1. Spirit Fanfics >
  2. One Night >
  3. É como em um filme. Não um de romance. Um de terror.

História One Night - É como em um filme. Não um de romance. Um de terror.


Escrita por: greatelly

Notas do Autor


eu voltei graças a Deus
só quero agradecer aos comentários e favoritos szsz
e pedir pra não desistirem de mim, de novo
bommm
agora as coisas ficarão interessantes rs
espero que gostem tanto quanto eu
boa leitura xuxus

Capítulo 3 - É como em um filme. Não um de romance. Um de terror.


Fanfic / Fanfiction One Night - É como em um filme. Não um de romance. Um de terror.

Se tem uma coisa que eu detesto mais do que segundas-feiras, são domingos. Domingos são sempre monótonos e entediantes. Sempre passam as mesmas coisas nos programas de TV. O almoço? Quase sempre a família toda se junta e faz um grande almoço para todos, cada um contribuindo com um pouco. Sempre. Mas dessa vez, nesse domingo, algo mudou. Não havia mais almoço em família, ou programas de TV, pelo simples fato de Jillian ter estragado tudo, novamente. Na verdade, minha família estava reunida na casa de minha mãe, provavelmente, mas para mim, não haveria domingos em família, com Jillian por perto, por um bom tempo. 

Isso aconteceu outras vezes, mas eu ainda ia aos almoços. Acontece que dessa vez pareceu ser bem mais intenso. A ferida nunca fechada só abriu mais e não parou de sangrar. O sangue jorra cada vez mais intensamente toda vez que me vem a imagem de Todd e Jillian na minha cama, transando. Fora tão forte, que nem na minha cama consegui dormir esta noite. Tive que me acomodar no sofá, e dormir terrivelmente mal.

Levantei-me do sofá em que passei a noite, e segui para minha cozinha. Havia acabado de acordar, e já tinha planejado como passar o dia. Vinho e comida congelada eram as opções para o domingo ensolarado de hoje. Abri o congelador e peguei uma lasanha, que havia comprado há semana atrás, abrindo-a e pondo-a no microondas. Abri a adega de baixo da pia e peguei o último vinho que continha ali, pegando uma taça em um dos armários. Enchi a taça, sentindo minha boca salivar pelo líquido. Assim que estava cheio, levei até os lábios, provando do sabor doce da bebida. Encostei-me a pia. 

As lembranças do fim de semana me atormentaram. Jillian e Todd; boate; Harry. Harry. Eu fui pra cama com um estranho, e eu nunca havia passado de beijos com estranhos. O que mais me assustava, era o fato de não me arrepender. Harry não parece o tipo de cara que assume um relacionamento sério, casa e tem filhos, mas também não parece o cara que te pega em uma noite e depois finge que nem conhece. É confuso, mas é real. 

O dia se arrasta, e eu ainda estou jogada em meu sofá, sem a mínima vontade de levantar. Espreguiço-me no sofá e bato pé em algo, que logo percebo ser a minha bolsa. As coisas que tinha dentro dela está no chão, incluindo o cartão com o número do Harry. Pego-o. A vontade de ligar consome todo meu ser, mas controlo-me, apenas pegando a bolsa do chão, e colocando o cartão lá dentro de novo, voltando a me deitar no sofá. Não tinha cabimento ligar para um cara que ao menos lembrava meu nome no dia seguinte. Não que eu lembrasse o dele. Talvez eu devesse ligar apenas para dizer-lhe meu nome… Na verdade, melhor não. 

Logo o toque estridente do meu celular preenche meu ouvindo com seu vibrado irritante em cima da mesa de vidro no centro da sala. Estico meu braço e levo o aparelho à minha bochecha, após deslizar o dedo na tela aceitando a chamada, sem nem olhar o nome.

ㅡ Alô.

Brooke! ㅡ a voz fina e entusiasmada de Nicole alcança meus tímpanos como um agudo. 

