História Long Imagine - Baekhyun - Abstinência.

 

 

Suas mãos passeavam pelo meu corpo apertando cada milímetro de minha pele enquanto meus lábios eram possuídos por ele em um beijo calmo. 

Eu realmente não conseguiria ficar sem aquilo. 

Seu quarto estava escuro, mesmo assim eu podia vê-lo. Tão lindo, tão perfeito e apenas meu. 

— Nunca mais vá embora daquele jeito. — Ditou me prendendo com um simples olhar, antes de se dirigir ao meu ouvido onde fez questão de sussurrar. — Não vou me responsabilizar pelos meus atos. 

Meu coração disparou loucamente trazendo-me uma sensação semelhante a adrenalina de percorrer uma montanha russa, tendo o toque final do choque de seus dentes contra meu lóbulo. 

Se você quiser me chamar de idiota, me chame, eu não me importo. Só tente se pôr no meu lugar antes... Será que você iria fazer diferente? 

Antes eu pensava que sim, eu iria, mas agora, percebi que a minha vontade de o ter era maior. 

— Você é apenas minha. — Disse sério voltando-se para mim. 

Seus olhos estavam tão escuros e profundos que sentia como se a qualquer momento pudesse me perder dentro deles. E pode acreditar, eu já havia me perdido há muito tempo atrás. 

— Apenas sua. — Murmurei vendo ele dar um pequeno sorriso de lado que logo foi desfeito. 

Baekhyun voltou a me beijar enquanto percorria meu corpo com suas mãos tão delicadas, mas que me apertavam com certa força. 

Sentia seus lábios me tocando à medida que sua língua adentrava lentamente em minha boca, tornado aquilo o mais delicioso que poderia, me proporcionando um intenso prazer que só ele poderia me dar. 

Sensações ótimas percorriam o meu corpo, que já se encontrava completamente despido e entregue a ele. 

A cada segundo eu me via mais e mais necessitada daquilo, ou melhor, dele. 

O beijo se tornou mais intenso e nossas bocas agora se moviam como se estivessem em uma constante briga por território. O ar se fez escarço e tivemos que nos afastar, mas imediatamente Baekhyun se apossou do meu pescoço dando beijos e fortes chupadas por todo o local. 

Ele amava aquilo, era como se estivesse marcando território assim como um cachorro. Sempre soube que ele tinha ciúmes de mim, porém ele nunca admitia. 

Suas mãos que estavam em minhas coxas abriram mais minhas pernas, e logo e seguida Baekhyun impulsionou seu quadril em direção ao meu como se fosse me foder, deixando nossos corpos colados, e me fazendo sentir seu membro já duro por dentro da Box tocando minha intimidade. 

Aquilo me deixou louca, e sem ao menos pensar gemi arrastado, enquanto escutava um riso vindo de Baekhyun. 

Ele pareceu ter gostado do que tinha ouvido e novamente fez aquilo. Meu intimo se contraiu e involuntariamente levei minhas pernas em torno de seu quadril, apertando-o mais ainda sobre o meu corpo. 

— Hmm. — Não aguentei e gemi novamente. 

Agora sua língua percorria livremente meu pescoço indo em direção aos meus seios me fazendo sentir seu calor e junto de sua macies em minha pele sensível, deixando-a completamente molhada e arrepiada por conta de seus toques. 

Levei uma de minhas mãos até seus cabelos acariciando fio por fio, já tendo seus lábios roçando delicadamente em meu mamilo, mas antes de pô-lo na boca, Baekhyun me olhou como antigamente. 

Em seus olhos pude voltar no tempo e ver aquele Baekhyun que me deixou apaixonada por sua inocência, por seu doce sorriso e sua sensibilidade. 

Eu o tinha ali comigo de novo. 

As maçãs do seu rosto estavam rosadas dando um lindo contraste com sua pele pálida, e seus lábios possuíam uma coloração um pouco avermelhada por conta dos chupões que acabara de dar em meu pescoço. 

Baekhyun sorriu delicadamente me dando a visão mais perfeita do mundo. Ele era um ser tão harmonioso que às vezes parecia anormal sua beleza. 

Depois de logos segundos pude sentir sua boca se apossar de meu seio em uma forte chupada enquanto sua mão livre apertava o outro. Seus toques não eram delicados, e sim rudes, ele estava me maltratando e eu apenas gemia em resposta. 

