1. Spirit Fanfics >
  2. One more step - Imagine Monsta X - Kihyun >
  3. Thirty sixth chapter

História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Thirty sixth chapter


Escrita por: kando

Notas do Autor


Demorei mais do que o esperado, podem me culpar, ainda mais porque foi enrolação minha mesmo.
Mas, enfim, atualizei.
Estou um pouco desanimada com o capítulo, então adianto as desculpas, ando meio sem criatividade.
E mais uma coisa, obrigada pelos 300+ favoritos🙏🎉, de verdade, significam muito pra mim.

Capítulo 37 - Thirty sixth chapter


- Hey, (S/n), vamos. Eu preparei o jantar. - Ela não tinha pegado no sono por completo, estava a lutar com seus olhos vermelhos e ardentes para manter-se acordada. Essa manhã não havia sido nada fácil.

- Não estou com fome, Kyun. - Aquele jeitinho frágil e débil era esmagador. Changkyun tinha vontade de acolhê-la e ajudar-lhe. Torná-se suficiente para substituir o que estava perdido, ou temporariamente quebrado. Juntaria todos os seus pedaços, se fosse possível.

- Precisa se alimentar. - Juntou-se a ela na cama, sentando-se sobre as pernas e acompanhando o olhar minucioso que lhe estudava. Ela estava a pensar o que não devia, ele conseguia perceber.

- Outra hora, está bem? - Changkyun se inclinou, tomando a mão dela com as suas, dirigindo-a aos lábios e selando ternamente.


Apesar de todo o ocorrido, os sentimentos de Changkyun permaneciam intocáveis. Ele compreendia que não poderia ser correspondido, aceitou firmemente esse fato, mas não poderia perder o encantamento. Ela continuava a ser uma das coisas que mais importava em todos os seus emaranhados problemas. Não que ela fosse um problema, longe disso, porém, a dor que lhe causava era demasiada incômoda.


- Eu daria tudo para ser você, Changkyun, acredite em mim. Mas sabemos que não é apenas uma opção de escolhas. - Aí estava a resposta do olhar que ela lhe lançava. Tentava abrir-se, permití-lo entrar. Mas apenas um tinha a chave para aquela fechadura, e Changkyun já aceitara aquilo mais do que a própria.

- Tenho que ir agora. O Hoseok se ofereceu para ficar com você, tudo bem pra você? - Mudou o foco, sabia que não adiantaria de nada confrontarem com seus sentimentos postos a mostra. Nada mudaria.

- Ele não precisa... - Antes que continuasse foi interrompida, o tom de voz do amigo com bastante ímpeto e seriedade.

- Não vou deixar que fique sozinha.

Ela estava bem, fisicamente, mas Changkyun não se permitiria baixar a guarda. Por vezes, sua imunidade se tornava relativamente baixa, provocando resultados nada saudáveis.

- ... Tá, pode ser. Mas ele vai embora logo. Não quero dar trabalho.

- Você daria menos trabalho se comesse a gororoba que eu carinhosamente fiz. - Apontou para a estranha sopa esverdeada sobre a cômoda ao lado da cama, e ela fez uma careta, desconfiando que Changkyun estivesse testando uma tentativa de assassinato. - Você não irá rejeitar a receita da minha mãe, não é mesmo? - Chantageou, um artifício que ele sabia muito bem apanhá-la.

Já prevendo a reação, Changkyun gargalhou levemente com o espanto que lhe tomara a face. O que (S/n) mais buscou aprender antes de ir para a Coréia foi o tratamento as pessoas mais velhas, sabia que o respeito para com eles era bastante exigido em toda a Ásia. Disciplinou a si mesma para qualquer tipo de situação que poderia se envolver - I'M até mesmo chegou a dizer que era um pouco exagero de sua parte - e saber que a mãe do seu melhor amigo poderia se ofender por ter rejeitado algo de sua autoria, ou da família, realizado pelo próprio filho, a espantava assombrosamente. E mesmo sabendo que a Sra. Lim nunca tomaria conhecimento desse fato, sua consciência estaria bem ali para lhe acusar.

- S-sua mãe?

- Sim, eu liguei para ela que me passou todos os passos, e ainda te mandou uma felicitação de melhoras. - Changkyun assumiu uma postura séria, adicionando mais ondas para todo o redemoinho exorbitante que a garota criava.

Engolindo em seco, ela encarou mais uma vez a porcelana com o líquido visivelmente enjoado, tomando coragem para pegar o recipiente e colocá-lo sobre o colo.

- É sopa de... - A mão estendida indicou que Changkyun se calasse, e ele franziu o cenho com a atitude.

- Prefiro não saber. Não sei se terei a mesma determinação depois. - Ela explicou, e ele novamente sorriu, inclinado àquela expectativa toda.

Com um grande baque denodado, guiou sem mais exceções colherada boca adentro, negando-se a sentir o sabor de primeira, até que enfim permitiu o líquido escorrer por toda extensão de sua língua.

