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História One Night - Verde esmeralda


Escrita por: greatelly

Notas do Autor


desculpem pela demoraaaa
o próximo já está pronto, postarei na semana que vem s2
PS: esse capítulo prova que eu também sei escrever coisas fofas. o próx é mais fofo ainda.
PS²: meu barry está acontecendo, só queria dizer isso.
PS³: um capítulo grandão desses pela demora sz
BOA LEITURAAAA

Capítulo 10 - Verde esmeralda


Fanfic / Fanfiction One Night - Verde esmeralda

Harry

Quando eu me formei, achei que nada mais ia dar certo na minha vida. Eu não tinha o apoio da minha mãe, e minha irmã estava morando em outro país por conta da birra da minha mãe. Eu não tive um pai, e minha mãe nunca quis se casar novamente. Então, eu tinha apenas a mim, alguns amigos, e minha mente “brilhante”. Eu me esforcei durante anos para chegar onde estou. Dei graças a Deus quando um homem confiou em mim, e me ajudou a montar meu próprio negócio, dizendo que eu tinha potencial, e que eu poderia crescer. Ele acreditou em mim, e quando o mesmo morreu, eu só tive a agradecer por ser o único a acreditar em mim. John Thompson me ensinou que se queremos coisas boas para nós mesmos, devemos ajudar aos outros.

— Você assina aqui. — disse Liam estendendo um papel pra mim e me acordando do breve transe. Assinto e me ponho a ler o papel brevemente. Confiava no meu amigo, mas ele sempre fez questão que eu lesse todos os contratos que ele me dava pra assinar. Termino de ler e assino meu nome, passando o papel para Brooke, que morde os lábios incansavelmente. — E você aqui. — aponta para Brooke.

— Vai machucar os lábios desse jeito. — afirmo baixo para a mesma que me encara e sorri, parando de morder o mesmo, e abaixando a cabeça para ler o documento. Embaixo de seus olhos encontram-se olheiras profundas, deixando claro que ela não dormiu bem esta noite. Brooke assina e passa o papel para Liam, que nos encara com as sobrancelhas arqueadas.

— Ok, temos um acordo que não poderá mais ser descumprido, tudo bem por vocês? — ele indaga nos encarando. Balanço a cabeça lentamente, tentando raciocinar. Engulo a seco.

— E agora? — Brooke pergunta em um breve sussurro.

— E agora que temos que agilizar o casamento, Brooke. Sua barriga já é evidente quando não está com roupas largas, e a mídia vai adorar isso. Até mesmo se disserem que é prematuro, falarão que não esperaram nem um mês de casamento. — ele diz, tentando ser delicado com suas palavras. — Vocês sabem como são... — vejo pelo canto do olho, Brooke levar a mão até sua barriga e acariciar levemente.

— Irei pedir para Cherry encontrar os melhores organizadores para não precisar se preocupar com isso. — viro-me para Brooke. — Escolherá seu vestido, meu terno ficará pronto em alguns dias, e poderemos nos casar em no máximo três semanas. — dou de ombros. Brooke engole a seco e arregala os olhos verdes. — É nossa única saída, Brooke. Se demorarmos mais, sua barriga ficará visível para todos. — ele assente calmamente.

— Podemos não fazer algo estrondoso? — indagou a grávida à minha frente. — Olha, meu pai tinha uma fazenda. Antes de morrer ele passou para o nome da minha irmã mais velha, mas como ela mora em Paris, minha mãe é a responsável. Lá é grande e bonito. — Brooke opina e levanta os ombros. — Acho que podemos nos casar lá... — diz encarando a mim e a Liam.

— Podemos visitar lá. — dou de ombros e olho para Liam, que assente. — Esse fim de semana? — olho sugestivamente para Brooke que abre um sorriso.

— Claro! Vou pegar a chave com a minha mãe. — ela diz animada. Sorrio com isso.

— Então estamos combinados. Vocês vêm o local, e depois comentem comigo. — Liam analisa. — Você ache um vestido. — aponta para Brooke. — E você, ache alguém pra organizar tudo. — diz olhando-me e junta seus papeis. — Eu tenho que ir.

