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História One Night - Não precisa se cobrir, eu já vi tudo.


Escrita por: greatelly

Notas do Autor


"vou tentar postar toda semana", ta mais pra todo mês rs
OLÁ
como vcs estão? ah, eu to bem
enfim
perdoa a demora e não desiste de mim
nao vou enrolar aqui, só queria dizer que quem leu a primeira versão e lembra do Harry amorzinho? ah, que pena que você lembra rs
a relação da Brooke e do Harry vai ser totalmente diferente, até porque eles NÃO se conhecem mais.
enfim, boa leitura

Capítulo 2 - Não precisa se cobrir, eu já vi tudo.


Fanfic / Fanfiction One Night - Não precisa se cobrir, eu já vi tudo.

você tem um fetiche pelo meu amor,

eu te empurro e você logo volta,

não vejo razão em culpá-lo,

se eu fosse você, eu também me desejaria

Todos nós sabemos como funciona uma noite na balada. Você bebe demais, como se não houvesse amanhã; pega algumas pessoas que você não conhece – e nem faz questão de conhecer –; enche mais ainda a cara; beija mais bocas desconhecidas; começa a chorar ao lembrar-se do motivo que o fez parar ali; bebe mais; acorda no dia seguinte com uma ressaca insuportável; jura de pé junto nunca mais beber; mas na semana seguinte já está na primeira etapa de novo. Mesmo conhecendo essas etapas de cor e salteado, afirmei que iria a boate com Laurel.

Encarava-me a frente do espelho com a roupa que achava mais adequada para ir para uma boate. Era obvio que não era, mas para mim, em um momento como esses essa era a melhor roupa que eu ia conseguir vestir: calça jeans preta, e uma camisa da mesma cor, com o símbolo da AC/DC. Os saltos em meus pés e a maquiagem era o melhor que eu pude fazer. Minha cabeça latejava e vontade de desistir era grande, mas preferi continuar com a minha decisão. Iria até o fim, mesmo não querendo.

Suspirei, e tirei os lençóis da minha cama, junto com os edredons e fronhas de travesseiros. Minha vontade era de queimar tudo aquilo. Mas apenas segui em direção a lavanderia, jogando-os na máquina de lavar. Sabão, amaciante, cloro. Mais cloro. Não estava nem aí se desbotasse. Mais sabão. Liguei a máquina, deixando-a encher, depois parei, deixando as roupas ficarem de molho.

A campainha tocou, e sai do cúbico que era aquela lavanderia, indo em direção a porta. Abri-a e Laurel estava lá com um sorriso enorme, e roupa e maquiagem impecável, que me fazia sentir-me desarrumada.

A verdade é que eu invejava a vida que Laurel levava. Como eu, Laurel era secretaria de um dos CEO da empresa de arquitetura que estava no topo; ganhava razoavelmente bem, como eu; e não tinha vida amorosa, sua vida amorosa era trabalho. Não se preocupava com namoros ou traição. Ficava com quem quisesse, dormia com quem quisesse, sem problemas. Era a vida perfeita que eu meio que desejava, mas no fundo, não era pra mim.

— O que houve para mudar de ideia tão rápido e por quê estava chorando no telefone? — a morena perguntou, passando por mim para dentro do meu apartamento. Fechei a porta e encostei-me a ela, virando-me para Laurel.

— Todd me traiu. Com Jillian. — falei baixo, segurando as lágrimas. A expressão de Laurel mudou de risonha para triste e pensativa. — Não quero me prender em casa de novo, e chorar por culpa da Jillian. — levantei os ombros. Laurel assentiu e engoliu a seco, aproximando-se de mim, e me abraçando. Seu abraço era caloroso e bom.

Sabia que poderia contar 100% com Laurel, e a agradeço por isso. Ela era uma pessoa confiável, e provavelmente a única amiga que tinha depois de Nicole, minha irmã mais velha que Jillian. Nicole tem sua vida feita, é casada e atualmente mora em Paris. Sempre pude contar com ela, diferente de Jillian, que sempre tentou foder com a minha vida.

— Vem, vamos. — separou-se de mim, e secou uma lágrima que caiu. — Vamos esquecer esse cara, e beber todas possíveis. — sorriu.