Mas suas ações foram interrompidas e novamente ele se voltou para mim, mantendo em seu rosto um grande sorriso sarcástico com se tivesse ganhado algo que ele já tinha certeza de que ganharia. 

Meu peito se encheu de dor, e então finalmente percebi que queria o outro Baekhyun, o antigo, e não esse. 

Minhas mãos saíram se seus cabelos e minhas pernas afrouxarão em volta de seu corpo, mas antes de me afastar completamente de Baekhyun, ele segurou meus braços com força, ao ponto de chegar a doer, enquanto meu coração tomava um ritmo acelerado e um medo me dominava. 

— Você acha que vai se livrar tão fácil assim de mim, (s/n)? Está completamente enganada. 

Baekhyun me olhava com muita raiva, podia ver seu maxilar trincar e seus olhos escurecerem, enquanto caçava em minha mente uma forma de sair dali, antes que fosse tarde demais. Mas tudo a minha volta parou após suas palavras seguintes. 

— Ele não vai voltar, sabe por quê? — Arregalei meus olhos tendo meu coração perfurado pela verdade que tanto encobria. — Porque ele nunca existiu. — Disse com um tom de sarcasmos juntamente com aquele maldito sorriso que aumentava de acordo com o meu desespero. 

— Me solta, Baekhyun. — Falei em um fio de voz sentindo meus olhos lacrimejarem, mas ele continuava a apertar ainda mais meus pulsos entre seus dedos. — Por favor. 

— Não. O que eu te falei antes, hum? Não vou me responsabilizar pelos meus atos caso você decidisse ir embora. Agora você vai se arrepender amargamente, (s/n). 

Com uma de suas mãos ele conseguiu prender as minhas acima da cabeça, enquanto a outra foi pra meu queixo, pressionando seus dedos em minhas bochechas. 

— Você sempre se mostrou tão forte... Mas na verdade não passa de uma criança chorona. — Seu desprezo podia ser notado enquanto me olhava com superioridade. — Tão ridícula... Eu sabia que você voltaria para mim, afinal o cachorro pode até rosnar, mas ele sempre volta para o seu dono. 

Aquilo foi o fim! Eu me sentia um lixo por saber que tudo o que ele falava era verdade. Eu realmente era uma idiota. 

— Por favor. — Choraminguei sob ele. 

— Cala a boca, se não vai ser pior para você! — Retirou a mão do meu rosto e desceu sobre meu corpo indo em direção a minha intimidade. 

Me desesperei com o que ele iria fazer e tentei me debater, mas meu corpo estava completamente imobilizado pelo seu. 

— NÃO, BAEKHYUN! 

— CALA A PORRA DA BOCA! — Me assustei com o seu descontrole e paralisei de medo escutando o seu rosnar. — Você só pode ser surda! — Suspirou tentando se acalmar. 

Meus olhos estavam arregalados e sentia o choro preso em minha garganta. Juro que tentei ao máximo segurá-lo, mas depois que escutei aquilo perdi por completo o controle das minhas emoções e rapidamente despenquei em lágrimas. 

Chorei alto por medo dele, por ser fraca e tão insignificante. 

Mas tudo parou no instante em que senti sua mão em meu rosto em um tapa tão forte que me fez virar a face por conta do impacto. O choque foi tão grande que me recusei a abrir os olhos e encarar a realidade. 

Por que ele fez aquilo comigo? Eu sempre o amei tanto... Por que, Baekhyun? Eu não entendo, só queria que me amasse assim como eu o amo. 

Abri meus olhos e me deparei com a minha cama. Minha mente tentou processar o que estava acontecendo e assustada me sentei com a cabeça baixa, enquanto segurava o choro. 

— Calma, (s/n), foi só um sonho! — Tentei me confortar em vão. 

Meu corpo estava todo suado e meu coração descompassado, esperei um logo minuto para me acalmar, e então senti seu perfume. Nunca me esqueceria daquele cheiro, poderia reconhecê-lo de longe. 

Passei meus olhos rapidamente por aquele local, e então pude vê-lo no canto do meu quarto me observando incessantemente. 

— Você quer mesmo saber o motivo? — Era como se ele lêsse meus pensamentos. — Eu gosto disso sabe? Provar para as pessoas que elas estão erradas. Mostrar-lhes a verdade. — Murmurou imponente. 

Baekhyun se aproximava cada vez mais de mim e suas palavras eram como facadas desferidas em meu peito, tamanha a dor que sentia. 