ㅡ Nicole! ㅡ retribuo na mesma animação. Sentia falta de Nicole. Nicole casou-se há mais ou menos dois anos, e mudou-se para Paris com seu marido. Ela tinha a vida perfeita, o marido perfeito, e sorte por estar bem longe de nossa irmã. Ao fundo da ligação, era possível ouvir o alto barulho de música. 

Por que não veio hoje? ㅡ questionou-me. Era legal saber que pelo menos Nicole se importava com o meu bem-estar. Mesmo que ela não soubesse dos últimos acontecimentos. 

ㅡ Jillian não te contou? ㅡ questionei, debochadamente. 

O quê? 

ㅡ Jillian fez o prazer de estragar tudo transando com Todd na sexta-feira. ㅡ respondo, rindo sarcasticamente, ignorando a vontade de chorar que me apoderou por instantes. ㅡ Desculpa, Nicole, mas eu não vou ficar no mesmo ambiente que ela por um bom tempo.  

A noite se arrastou comigo conversando com Nicole por telefone. Graças a Deus não ouvia a voz de Jillian, e Nicole prometeu não imprensa-la na parede desta vez. Pelo que Nicole disse, ninguém sabia o que Jillian tinha aprontado. Por um lado, isso também não me importava, mas o meu outro lado queria vê-la sendo imprensada. 

×××

Segunda-Feira 

Os saltos de Laurel se batucam contra o piso branco, incomodando-me. Minha amiga está ansiosa. Neguei que tinha dormido com alguém, e neguei ter voltado para casa no dia seguinte, afirmando que saí sexta-feira da balada, e voltei para meu apartamento. Entretanto, a morena não aceita minha explicação, afirmando ter visto-me entrar em um carro preto. Acontece que provavelmente Laurel criaria expectativas, e tudo o que eu menos preciso é de excesso de expectativa. 

— Já disse que era um táxi, Laurel! — repeti, encarando os papéis que já estavam na minha mesa quando cheguei. Teria muita coisa para fazer. 

— Eu vi, Brooke! Não existem táxis pretos e daquele porte! — afirmou. Se Harry não tivesse me levado embora no dia seguinte, nem me lembraria de seu carro. Mas é óbvio que um Audi TT chamaria atenção, tanto de dia quanto de noite. — Tudo bem se não quiser me contar quem é o cara… — deu de ombros, indo até a máquina de café que ficava entre a porta de seu chefe, e de meu chefe. — Mas pode muito bem dizer se sim ou não. — concluiu. Suspirei e dei-me por vencida. 

— Eu nem conheço o cara, Laurel! — bati as mãos na mesa, encarando a morena, que agora tinha uma expressão considerada engraçada ao meu ver, mas era de indignada. — Ele só me levou para casa. — levantei os ombros, como se não me importasse. — E, por favor, não me lembre desse desastroso fim de semana. — pedi, voltando a, finalmente, prestar atenção nos papéis. 

Eu poderia contar para Jillian, mas uma parte de mim estava com medo de ser julgada por dormir com um desconhecido. Não era de meu feitio fazer coisas assim: sair, beber até não lembrar, ir para motéis com estranhos, confiar em estranhos. Isso foi o ápice para um fim de semana desastroso. 

×××

8 semanas depois…

 

ㅡ Olha, Brooke, preciso que arrume a sala de reuniões para mim. ㅡ meu chefe, Andy Nikle, pede com ternura. Franzo o cenho enquanto colocava seu café em cima de sua mesa. Andy raramente era calmo, principalmente comigo. ㅡ Ponha essas pastas lá, e peça um almoço para 12 pessoas no L’Atelier du Cuisinier. ㅡ pronuncia com seu perfeito francês, e me estica as pastas de coloração pastel. ㅡ Entre as doze pessoas, só três são britânicas, então acho que aceitarão. ㅡ dá de ombros. Franceses malditos com culinária maravilhosa. ㅡ Ah! Pague com o meu cartão. Você sabe a senha, não é? ㅡ me encara pela primeira vez. Concordo rapidamente, querendo sair o mais rápido possível daquela sala com o cheiro impregnado do perfume forte do meu chefe. ㅡ Ótimo. Pode sair. ㅡ anuncia. 

