais uma?

Aquilo corroia a confusão. Uma grande parte dela, um ponto cego e mudo, confiava nele. Aquela parte irracional e tola, desprovida de qualquer certeza, mas instintivamente fiel, simplesmente algo conhecido como, 'o coração que ama'. "Tolice", o ponto de vista racional, por outro lado, possuía muito mais certeza. Os fatos foram expostos, e ele sabia tomar suas próprias decisões sem sentimentalismo envolvido. Mas não eram apenas os 'lados' que a impediam de tomar uma decisão.

- Eu preciso te confessar algo. - Minhyuk rompeu com o silêncio e encolheu os ombros, intencionado a consertar o que havia feito. - ... Aquelas garotas, essa coisa toda, foi por minha causa. Foi eu quem teve essa idéia. Eu quem quis que elas viessem e te revelassem o passado do Kihyun. Realmente sinto muito, não deveria ter me intrometido.

- Está tudo bem, Minhyuk. Eu fico grata a você por isso. Não escondeu o que sabia de mim, considerou os meus sentimentos. - Ela tentou consolar-lhe com um aperto de mão e um sorriso agradecido, mas Minhyuk rejeitou o ato.

- Não, (S/n). Foi intencional. Eu fui egoísta, quis que isso tivesse acontecido. E olha só para você agora... Mal sabe o que se passa por trás disso tudo.

- E o que se passa? - Questionou ela, percebendo dar-se por desinformada mais uma vez.

- Vá vê-lo. - Ele mudou, propositalmente, o foco do assunto, negando-se a revelar tudo que havia permanecido por meses. - Ele precisa de você agora. Tanto quanto eu sei que você precisa dele. O dê, ao menos, uma oportunidade de se explicar. Apesar de eu desconfiar que você sabe, mais do que ninguém, que ele não está te enganando. Não é por conta disso que você não está com o Kihyun agora, eu sinto isso... Tenho convicção disso. E seja o que for, não pode ser tão grave a ponto de você deixar que ele continue sofrendo.

Minhyuk estava certo. O que a garota planejava não tinha nada haver com o passado revelado de Kihyun. Era apenas uma desculpa para que ela conseguisse tirar, pelo menos um pouco, do peso da culpa que carregava nas costas.


                       ~★~


Doce e refrescante. Ele já tinha imaginado tantas vezes que ela estaria ali consigo que desistiu de acreditar que ela realmente fosse aparecer. Mas aquele cheiro estava se tornando odiavelmente insuportável. Ele não sabia dizer se era o efeito da doença ou se sua mente gostava de lhe torturar tão cruelmente daquela forma. Talvez fosse Changkyun, quem sabe os dois amigos não haviam criado intimidade o suficiente para, agora, compartilharem o mesmo Shampoo e o mesmo sabonete. Só de pensar em algo assim, o corpo de Kihyun se agitava inconscientemente contra o colchão, foi preciso que alguém apoiasse a mão em suas pernas para poder acalmá-lo.

- (S/n). - Ele lamentou e choramingou, como de costume. Já podia prever Changkyun ou Hyungwon se aproximando e segurando firmemente sua mão, em uma falha tentativa de consolo. Mas o toque foi em direção a sua face, daquela vez.

"Estou aqui." - Kihyun gritou. Um grito rouco e gutural. Aquilo era além do que podia suportar. A imagem dela não era cruel o suficiente para que agora ele estivesse a escutando?

"O que aconteceu?" "Eu não sei. Acorde-o."

Vozes ao longe, preocupados e aflitos. O burburinho indicava que o cômodo estava cheio, todos deveriam ter ido verificar o barulho repentino que Kihyun havia provocado. E a voz dela continuava lá, misturada a todos os outros sons do quarto.

Ele deveria estar parecendo um louco naquele momento. Todo seu corpo tremia sem um motivo aparente, as mãos contra os ouvidos, os olhos firmemente fechados e debatia-se de tudo que tentasse lhe tocar.

Estava caindo. Enlouquecendo, cada vez mais. Era insano pensar que tudo poderia acontecer em apenas cinco dias, em como alguém poderia entregar tanto a sua vida nas mãos de outra. Ao mesmo tempo que o fizesse se sentir o homem mais realizado do mundo, era capaz de lhe destruir de um dia para noite, reduzí-lo a nada. Ela era a pior doença que ele poderia ter.


