História One Night - A noiva dele será a senhorita Julian Hernandez.

Saio do banho e me visto devidamente, e pego meu celular. Leio a mensagem de Nicole, que diz que chegaria na próxima semana para ajudar com os preparativos. Envio uma mensagem à Laurel perguntando como ela está e como estão as coisas na empresa. Saio do quarto e vou em direção as escadas, as descendo com cuidado. Ando até a porta da cozinha, e a abro, entrando na mesma, encontrando Dothy de costas para mim.

— Bom dia, Dothy. — desejo, indo em direção a mesa onde está posto o café.

— Bom dia, querida. Como está você e esse bebezinho? — indaga, virando-se para mim. Sorrio com sua gentileza, enquanto me sirvo.

— Estamos bem. E você? O que está fazendo? — pergunto vendo o quanto de comida tem em cima do balcão para onde a mesma estava virada.

— Como você e Harry irão viajar amanhã pela manhã, decidi fazer uns lanches para que levem durante a viagem. Serão apenas vocês dois, mas Harry me contou que o lugar é um pouco longe. — concordo enquanto degusto meu café. Na verdade, são 4 horas de viagem de carro. Admiro que Harry queira ir dirigindo.

— Muito obrigada, Dorothy, será de bastante ajuda. — sorrio e a mesma retribui.

— Antes que eu me esqueça. Harry pediu para encontrá-la hoje nesse endereço. — entregou-me um papel com o nome de uma rua. — Na hora do almoço.

— Obrigado, Dothy. — agradeço mais uma vez e termino meu café, despedindo-me de Dorothy, e voltando para meu quarto. Ouço meu celular apitar assim que chego no lugar e pego, lendo uma mensagem de Harry.

“Precisa vir aqui com urgência. O motorista te trará.”

x x x

Saio do carro de Harry, despedindo-me de Karl, o motorista. Entro na empresa, indo em direção ao elevador, mas antes que eu possa chegar ao mesmo, sou barrada por um homem com duas vezes a minha altura que tampa minha visão e minha passagem.

— O quê? — indago confusa, encarando o rapaz a minha frente.

— Não pode entrar desse jeito sem ser anunciada, e muito menos sem ter um horário marcado. — ele diz, empurrando-me para a recepção, onde está uma mulher negra.

— Desculpe, eu devia ter avisado. — peço e viro-me para a mulher, que me sorri falsamente. — Eu gostaria de falar com o senhor Harry Styles, por favor. — peço educadamente. A mulher ri debochada.

— Tem hora marcada? — indaga, tombando a cabeça para o lado.

— Ahn... Eu sou a noiva dele, ele pediu para que eu viesse. — profiro, sentindo um arrepio na minha espinha. — Preciso marcar hora para falar com o meu noivo? — franzo o cenho. Logo, os dois começam a rir, de gargalhar. — Desculpe?

— Você não é a noiva dele. — diz em tom debochado. — A noiva dele será a senhorita Julian Hernandez, e ela já está lá em cima. — arqueio uma sobrancelha. — Olha, senhorita, é melhor sair, ou pedirei pra ele — aponta para o cara que me barrou — te tirar a força daqui. — diz, e eu engulo a seco. — E dá pra ver que a força dele não é pouca. — provoca.

— Ligue para o senhor Styles, e diga que Brooke Thompson está aqui, por favor. — peço, gentilmente. A mulher revira os olhos.

— Harry está em uma reunião importante agora. Ele não vai atender seja lá quem for você, nem se o papa pedisse. — ela profere com ignorância. — É melhor sair. — ela diz, e aponta novamente para o homem.

Com medo do que ele possa fazer, analiso uma última vez os dois, eu me ponho para fora do prédio, segurando a enorme vontade de chorar. Desço um pouco as escadarias e me sento em um dos degraus, pegando meu celular e colocando para discar o número de Harry. Sinto meu coração apertar só de imaginar o que aquele cara poderia fazer comigo, e instintivamente levo a mão até a minha barriga engolindo a seco. A ideia de perder o bebê por coisa minúscula, me faz chorar compulsivamente.

— Brooke? Onde está? — indaga Harry assim que a chamada é aceita.

— Será que pode vir me buscar na recepção? — pergunto, permitindo-me chorar.

— Você está chorando? O que houve? — pergunta, evidentemente, preocupado, e posso ouvir no fundo o som do elevador.