Após dizer isso, Liam se levanta e sai da sala com um aceno de cabeça como despedida. Suspiro fundo ao estar sozinho novamente com Brooke, do mesmo jeito que ficamos ontem. A mesma encara sua barriga, enquanto alisa a mesma por cima de sua blusa azul, respirando fundo.

— Você já viu seu vestido? — pergunto, tentando puxar assunto com a minha noiva. Ela levanta a cabeça e me encara, sorrindo.

— Na verdade, na verdade, deixei essa tarefa com a minha mãe e minha irmã. — ela levantou os ombros sorrindo como se pedisse desculpas. Sorri junto com a mesma. — Escuta... Falando na minha mãe... Ela gostaria de te conhecer... — ela profere. Assinto enquanto rodo uma caneta entre meus dedos.

— O que vai fazer quando sair daqui? — pergunto, pensando em algo para fazermos.

— Hm... Irei a uma loja de vestidos com a minha mãe, ela disse que a loja é bem renomada e blá. — ela diz após pensar um tempo. Concordo. — Quer ir? Assim você a conhece... — da de ombros e rio para a mulher a minha frente.

— Eu não posso ver seu vestido, Brooke. — relembro. A mesma semicerra os olhos e após um tempo ri.

— Ah! Verdade.

— Mas podemos nos encontrar em um restaurante a noite. Leve-a e nos conhecemos. — sugiro. A ideia de conhecer a mãe de Brooke faz-me cair na realidade e mostrar que nosso “relacionamento” está indo a algum lugar. Não sei qual, e nem se é sério, mas estamos.

— Claro! Pedirei a chave da fazenda também. — assinto e a mesma sorri, mostrando-me seus dentes perfeitamente aninhados e brancos. — Bom, tenho que ir, não ocuparei mais seu tempo... — diz se levantando e pegando sua bolsa.

— Espera! — Brooke para e se vira para mim. Não lembro o que eu iria falar, mas dentro de mim, eu não queria que ela fosse embora. Brooke me encara confusa, esperando que eu fale alguma coisa, então pergunto algo que vem a minha mente aleatoriamente: — Qual vai ser a cor do nosso casamento? — indago, sentindo o impacto das palavras. Brooke cambaleia brevemente, mas se recompõe, segurando-se na cadeira.

— Eh... Estive pensando em verde. Verde esmeralda.

— Verde esmeralda? Por quê? — pergunto interessado. Achei que ela fosse escolher rosa ou outra cor do tipo.

— Não sei... Tenho gostado dessa cor. — ela sorri. — Mas pode ser azul, se preferir. — ela sugere. Enquanto a analiso a mesma falando, presto atenção em seus olhos, que por vez, não estão maquiados. Os mesmo são verdes, quase cinzas, que chamam atenção por onde passa.

— Acho que vou gostar do verde. — digo, e ela sorri, e instintivamente bate palmas, fazendo-me sorrir junto com a mesma.

x x x  

Brooke 

Desde que eu me entendo por gente, sempre odiei sair com a minha mãe. Ela nunca para em apenas uma loja e compra na mesma. Ela passeia por todo o centro e vai de loja em loja analisando cada peça em todas as lojas. Lembro-me que quando Nicole se casou, passei horas e horas com elas analisando vestidos de noivas. Foi um inferno.

Mas diferente de alguns anos atrás, dessa vez mamãe estava decidida em que loja iria, e agradeci a todos os deuses possíveis por isso. Após almoçarmos, ficamos conversando no restaurante em que nos encontramos até decidirmos tratar de coisa séria.

— Sabe, querida, tenho certeza que irá ser um casamento maravilhoso. — ela palpita enquanto dirige em direção ao centro de Los Angeles, onde tem enormes lojas com vestidos de noiva. — Estou muito feliz de te ver casando, na verdade. Achei que nunca veria isso... — ela diz em tom brincalhão.