— A primeira vez que te vi, soube na mesma hora o quão fraca você era. Sempre se enganando... Eu juro que não resisti a você, fiquei tão obcecado que tive que me fazer de idiota para você se apaixonar por mim. — Ele sorriu sádico enquanto mais lágrimas caiam, embaçando minha visão. — E não, nunca te amei. Eu não amaria uma pessoa tão fraca igual a você, seria até ridículo para mim. Olha só para você, (s/n)! 

— Baekhyun... — Tentei falar entre o choro, mais ter dito seu nome piorou ainda mais as coisas. 

— Está satisfeita? — Parou em frente à cama me olhado com desprezo. 

Não queria que ele me visse daquele jeito nunca mais. Fechei meus olhos em um grande aperto sentindo toda aquela dor se intensificar em meu coração que novamente se descompassou, me fazendo abrir os olhos e dar de cara com o teto. 

Levei minha mão ao peito, sentindo um grande aperto. 

— Que merda foi essa? — Disse sem entender nada. 

Minhas mãos estavam tremulas e minha boca seca. Eu precisava urgentemente de água, então me levantei e fui até a cozinha. Abri a geladeira retirando de lá uma garrafa d’água. Apenas a destampei e levei até a boca dando um grande gole que me fez tossir algumas vezes. 

Suspirei ainda atônita me relembrando do que havia acontecido. 

— Como sempre você vive invadindo meus sonhos. — Murmure com meus olhos fechados. — Eu não aguento mais isso. 

  

~~~ 

  

— Você está péssima! — Jihee me olhou com a sobrancelha arqueada. — Me deixa adivinhar... Baekhyun? 

Suspirei ao ouvir aquele nome, e então pude ver o olhar preocupado de Jihee. 

— O que aconteceu? 

— Eu só tive uma noite mal dormida, nada demais. — Dei de ombros tentando acabar com aquele assunto, afinal, não queria passar os últimos minutos do intervalo falando de Baekhyun. 

Já se passou uma semana, e nesse período de tempo comecei a ignorar Baekhyun. Não respondia suas mensagens e nem suas ligações. Era inevitável que a gente se topasse já que estudávamos na mesma escola, entretanto, sempre dava um jeito de me afastava acompanhada por Jihee, todas as vezes que nossos olhos se cruzavam. 

Era doloroso demais fazer aquilo, vê-lo e não poder tocá-lo, ter que ignorá-lo e tentar reprimir todos os meus sentimentos. Ainda não entendia como estava conseguido me manter tão forte. 

— Eu acho que você está com crise de abstinência. — Ela me olhou brincalhona logo me vendo morder os lábios que estavam ressecados. — Você está tão estranha ultimamente, não só você, o idiota do Byun andou aprontando. 

— O que ele fez? 

— Kai me contou que ele brigou com o Chanyeol, e você sabe como eles dois são... 

Ter escutado aquilo me deixou preocupada. Baekhyun e Chanyeol eram muito amigos e nunca havia visto os dois brigando. 

— Você tem que caçar um jeito se esquecê-lo, e rápido, (s/n)! Apenas ignorá-lo não resolverá a situação. — Ela sabia de tudo que eu estava passando e como uma boa amiga me deu apoio esse tempo todo. — Por que não vai conversar com o Minseok? Karin vai dar uma festa, aproveita e leva ele. 

— Eu sei o que você está querendo. Não vou brincar com os sentimentos do Baozi desse jeito. 

—Ah (s/n)! Não negue. Vocês sempre se amaram e a única coisa que impediu que fossem mais a diante com o relacionamento foi o Baekhyun. Tenho certeza que lá no fundo vocês dois ainda sentem a mesma coisa um pelo outro. 

Era inevitável que eu me sentisse arrependida de ter deixado Minseok por Baekhyun, mas é como dizem... “Nós só gostamos daquilo que nos faz mal”. 

— Vou conversar com ele, mas fique sabendo que é só porque eu realmente estou com saudades. Nem ao menos me desculpei depois de ter saído às pressas da casa dele... — Suspirei me lembrando de tudo. 

Escutei um gritinho de vitória vindo de Jihee e logo balancei minha cabeça negativamente mostrando um pequeno sorriso a ela. 

  

~~~ 

  

Ele me olhava com as sobrancelhas franzidas e em sua boca estava evidente um pequeno bico. 

Permaneci estática vendo sua imagem encostada sobre a porta me impedindo de adentrar na casa. 

— Anda, (s/n)! Quero explicações. 