×××

Adore é puta boate, que abriu recentemente e é extremamente enorme e "chique". Não era aquela nojeira que as boates daqui costumam ser. Los Angeles tem ótimas boates, mas sem dúvidas, Adore está no topo de todas elas. Era tão grande que ninguém esbarrava em ninguém, mesmo estando lotada. As luzes revezavam entre vermelho, azul e verde. Tinham dois andares, é claro. No primeiro, uma pista de dança do tamanho do meu apartamento, provavelmente. Tinha um bar que devia ser do tamanho da minha cozinha, e do lado havia os banheiros. O segundo andar não dava pra ver muito bem. A música alta que tocava era um remix de 'The Hills', que era uma ótima batida, por sinal. Havia pessoas de tudo quanto era tipo ali: ricas, pobres, brancas, negras, coloridas, latinas. Era bem abrangente.

— Vem, vamos beber. — Laurel segurou minha mão, puxando-me em direção ao bar, tentando equilibrar-me nos saltos. Laurel apoiou-se na bancada. — Aí, você mesmo! — gritou para o barman, que estava do outro lado, dando em cima de uma ruiva peituda. Ele virou-se para nós com tédio.

— Em que posso ajuda-las? — perguntou suspirando e olhando para trás, onde a ruiva estava há segundos atrás. Provavelmente esqueceu-se de pedir seu número. Sentei-me em um dos bancos, e apoiei meu rosto em minha mão.

— Duas doses da coisa mais forte que você tiver. — Laurel pediu, sorrindo. O barman encarou-nos com o cenho franzido, e riu nasalado.

— Não acho que vão conseguir…

— Alguém pediu sua opinião? — Laurel interrompeu o garoto, que negou rapidamente. — Ótimo.

Logo dois copos de vidros foram postos nas bancadas à nossa frente, implorando para "foderem" com nosso fígado. Laurel olhou para mim e sorriu. A morena entregou-me um dos copos, e brindou com o meu.

— Às solteiras. — disse sorrindo. Levantei o copo.

— Tá mais pra corna. — ri sem humor, e virei o copo, que passou rasgando por minha garganta. Bati o copo na bancada de madeira. — Mais um, por favor. — pedi. O barman riu para mim, e virou-se para preparar mais um shot.

Eu não ia ficar parada no bar, afogando minhas mágoas. Seria clichê, mas do que já parece. A garota encontra o namorado com outra mulher em sua cama, e vai afogar suas mágoas em uma boate. Clichê mas verdade. Mas era a hora de mudar esse ciclo. Quero dizer, não preciso sofrer mais uma vez.

Peguei o copo que o barman serviu para mim, e virei-me para Laurel, sorrindo e dando um tchauzinho com as mãos, seguindo para a pista de dança, enquanto balançava meu corpo no ritmo da música. A música alta que tocava agora era 'Summer'. As batidas ecoavam pelos meus ouvidos, e eu balançava meu corpo, segurando o copo na mão direita, enquanto a esquerda alisava meu próprio corpo. A música acabou, e eu troquei meu copo vazio por mais dois cheios, e bebi um atrás do outro. Quando voltei para pista, lembro-me de continuar a dançar, e alguém se aproximar de mim, dizendo algo em meu ouvido, que não me recordo bem.

O resto da noite, fora totalmente apagado pelo álcool.

×××

Os raios solares batiam direto em meus olhos, incomodando-me e fazendo-me revirar-me na cama. Minhas pernas doíam e minha cabeça latejava. A vontade abrir os olhos era mínima, ainda mais não sabendo onde estava. Os flashes de da última noite encheram minha cabeça, fazendo-a doer mais ainda. Todd e Jillian, Laurel, Adore, bebidas. Uma súbita vontade de chorar apoderou-se sobre mim, mesmo com os olhos fechados. Cobri meus olhos com as mãos e os forcei a abrir, tendo a visão de minhas pernas completamente nuas. Tirei a mão de perto de meus olhos e analisei o quarto em que estava. Esse definitivamente não era meu quarto. Passei os olhos novamente pelo meu corpo: nua. Fiz menção de levantar, mas algo me impedia de chegar meu corpo para trás. Sentei na cama e olhei para o lado, não acreditando no que estava vendo. O cheiro de sexo era evidente. Um grito estridente saiu pelas minhas cordas vocais, acordando o cara ao meu lado, que levantou assustado.

Eu não sabia quem ele era, ou onde estava.