— Mamãe, você sabe que é apenas para manter as aparências... — digo, revirando os olhos. Minha mãe desvia os olhos da estrada e me encara, e logo revira os olhos, voltando seu olhar para a estrada. — Não revire os olhos, mãe. É só até o bebê nascer. — dou de ombros.

— Eu sei, eu sei. Mas meu sexto sentido de mãe, não me deixa não pensar que você e Harry se gostam. — diz, como se pedisse desculpas por aquele sentimento. — Entenda o meu lado, querida, te ver casando e grávida sempre foi meu maior sonho, poxa. — ela diz e logo sorri. Rio sobre sua fala e nego com a cabeça. Minha mãe sempre vai acreditar no amor. — Enfim, decidiram em qual igreja irão casar? E onde será a festa? Já contratou o Buffet? — muda de assunto, enchendo-me de perguntas, quando para o carro em uma vaga que felizmente ficava bem em frente à loja que iríamos.

— É sobre isso que quero conversar com a senhora. — ela desliga o carro e me encara com atenção. — Eu pensei em fazer a cerimônia e a festa na fazenda. — digo com certo cuidado. Sei que a fazenda é um local importantíssimo para ela. — Você sabe... É uma coisa pequena, longe dos holofotes. A única coisa que eu não quero são pessoas de penetra no meu... hã... “casamento” — faço aspas com os dedos e encaro minha mãe.

Mamãe me encara com uma expressão que eu nunca vi antes. Tenho medo que negue e que queira deixar aquele lugar em paz, para manter a lembrança do meu pai intacta. Mordo os lábios de desespero enquanto espero uma resposta da minha progenitora, e quando penso em desistir do que falei, vejo seus olhos brilharem e encherem de lagrimas, e logo um sorriso abrir em seus lábios.

— Eu ficaria honrada em ceder aquele espaço, minha querida. — ela profere sorrindo, e leva a mão aos olhos, secando as lagrimas. — Tenho certeza que irá amar fazer o casamento lá. — segura minhas mãos. — E eu vou amar te ver casando em um local que te deixa próxima ao seu pai.

x x x 

Algum tempo depois da minha mãe se recuperar do choro dentro do carro, saímos em direção à loja. A mesma é enorme, e tem vestidos de noiva por toda parte, é óbvio. De todos os tipos e formatos, com e sem renda, com e sem cauda, e até mesmo de outras cores. Analiso alguns de outras cores, quando sinto meu braço ser puxado pela minha mãe, me levando até a atendente.

— Boa tarde, como posso ajudá-las? — pergunta a moça de pele escura e cabelos negros ondulados, sorrindo.

— Boa tarde, a minha filha vai se casar, e queremos ver o melhor vestido de noiva que você tiver! — minha mãe diz com empolgação. A moça me encara e eu nego rapidamente com a cabeça.

— Mamãe, não inventa. — a repreendo e me aproximo da mulher. — Boa tarde. — desejo e sorrio. — Eu vou me casar, e bem, não vai ser uma coisa estrondosa, é uma coisa simples...

— E ela está grávida! — mamãe me corta, ainda sorrindo exageradamente. Reviro os olhos, e vejo a moça se divertir com a empolgação de Callie.

— E eu estou grávida. — completo, rindo. A mulher assente sorrindo.

— Acho que eu tenho o vestido perfeito para você, ok? — concordo maneando a cabeça. — Você vem comigo para experimentar, e a senhora pode esperar no sofá que já trarei sua filha. — ela diz em tom brincalhão, e minha mãe logo assente. — Vamos. — ela pede e começa a andar para um local desconhecido por mim.

Passamos por um corredor um pouco estreito pela quantidade de pessoas que estava passando por ali naquela hora, e logo chegamos a um lugar que parecia mais com um provador, onde tinha um enorme espelho e varias cabines em um extenso corredor. No momento estava vazio, e estávamos apenas eu e a moça que descobri ser Gage, após alguém a chamar. Gage segue para o corredor e vai direto até a última cabine, voltando de lá com um vestido em mãos.

