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História One more step - Imagine Monsta X - Kihyun - Forty-first chapter


Escrita por: kando

Notas do Autor


Hi*-*
Vamos falar da demora, sei que vão querer me matar, mas eu simplesmente não escrevi nada nesses dias anteriores, nem uma simples frase, tipo, estaca zero. Vi depois que essa demora tava custando mais de duas semanas sem atualização(sorry). Mas enfim, voltei, e também tenho que dizer que, a pedidos de alguns, tentei prolongar a fic, já que era pra ter acabado no capítulo quarenta, ficou maiorzinha, mas já estamos perto do fim, em dois capítulos -acho- eu enfim encerro.
Acho que é isso, além de agradecer pelos 400+ favoritos🙇, obrigada a cada um, de verdade.
Chega de enrolação, bora ler, hoje tem treta...

Capítulo 42 - Forty-first chapter


O cenário rapidamente esmorecia até se transformar em uma intensa caligem. A barreira estava ali. Escura e fria. Compacta e indistinta. As sensações físicas e emocionais se tornaram, basicamente, fictícias. Sentiu ser puxada e arrastada por grande passo no transcurso até que tudo se tornasse um remanso soturno e solitário. Agora tudo se punha na mais perfeita harmonia, ou se considerasse por outra saída, ela não prestava nada mais nada menos do que uma ausência mórbida de vontade. Aniquilando qualquer intento de escapatória ou esperança em seu próprio eu.

Como um outro mundo, uma fuga abstrata. Protegendo-se das carícias impudicas e ascosas. Não o sentia mais, mesmo que se preparasse para corrompe-la da forma mais intensa, ela sequer descobriria as violações que seu corpo recebia, estava distante, a visão fora tomada assim como os sentidos.

Era difícil explicar. Algo como se tivessem lhe escavado o interior até que abandonassem apenas a carcaça, levando junto qualquer vestígio de sentimento ou esperança. Alguns lhe chamariam de fraca, alguém por quem não valia a pena lutar. Outros reconheceriam o cansaço e os limites a que foi sujeita. Todos mereciam uma chance de desistir, não era nenhum pecado. Pessoas tinham suas próprias resignações, por que ela seria diferente? Ela não era. Sua capacidade de lutar não estava acabada, de forma alguma, mas não poderia dizer o mesmo de seu espírito, exausto por tudo sempre se virar contra seu favor, por suportar o que mais ninguém a sua volta precisava suster. O precipício finalmente estava mais próximo do que nunca, precisaria de apenas de um superficial impulso...


"Por favor, meu bem, fale comigo." - A voz distante era familiar, quase reconhecível. Seu rosto estava quente sob as palmas postas delicadamente em suas bochechas. Concentrou-se mais um pouco, cabelos escuros, pele clara, olhos notoriamente preocupados. Um garoto, ajoelhado a sua frente, buscando por algo enigmático em seu rosto.

Piscou algumas vezes depois de sacudir a cabeça. Seu sorriso era torto como se estivesse tragada, extasiada com tamanha descoberta. Considerou-o belo. Lindo de uma forma insolitamente atraente, lhe puxando do buraco negro e trazendo à tona, com tamanha força sobre si que tirara qualquer neblina dos olhos.

- Por que demorou tanto? - Sussurrou, mesmo que acreditasse que aquilo tudo era o cenário de uma falsa esperança, uma miragem, talvez, sabia que era ele por quem ansiava. Há quanto tempo? Horas, dias ou semanas? Não importava. Ele era fascinante.

O garoto suspirou, seu gesto de alívio a despertou interesse, que acabou levando a mão até seu rosto. Ele aceitou o contato com grande afeto, depois se aproximou. Ela podia encarar as profundas orbes escuras enquanto ele tocava os lábios uns com os outros. Um sentimento que a fez sentir reviravoltas no estômago. Não sabia como ele havia conquistado aquela intimidade, mas a tinha, completa e inteiramente.