— Que merda! O que aconteceu? — em pé, a minha frente, completamente nu, estava algum estranho de cabelos grandes e cacheados. Ele me encarava confuso, mas provavelmente o porquê de eu ter gritado, e não confuso pela situação em que nos encontrávamos. Seus olhos verdes como esmeralda estava completamente arregalados. Quis examinar seu corpo por completo, mas meus olhos não se desviavam de sua cintura.

— Quem é você? O que quer comigo? Onde eu estou? — perguntei desesperada, encolhendo-me mais à cama. Puxei o lençol em que ele estava deitado, e cobri meu corpo, segurando o pano fino contra meus seios. Ele franziu o cenho e riu alto. Confusa, apertei meus olhos para ele.

— Não precisa se cobrir, já vi tudo. — disse em tom brincalhão. O olhei raivosa, e apertei mais o lençol contra meu corpo nu e arrepiado. — Respondendo suas perguntas… Sou Harry; nós transamos essa noite, e nem eu sei onde estamos Bruna. — disse com calma, seguindo até a janela e olhando para o lado de fora, dando-me uma perfeita visão de suas nádegas.

— Quem é Bruna? — questionei. Harry virou-se para mim.

— Você. Você é Bruna. — afirmou. Gargalhei alto, jogando minha cabeça para trás. Encarei Harry. — Seu nome não é Bruna? — ainda rindo, neguei com a cabeça. — Beatriz? — questionou. Sua cara de duvidoso era impagável e hilária. Neguei novamente. — Qual é a merda do seu nome, então? — perguntou irritado. Levantei-me da cama, ajeitando o lençol em meu corpo, seguindo para o banheiro e ignorando completamente Harry, arrastando o pano no chão.

O banheiro que havia no quarto, dedurava de cara onde estávamos: Motel Lux LA. Eu não sei como viemos parar aqui, já que fica do outro lado da cidade, bem longe para quem estava no Adore. O banheiro tinha uma enorme banheira que me chamava, e as toalhas brancas continham seus emblemas desenhados em vermelho vinho em suas bordas. Ele era todo claro. Sem dúvidas eu iria querer um desses em minha casa.

— Descobri onde estamos. — disse alto o suficiente para Harry me escutar. Ouvi os passos de Harry ficar mais alto, e quando o mesmo aproximou-se, vi que já estava de cueca. Harry pôs as mãos na cintura e examinou o banheiro.

— Lux. — riu nasalado. — Eu deveria saber. — comentou. Abaixei-me para ligar a torneira e deixei a banheira encher. Eu não ia desprezar essa oportunidade.

— Trás muita gente aqui? — perguntei não interessada, adicionando sais à banheira, sentindo os olhos de Harry queimar-me por inteira.

— Não. — virei-me para o moreno. — O que está fazendo? — perguntou confuso.

— Tomando banho de banheira, oras. — respondi com sinceridade. Olhei-me no espelho e percebi que minha maquiagem estava toda borrada.

— Não me digas. — sarcasticamente, Harry falou.

— Te digo. — respondi no mesmo tom, ainda analisando-me no espelho. Minha maquiagem estava borrada e não havia mais batom em meus lábios. Eu parecia cansada ao extremo e com cara de quem acabou de transar pela vigésima vez seguida. Não que fosse total mentira.

— Não vai me dizer qual é o seu nome mesmo? — Harry indagou. Virei-me para ele. Seus músculos estavam tensos e era evidente em seus braços cruzados. Sua expressão era de inconformado provavelmente por eu não lhe dizer meu nome.

— Não há necessidades. — tombei minha cabeça para o lado, analisando seu corpo coberto por apenas um box preta.

— Por quê? — questionou-me.

— Porque nunca mais vamos nos ver novamente.

×××

Mais tarde, naquele mesmo dia, Harry deixou-me na porta de meu prédio. Não trocamos muitas palavras. Harry era apenas mais um cara. Minha rotina de pegar e não apegar parecia querer desabrotar novamente, coisa que eu tinha deixado para trás, há anos. Para uma nova vida de solteira, comecei bem. Harry deixou seu numero de celular comigo, em um cartão, com o nome de uma empresa, que não me importei muito, e nele escrito seu nome: Harry Styles. 


Notas Finais


espero que estejam gostando, é nós
comentem szsz


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