O ar já não o revestia mais. Ela estava o sufocando, por cada canto dentro de si... Kihyun foi sacudido e puxado. Puxado por grandes olhos assustados. Uma cena confusa. As mãos da garota que seguravam sua camisa tremiam, e vários outros rostos tinham o mesmo espanto estampado na face.

- Kihyun, estou aqui. - A voz que ouvira anunciou novamente. Ele podia estar de olhos abertos e a encarando, mas ainda acreditava que tudo não passasse de uma imagem perfeitamente criada para iludí-lo.

- (S/n)? - A garota não suportou sustentar o olhar para a infinita nublagem que revestia os olhos de Kihyun. Era culpa dela. Abraçou-o com todo o alívio e dor que se amontoavam em seu peito, desejando nunca tê-lo deixado daquela forma.

- Você quer me matar de susto, Yoo? - Repreendeu-o. Ela começou a ficar assustada assim que o viu incapaz de respirar, sibilando diversas vezes o seu nome. Ele parecia imerso em um terrível pesadelo, um pesadelo do qual ela o colocara.

- Jagiya! - Não era mais um sonho, ou uma miragem. Ele soube. Apertou-a tão fortemente quanto pode, se ela pretendesse fugir naquele exato instante, com certeza falharia.

- O que você fez consigo? - A voz chorosa o fez se sentir um ser humano horrível. Sabia o motivo da garota que mais amava no mundo estar daquele jeito. Era culpa dele'.

- Me desculpe, jagiya. Me desculpe... - Implorou e implorou. Duas, cinco, dez vezes, parecia ter entrado em modo automático. Não a largava e não parava de se desculpar.

- Shhh. Está tudo bem agora. - Acariciou-lhe a cabeça e o tranquilizou, desviando o olhar para as estátuas paradas em volta da cama, que observavam atônitos o sentimento tão intenso que as duas pessoas ali demonstravam. Era a primeira vez que viam alguma interação entre eles daquela forma. - Podem ir, eu cuido dele.

O pedido foi bem claro. Precisavam ficar sozinhos. Talvez, até claro demais para Wonho, que travou os pés no chão, e ali ficou. A pontada de culpa que sentia por ter compactado para que os separassem havia sumido assim que percebeu uma possível reconciliação. "Ela não pode voltar com ele. Não logo agora."

- Hoseok, por favor. - Ela praticamente leu seus pensamentos, estando um pouco impaciente pelo modo insensível que ele se mostrava perante o estado de Kihyun. - Ele precisa de mim agora. Conversamos depois, pode ser?

"Tola", disse a si mesmo ao escutar aquela fala. Acreditava que ela estava sendo fraca em render-se tão facilmente daquela forma. Teria que abrir os olhos dela novamente.

- Não se esqueça do que eu te disse, (S/n). - Foi o que Hoseok deixou para trás antes de acompanhar as pessoas que já o esperavam do lado de fora do cômodo. E ela suspirou. Exausta. Ele simplesmente não desistia.

Com a cabeça afogada entre seus cabelos, Kihyun ainda pedia perdão baixinho e a esmagava pela tremenda força que utilizava naquele abraço. Não deve ter percebido o que acontecia em volta.

- Kihyun, me solte. - Falou firme após várias tentativas para tentar se afastar, e ele recusando todas elas.

- Não, você não pode me deixar de novo. Não vou permitir. - Kihyun estava desesperado e afoito, agindo de forma irracional.

- Eu não vou a lugar algum, Yoo. Agora se acalme. - Ele nem sequer se moveu, e ela teve que pensar em outro meio para convencê-lo. - ... Não vou querer continuar aqui se você ficar me segurando desse jeito. - Ameaçou, logo após, sentindo o resultado.

- Fique! - Ele soltou-a e suspendeu os braços ao redor dela, mas sem tocá-la, apenas verificando se não fazia qualquer movimento para fugir o quanto antes dali.

- Está... bem. - A garota olhava com desconfiança e estranheza para aquela ação incomum e exagerada. Ele não parecia bem.