Suspirei pesado e abaixei meu tronco como reverência a ele. 

— Me desculpa, por ter saído sem me despedir e não ter atendido suas ligações. Só quero que saiba que eu não estava com cabeça para pra nada e... — Rapidamente fui interrompida por ele. 

— Não estava com cabeça nem pra me atender? Poxa eu fiquei bastante preocupado com você! O que custava ter atendido uma única ligação? 

Eu me sentia um lixo. Sempre maltratando a mim mesma e as pessoas que mais se importavam comigo. 

Crispei meus lábios impedindo que as lágrimas descessem e por um longo minuto permaneci calada naquela posição até o momento em que senti as mãos de Minseok me puxarem. 

Então ele pode ver o quão ridícula eu era. 

Fechei meus olhos deixando algumas lágrimas caírem enquanto meu corpo era envolvido em um abraço quente apertado. 

Ele era o oposto de Baekhyun, seus toques me traziam paz e eu me sentia mais leve por apenas inalar seu cheiro. 

— O que aconteceu? Por que está chorando? 

— Oppa, eu fui uma idiota! — Choraminguei sentindo meu peito doer. 

— Não fale isso. 

— Não, Minseok! Eu sou fraca, não consegui me afastar dele enquanto era cedo e o deixei me manipular esse tempo todo. Mas mesmo depois de tudo, eu ainda continuo amando aquele idiota... Eu te magoei, escolhi o Baekhyun ao invés de você. Por favor, me perdoe! — Minha voz saia embargada por conta do choro e eu apenas pronunciava as palavras que vinham em minha mente tirando o peso que permanecia em meu coração. 

Meus cabelos foram acariciados por uma de suas mãos e seu corpo me passou um calor tão bom, trazendo um conforto a mais como se nada pudesse me atingir. 

— (s/n)... — Disse calmo. — Quando fazemos escolhas nós podemos errar, e é com os erros que aprendemos a viver. Somos mudados por eles e consequentemente isso pode nos trazer coisas boas e ruins. Não se martirize por isso. — Beijou o topo de minha cabeça enquanto eu fungava. — Abra os olhos. 

Fiz exatamente o que ele me pediu, encontrando os seus, tão calmos e doces, mas que lá no fundo escondiam uma tristeza. 

— Minseok. — Murmurei antes de sentir minha mão ser puxada por ele que ia em direção ao seu quarto. 

Adentramos o local como sempre tão arrumado. Ele era assim, gosta de organização e se mostrava bastante responsável. 

Paramos em frente à cama e então fui novamente puxada pelo mais velho que nos fez cair encima do colchão enquanto soltava uma de suas risadas. 

Xiumin era tão fofo... 

— O que está fazendo? — Indaguei, fungando uma última vez para enfim acompanhando seu riso. 

— Não seria adequado ter uma conversa do tipo na frente de casa. 

— Então é mais adequado dentro do seu quarto e em cima da cama? — Olhei seu rosto e a expressão que ele fazia era cômica. 

— Fica quieta. — Resmungou me fazendo sorrir dele. 

Seus braços me envolveram novamente fazendo eu me aconchegar em seu peito. Aquilo me lembrou nosso passado. Sempre ficávamos assim, as vezes até dormíamos sobre os carinhos um do outro. 

— Me conte o que aconteceu. Sei que o Baekhyun fez algo, então, por favor, me diga. 

— Tudo bem... — Suspirei e senti suas mãos acariciarem minha pele. — Quando eu conheci o Baekhyun, ele era muito diferente, e agora parece que ele estava brincando comigo o tempo todo. 

— Se você quiser eu posso conversar com ele. — Mal terminou a frase e eu já o interrompi. 

— Não precisa! — Dei um risinho para disfarçar meu desespero, afinal não imaginava os dois conversando sobre o assunto, com certeza daria merda. — Sabe... Eu só queria esquecê-lo, mas sempre me vejo presa a ele, Oppa. 

— E o que você fez para isso acontecer? 

— Bem, eu estou ignorando ele. Depois que nós brigamos, Baekhyun me ligou algumas vezes e eu não o atendi e nem mesmo respondi suas mensagens. 

— Ele ainda continua querendo fazer contato com você? 

— Não, isso já tem quatro dias. — Disse pensativa. 

Me relembrei das ligações de Baekhyun depois de ter saído de sua casa. Por duas noites ele me infernizou com mais de quarenta ligações, uma atrás da outra. A cada chamada sentia meu peito doer por saber que era o homem que brincou com meus sentimentos por tanto tempo. 