Saio rapidamente da sala de Andy, jogando de qualquer jeito as pastas em cima de minha mesa, fazendo Laurel pular em sua cadeira estofada. Corro para o banheiro mais próximo no andar, abro a tampa do vaso, ajoelhando-me no chão, deixando tudo o que comi durante o dia, saísse pela minha boca. Meu café da manhã, que parecia tão saboroso hoje de manhã, agora só de pensar me faz vomitar mais. Sinto mãos macias segurarem meu cabelo, e deduzo ser Laurel. Depois de mais ou menos dois minutos vomitando, jogo-me no chão, encostando-se na parede gélida, com os olhos fechados, sentindo minhas forças se esvairem e a vontade de desmaiar me apoderar. Abro os olhos encarando minha amiga agachada ao meu lado e preocupada comigo. 

— Você está bem? — questiona-me. É notável a preocupação em sua voz. Suspiro e fecho os olhos de novo, concordando com a cabeça. — Não parece. — encaro-a, confusa. — Já é a terceira vez que você vomita só essa semana, Brooke! — exclama. — E hoje ainda é terça-feira. — termina. 

— Eu fui na casa da minha mãe domingo. Ela havia feito uma comida muito carregada. — explico o que tem me causado enjôo, levantando os ombros. Laurel nega com a cabeça e se põe de pé, esticando a mão para mim. Seguro-a e me levanto, tentando equilibrar-me nos meus sapatos de salto. Lavo minha boca algumas vezes.

— É, deve ter sido isso mesmo. — concorda, mas consigo perceber seu semblante de desconfiada. 

Saímos do banheiro, e pego as pastas seguindo para a sala de reuniões, enquanto Laurel volta para sua mesa. Ligo o ar condicionado para refrescar a sala fechada. Ajeito as pastas, um a frente de cada cadeira. Ligo o telefone que fica no centro da mesa, e disco o número do restaurante para pedir o almoço. Pensar em almoço, faz minha barriga roncar, já que agora ela está totalmente vazia. Peço os almoços, e saio da sala, fechando as portas de correr de madeira. Volto para minha mesa, e vejo que Laurel não está em seu posto, suspiro fundo, e me jogo em minha cadeira estofada, fechando os olhos. 

— Você está bem? — uma voz familiar soa em meus ouvidos. Abro os olhos, encarando o ser a minha frente, me assustando um pouco. 

Dave Grohl, CEO da empresa junto com Andy. Laurel é secretária de dele. Não nos falamos muito, apenas o básico. Diferente de Andy, Dave é gentil e um bom chefe, pelo que Laurel conta. Não grita com os funcionários, e sempre os cumprimenta. Dave parece ser um pouco mais velho que eu, no máximo, máximo, 30 anos. E bonito. Bem bonito. 

Ajeito-me na cadeira e dou uma tosse falsa, sorrindo para o homem a minha frente: — Estou sim. Obrigada. — ele sorri, assentindo. 

— Você viu a Laurel? — questiona-me. Nego com cabeça.

— Talvez ela já tenha ido almoçar. — Dave franze o cenho.

— Sem você?! — assustado, indaga. Levanto os ombros, indicando falta de conhecimento sobre Laurel naquela hora. Ela estava estranha desde cedo. — Engraçado… — olha para seu relógio de pulso, que devia custar mais que meu apartamento. — Ela sempre me avisa quando está indo almoçar. — da de ombros e me olha. — Tanto faz. — ri.— Bom, obrigada, Brooke. — agradece. 

Dave caminha até o elevador. Quando as portas se abrem, alguém que eu nunca imaginava aparecer ali, sai de dentro do cúbico, cumprimentando Dave como se não se visse há anos. Ele está de terno, o que o deixa bem mais atraente, e com porte de mais velho. Seus olhos parecem brilhar com a ajuda do sol que entra pela janela, dando visão de Los Angeles. Harry Styles está no mesmo ambiente que eu. 