- Você não retornou minhas ligações nem mensagens. Tentei ir atrás de você mas eles não permitiram. - Kihyun havia mesmo tentado ir atrás dela, mas os garotos praticamente o prenderam na cama. Ele não tinha condições alguma de ficar perambulando por aí. - Sumiu por tanto tempo, achei que havia te perdido.

"E você ainda não me tem." - Pensou um lado de sua cabeça, que ela decidiu não deixar expor.

- Foram apenas cinco dias, Kihyun. - Corrigiu o encarecimento de tempo dele, como se ela também não tivesse sentido o mesmo.

- Pareceu uma eternidade para mim. - Aproximou-se, a pegando pelo queixo e cobrindo sua boca com a dela sem qualquer dedução do que esse período todo que estiveram separados pudesse resultar.

Ela o correspondeu, não por vontade própria, já que seu corpo simplesmente não queria lhe obedecer. Kihyun estava sendo impetuoso, sabia que aquela não era a melhor forma de convencê-la a ficar consigo, mas também não achava que conseguiria com simples desculpas. Seus corpos ansiavam um pelo outro, e era inevitável ele não se aproveitar daquilo para trazê-la de volta.


- Temos que dar um jeito nessa febre. - Ela teve que se levantar da cama para impedir que o beijo continuasse. Descomposta e tentada, repreendendo o modo como ele poderia controlá-la se estivesse por perto. - Tire a roupa.

- Irá fazer amor comigo com garotos do lado de fora? - Apesar da pergunta, Kihyun começava imediatamente a tirar a roupa do corpo, um pouco lento e queixoso, já que era difícil fazer qualquer movimento com a dor que sentia no corpo.

- Para com isso.

- Com isso o quê? - Interrompeu a blusa de sair pela cabeça para encará-la, confuso.

- Essa coisa.... E-esse... Haa. - Gritou em frustração e puxou os cabelos, claramente alterada.

- Está nervosa?

- O que você acha? - Exaltou-se e falou de modo rude, o fazendo se contrair.

- Sou eu? Você não gosta mais de mim? - Kihyun fungou e lacrimejou, carente. E sendo que ela ainda nem havia lhe dado alguma resposta.

- O que deu em você? A febre afetou o seu cérebro?

- Eu não sei de nada do meu cérebro ter sido afetado, mas sei que não posso perder você.

- Você enlouqueceu​. - Não foi uma expressão, ou meio de ofensa. Ela afirmou com todas as letras e sentidos. Kihyun não era mais Kihyun.


Dentro de poucos segundos, ao perceber, ele já estava nu em cima da cama, e dizia, de modo simplório e determinado, que estava pronto.

- Levanta daí, Kihyun. Não vou fazer sexo com você.

- Não? Então por que me pediu para tirar a roupa?

- Vamos ver se um banho gelado desliga esses motores automáticos e traga o Kihyun normal de volta. - Ele abriu a boca em compreensão, logo deduzindo.

- Jagiya, acho que temos um problema. Não consigo permanecer em pé por muito tempo.

- Tudo bem, alguns dos meninos podem te ajudar com isso. - Kihyun fez uma careta desgostoso, não era o que planejava.

- Pensando bem, acho que preciso apenas de um apoio. Não importa o quão fraco ou pequeno ele seja.

- Você me chamou de quê?

- Não te chamei de nada, jagiya. Apenas sugeri que você pudesse me ajudar. - Havia dado no mesmo, já que a ofensa, agora, se dirigia diretamente a ela. Mas a garota resolveu não se estressar e esquecer o que ele havia dito. Tinha um problema maior para resolver.

- Você quer que eu entre no banheiro, com você nu?

- E qual é a novidade? Você está me vendo nu neste exato instante. - Indicou o próprio corpo, a fazendo ser obrigada a descer o olhar, engolindo seco.

- E-essa não é a questão. Os garotos estão lá fora, o que eles irão pensar disso?

Kihyun deu de ombros, pouco se importando. - Você é a minha namorada. Eles não tem que pensar nada. - Enfatizou o 'minha' ao apontar o indicador para o próprio peito, certo de que ela ainda pensasse que fosse assim.