— Por favor, Harry, venha logo. — imploro. Algo dentro de mim pede a presença dele.

— Estou pegando o elevador, não saia daí. — ele pede e logo a ligação é encerrada, provavelmente pela falta de sinal no elevador. Bloqueio o celular, e abaixo a cabeça, apoiando-a nas mãos, chorando como um bebê que acaba de perder seu brinquedo favorito.

Inúmeras imagens do que aquele segurança poderia fazer passam em minha mente, e em todas elas o bebê sai machucado, e isso me faz chorar mais ainda. Pessoas que passam na rua me olham estranho, algumas até mesmo que estão subindo e descendo as escadas do prédio. Sinto meu coração acelerar assim que uma mão pesa em meu ombro, meu corpo gela com medo de ser o segurança, mas o verdadeiro dono para na minha frente, em alguns degraus abaixo, mostrando evidente preocupação.

— O que aconteceu? — Harry indaga, afagando meu ombro. Não consigo responder por conta dos altos soluços, apenas me levanto e me jogo nos braços de Harry, o abraçando. Surpreendendo-me, Harry retribui o abraço, aconchegando-me. Após alguns segundos, afasto-me de Harry, e suspiro fundo. — Por que não subiu? Deixei avisado que você viria... Por que está chorando? — Harry indaga, afagando meus cabelos.

— Não me deixaram subir, e ameaçaram me tirar a força. Harry, inúmeras cenas passaram pela minha cabeça de como ele me tiraria de lá, e em todas elas, eu perdia o bebê. — conto para Harry, que engole a seco. — Ela me disse que a sua noiva era a Julian Hernandez, e que ela já estava ai. Pedi para que te ligasse, mas me disse que nem se o papa pedisse, você iria me atender. — rio nasalar.

— Vem, vamos subir. Irei resolver isso agora. — ele pega em minha mão, e as entrelaça, fazendo com que todo meu corpo arrepie em reagente ao seu toque.

Styles sobe as escadas, e por fim entramos no prédio. Ao notar-nos juntos, o segurança e a recepcionista que estavam conversando arregalam os olhos, principalmente quando notam nossas mãos entrelaçadas. Harry se aproxima dos dois, e me põe à sua frente.

— Brooke me contou o que houve aqui. E não adianta negarem, pois a primeira coisa que farei quando subir é pedir as imagens da recepção como prova para te demitir. — Harry diz encarando com frieza a mulher a minha frente. — E você — vira-se para o segurança. — Nunca mais ouse acatar uma ordem de alguém que não seja eu, principalmente se essa ordem consistir em expulsar uma mulher a força do meu prédio. Estamos entendidos? — o homem assente inúmeras vezes. — Brooke Thompson tem passe livre para entrar e sair daqui a hora que quiser. Com a minha permissão ou não. — ele acrescenta, chamando atenção de todos presente. — Agora, eu acho que devem um pedido de desculpas para a minha noiva. — finaliza, aperto sua mão que ainda está entrelaçada a minha.

— Me desculpe senhorita Thompson. — o rapaz profere, com a cabeça baixa. Assinto e sorrio brevemente para o mesmo.

— Eu achei que ela fosse uma ladra, só estava fazendo meu trabalho. — a mulher pronunciou.

— Com ignorância, Heather? — Harry indaga. — Brooke pediu para que você me ligasse, e eu deixei avisado que ela viria, não deixei? — Heather assente, e engole a seco. — Tenho certeza que nunca vos tratei com ignorância, e nunca preguei isso dentro do meu ambiente de trabalho. Ou estou ficando louco?

— Não, senhor Styles. Me perdoe. — ela pede, e pressiona os lábios.

— Não é a mim que você deve desculpas, Heather. — Harry diz, a mulher suspira.

— Me perdoe, senhorita Thompson. — ela pede, fazendo pouco caso. Assinto, e olho para Harry, que nega com a cabeça.

Harry, que ainda está com nossas mãos entrelaçadas, me puxa em direção ao elevador, que está parado no andar. Entramos e Harry aperta seu andar. Quando as portas se fecham, posso finalmente respirar, e me soltar com gentileza da mão de Harry.

— Você está bem? — ele pergunta, afastando-se.

— Acho que estou. — suspiro profundamente, e me encosto no espelho. — Me desculpe por isso. Não queria que isso acontecesse.

— Está tudo bem. — ele sorri minimamente.