— Acho que ele já deve ter partido para outra. — Sem querer deixei a tristeza transparecer em minha fala, tendo logo em seguida um abraço forte de Minseok. 

— E por que você não faz a mesma coisa? 

Levantei meu rosto e dei de cara com ele que me olhava profundamente. Talvez Xiumin estivesse falando de nós dois, e apenas pensar naquilo fez meu coração descompassar os batimentos. 

— Minseok... 

Ele se aproximou repentinamente de mim deixando nossos rostos a milímetros de distância. 

Podia sentir sua respiração tocar minha pele que esquentava a cada segundo. Era evidente que nós dois ainda não tínhamos resolvido o nosso termino e precisávamos pôr um fim naquilo tudo, ou quem sabe continuarmos de onde paramos. 

— Eu posso te ajudar com isso, mas você tem que tentar. — Seus olhos se fecharam e ele encostou nossas testas deixando um pequeno sorriso aparecer em seus lábios. 

Minha cabeça estava repleta de dúvidas, receios, medos e desejos. Não queria machuca-lo de novo e nem continuar a sofrer por Baekhyun, mas ter ele ali daquele jeito me fazia querer beija-lo, experimentar novamente o gosto de seus lábios que há tanto tempo eu não sentia. Eram tantas coisas que automaticamente eu me repreendia em minhas ações pelo simples fato de não querer errar de novo e tudo se repetir. 

— Eu não sei o que fazer. — Disse com a voz repleta de insegurança e cansaço. 

— Me fale o que você quer nesse exato momento. 

Enquanto ele falava minha atenção foi desviada para sua boca que se mexia vagarosamente me convidando para tocá-lo. 

— Eu quero... Te beijar. 

As palavras saíram tão baixas que se Xiumin estivesse a um metro de mim, talvez ele não escutasse. 

Eu havia confessado o que queria e um medo me veio em mente. 

— Não pense, apenas faça. — Sussurrou fazendo com que eu perdesse de vez a sanidade. 

Meus pensamentos se esvaíram e o peso que sentia em minhas costas desapareceu no momento em que toquei seus lábios. 

Seu gosto era doce e delicado assim como antigamente. 

Selei nossas bocas tão gentilmente, sendo retribuída por Minseok. Por longos minutos ficamos daquele jeito, trocando vários beijos como forma de acabar com a saudade, mas logo aquilo foi intensificado quando Minseok passou a língua no meu lábio inferior pedindo passagem para aprofundar o beijo, e é claro que eu cedi, afinal queria senti-lo até onde fosse possível. 

Explorei cada canto de sua boca, experimentando o gosto de sua saliva misturada com a minha. Minha mão se direcionou a sua nuca o puxando para mim e deixando tudo mais urgente. 

— Filho, você quer... — Escutamos o barulho da porta sendo aberta e a voz da sua mãe ecoou pelo quarto fazendo com que déssemos um pulo nos distanciando. — Oh meu deus, minhas preces foram atendidas! — Ela abriu um sorriso enorme para nós. 

— Omma! — Minseok reclamou com ela, sendo ignorado rapidamente. 

Há essa hora minha cara já estava mais vermelha do que uma pimenta. Cacei um buraco para me enfiar, mas infelizmente não achei. 

— Contem para a Omma, há quanto tempo vocês estão juntos? — Perguntou curiosa. 

— Não estamos juntos. — Sorri timidamente para ela, sendo logo acompanhada por Minseok. 

— Estamos resolvendo assuntos passados, Omma. 

— Ah! Me desculpem por ter atrapalhado então, mas saibam que eu apoio vocês dois! 

Ela saiu nos deixando atônitos em meio ao silêncio. Parei para pensar no que aconteceu e desabei em risos. Aquela situação foi realmente muito estranha. Fui acompanhada por Minseok que ria de forma tão adorável que dava vontade de apertá-lo. 

— Isso foi tão estranho! 

— Foi! 

Ele me olhou já calmo dando um sorriso de lado. 

— Sabe... Nós temos que resolver essa situação. Fico feliz que ainda possa ter a oportunidade de ficarmos juntos novamente, mas quero que saiba que eu sei que você ainda o ama. — Suspirei ao vê-lo falar aquilo tão calmamente. 

— Eu não quero te machucar, Minseok. 