- Louco, completamente louco. - Praguejou ao tacar um pano para cobrir a nudez dele, dando a perceber que havia concordado com aquilo.


~


As horas praticamente voaram. Especulações começaram a aparecer naquele dormitório desde que viram o quão grande era a intimidade que (S/n) e Kihyun possuíam. Ninguém era capaz de dizer a palavra abertamente, mas se podia ver no olhar de todos eles o que deduziam em suas cabeças desde que viram agí-la normalmente com um garoto, literalmente, nu na sua frente. Aquele assunto era um tabu entre eles, a maioria, se entregou ao mundo da música e da dança antes mesmos de terem pensado em realizar os desejos comuns de todo estudante na adolescência. Ao invés de farras e noitadas com os amigos, corriam atrás dos seus objetivos para o futuro, desconhecendo o mundo que o corpo de uma mulher poderia lhes proporcionar. Estavam curiosos e envergonhados, com rostos fervendo.

Depois de medicá-lo e alimentá-lo, (S/n) concedeu ao desejo de Kihyun de se deitar ao seu lado. Aproveitaram o sossego e privacidade que os membros estavam lhes dando, sem desconfiarem do porquê ninguém ter tido coragem de colocar os pés para dentro daquele quarto, com cabeças explodindo de pensamentos indevidos no outro cômodo.

Mas diferente do que todos pensavam, a relação não estava nada excitante para aquele casal. Algo incômodo parecia preso em suas gargantas, os tornando incapazes de se dirigirem um ao outro com clareza. Apesar de Kihyun fingir estar tudo bem, ela se tornava ainda mais indiferente para com ele.


- Você se sente melhor? - Os olhos pesavam cansados, assim como a voz preguiçosa. Kihyun admirava o rosto sonolento de sua garota com um terno sorriso, esperando que ela adormecesse em seus braços e passasse o resto da noite consigo.

- Dentro de cinco dias? Acho que nunca estive tão bem. - Respondeu, feliz por ela, enfim, ter lhe dirigido a palavra desde que se deitara ali.

- Ótimo. - No impulso, ela rapidamente se ergueu, abandonando o lugar ao lado dele, deixando seus braços vagos, sem algo para agarrar.

- Para onde você vai? - Ele se assentou de imediato, quase a pegando pela mão antes dela se desviar.

- Voltar para o meu dormitório. - Falou de modo óbvio, bastante decidida.

- M-mas, você não pode. - Os planos dele haviam sidos todos destroçados com a decisão​ que ela tomara de repente. Não queria que ela fosse.

- E por que não?

- Eu preciso de você. - Não foi uma resposta mal pensada, era exatamente aquilo que Kihyun pretendia dizer. Era tudo o que sabia naquele momento, mesmo que desconfiasse não a convencer.

- Não, Kihyun. Você tem trabalho a fazer, e espero que entenda isso. Estão todos contando com você, não os decepcione. - Essa sempre foi sua meta desde que aceitara pisar os pés ali. Descobrira que o Manager estava ficando careca de preocupação pelo comeback estar próximo e o vocalista principal, ao menos, pudesse executar o seu essencial trabalho. E seu lado racional a acordara. Foi ali pelo bem do Monsta X, pela amizade que tinha com todos os outros membros, principalmente com Changkyun, quem já lhe ajudara tanto. Era hora de recompensar. Mas isso não poderia confundir seus sentimentos, os quais apontavam para um só motivo. Sempre seria ele, não importando os meios que ela usasse para enganar-se.

O ar também havia falhado ao vê-lo inconsciente mais cedo. Também passara horas do dia chorando por se rejeitar a tê-lo do seu lado. Todas as mensagens foram lidas e relidas, enquanto, continuamente, mais ele as mandava. Também pensara enlouquecer e desistir de tudo por causa dele. Kihyun também era a pior doença que ela poderia ter'.

.

.

.