As pálpebras pressionadas abriram lentamente conforme ela ia aderindo o sabor ao seu paladar. Degustando, sentindo, até que conseguisse classificar o quão terrível poderia ser.

- Você é um ótimo chantagista. Deveria ter me dito logo que isto tinha um sabor maravilhoso. - Exclamou, autêntica pelo alívio.

- Você não acreditaria. - Ela olhou novamente para o recipiente em seu colo, reavaliando a situação.

- Realmente. - Concordou, lhe dirigindo um sorriso hesitante antes de apertar-lhe a mão. - Você sempre foi assim, não é, Changkyun?!

- Assim como? - Ele retribuiu o sorriso vacilante, temeroso pelo que ela tinha a dizer a seu respeito.

- Bom demais para mim.

O pulso de Changkyun acelerou, e a respiração falhou. Se ela soubesse o quão irônico aquele comentário soava para si. Bom, era tudo isso que ele queria ser para ela, mas acreditava estar longe demais do suficiente. Kihyun era suficiente, não ele, era isso que mais o perturbava.


- Oi. - A cabeça que espiou para dentro do quarto os sobressaltou. Changkyun se ajeitou de pé e ela forçou um sorriso, acenando para Hoseok, que adentrou sem mais delongas. - A porta estava aberta. - Anunciou, antes de prever alguém perguntar como ele tinha entrado ali.

- Bom, chegou a minha hora. - Changkyun se inclinou para deixar-lhe um beijo no topo da cabeça e se dirigiu seriamente para Hoseok. - Cuide bem dela.

- Mas é claro.

- Kyun! - A garota segurou-lhe a manga da camisa antes que ele conseguisse se afastar, tendo novamente a atenção para si.

Ao se virar, Changkyun tinha pavor nos olhos. Ela estava começando a falar demais. Transparente demais. Afetiva demais. Entendia que estava em um mau momento, com ele sendo o único apoio presente a quem ela confiava. Mas isso não a dava o direito de bagunçá-lo daquela forma. Custou-lhe muito aceitar que estava feliz com outro, que não podia sequer expor seus sentimentos livremente, tendo que guardá-los e oprimí-los dentro de si. E se mesmo ele não podia, ela também deveria ser proibida de tal coisa. Ele não era tão forte para aguentar tamanha demonstração de afeto. - Obrigada por tudo. É muito importante para mim ter você ao meu lado. Amo-te. - Ela mordeu o lábio, reconhecendo que ultrapassara os limites de restrição de Changkyun. - Só queria que soubesse.

Ele assentiu, suspirando pesadamente ao retomar a respiração, sussurrando um "eu também" antes de conceder ao desejo de se retirar da presença dela o quanto antes para poder libertar o tamanho do bolo de sentimentos que ela poderia ter provocado com apenas poucas palavras. Estava destroçado.


Hoseok mantinha os olhos cerrados, estudando tudo que acabara de acontecer, e quando concluiu um tipo de benefício para si, sorriu minuciosamente.

- Percebo que a senhorita andou chorando. - Wonho se aproximou da cama para tocar-lhe o nariz, a envergonhando por parecer tão óbvio. - Por isso me encarregarei de lhe divertir durante toda a noite. Já lhe contaram que sou ótimo para levantar o ânimo de garotas tristes?

- Ouvi dizer. - Ela respondeu descontraída, mesmo que a lembrança de estar com Wonho naquele dia não fosse de fato tão agradável, ao menos por um pequeno detalhe.

- Certo, vejo que está por dentro, então... - Ele parou bruscamente ao olhar para baixo, com uma expressão enojada. - O que é isso??

Ela seguiu seu olhar, com um sorriso mínimo e divertido. - Hm, é sopa. Você quer?

.

.

.

                        ~★~



- Eu devo dizer que... - Era uma situação delicada, precisava ter cuidado com o que diria, a julgar pelo temperamento de quem se dirigia.

- Idiota. - O maxilar trincou e as orelhas, assim como o pescoço, encotravam-se igualmente ruborizadas, além de seu rosto também deixar-se dominar.

- Como?

- Isso mesmo. Idiota. Você é uma tremenda idiota. - A voz elevou-se, e ela sentiu ser chicoteada levemente com o tom apático que lhe acusava.

- Não fale assim comigo. - Manteu a cabeça firme erguida para o enfrentar. Tornaria-se tudo, menos uma fraca que se deixaria levar pela necessidade de não fazê-lo acreditar no que disse, por não permitir que o magoasse por decisão própria.

- Ah não? Percebe o que você fez? Estragou completamente tudo. - A raiva era idêntica a qual ele descontara na face de Changkyun a semanas atrás, mas o alvo que pretendia acertar já saira de cena. Precisava manter o pouco de controle e mexeção de braços e pernas para não seguir o extinto de ir atrás do Wonho.