— Por que eu tinha que estar aqui com urgência? — pergunto. Quando Harry iria abrir a boca para responder, a porta do elevador se abre. Harry abre um sorriso. Há muitas pessoas naquele andar, posso ver de longe, Louis olhando para toda aquelas pessoas com uma carranca séria, e Cherry sorrindo para todo aquele alvoroço.

— Porque eu encontrei quem irá arrumar nosso casamento, e preciso de você aqui para escolhermos juntos. Bom, você escolhe, e eu só compro. — ele diz, e eu o encaro. O mesmo sorri pra mim, e me puxa novamente para fora do elevador, segurando minha mão, levando-me para o meio da bagunça.

Todos param para nos encarar, e sorrindo. Vejo inúmeros fichários em cima do balcão de Cherry, e todas as pessoas estranhas com roupas iguais. Pretas e um logotipo que eu não consegui ler. Algumas mulheres cochicham olhando para mim e Harry, sorrindo.

— Bom, essa é a minha noiva, Brooke Thompson. Ela quem dará o alvará, dizendo o que pode ou não acontecer. — Harry anuncia. Os cochichos aumentam, e Cherry sorri, batendo palmas. Ela parece ser uma boa pessoa. Harry vira-se para mim. — Irei lá sala, estou com Tomlinson. Qualquer coisa, pode entrar. Não precisa ser anunciada por Cherry. Depois iremos almoçar — ele diz baixo para que apenas nós dois escutemos, encarando-me. Assinto e sorrio. Ele retribui. Harry se afasta de mim, e fala rapidamente com Cherry, que assente e sorri, logo ele entra em sua sala, sendo seguido por Louis.

Antes que eu possa pensar em algo, três mulheres se aproximam de mim sorrindo.

— Bom dia, senhorita Thompson. — uma delas diz sorrindo. Sorrio em resposta. — Sou Joanne Campbell, diretora da Companhia de Casamentos de Los Angeles. Estamos aqui para planejar seu casamento, tudo bem por você? — ela pergunta.

— Com certeza. — respondo sorrindo.

— Ótimo. Senhor Styles nos disse a data, e por isso precisamos agilizar. Dia 12 de julho, certo?

— Por mim está ótimo.

— Ótimo. Vamos escolher os detalhes e comidas. — ela sorri, e me puxa até o balcão de Cherry.

Seria uma longa manhã.

× × ×

Depois de longas duas horas escolhendo cores – que realmente seria verde –, flores, e tipos de Buffet, sinto minha barriga reclamar por falta de comida, e vejo Styles sair de sua sala com Tomlinson. Todos haviam opinado sobre tudo o que aconteceria no casamento, e quando souberam que o casamento seria em uma fazenda, se animaram para escolher um caminhão de flores.

— E seu vestido? — Joanne pergunta assim que fechamos o ultimo fichário.

— Irei comprar quando voltar de viagem.

— E o terno do Harry? E as alianças? E as listas? Você já fez a sua? E o Harry? E o local é grande o suficiente? Meu Deus, o padre! Temos que arrumar um padre para o dia 12 de julho, Valerie. — ela vira para falar com sua assistente, que assente rapidamente, procurando algo em seu tablet. Ri com seu desespero.

— Joanne, respira. — pedi segurando seus braços. — O terno do Harry deve estar pronto em uma semana. — afirmei, soltando-a e usando minhas mãos para gesticular. — Iremos te mandar a lista esse fim de semana por e-mail, quando chegarmos podemos ir escolher os convites, como você disse. — ela assente, calmamente. — O local é enorme, iremos lá apenas para conferir se tudo está em ordem e se Harry aprova. Tudo bem? — pergunto sorrindo e a mesma assente.

— Ótimo. — Harry responde assim que se aproxima e vê que nossa conversa chegou ao fim. — Bom, se não se importam, iremos almoçar. — comenta brevemente. — Temos que resolver alguns detalhes de nossa viagem. — se vira para mim — Vamos? — questiona e eu assinto, pegando minha bolsa. Levanto-me sigo Harry até o elevador, que o chama, enquanto estamos parados em frente a ele. — Então... Está tudo resolvido? — questiona me olhando rapidamente. Encaro-o e entramos no elevador.

— Sim, quase tudo.

— Nós vamos nos casar, Brooke... — ele fala meio aéreo, assim que as portas metálicas se fecham.

— Nós vamos nos casar, Harry. — afirmo, e escondo um mínimo sorriso.