                          ~★~



Se era trabalho e profissionalismo o que eles queriam, era isso que Yoo Kihyun estava dando. Os outros membros, até mesmo, estavam espantados com o desempenho que ele demonstrava. Desconfiavam que não fosse se recuperar desde que a (S/n) saiu a poucas semanas daquele dormitório e passou a lhe responder mensagens de texto com menos frequência, não imaginavam que ele pudesse ter uma reviravolta tão grande depois do que presenciaram. Mas havia um motivo por trás daquilo tudo. Sua jagiya. Ela disse para não decepcionar, e era isso que Kihyun estava fazendo. Ele acreditava que, se fizesse o que ela mandasse, poderia reconquistá-la, mostrar que foi um bom menino.

Kihyun havia perdido a razão. Um comando em vez de um cérebro. Uma obsessão em vez de sentimentos. Estava deixando todos preocupados. Por quanto tempo mais ele iria permanecer assim?


- Preciso que saíam. - O plano era simples assim. Era praticamente isso que ele pretendia fazer ao se dirigir a sua antiga ala de dormitórios sem um planejamento adequado.

- Não me diga que é infestação de baratas outra vez?! - Era Yoobin quem atendera a porta, e estava tão acostumada a vê-lo naquele andar, que nem mesmo se surpreendeu ao se deparar com um Idol em frente a porta de seu dormitório, mas mesmo assim, não evitou jogar o cabelo para o lado, em um charme nada discreto.

- Nada disso. Eu apenas preciso falar com a minha namorada. - A boca da garota se abriu e ela gaguejou várias vezes até que conseguisse formular uma frase. Sua pose já havia derrancado.

- D-disseram que era mentira, vocês não estão namorando. - Kihyun revirou os olhos impaciente e adentrou o local por vontade própria, olhando ao redor, vendo se a encontrava, mas avistou apenas Jimin ali, que parecia a espreita, escutando a conversa.

- Pois é, e vocês ficarão de boca fechada. - Indicou com autoridade a passagem da porta, dizendo de uma maneira rude para que elas se retirassem.

Os olhos esbugalhados demonstravam o espanto que estavam tendo com a atitude do garoto tosco e de pouca polidez que dominara a imagem de menino educado e gentil de Yoo Kihyun. Ele não estava brincando, e também não parecia estar em um bom humor.

As garotas entreolharam-se, e sem qualquer oposição, retiraram-se em silêncio do dormitório. Mesmo que tivessem se esquecido de algo, era muito pouco provável que voltassem, Kihyun praticamente as espulsara.

Só, ele pode revistar o dormitório a procura dela, apesar de desconfiar que não estivesse ali. Até que o barulho da água caindo, explicou o motivo da garota não ter se dado conta da presença altamente anunciada de quem invadira seu dormitório. E pela primeira vez, algo que Kihyun sempre odiou, reagiu ao seu favor. As portas dos banheiros dos dormitórios dos trainees não tinham trancas, quem quiser poderia entrar e presenciar o que você fazia em um momento, natural, íntimo. Deveria ser menos incômodo para meninas, pois elas, 'provavelmente', não precisavam se desfazerem de um probleminha pela manhã.

Tão sorrateiramente, em poucos segundos, Kihyun já podia deslumbrar com fascínio a silhueta por trás da vidraça embaçada. Envolvida pelos próprios braços e coberta pela água que caía sobre a cabeça e escorria por todo o corpo. Um pranto silencioso e solitário. Ela deveria estar ali a minutos, enquanto deixava as lágrimas detestaveis se misturarem com as gotas que desciam pelo ralo, se perguntando porquê sua dor não havia ido embora também.

Hipnotizado, guiado pela vontade quase eminente de tocá-la e reconfortá-la com tudo de si que poderia oferecer, Kihyun despiu-se peça por peça, com todo cuidado para não ser percebido antes da hora. Deslizou com cautela o vidro do box, e de forma tão suave e aprazível, tocou-a pelo ombro, dando a advertir de sua presença.

Apesar da surpresa que sentiu, a garota não se moveu ou produziu qualquer reação. Sabia reconhecê-lo sem nem mesmo precisar que o visse. Por um simples toque. Ela odiava isso tudo. Não entendia porque tinham de ser tão ligados e dependentes um do outro.


Aproximando-se, ele deslizou a boca pelo vão do pescoço e com as mãos em sua cintura a prensou contra todo seu corpo nu, provocando apenas uma das melhores sensações que descobriam nas reações de seus corpos em contato.