— E nem vai. Eu sei o que estou fazendo, não é como se nós estivéssemos juntos. Você é livre para amar qualquer pessoa, assim como eu. 

— Sim... 

— Você ainda pensa em ficar com ele? 

— Eu quero ficar com ele, mas não do jeito que está. Não tenho nenhuma autoridade no nosso relacionamento e isso faz com que ele tenha essas atitudes idiotas. Eu fiz um juramento para mim mesma naquele dia e nunca mais permitirei que ele brinque com os meus sentimentos, nem que me deixe vulnerável ou impotente. Não quero mais ser uma submissa. 

— Então não seja! Nós homens gostamos de controlar as mulheres, mas encontrar uma que saiba nos controlar, nos faz ficar loucos. 

Ele deu um sorriso pervertido para mim e eu o devolvi, mas logo começamos a rir novamente. 

  

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— Se soubesse que você iria demorar tanto assim, eu teria dormido mais! 

— Não enche Minseok, eu já estou indo! — Disse em um tom maior para que o mais velho pudesse ouvir. 

Ele me esperava do lado de fora para que pudéssemos ir à festa da Karin. Já havíamos resolvido o nosso problema dias atrás e cada vez mais eu me sentia melhor, mais forte e capaz de mostra a certas pessoas que eu não sou uma qualquer que gosta de ser feita de trouxa. 

— Pronto, não precisa morrer por causa de cinco minutos. — Disse passando pela porta e o encontrando encostado no carro. 

Ele estava lindo como sempre, não pude deixar de sorrir ao vê-lo. 

— Por que está tão produzida assim? Sua Omma sabe que você vai para festas com vestidos tão curtos? — Perguntou incrédulo. 

— Se você está me elogiando, então obrigado! E não ela não sabe, até porque eu não ando de vestidos curtos. — Andei em sua direção parando próximo a ele. 

— Esse ai é curto. Vamos, te dou dez minutos para por outro. — Fez bico para mim tentando ser autoritário. 

Sinceramente aquele vestido não era tão curto assim, ele só era um pouco justo. 

— Nem pensar. Vamos, estamos atrasados, Oppa! E para de fazer bico se não eu arranho a tua cara. 

Ele fez uma careta e eu gargalhei de tudo aquilo. 

— Você é muito chata. 

— E você é muito fofo... — Disse em um tom irônico, mas era verdade. 

Minseok suspirou e então fez sinal para eu entrasse no carro. 

— O que? Não vai abria a porta pra mim? 

— Entra logo se não eu te deixo aqui. Ai não vai você e nem o vestido. 

Segurei o riso e entrei no carro sendo acompanhado por ele. Passamos o caminho todo em silêncio e não demorou muito para que chegássemos a tal festa. Antes de sair Minseok me segurou fazendo com que eu o olhasse. 

— Me desculpe, você está linda... 

Sorri com o seu ato enquanto sentia minhas bochechas esquentarem levemente. 

— Obrigada. — Sussurrei e dei um pequeno selinho nele, que logo balançou a cabeça negativamente sorrindo torto. 

Encontramos muitos amigos nossos na festa, pessoas da escola que já conheciam Minseok do tempo que ele ainda estudava lá. Permaneci sempre ao lado dele, e todos que vinham nos cumprimentar perguntavam se tínhamos voltado a namorar, confesso até que me sentia um pouco envergonhada por conta disso. 

Já tinham se passado mais de duas horas e a festa estava bastante animada. Depois de alguns goles de uma bebida aleatória, Minseok encheu meu saco, e eu tive que beber escondida, mas mesmo assim ele percebeu que eu havia bebido sem sua permissão. 

Já me sentia bastante alegre enquanto dançava com o Baozi uma música bastante quente. Ele dançava tão bem deixando tudo mais interessante. 

Escutei seu sorriso em meu ouvido e me virei de costas pra ele, colando nossos corpos que se moviam de acordo com a música. Minha cintura era segurada por uma de suas mãos, juntando ainda mais nossos corpos. Eu realmente estava feliz, mas tudo aquilo se foi quando eu encontrei aqueles olhos. 

Baekhyun. 

Ele me olhava estático há uns cinco metros de distância de nós. Sua face me revelava uma expressão a qual nunca havia visto nele. Não sabia dizer ao certo, talvez fosse uma mistura de raiva e dor, mas o fato é que eu gostei de ver aquilo e queria mais. 

Eu faria de tudo para ver Byun Baekhyun com aquela expressão novamente.