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História One Night - Capítulo 8


Escrita por: BSL4

Notas do Autor


Notas finais!!!

Boa leitura

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction One Night - Capítulo 8

Helena Paker POV

O silêncio na maldita sala de espera me deixava mais agoniada do que nunca, batucava minhas unhas na tela do celular nervosa.

- Calma Helena -Lolla disse segurando minha mão.

- Como posso ter calma? Se isso der positivo?

- Não vai dar, só respira.

A porta abriu revelando uma médica baixa de pele morena.

- Helena Paker -falou olhando para todos.

- Eu -disse levantando.

- Por aqui.

Segui a médica junto com Lolla até seu consultório, minhas pernas pareciam gelatinas de tão bambas, sentei na cadeira em frente a sua mesa.

- Bom dia Helena e como você é seu nome? -perguntou pra Lolla.

- Dolores, mas chama de Lolla por favor.

- Ok -riu fraco - Sou a dr. Joana, vamos a você Helena, o que te trouxe aqui?

Minhas mãos se encontravam encharcadas de tanto nervosismo.

- Minha menstruação está atrasada 5 dias.

- Última vez que teve relação sexual? 

- 1 semana e meia atrás.

- Com proteção ou sem?

- Não lembro.

Dr. Joana parou o que fazia pra me encarar, seu semblante era de dúvida.

- Como não?

- Eu estava bêbada, só lembro de ter acordado com a pessoa.

- Esses jovens -suspirou - Vamos fazer o exame de sangue, se der negativo iremos fazer outros exames pra descobrir o motivo do seu atraso menstrual, se der positivo você vai escolher o nome da criança.

- Isso não pode dar positivo.

- Quantos anos você tem? -perguntou enquanto levantava da cadeira.

- 21.

- O que faz da vida?

- Faculdade de médica, acabei de iniciar o quinto ano.

- E por que acha que uma gravidez não seria bem vinda agora?

- Como posso me tornar uma médica grávida?

- Helena eu tenho gêmeas, tive elas com 15 anos e aqui estou formada em medicina, mas vamos fazer o teste primeiro ok? Depois você comemora ou surta de vez.

Como ela pode falar tão tranquilamente assim?

Sentei em outra cadeira que havia ali e estiquei meu braço, rapidamente ela coletou meu sangue e sorriu satisfeita.

- Venha de tarde o resultado -falou guardando o recipiente com meu sangue em uma caixinha - Garanta que ela venha -olhou para Lolla.

- Pode deixar -Lolla disse sorrindo simpática.

(...)

Andava de um lado para o outro do hospital esperando a porcaria do telefone tocar e não é pra saber o resultado do meu exame e sim pra saber se já tem um coração pro bebê.

- Vai ficar tonta desse jeito -Elias, o pai do bebê disse me olhando.

- Desculpa, estou nervosa -disse parando de andar.

- Eu quero te agradecer de coração por todo apoio que você está dando nesse caso, muitos médicos fizeram pouco caso do meu filho desde que ele nasceu, poucos acreditaram que ele iria sobreviver por ter nascido prematuro e você que nem formada é anda, já descobriu o que ele tem, muito obrigado Paker.

- Farei o possível para ajudar ele -disse sorrindo sincera.

Elias voltou para o quarto do seu filho me deixando sozinha novamente com o telefone na mão. Peguei o tablet do hospital lendo a ficha do bebê.

- Simon Boor Willians, 5 meses, está na filha para transplante de coração -li em voz alta.

Coloquei o tablet de volta ao seu lugar e comecei a andar de um lado para o outro, meu corpo todo gelou ao ligar as coisas.

- Willians, esse sobrenome eu conheço.

Flash Back On

Passei em frente a cantina e o direto Willians estava ali gritando no telefone.

- Não importa o valor, meu neto vai pra um hospital que presta e não um de merda que ninguém liga para a vida da pessoa.

Flash Back Off

Simon é neto do diretor da UCLA, estou cuidando da vida da pessoa mais importante daquele homem, é por isso que ele está nesse hospital, aqui faz parte da faculdade, como nunca pensei nisso antes? Porra.

- Você está pálida Paker -Jhonny disse me olhando preocupado.

- Por que não me avisaram que o bebê é neto do diretor? -perguntei nervosa - Eu estou correndo o risco de perder essa criança junto com a minha carreira.

- Você é boa, por isso te colocamos nesse caso. Foi muito estudado quem iria cuidar dele, o diretor participou de todas as reuniões e ele aprovou que você cuidasse do seu neto.

- Se eu perder ele? -perguntei com a voz embrigada por conta do choro.

As lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto.

- Você não vai perder ele, eu acredito em você, todos nós acreditamos.

(...)

Minha bunda já doía por estar sentada no chão naquele corredor a mais de 2 horas e nada desse maldito telefone tocar. Daqui a algumas horas tenho que ir buscar o resultado do meu exame e eu não sei o que me deixa mais nervosa, se é o fato de não ter aparecido nenhum coração pra Simon ou fato de que pode ter mais um coração batendo dentro de mim.

- Senhorita Paker? -a recepcionista perguntou me olhando.

- Sim.

- Ligaram avisando que não tem nenhum coração até o momento em nenhum hospital por perto, nem ninguém que esteja prestes a morrer.

- Impossível, tem que ter algum.

- Sinto muito, irei continuar entrando em contato e te avisarei -falou saindo dali.

Minhas mãos tremiam e minha visão estava completamente embaçada por conta das lágrimas.

- Pake.

Olhei pra cima vendo o diretor Willians.

- Eu estou fazendo o possível diretor, me desculpa -disse em meio à lágrimas.