Estava experimentado marcá-la pela primeira vez ao colocar a pele dela em seus lábios e sugá-la com força, como se fosse a coisa mais doce e viciante que já colocara na boca. Ela levou uma mão a nuca dele e se apoiou, relando uma perna na outra, sentindo seu íntimo se dilatar, surpreendendo a ambos por quão pronta ela já poderia estar, igual a quem se espera por aquilo o dia todo.

Observando o desejo tão obviamente transparente e necessitado que ela exalia, Kihyun guiou uma mão para a barriga até adiante da virilha, onde inundou os dedos no calor presente ali. Ela murmurou, um gemido contido e reprovador. Apesar do que seu corpo ansiava, não queria se entregar, não daquela vez. E se odiava mentalmente por não conseguir reagir a Kihyun.

- Vá embora. - Sussurrou, em uma irônica discordância de suas vontades, apoiando a cabeça no peitoral dele em um movimento instintivo do prazer que ele a estava dando.

- Não. - Kihyun, agora, introduzia os dedos para dentro, resultando em toda a contorção dos dedos dos pés que ela reprimia na intenção de abafar qualquer som de sua boca. - Necessito te ter. Não decepcionei ninguém e fiz tudo o que você mandou. Preciso da minha recompensa.

- Você continua louco. - Disse com a voz entrecortada e aquele leve humor sarcástico, o qual não abriria mão de deixá-la mesmo nos mais confusos momentos.

A reação que ele teve daquele comentário, foi introduzir com mais força e pressão os dedos para dentro, resultando no primeiro gemido satisfatório que a escapou pela boca.

- Me deixe lamber você. - Pediu, insaciado, querendo prová-la por inteiro.

- Não. Só continue assim. - Sabia que estaria perto em breve, e não queria prolongar as coisas ali. Queria se sentir livre do prazer que Kihyun a prendia, não se tornar tão cativa a ponto de se desfazer em sua boca.

Ele não obedeceu, com um movimento brusco, prensou as costas dela no vidro gélido, ajoelhando no mesmo minuto em que puxou uma perna dela para cima.

Sua língua havia a invadido antes mesmo que ela conseguisse processar. Incapaz de objetar oposição, deixou-se dominar e procurou apoio nas paredes escorregadias, falhando miseravelmente.


Ela gemia alto, e todo o seu íntimo gritava. Estava lutando bravamente para expulsá-lo, não deixá-lo entrar novamente, mas ao menos uma porta ela encontrava para impedí-lo. Kihyun a tinha completamente, e mal se dava conta disso.


Aliviando-a e a torturando ao mesmo tempo, ele ergueu-se repentinamente, antes mesmo que ela conseguisse se desfazer. A água caía sobre os cabelos, agora, castanhos, e lambia os lábios em busca de mais vestígios do líquido que ela lhe proporcionava. E aquela expressão. Kihyun ficava tão sugestivamente sexy ao demonstrar seus pensamentos impuros transparentes na face.


- Você tem que ir embora. Não... - Ele a calou com um selar, desligando o registro atrás de si e a puxando para fora do box, onde apanhou uma toalha e a secou, e também, a si mesmo.

Carregou-a no colo e a levou para o quarto, a colocando com cautela sobre o colchão. Imitaram carícias, beijos, mas nada realmente parecia ser o que era.


Kihyun estava sendo barrado, rejeitado. Ela reprimia todo seu corpo quando ele tentava prosseguir, trancafiando qualquer passagem dele, tanto em seu corpo, quanto em seu âmago. Sabia que se deixá-lo entrar, não teria mais volta, não se quisessem se resolver verbalmente como pessoas maduras. Nada verdadeiramente se resolveria.


- Abra as pernas para mim, (S/n). Deixe-me saber que ainda é minha. - O pedido suplicante dele apartou com todo o empecilho que ela formulava na cabeça, resultando no seu comprometimento de entrega, que mesmo hesitante, as abriu completamente.

Kihyun se inclinou, engatinhando pela cama até que conseguisse produzir o quase encaixe de seus corpos. Ele olhava com veemência para as orbes naturalmente escurecidas enquanto ia lentamente se deslizando, aguçando os sentimentos remotos que ela tanto se esforçava para abandoná-los.