— Esse aqui é perfeito. — ela diz, sorrindo. Gage me vira de costas para o espelho e me ajuda a trocar minha calça e blusa pelo vestido, que dei graças a Deus por ser largo na região da barriga. — Você está absolutamente linda! — ela profere com um sorriso imenso, me virando para o espelho.

Eu quase não acreditei quando me vi no espelho. O vestido é obviamente todo branco, porém, diferente de todos que vi. Meu vestido é de alças finas, com um decote em V, que estranhamente realça meus seios, que sei que estão maiores por conta da gravidez. Há uma divisória abaixo dos meus seios, onde dá inicio a saia, que não tem enchimentos para que ela se torne um balãozinho. Ele não tem nenhum detalhe. E nem flores. E muito menos rendas. Ele é extremamente confortável, e totalmente Brooke. A barriga aparece bem pouco, e isso me alivia. Sinto meus olhos lacrimejarem, mas não permito que as lagrimas caiam, e em seguida mordo meus lábios. Eu estou linda.

E de repente uma estranha sensação se apodera sobre mim, e um nome aparece em minha mente: Harry. Há possibilidade de Harry não gostar do vestido. Ele mandou fazerem um terno para ele em uma das maiores lojas de ternos do mundo, e eu estou experimentando um vestido simples, onde não tem detalhes, rendas, ou até mesmo calda.

— Qual vai ser a cor do seu casamento? — Gage pergunta, tirando-me do transe, enquanto ajeita a saia do meu vestido.

— Verde esmeralda. — digo hesitante. Ela me encara sorrindo. E sem falar mais nada, ela se afasta indo em direção à primeira cabine do corredor, e logo voltando com um belíssimo buquê com flores verdes, exatamente da cor que eu imaginei, e com um laço com um verde mais claro.

— É obviamente falso, mas é um dos meus favoritos. — ela diz sorrindo e me esticando o buquê. Sorrio e pego-o, olhando-me novamente no espelho com o mesmo em minhas mãos. — Vamos, temos que mostrar a sua mãe! — Gage diz animada, e sorrindo, me puxando de volta para o interior da loja. Minha mãe teclava em seu celular, com o cenho franzido, e uma expressão fofa e confusa. Rio dela e isso chama sua atenção fazendo seu olhar subir para mim.

As seguintes expressões de mamãe podem se definir em: surpresa, felicidade, e emoção. Ao ver suas lágrimas brotando me aproximo da minha mãe sentando ao seu lado, enquanto seu olhar me segue. Eu sinto muito por tudo isso ser falso. Sei que minha mãe está feliz de verdade, e sei que pra ela é um casamento de verdade. E me dói saber que daqui a um ano vai acabar e mamãe infelizmente não estará certa. A abraço e sinto suas lagrimas molharem meu ombro direito onde está deitada sua cabeça.

— Você é a noiva mais linda do mundo. — ela diz sorrindo ao se levantar. Mamãe segura minhas mãos assim que solto o buquê. — Sei que eu disse isso para sua irmã há alguns anos, e sei que talvez direi a Jillian, mas você... Eu jurava que não ia ver isso acontecer tão cedo. — profere deixando as lágrimas caírem. — Eu estou orgulhosa da decisão que vocês tomaram para o bebê, querida. — finaliza me abraçando. Assim que nos soltamos, sorrindo, Gage ainda está nos encarando abobada e sorrindo.

— Ok, eu sou emotiva. — ela diz limpando uma lagrima solitária, e rimos. — Vocês irão querer olhar mais algum, ou...

— Querida, é esse! Tem que ser esse. — mamãe a interrompe me olhando.

— Sim, é esse. — sorrio para mamãe. — Quanto ele custa? — indago a morena que está em pé a nossa frente.

— Bom, se for para alugar, ele está em torno de oito mil dólares. E se for para comprar, quinze mil. — ela diz com naturalidade. Como se fosse a coisa mais normal do mundo. — Ah!, e não parcelamos. Pagamento a vista. — finaliza. Sinto meu sorriso se fechar no mesmo instante e vejo a expressão de mamãe se fechar como se a qualquer momento ela fosse ter um infarto.