Ele começou a falar, e aos poucos, foi recobrando os sentidos. "Kihyun". O garoto se chamava Kihyun. Seu corpo estremeceu com aquele choque de realidade, o medo da última sensação que teve arrancando de súbito seu estupor. Observou-o novamente, e sentiu-se lamentável por tê-lo esquecido mesmo que por poucos minutos. Depois de tudo que viveram e a importância que ele tinha em sua vida, não acreditava que havia deixado escapar aquelas lembranças da cabeça num ato de desesperança. Pior, que havia desistido de lutar, tanto por si, quanto por Kihyun.

- Sinto muito. Eu não sabia que estava sozinha com o Kwon. Seunghyun e eu tínhamos de dar um sumiço nas coisas dele, tivemos que fazer isso quando ele esteve fora do apartamento. Mas Seunghyun não me contou que ele estava aqui, com você, disse que você estava em segurança, fora do alcance do Kwon. Até acabei batendo nele por ter mentido, por me fazer acreditar que estava bem quando na verdade... - Kihyun abriu um semblante triste e amargo, poderia dizer até culposo. - Aquele marginal tocou em você, me perdoe. - Com o sentido trago de volta, ela absorveu cada palavra, olhou rapidamente ao redor. Ainda tinha a saleta mal-assombrada e ainda estava sobre o velho sofá vermelho. Sorriu enquanto o puxava para mais um beijo, com os braços dele envoltos em si lhe passando segurança. Mal podia acreditar que tinha acabado, que o Kwon não estava mais ali.

- Você está aqui, agora. É o que importa. - Apertou-o com mais força, como se sua vida dependesse de manter Kihyun por perto.

- Prometi que não tocariam um único dedo em você. - Ele condenava a si mesmo pela falha, e junto, desceu o olhar. A camisola curta de cetim. Sentiu a raiva queimar seus olhos, a visão escurecer pelo choro contido que tentava segurar.

- Está tudo bem, eu estou bem. Acredito que Seunghyun não fez por mal, sabia que você agiria de forma irracional caso soubesse. - Kihyun rejeitou a explicação com um movimento brusco de cabeça. Seunghyun havia mentido, colocado em risco a vida dela, Kihyun nunca poderia o perdoar por isso.

- O quão longe o Kwon foi? - Correu rapidamente os olhos pelo pescoço e braços dela, sem marcas, mas para Kihyun aquilo não significava que Jiyong não tinha colocado suas patas imundas sobre ela, na verdade, era ainda mais assustador, pois demonstrava que ela não apresentou resistência, que Kwon poderia ter feito o que fosse com facilidade.

- Não sei dizer.

- Como, não sabe?

- Não me lembro.

- Amnésia, novamente?

- Não, eu apenas, desliguei. Perdi a cabeça. Achei que nunca te veria novamente. - "Desliguei", aquela palavra não fez sentido para Kihyun, mas não ousou perguntar do que ela falava, faria isso quando a levasse dali, quando ela estivesse tranquila e segura no seu dormitório.

- Disse que te tiraria daqui, faria isso mesmo que me matassem. - Ela sustentou o olhar, o rosto preso entre as mãos de Kihyun, que novamente se aproximou. O beijo tinha mais urgência e necessidade daquela vez, como um propósito, mas a largou tão rápido quanto. - Escute, você precisa ir. Tem um táxi lá fora. Mande te levar para a empresa.

- E você? - No exato momento, a imagem de quando tinha entrado naquela sala passou nitidamente pela cabeça de Kihyun. Kwon pousava a mão no interior da coxa dela, quase alcançando por entre as pernas, a face estava escondida no vão do pescoço, expirando seu cheiro ao passo que depositava asquerosos selares. Ela estava quieta, esmorecida, sequer parecia alheia ao que acontecia, muito menos notou o momento em que Kwon fora arrastado aos tropeços para fora por Seunghyun. Kihyun soube, tinha assuntos pendentes para tratar.

- Vou ficar, tenho que acabar com isso. Encontro com você mais tarde.

Ela contraiu os lábios em preocupação, encaixando os dedos nos dele, como se sinalizasse uma promessa.

- Não vou a lugar algum sem você.

- Não vai querer ver o que vai acontecer aqui. Não quero que veja.

- Deixe que Seunghyun cuide das coisas assim como da última vez, não precisa fazer isso. - Kihyun paralisou em um ímpeto, os olhos arregalados analisaram-na.