Arfares. Curtos e quase imperceptíveis arfares, era tudo que ela conseguia fazer-se ceder. Os olhos que buscavam por qualquer outro ponto morto se assemelhavam ao estado de espírito dela. Ela o sentia. E não o sentia. Como se não estivesse ali, não literalmente. Insensível, conforme uma casca oca.


Aquilo era torturante. Deprimente e aviltante. Nada poderia soar tão errôneo quanto a relação que estavam tendo. Faziam amor, mas não era exatamente como se fizessem.


Kihyun cessou seus próprios movimentos, prorrompendo com a mancebia que praticavam. Nada fazia qualquer sentindo ali, se ela queria torturá-lo ou se vingar dele, seu objetivo já estava mais do que alcançado.


- Me desculpe, eu sinto muito. - Caiu sobre ela, não conseguindo mais conter-se e desmoronando com todo o seu emocional. - Estou agindo como um louco obcecado, sei disso. Digo para mim mesmo que está tudo bem se continuarmos assim, mas não está. Você tem estado tão distante que eu perdi a cabeça, não quis acreditar que pudéssemos nos separar. Ainda ressente pelo que eu fiz com aquelas garotas? Não me ama mais?


Quem havia descoberto o pior do outro, havia sido ela. Mas quem estava fragilizado e sensível, ironicamente, era ele. Kihyun tinha medo, um medo desesperador. Não bastava tê-la, precisava que ela o amasse. Precisava que ela o quissesse e o necessitasse, assim como ele dela. O sentimento não poderia ser unilateral. Ele não permitiria.

E era com esse pensamento que Kihyun começava a compreender. Era melhor deixá-la ir. Não faria sentindo se apenas um lado permanecesse favorecido pela satisfação de ter um ao outro. E Kihyun confirmou no momento em que ela não lhe deu uma resposta.


- Quer que eu vá? - Soava tão doloroso que ele imaginava não conseguir ter feito as palavras saírem de sua boca. Estava com medo de olhá-la, medo de saber o que veria. Se houvesse ao menos um meio de fazer-los voltar a ser como eram antes, Kihyun pagaria qualquer preço.


A garota levantou o rosto dele de seu colo, sentando-se para melhor fazer o que pretendia, e lentamente, o beijou. O beijou no queixo, bochecha, testa, topo da cabeça, pálpebras. Beijos mudos e lentos espalhados por toda a face. Ela estava o reconfortando. Demonstrando que ainda estava ali, assim como a última promessa que fez.

- Consegue sentí-lo? - Sussurrou, entorpecida pelos sentimentos incandescentes pelos quais já havia se entregado a muito tempo. Reconhecer que não poderia evitá-los se tornou natural para ela. - Está assim desde que acordei.

Kihyun sorriu sem humor, observando que ela refazia a manhã em que acordaram juntos. Apoiou a cabeça acima dos seios dela. A inquietação interior também estava lá.

- Queria poder dizer que é pelos mesmos motivos da outra vez. - Lamentou ele.

- Se você disser que nunca mais agirá daquele jeito estranho, posso prometer que são exatamente pelos mesmo motivos de antes.

- Desculpe. Eu não sei o que me deu, realmente devo ter enlouquecido com a idéia de te perder. Só agora fui perceber o quão insano eu estava sendo.

- Então prometa, você nunca mais se afetará tanto se um dia não estivermos mais juntos. Deve jurar que não ficará doente e nem elouquecerá.

- Que tipo de promessa é essa? Se um dia não estivermos mais juntos? Você não irá me deixar nunca mais.

- Prometa. - Falou firme, seus planos para o futuro não permitiriam que os desejos de Kihyun se concretizassem.

- Tudo bem, eu prometo seguir em frente se um dia você resolver me deixar. - Ele falou sarcasticamente, descartando por completo aquela possibilidade. - Agora, me permita ter você novamente, te amar novamente. Eu não consigo mais suportar o modo como estamos. Nos dê uma chance. Eu não quero te perder.