O diretor sentou do meu lado afrouxando sua gravata.

- Eu sei que você está com medo de perder ele, é a primeira vez que pega um caso e acabou tendo logo o meu neto pra cuidar, eu só iria contar que ele é meu neto depois que tudo estivesse resolvido mas você é experta demais e descobriu antes da hora. Paker, você é uma excelente médica, eu sei que ainda não é formada e que joguei uma responsabilidade muito grande na sua mão, mas se está nessa posição aqui hoje é porque apenas como aluna mostrou ser capaz.

- Eu vou conseguir um coração, prometo pro senhor.

(...)

Joguei minha agenda longe ao terminar a trigésima quinta ligação pra hospitais. Não tem coração em lugar nenhum.

- Nada ainda? -uma enfermeira perguntou me olhando com pena.

- Não -bufei.

Olhei para a enorme placa do hospital, UCLA Medical Center, aqui ninguém procurou.

- Aqui pode ter alguém -disse levantando do chão.

Sai dali correndo encontrando dr. Rubens tomando café.

- Aqui deve ter um coração -disse eufórica.

- Explique melhor.

- Procuramos em hospitais da Califórnia e em alguns lugares do EUA, mas não levantamos as fichas dos pacientes daqui.

- Vamos procurar então.

(...)

Tremia lendo a ficha na minha mão, isso é tão errado e ao mesmo tempo tão certo, pra salvar uma pessoa a outra tem que morrer.

- Eu não consigo fazer isso -disse nervosa.

- Consegue sim, vamos.

Estava a mais de 10 minutos olhando para uma família parada na frente da porta do quarto do seu filho. A criança tem 2 anos, caiu do colo da sua irmã e está em coma no hospital a 3 semanas.

Nos aproximamos da família e meu estômago embrulhou todinho, eu nunca pensei que fosse passar por isso tão cedo.

- Família Leal gostaríamos de falar com vocês -Dr. Rubens disse apontando para o sofá.

O casal se sentou e ficou em pé apenas eu e o doutor.

- O filho de vocês Heitor está a 2 semanas em coma, vocês já foram informados que ele não volta mais. Eu sei que esse é um assunto delicado mas nós temos um bebê que precisa de um transplante de coração -disse receosa com a reação deles.

O casal nos olhava com lágrimas nos olhos.

- Você está pedido para doarmos o coração do nosso filho? -o pai perguntou.

- Sim senhor Leal, é uma decisão muito difícil pra vocês mas o Heitor estaria salvando a vida de outra criança -disse com as lágrimas querendo descer.

- Podemos ver o bebê? -a mãe perguntou me olhando.

- Sim.

Fomos até o quarto de Simon e os pais de nos olharam confusos.

- Família Willians posso conversar com vocês lá fora? -Dr. Rubens pediu.

O casal assentiu e saiu do quarto acompanhados pelo doutor, deixando apenas eu, o casal e Simon. A mulher se aproximou do berço e suas lágrimas desciam descontroladamente.

- Quanto tempo de vida ele tem sem transplante? -perguntou.

- 1 semana -respondi secando a lágrimas que escorreu no meu rosto.

Simon acordou e seu choro invadiu o quarto, peguei ele no colo que rapidamente parou de chorar.

O casal olhava para o bebê nos meus braços com lágrimas escorrendo, os olhos de Simon percorria por todo o quarto, sua cabeça apoiada no meu peito, sua mãozinha puxava levemente meu cabelo.

- O que ele tem? -o pai perguntou me olhando.

- Miocardiopatia dilatada.

Os pais de Simon nos olhava do lado de fora do quarto acompanhados por Dr. Rubens.

Coloquei o pequeno corpo de volta ao berço e voltei a olhar o casal na minha frente.

- Quais papéis temos que assinar? -a mãe perguntou.

Olhei para eles surpresa.

- Venham comigo.

(...)

Entrei na recepção junto com Lolla, minha felicidade por ter conseguido um coração pra Simon não cabia dentro de mim.

- O diretor chorou tanto quando soube da notícia -disse sorrindo.

- Quando é a cirurgia? -perguntou me abraçando de lado.

- Amanhã de tarde, eu estou tão triste e feliz ao mesmo tempo, Simon vai viver, Heitor não -suspirei pesadamente.

- Heitor salvou uma vida, ele vai estar vivo dentro de Simon.

- Helena -Dr. Joana disse aparecendo na porta.

Fui até ela tremendo por completa.

- Aqui está seu resultado.

Peguei o envelope da sua mão, seu rosto não expressava nada.

- Obrigada, vamos Lolla.

- Não vai abrir -perguntou.

- Aqui não.

Saímos do hospital e tinha alguns paparazzi do lado de fora, as perguntas começaram me deixando tonta, entrei no carro rapidamente, dessa vez Lolla vai dirigindo, não estou sã o suficiente pra fazer isso.

Abri o envelope sem coragem alguma de ler.

- Leia logo isso Helena -Lolla disse me olhando.

Tirei o papel dali de dentro com as mãos trêmulas.

- Paciente Helena Paker, tipo sanguíneo A+, exame de sangue para teste de gravidez -disse com o coração acelerado.

- Agora leia o resultado ali embaixo.

Abaixei os olhos para o final da folha.

- Resultado do exame, positivo.


Notas Finais


Eiii, estão gostando por eu estar detalhando essa fase de medicina na vida da Helena? Muitas coisas da vida médica dela irão entrar na vida pessoal, então acaba sendo importante passar tudo pra você.
Os tombos irão vir mais fortes haha.
Não deixem de comentar e favoritar a fanfic, beijoss


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