O vestido que eu experimentei era um dos mais simples, e ele custava uma coisa absurda. Um dinheiro que poderia ser investido em outra coisa no casamento. Um dinheiro que eu não tinha.

x x x 

No carro de volta para casa, o silencio era absoluto. Eu sabia que para que comprássemos esse vestido, teríamos que esperar o dinheiro do seguro de vida do meu pai sair. E isso não aconteceria em três semanas. E se ele não saísse antes que eu me casasse, eu poderia perder o direito. Mamãe estacionou em frente a sua casa, e minha antiga casa, e antes que possa sair, eu travo. Minha barriga estava visível com essa blusa, e se Jillian estiver em casa, ela descobrirá.

A verdade é que eu não sei do paradeiro de Jillian e muito menos de Todd há muito tempo. E muito menos faço questão. Não sei se os mesmos estão juntos, e se estiverem, eu não ligo. Mas se for o caso, e Jillian descobrir que estou grávida, ela pode achar que é de Todd, e contará pra ele, e ele virá atrás de mim. É obvio que eu não planejava esconder deles para sempre, até porque isso seria impossível, mas seria bom saberem após que eu já estiver casada.

— Ela não está. — mamãe pronuncia, tirando seu cinto. — Desde que eu conversei com sua irmã, eu a vejo apenas algumas vezes. — posso sentir a tristeza dela ao falar, e sinto um nó em minha garganta. — Vamos, se arrume aqui. Ainda tem roupas de Nicole aqui que você pode usar. — ela sorri.

Posso sentir a tristeza em sua voz ao falar de Jillian e de tudo o que aconteceu, e parece que ao saber do vestido, tudo piorou e pesou muito mais. Saímos do carro e entramos em casa. Aviso a minha mãe que irei me arrumar no quarto de Nicole e sigo até o mesmo, logo procurando alguma roupa para vestir. Harry chegará em meia hora para nos buscar, e irmos jantar.

Ouço a campainha tocar assim que coloco o sapato que achei escondido de Nicole. Vestido é colado ao meu corpo e deixa minha barriga evidente e sorrio ao olhar para seu contorno no espelho. Pego minha bolsa e sigo até sala, encontrando minha mãe arrumada e conversando animadamente com Harry, que sorria gentilmente.  Ele está com um terno preto e a camisa azul, e seus cabelos longos estão postos atrás da orelha.

— Vejo que já se conheceram. — chamo atenção para mim. Mamãe sorri a me ver, enquanto Harry analisa-me por completo. Não tenho certeza se isso é uma coisa boa ou não, mas creio que sim, pois quando seu olhar se encontra ao meu, o mesmo sorri, deixando suas covinhas a mostra.

— Você está linda, querida. — mamãe diz sorridente. — E a sua barriga... Ahhh! Nicole ficaria tão feliz em te ver agora. — ela acrescenta.

— Sua mãe tem razão. Você está linda. — Harry comenta, e se aproxima de mim. Um frio percorre em meu corpo e minha barriga se agita, e espero que seja o bebê, mas no fundo sei que não.

— Obrigada. — agradeço encarando seus olhos. Uma tosse falsa de minha mãe se faz presente, acordando-me de meu transe. — Bom, vamos?

x x x 

Incomodada ao estar sentada no banco do passageiro, agradeço a todos os Deuses assim que Harry estaciona em frente ao restaurante rústico. Saio do carro, logo após minha mãe sair. Vejo Harry sair e dar a volta no carro, entregando a chave para o manobrista, e pondo a mão no final das minhas costas empurrando-me levemente até a entrada do restaurante. Sinto minha perna fraquejar, e agradeço por serem rápidos na recepção após Harry dizer seu nome, e por fim já estarmos sentados à mesa, onde posso por fim, relaxar.

— Bom, dona Callie, tenho que dizer novamente, é um enorme prazer te conhecer. — Harry diz educado, assim que faz nossos pedidos. Mamãe sorri, corando.