Ela também não queria, e mesmo que confirmasse o que já havia decidido, resolveu abrir-se para ele, entregar-se mais uma vez. Secretamente, faria daquele um momento especial. Ele não precisava saber o que acontecia, pelo menos por hora.


Em resposta, a garota verteu seu corpo confortavelmente de volta para a cama. A boca semiaberta, esperando pela dele, e o quadril ajustado perfeitamente para acolhê-lo.


Ela estava pronta para si, de uma maneira real. Sua jagiya havia voltado, e dessa vez, ele impediria que ela fugisse novamente.


Devagar. Não tinham pressa ou qualquer necessidade de desejo ardente impetuoso. Ele estava a amando, a ela, e ao corpo dela. Era somente isso.


Substituindo gemidos, sussurros ecoavam por todo o quarto. Kihyun jurava o que não podia jurar mais, se desculpava pelo que não tinha justificativa, e a acariciava com doces palavras. Não com palavras fúteis e vazias, mas com todas que conseguiam chegar perto de dizer o quão profundo era o abismo dos seus sentimentos. Aquilo era loucura. Um amor insano, que precisava ser tratado.


A satisfação dos seus desejos se fundiram em um só daquela vez, compartilharam um com o outro a sensação de misturar seus prazeres, permanecendo até o último segundo.


A idéia de ter um filho com ela, por causa daquele pequeno deslize, não o assustava. Ele queria, de todas as formas, ligá-la a si, e aquele se tornou um desejo crescente em seu peito. A faria sua mulher. Estava ligando o off' para tudo que havia conquistado. A partir dali em diante, ela seria seu sonho. Conquistaria e perderia tudo se ela estivesse consigo.



Ela pôde sentí-lo, inteiramente, escorregando-se para fora, mas não antes de ouví-lo segredar em seu ouvido. - Estava com saudades.

- Eu também. - Retribuiu o sorriso que ele lhe oferecia, encarando com fascínio o novo visual de Kihyun, se surpreendendo brevemente. - Você... Está moreno?!

- Só percebeu isso agora? - Ele brincou, mas sua expressão curiosa não estava no mesmo humor. - O que achou?

Os olhos analisavam atentos o cabelo acastanhado, e levou um tempo para ela perceber o olhar apreensivo de Kihyun. Ele realmente estava nervoso com o que ela poderia achar.

Ela pensou que poderia se aproveitar daquilo, lhe pregar uma peça, mas acabou escolhendo ser sincera. - Já comprovei a muito tempo que Yoo Kihyun fica bom de qualquer jeito. Está perfeito.

Ele sorriu aliviado e a beijou, mas ela o afastou, com uma expressão séria. Era hora de esclarecer o que ainda a perturbava. - Preciso que faça uma coisa.

- Qualquer coisa. É só pedir, faço tudo por você.

- Não, você irá fazer isso por você mesmo. E também, por todas elas. - Kihyun fraziu o cenho, curioso pelo que ela tinha a dizer, e seu silêncio insinuou que prosseguisse. - Estou falando de perdão, Kihyun. Precisa se redimir. Mesmo que seja tarde, elas esperam por isso, necessitam disso. Imagino o quão terrível deve ser para elas olharem seu rosto na televisão ou em qualquer outro lugar e relembrarem de tudo que sofreram no passado. Deve isso a elas. - O assunto que ele mais queria evitar, mas que sabia ressurgir uma hora ou outra.

- Não acho que posso simplesmente pedir desculpas e imaginar que vá ficar tudo bem. O que eu fiz não tem perdão, (s/n).

- Sim, você pode. Seja sincero, mostre que se arrepende, é disso que elas precisam.

- Você vai voltar a me amar se eu fizer isso? - Ela suspirou, um suspiro pensativo e enganoso, queria fazer jogo duro, não ser tão estupidamente entregue. Até que sorriu derrotada.

- Eu já te amo, Kihyun.


Notas Finais


Confusão com o Wonho? De verdade, estou seriamente querendo encaixar isso no próximo capítulo, mas também penso que não possa ser uma idéia tão boa assim. Digam se gostariam de colocá-lo no meio desses dois ou nao
E (S/n) está aprontando alguma, não acham?
Kissus e bye bye🤗


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...