Harry e Dave conversam como se fossem grandes amigos. Meu semblante com certeza deve ser de assustada, e então eu faço a única coisa que me vem na minha mente. Finjo que não o vejo, e viro minha cadeira giratória para a parede que fica atrás de mim. Por sorte, há algumas gavetas onde guardamos, alguns relatórios sem importância. Fico virada por minutos, encarando a parede, enquanto ouço a voz deles. A voz dele. 

— Brooke, estamos indo para sala de reuniões. Avise ao Andy que o investidor já chegou, ok? — Dave anuncia em bom tom. Harry era investidor da empresa? 

— Aviso sim. — grito em resposta. Ouço os passos deles se afastando, até não serem mais ouvidos. Suspiro, e viro-me calmamente, vendo que não havia mais ninguém no corredor, realmente.

××× 

Todos os outros diretores que participariam da reunião com Harry, Andy e Dave, chegaram, e eu tive que encaminhar todos para a sala de reuniões. Não me atrevi nem aparecer à porta. Eu não sei e nem quero saber qual seria a reação de Harry ao me ver. O almoçou chegou assim que o último diretor entrou. Uma recepcionista o trouxe até o andar. Infelizmente, não consegui convence-la de levar até dentro da sala.

— Por favor, Anessa! — peço para a loira. Ela já estava impaciente. Não era nem seu trabalho trazer a refeição até aqui. 

— Brooke, esse trabalho é seu! — revida, indo em direção ao elevador. E realmente era. Uma hora ou outra, eu teria que ver Harry. — Aliás, aqui está a nota. — entrega-me o papel com o preço. Eu deveria passar lá depois para pagar. Suspiro, segurando o papel. 

— Tudo bem. Obrigada. — agradeço. A loira sorri e entra no elevador. 

Suspiro pela vigésima vez e caminho até o carrinho com as refeições. Guardo a nota no bolso de meu blazer, e seguro o carrinho, arrastando-o em direção a sala de reuniões ao fim do corredor. Minhas mãos suam, e a cada passo meu coração parece perder uma batida. Um filme passa em minha mente, como se indicasse alguma coisa. Eu não sabia o que era, e tinha medo de saber. Quando paro de frente à porta de correr de madeira, suspiro pela última vez, e a abro. 

É como em um filme. Não um de romance. Um de terror. Daqueles bem desastrosos. Harry falava com Dave, antes de parar e prestar atenção em mim. É possível perceber que ele me reconhece por sua feição. A sala fica em silêncio e Harry me analisa de cima a baixo. Não é como alguém que você vê na rua, e acha extremamente bonito. É como alguém que já te viu nua, e não sabe nem seu nome. Harry analisa-me por inteiro, e é possível notar sua surpresa em me ver ali. 

— Com licença. — profiro, antes de pôr os pratos em cima da mesa. Começando por Andy, que está na ponta, depois alguns diretores. Do outro lado da mesa está Harry e Dave. Ao me aproximar de Harry, sinto minhas pernas tremerem, e a vontade de vomitar me apodera, como mais cedo. Respiro fundo, e ponho o prato a sua frente, sentindo seu olhar queimar sobre mim ainda. Vejo que ele iria abrir a boca para dizer algo, talvez um "obrigado", mas me distancio dele, indo para perto de Andy.

— Obrigado, Brooke, pode se retirar. — Andy agradece. Harry não sabia meu nome, mas agora, graças a Andy, ele sabe. Assinto, e sigo para a porta, querendo sair dali o mais rápido possível. — Ah, Brooke, espera! — Andy me chama. Viro-me para meu chefe. Harry está logo ao seu lado, e não desprende os olhos de mim, junto com sua feição fechada.  Andy está falando, mas eu não o ouço. Não consigo prestar atenção em nada. Apenas em meu vômito se espalhando pelo chão da sala de reuniões, atraindo todos os olhares para mim. Inclusive o de Harry. 


Notas Finais


referências né bebê rs
perdon qualquer erro, e espero que tenham gostado
eu seeeei que estão ansiosas por Harry e Brooke logo, e no próximo capítulo veremos isso rs
estou tão ansiosa quanto vocês
comentem o que acharam e até a próxima


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...