— O prazer é todo meu, querido. Só tenho a agradecer imensamente pelo que está fazendo por Brooke. — minha mãe diz. Harry sorri e me olha rapidamente, e volta a encarar minha mãe. — E sobre a fazenda, acho uma ótima escolha, e acho que vocês vão adorar lá! — diz animada. — Inclusive, aqui estão as chaves. — ela abre sua pequena bolsa, e a vasculha, tirando lá de dentro um molho de chaves. Eu sabia para que cada uma servia, e uma felicidade batia em mim, só de lembrar que eu voltaria lá. Mamãe estende as chaves para Harry, que as pega hesitante. — Brooke conhece cada chave, e com o tempo se acostumará. — ele assente.

Enquanto mamãe fala o quão grande a nossa fazenda é e como o casamento será maravilhoso, eu apenas presto atenção na conversa dos dois. Harry comenta que não teve a oportunidade de comprar uma fazenda, pelo menos não ainda, mas que sempre esteve em seus planos. Nossos pedidos chegam, e mesmo comendo e degustando vinhos, os dois não paravam de conversar, e mamãe sempre fazia Harry rir – um belo som e imagem, diga-se de passagem –, e vice-versa. Já não queria mais comer o que estava no prato, quando o assunto que mamãe tocou, chamou-me atenção, convidando-me a participar obrigatoriamente da conversa.

— E a lua de mel? Quer dizer, vocês terão uma lua de mel, certo? — indaga minha mãe, olhando-nos animada. Harry olha para mim sugestivo, com uma sobrancelha arqueada, enquanto sinto minhas bochechas corarem.

— Acho que não será necessário, sabe... — dou de ombros, ajeitando-me na cadeira. — Já tivemos nossa lua de mel. — coloco a mão na barriga e sorrio, tentando convencê-los. — Aliás, Harry tem muito trabalho, acho que não iria querer deixar para viajarmos, afinal...

— Eu quero viajar. — Harry comenta, me interrompendo justamente quando eu ia dizer que tudo entre nós é uma farsa.

— O quê? — confusa, pergunto. Harry ri, e encara-me.

— Eu quero viajar, Brooke. — ele repete. — Você merece e ter alguns dias de folga será ótimo. — ele profere me encarando e mexendo o vinho em sua taça, levando-o até os lábios em seguida. — Eu sempre quis ir a Grécia, mas também tem Dubai, parece um ótimo lugar. — ele sugere, e coloca a taça de volta a mesa. Vejo os olhos de minha mãe brilhar em concordância.

— Não pode negar uma oportunidade dessas, querida. — profere e eu a encaro. Ela apenas sorri.

— Podemos resolver isso depois. — corto o assunto, e pego o copo de água, levando até meus lábios, tentando de alguma maneira acalmar meu coração, que batia mais rápido que escola de samba.

— Tudo bem. —  ele concorda por fim. — Aliás, como foi à busca pelo vestido, encontraram algum? — pergunta Styles. Suspiro fundo e olho para minha mãe, negando com a cabeça.

— Sobre isso... Podemos conversar sobre em casa? — pergunto, olhando para Harry que franze o cenho, mas assente.

— Tiveram algum problema com isso? — indaga, interessado.

— Uma coisa que não estava em nossos planos. — engulo a seco enquanto respondo.

Logo esse assunto se encerra, e mamãe começa outro falando sobre os países que já visitou que seriam bons para uma lua de mel. Harry se interessa por todos, ou finge estar interessado, enquanto a minha mente viaja para um possível dialogo com Harry sobre o vestido. Não sei como abordá-lo, e muito menos como pedir dinheiro.

A sobremesa é servida e nós comemos em silencio, e quando percebo Harry já estava pagando a conta. Harry pede licença para ir ao banheiro, e vejo o olhar de mamãe queimar em mim, assim que o mesmo sai.

— Por que esteve tão calada durante o jantar? — pergunta com ternura.

— Parece que está caindo a ficha que irei me casar, e que estou grávida. — digo em fio de voz, e finalmente a encaro. — Não sei se devo falar sobre o vestido com ele, e se ele negar emprestar dinheiro para o vestido? — pergunto com evidente preocupação.