- Ele te contou?

- Não foi intencional, ele achou que eu já sabia, deixou escapar. - Kihyun esperou, previa as seguintes palavras, censuráveis e acusatórias, e sentiu que merecia, ela teria toda razão, mas para seu espanto, ela não pronunciou qualquer outra coisa.

- O fato de eu ter o pedido em vez de ter feito com as minhas próprias mãos ainda significa que sou um monstro, que foi eu quem o matou. - Suas palavas saiam lentas e cuidadosas, alertando-a ao fato de que era um assassino e ela não poderia permanecer de forma tão tranquila quanto aquele fato, mas a expressão dela não vacilou, como se realmente já aceitasse e sancionasse aquilo.

- A culpa foi minha, sei que não queria...

- Sim, eu queria. Ele machucou você, o odiei com todas as minhas forças e ainda o odeio, e a única parte em que me arrependo é de não ter o acertado com aquele bastão, de não ter sido eu pessoalmente a levá-lo para o inferno. - Ela recuou imperceptivelmente, mas ele notou, de alguma forma, e atenuou a aspereza das palavras. - Quero encarar as coisas de frente agora, não posso perdoar.

- Kihyun, por favor, venha comigo. Não cometa o mesmo erro, podemos chamar a polícia. Seunghyun pesquisou, disse que tem provas contra ele.

Kihyun balançou a cabeça, mostrando que nada mudaria sua decisão. - Isso acaba aqui.

Ela suspirou, derrotada, soando como se não considerasse outra escolha. - Então vou ficar com você.

- Você... Não me diga que está falando sério.

- Vou estar com você, Yoo. Se irá sujar suas mãos, então também irei sujar as minhas. E não me convencerá do contrário. É uma luta tão minha quanto sua.

Kihyun não poderia estar mais surpreso com aquilo. Era (s/n). A garota mais determinada em ser forte mas tão frágil que ele havia conhecido. Envolvê-la na situação toda soava a atitude mais errada que Kihyun já tomara. Seria como corrompe-la, trazê-la para a parte do seu vergonhoso mundo obscuro. Kihyun contentava-se em ser o único manchado, não era egoísta ao ponto de querer que ela igualasse a si. Era a sua parte sórdida da história, nunca seria a dela.

- Vá pra casa, (S/n). Estarei com você o quanto antes.

Ela ficou de pé rapidamente, temendo que cedesse ao pedido de Kihyun caso continuasse o encarando. Apanhou o casaco de Seunghyun do chão e o sacudiu, expelindo a poeira, dirigindo um tom firme ao abrir a boca. - Não irá me impedir de tomar uma decisão.


Seus olhos permaneceram fixos nela, a onda nauseante ao saber que Kwon havia testemunhado o mesmo corpo naquelas mesmas roupas, de ter capturado com os próprios olhos ele tocando-a de forma tão íntima e prepotente o mandava sensações aversas por todo corpo. Foi então que percebeu o sentimento intragável que ela também deveria estar sentindo, era um direito tão dela quanto seu, não tinha a permissão de tirar isso dela.


- Seunghyun. - Kihyun gritou, e em questão de poucos segundos, Seunghyun entrava de forma ansiosa no cômodo. Ele a avistou e sorriu, como se estivesse aliviado por não vê-la confrangida, lamentavelmente pranteando por algo de sua responsabilidade. Com um semblante decidido, sequer parecia afetada.

Ela quis sorrir de volta, mas o sangue em tira seca ao lado da boca dele estendendo-se até o queixo junto com o volume incomum na bochecha esquerda a espantou. Olhou incrédula para Kihyun, que realmente estava sendo autêntico ao dizer que havia batido em Seunghyun. Trocava o olhar de um para o outro, que deram de ombros, demonstrando que o ocorrido não tinha mais importância.

- O táxi espera lá fora. - Informou Seunghyun, avistando-a colocar de volta seu casaco, se sentindo um pouco útil por ter ajudado em algo.

- Ela não irá.

Seunghyun demonstrou surpresa, depois negou, em um ato de censura. - Não a coloque no meio disso, Kihyun.