- Foi você quem estragou as coisas, pra começo de conversa. - Ela replicou, o sentido oculto demais para ser encontrado. O que Kihyun fizera de errado, afinal? Ele simplesmente a amou, não havia crime nenhum nisso. Culpá-lo por ser aquele garoto do passado parecia não encaixar no que dizia. O Kihyun de agora demonstrava que a amava com tudo de si, e não fazia jus a pessoa que um dia foi. Ele não escolheu magoá-la, as suas sombras do passado não podiam serem desfeitas, em todo o caso.

- Oh, certo, foi eu quem transou com uma amiga sua, não é mesmo? - Kihyun realmente não queria colocar as coisas daquela forma, mas estava impulsivo demais para impedir as palavras de saírem de sua boca, além de estar sendo injustiçado.

- Não tem o direito. - O objetivo de não torná-se fraca falhou defeituosamente. Os ombros despencaram-se sem consolo e sua face se contorceu em uma dor aguda que atingia-lhe o peito.

Kihyun se aproximou, puxando-a de modo grosseiro para dentro do prédio e reprimindo insistentemente o botão do elevador. - Vamos embora daqui, irá fazer já suas malas. - Falou ríspido e autoritário, nunca pareceu tão decidido.

- O que pretende?

- Não percebe? Vamos nos mudar. Não deixarei que se aproxime do Hoseok nunca mais. Nem mesmo do Changkyun ou de qualquer outro homem. - Ela ficou espantada com aquela reação. Mesmo após tudo, ele ainda a queria? E que idéia sem nexo algum era aquela?

- Hoseok tem razão. Não me ama. Está obcecado, isso é só um vício. Está exercendo sua auto necessidade de impor sua ordem e seu desejo. Eu não sou um objeto, Kihyun.

- Sua burra, o Hoseok está enchendo sua cabeça com asneiras. Como pode dar ouvidos ao que ele diz?

- Não me chame de burra. - Ela gritou. Alto e ferozmente. Sua decisão de afastar-se de Kihyun estava ainda mais certa. Ela queria abandoná-lo, e Kihyun conseguiu ler-lhe tão facilmente os pensamentos.

Passível e dominado pelo medo, Kihyun produziu força ao agarrar-lhe o ombro e impulsionar os lábios contra os seus. Necessitava daquele sentimento, prometeu que não a deixaria ir novamente. Mas ele sempre estaria errado ao tomar aquela atitude.

- Me solte. - Ela empurrou-lhe bruscamente o peito, e Kihyun gemeu pela força que suas costas colidiram com a parede. - Não vai me manipular. Não dessa vez.


Em uma afoita necessidade de se afastar, ela rumou para fora. O coração palpitava em uma inquietação dolorosa. Cedeu ao peso do próprio corpo, batendo os joelhos contra o passeio enquanto cobria o rosto com as mãos. Não planejava aquilo, a situação havia fugido do controle. - "Não era pra que terminasse assim".


- (S/n), jagiya. - Kihyun se agachou ao lado, passando as mãos sobre o corpo dela, buscando uma melhor forma para tocá-la de modo reconfortante e abster a vontade que ela tinha de se afastar. A voz também embargava. - Você sabe que eu não queria dizer o que disse. Eu te amo, podemos resolver isto.

- Não. Você é louco, vê se me esquece. - Erguendo-se de súbito, tomou o caminho da calçada. Pôs suas pernas para trabalharem, não poderia permití-lo alcançá-la.


O cabelo desgrenhava contra o vento, que batia sobre o rosto e secava-lhe as lágrimas. Ela sentia cada vez mais incapaz, desabaria a qualquer momento. Mas não podia, Kihyun estava bem atrás de si, rasgando a garganta ao suplicar por seu nome. A adrenalina já a abandonava aos poucos.


Risadas atraiu sua atenção, forçou o olhar pela rua deserta e escura. Um grupo de adolescentes. Voltavam do karaokê, provavelmente. Um alívio percorreu-lhe o corpo e ela diminuiu a velocidade. Kihyun fez o mesmo, acreditando que ela pudesse ter cedido. Até que franziu o cenho e estacou no lugar ao vê-la se aproximar do grupo, falando algo enquanto apontava para trás, para ele.


- Kihyun oppa, Monsta X? - Ouviu a voz de uma das garotas, que agora lhe encarava fixamente.

- Droga! - Kihyun praguejou entre dentes, voltando o olhar para (s/n), que já se afastava sorrateira do grupo.


Ele preparava-se para voltar a seguí-la, algo que não findou quando as garotas do grupo correram em sua direção, tampando sua visão ao cercá-lo, derrubando milhares de perguntas sobre si enquanto tocavam-lhe o rosto ou o braço.


Ela dirigiu um último olhar para trás. Kihyun já não lhe seguia mais, e com um grande pesar, continuou o caminho.



Já estava bem distante da empresa quando parou diante uma cabine telefônica pública."Changkyun", foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça. Porém, se ela tivesse sido um pouco mais cautelosa, poderia ter percebido uma discreta van preta que lhe seguia por todo percurso até ali, e conseguiria gritar por ajuda ao invés de se preocupar em pegar suas coisas na empresa sem que Kihyun tomasse conhecimento.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...