— Querida... Esteve pensando nessa possibilidade? De pedir a ele o dinheiro? — indaga, eu concordo brevemente com a cabeça, ela sorri. — Gostou mesmo daquele vestido, não foi? — assinto, novamente. — Então não custa nada tentar. Aborde-o com calma. Comente sobre, e depois veremos no que dá. Se ele negar... Arrumaremos um vestido igual por um preço mais barato, eu tenho certeza. — ela sorri e põe a mão sobre a minha. — E sobre a ficha estar caindo... Bom, sobre isso eu não posso te ajudar, mas tenho certeza que será uma ótima noiva, e principalmente, uma ótima mãe. — ela termina seu discurso, e sorri. Sinto uma maldita lágrima cair de meus globos oculares, e as limpo rapidamente.

Quando Harry volta, saímos do restaurante enquanto o gerente nos acompanha, dizendo para voltarmos sempre, principalmente para Harry. E quando mamãe diz que irá de táxi até em casa, Harry insiste em levá-la, porém a mesma o convence que ficará bem, e se despede de nós dois com um abraço. O manobrista entrega a chave do carro para Harry, que a abre a porta para mim, e entra logo em seguida. Logo, estamos seguindo o caminha para casa.

— Por que esteve calada esta noite? — questiona, do mesmo jeito que minha mãe, fazendo assim o silencio no carro se esvair.

— Estive pensando em como te contar algumas coisas. — minto. Em partes, é verdade. Mas eu não conseguia acreditar que Harry e mamãe se deram bem a ponto de conversarem durante todo jantar e isso me incomoda. O fato da minha mãe se apegar a Harry.  

— E conseguiu? — ele pergunta, e eu o encaro.

— Sim.

— Então conte. — pede. Seu tom de voz é gentil.

Em partes acho que Harry aceitará meu pedido, mas também tenho medo que ele me ache uma aproveitadora, e isso é a ultima coisa que eu quero que pense. Porém, eu tenho que tentar.

— Nós vimos o vestido. Ele é lindo, e eu me apaixonei de cara. Porém eu não pude comprá-lo, pois ele está em cima do meu orçamento. — digo, e engulo a seco. Vejo Harry franzir o cenho. — E eu queria te pedir ajuda... Se puder, é claro. — Harry assente. — Eu pagarei tudo assim que conseguir o dinheiro do meu pai.

— De quanto precisa? — pergunta meu noivo.

— Oito mil para alugar e quinze mil para comprar. — digo em um sussurro. A expressão de Harry continua a mesma, como se essa quantia não fosse fazer falta. E provavelmente não vai. — Estive pensando em alugar, apenas...

Compre-o. — ele me interrompe.

— O quê?

— Compre-o. Amanhã deposito o dinheiro em sua conta, e assim que voltarmos de viagem, poderá ir comprá-lo. — responde meu noivo, com a expressão serena. Harry estaciona o carro, e percebo que já chegamos em casa, logo, Harry me encara. — Vamos viajar até a fazenda, você irá comprar seu vestido e meu terno ficará pronto. Iremos marcar a data, e vamos nos casar.  — profere com firmeza, fazendo todo meu corpo se arrepiar, instantaneamente.

x x x

O restante da semana passa correndo, e quando me dou conta, já é sexta-feira, e amanhã viajaríamos à fazenda. Não fiz absolutamente nada durante esses dias. Conversei com a minha mãe e contei que Harry emprestaria o dinheiro, e ela ficou animada com a ideia de comprar o vestido assim que voltássemos de viagem. Junho estava na metade e em uma semana já seria julho, o mês em que nos casaríamos e não teria mais volta. Em pensar nisso, meu estomago revira, e posso ter certeza que não é o bebê.


Notas Finais


que comece a votação: grécia ou dubai ou qualquer outro lugar
meu BARRY ESTÁ VIVISSIMO, OK?
por, fimmmm, comentem bastante
até semana que vem sz


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