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História One Night - Pesadelos


Escrita por: anacarolina_qm5

Capítulo 1 - Pesadelos


Fanfic / Fanfiction One Night - Pesadelos

  Acordo aos berros depois de mais um pesadelo, minhas mãos estão suadas, meu cabelo, tudo. De novo estou sonhando com isso, sangue, grito, medo e morte. Por que isso me segue? Olho para o relógio são 4 horas da manhã, ainda bem que hoje é sábado e não tenho aula.

  Vou tomar um banho esperando de alguma forma esquecer aquele sonho que me atormenta todas as noites. Deixo água cair sobre meu corpo, morna e suave, a sinto escorrer pelos meus cabelos compridos e agora não tão loiros por causa da água.  Não sei como, mas a água sempre me fez bem, é como se tivesse poder sobre mim.

  Após o banho coloco uma camisola  leve e desço as escadas para ir até a cozinha tomar algum calmante para tentar dormir novamente. Estou prestes a subir para meu quarto, mas paro antes de chegar a escada, ouvi um barulho na janela da sala, me viro e dou de cara com grandes olhos  me encarando, meu coração quase para até eu ter noção de quem estava na minha frente.

- Olá encrenca

  Justin está parado diante de mim com seu cabelo loiro totalmente bagunçado, um sorriso malandro no rosto e sem camisa deixando suas tatuagens totalmente amostra.

- Que merda garoto! Quer me matar?

- Desculpa, achei que tinha me visto.

  Eu e Justin somos amigos desde criança, seus pais morreram quando ele ainda não tinha completado 8 anos  e já que as pessoas mais próximas dele era meus pais acabamos adotando ele.

- Onde esteve?

- Uhé, dei uma volta.

- Estava em uma festa? – ele não precisava responder, da para sentir o cheiro de bebida de longe, ele nunca está em casa.

- Não –  disse ele com um sorriso bobo no rosto.

  Dei meia volta e subi para o quarto, não entendo como ele pode fazer isso, é quase todas as noites, ele ainda está envolvido com aquela gangue idiota, não entendo como depois de tudo que passamos, ele ainda participa disso.

  Volto para cama já com um pouco de sono, mas quando fecho os olhos as visões daquela noite voltam como tempestade sobre mim. Tenho medo, será que eu  nunca vou conseguir dormir? Será que a culpa me consumirá por inteiro? Não, não posso deixar isto acontecer comigo. Eu sou Rebecah Winter  e eu não tenho medo.

 

***

                  

   Acordei  com batidas suaves da minha mãe na porta, ela entra sempre com seu sorriso, seus cabelos loiros um pouco mais escuros que os meus está caído até seus ombros e é possível ver alguns fios brancos pela a raiz, ela senta do meu lado passando seus dedos finos carinhosos sobre meus cabelos que agora já estão secos.

- Bom dia meu amor, passou bem a noite?

- Bom dia, foi tranquilo – minto, ela não pode saber de nada.

- Vamos levantar? O almoço já está na mesa.

 Concordo com sorriso fazendo minha mãe me dar um beijo na testa e sair me deixando sozinha para colocar uma roupa mais descente. Chego diante da mesa e vejo todos já nos seus lugares, Justin ainda com cara de acabado está sentado do lado do meu pai na mesa, minha mãe está na outra ponta do meu pai e eu sento no lugar de sempre na frente de Justin. Hoje minha mãe fez uma massa com molho branco que estava um delicia.

  Depois do almoço ajudei com a louça e fiz algumas atividades da escola, mas logo fujo pela janela do quarto que dava para o jardim, preciso fazer alguma coisa, não consigo ficar mais naquele quarto. Entro no meu Chevelle SS vermelho e com duas listras brancas que vai do capô até a sua traseira, sempre amei um clássico. Dirijo sem saber por onde ir. Estou a mais de 100 km/h e meus cabelos ao vento. Aprendi a dirigir com apenas 10 anos de idade, desde então a velocidade, o motor, o carro, parece ter poder sobre mim, me acalma e me agita, eu me sinto poderosa e segura quando dirijo.

   Quando finalmente paro o carro estou diante da casa do governador, faço esse caminho sempre que me sinto mal. Eu sei que não é bom lembrar do que aconteceu, mas eu não consigo. Olho através da janela da casa e vejo um garoto de apenas 9 anos brincando no tapete com seu carrinho e a sua mãe balança a recém nascida. Aquilo me corta o coração, se eu pudesse voltaria no tempo, não acredito que fiz parte disso.

   Volto para casa e encontro Justin xingando alguém pelo telefone, quando me vê desliga dando um sorriso, apesar de termos nos acertado isso não significa que voltamos a ser amigos, ele ainda está naquela gangue, ainda ajuda eles a matar um monte de pessoas, a roubar bancos e outras coisas que não sou capaz de imaginar. Passo por ele sem olhar para seu rosto, mas ele me segura.

- Becah, você não pode continuar me tratando assim.

- Eu posso parar de te tratar assim se você sair desta gangue.

   Ele vira o rosto sem qualquer coragem de me encarar, nunca vai sair daquele lugar, eu sei disso, posso ver que gosta de estar lá. Como ele pode matar pessoas e se sentir bem? Arranco meu braço de suas mãos e subo as escadas, me dói o coração ter que fazer isso com ele, Justin e eu sempre fomos amigos, eu sempre contei tudo para ele, então é difícil ter que ignorá-lo.

  Quando estou prestes a entrar no meu quarto minha mãe surge no corredor e me chama para uma conversa, já imagino o que ela queira falar.

- Meu anjo, não precisa pegar tão pesado assim com Justin, ele está sendo legal com você.

- Mãe, a gente vai se resolver, eu prometo. – falei mais para mim mesma do que para ela, sinto falta de como éramos e de rir com ele, mas não posso dar o braço a torcer.

 


Notas Finais


espero que gostem beijos


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