- Não foi uma decisão minha. - Kihyun respondeu entre dentes, demonstrando que desaprovava a ideia tanto quanto ele. Seunghyun correu os olhos até ela, intrigado.

- Sinceramente, não imagino você matando uma única mosca. Tem certeza disso? Pense bem, isso poderá te assombrar pelo resto da vida. Falo por experiência própria.

Com aquelas palavras, ela vacilou, mas empinou o queixo e ergueu os ombros, em uma falsa determinação. - Onde o Kwon está?

Seunghyun buscou a permissão de Kihyun, porém, Kihyun estava tão impotente quanto qualquer um ali. Se pudesse, a pegaria nos braços e correria com ela para longe daquele lugar, a esconderia e zelaria para que nada nunca a faltasse, a trataria como o mais delicado cristal. Seria assim se tudo ocorresse conforme os seus desígnios, o que claramente não estava acontecendo.

Assim como Kihyun, Seunghyun reconheceu que não deveriam impedí-la. A jogada seria feita e eles observariam se ela conseguiria levar tudo até o fim. Sem contratempo, permitiriam que ela considerasse os limites que poderia enfrentar, sabiam que não ia muito longe.

- Pois, bem. - Foi a deixa de Seunghyun para ir até o pequeno portão cinza, esticou um braço para fora e puxou de lá um punhado de uma cabeleira escura avermelhada.

Era Kwon. Ajoelhado e com os braços levados para trás, acorrentado com algemas, a mesma a qual ela passara a noite anterior. Sua face estava retesada, a mandíbula travada, parecia com ódio, claramente por ter sido pego em uma emboscada, e não levantava a cabeça para vê-los.

- Vou vigiar a rua. Me avisem quando acabar. - Anunciou Seunghyun, sem querer olhá-los. Estava nervoso por Kihyun permitir que ela participasse daquilo, não era o mundo dela, ela era boa demais para aquilo, em sua concepção.

Quando a porta bateu com força por trás de Seunghyun, Kihyun percebeu o tamanho de sua chateação. Mas, poxa, Kihyun também não queria aquilo, havia explicado, foi uma decisão dela, não poderia colocá-la dentro de um táxi e forçá-la a ir embora. E para Kihyun, Seunghyun não tinha direito de ter aquele tipo de sentimento. A namorada era sua, não dele. Só havia passado com ela uma única noite, não tinham intimidade, ele não a conhecia como Kihyun conhecia.


- Quer mesmo fazer isso? - Kihyun sussurrou, apertando uma mão dela. Demonstrava calma, mas se reprimia para não levá-la dali.

Ela consentiu, não parecendo mais ter tanta certeza quando Kwon levantou a cabeça, formando um sorriso perverso ao encontrá-la. Desceu os olhos até as mãos entrelaçadas, pareceu perturbado, mas escondeu essa emoção rapidamente ao deixar que seus dentes aparecessem, deixando sua expressão ainda mais macabra.

- Vejo que seu namorado desequilibrado veio lhe salvar. - Sua voz não tinha um ínfimo de temor em sua situação, estava seguro de si, duvidando da capacidade daqueles dois jovens. Se bem que Kihyun também duvidava da capacidade dela de realizar atos impiedosos a qualquer criatura, mesmo que fosse o Kwon. Mas não tinha nenhuma dúvida da sua própria capacidade. Acabaria com ele, e estava disposto a provar isto.

- Você irá se arrepender amargamente de ter postos essas mãos imundas nela, seu verme podre. - A voz áspera de Kihyun a atingiu como ácido, seu estômago se embrulhou e percebeu que não tinha mesmo força para fazer qualquer coisa, nem muito mesmo assistir ao que iria acontecer.

- Por que não diz a ele, querida? - Jiyong sequer pareceu abalado com a ameaça de Kihyun, e ela acabou franzindo o cenho, não sabendo o que deveria dizer. - Por que não conta o que acontecia? Aposto quais são as artimanhas que você usa para ludibriá-los. Deve ser divertido fazê-los de bobo, não é mesmo? Mas a mim você não engana, vadia.

Kihyun agiu antes mesmo que ela pudesse compreender do que ele falava, colocando a força da sua raiva no punho, liberando-a no olho direito de Jiyong.

Kihyun havia compreendido as insinuações de Kwon, e não deixaria que jogasse aquelas acusações nela. - Lave essa boca antes de falar dela, ou melhor, não ouse dizer algo sobre ela, você não é digno.

- Ela queria. - Retrucou Kwon, enraivecido por causa da pancada e tentando equilibrar seu corpo para a posição anterior. - É uma vagabunda. Permitiu que aquele homem a tocasse e iria me permitir também...

Esse foi o estopim para Kihyun. O desenvolver da briga aconteceu com Kwon impossibilitado de mover as mãos e sentindo todo seu rosto formigar após o impacto bruto que recebia. Foram diversos golpes, várias vezes no mesmo lugar, variando entre alguns derreados e outros revestidos de pura fúria. Havia o subestimado, subestimado o amor que ele possuía por ela, Jiyong soube, aquele garoto faria de tudo por ela.

Kwon poderia perder os sentidos a qualquer momento, os palavrões praguejados por sua boca saiam cada vez mais fracos, e a fúria de Kihyun se estendia por mais vontade de exterminá-lo. Não pararia, até que tudo estivesse acabado...

A mão no ombro de Kihyun o paralisou, como se recebesse um choque elétrico, e ao olhar para o rosto encharcado da garota ao seu lado, foi como se uma tempestade caísse sobre sua cabeça. Ela havia presenciado, o visualizado naquela condição. Violento e selvagem. Um animal, foi assim que Kihyun se sentiu. Mas ela amenizou tudo com um sorriso forçado. - Já chega.

Ergueu Kihyun do corpo de Kwon, sem querer olhar o estrago que ele tinha feito, que provavelmente era imenso. Encarou as mãos dele com resquícios de sangue, e reprimiu a sensação.

- Eu te amo. - Kihyun soltou, não sabendo se seria o suficiente. Ele estava exposto, o monstro em seu interior diante dela, e teve medo. Ela poderia querer correr, se esconder e nunca mais estar perto dele, tocá-lo ou encará-lo nos olhos. Estava apavorado, nada poderia tirar aquela imagem da cabeça dela, era mais terrível do que apenas mandar Seunghyun matar um homem, foi desumano. O que ela deveria estar considerando dele?

- Eu sei, também te amo. - Enfim o encarou, segurando a vontade de chorar, e ele soltou o ar dos pulmões, trazendo-a para seus braços. Ela não iria correr, ou fugir, era sua. A garota que poderia ajudá-lo a passar por aquilo, seu alicerce. Não poderia abandoná-lo, nunca.

- Queria te contar algo... - Ele começou, tenso e carregado de coragem, estava sendo exteriorizado por si próprio, e ela soube. Seunghyun havia lhe dito, Kihyun tem um passado mal resolvido, algo que ele nunca contou a ninguém...

- Kihyun. - Ela gritou, repentinamente espantada demais. Na sua visão, acima dos ombros de Kihyun, Kwon se levantava, terminando de tirar a algema do pulso. Estava livre, e ela não sabia como.

Kihyun se virou tarde demais, ou talvez no momento exato para sair cambaleando com um soco no maxilar, tentou se firmar, mas algo atrás de si o desequilibrou. Era um dos caixotes espalhados por ali. Procurou estabilidade, mas acabou caindo para trás, a cabeça de encontro com o piso. Tentou se levantar, mas seu corpo pareceu perder temporariamente os movimentos com o impacto. Por sua vez, Kwon não desperdiçou a oportunidade, se ergueu com tudo, apanhando o caixote no caminho, pronto para qualquer golpe nocivo. Um barulho ensurdecedor. E cambaleou repentinamente para trás.


Um silêncio revestiu o cômodo, algo aterrador. O cenário simplesmente entorpeceu, revestindo-os com um pressentimento ruim, assombroso. Kwon não possuía mais fôlego, ergueu os olhos com as pupilas trêmulas. Um cano direcionado exatamente em sua direção. Puxava o ar com dificuldade ao passo que pressionava a barriga e se surpreendia pelo líquido que molhava sua mão. Vermelho. Foi atacado com uma percepção súbita. Ela havia atirado.



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