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História I m a g i n e - BTS - One-Shot - Min Yoongi


Escrita por: _Serendipity

Notas do Autor


Stephane...espero que goste *^*
Boa leitura! ^^

Capítulo 1 - One-Shot - Min Yoongi


Fanfic / Fanfiction I m a g i n e - BTS - One-Shot - Min Yoongi

S/N Pov's On

Encontrava-me em um tipo de café que ficava próximo a minha casa. Eu tentava me concentrar na leitura do conteúdo que eu sabia que iria cair na prova que eu teria em uma semana, mas por mais que aquilo fosse de extrema importância, eu simplesmente não conseguia me focar. Olhei ao redor novamente, observando com um sorriso idiota tudo aquilo, que era tão novo pra mim. As pessoas também acabavam por me encarar de volta (sendo brasileira eu não era o tipo mais comum por lá).

Havia me mudado fazia pouco tempo pra Coréia do Sul, intercâmbio e tal. Sempre fui fascinada por esse lugar, sua cultura e tudo mais, e quando soube que teria a chance de estudar e morar aqui, quase morri. Tudo ainda parecia surreal, bom demais pra ser verdade.

Suspirei, ainda sorrindo bobamente, e tentei me concentrar de verdade nos textos. E já estava conseguindo, mas parece que o destino realmente não queria que eu estudasse, porque no exato instante que eu me preparava para passar a página, um ser surgido do além, de origem ainda não identificada, sentou bem a minha frente e quase me fazer derrubar o café que eu bebia, sobre mim.

Aconteceu tão rápido que eu ainda tentava entender o que exatamente estava acontecendo ali. Continuava a encarar a criatura, meio trêmula, assustada e como os olhos levemente arregalados.

E era como se minha presença ali não fizesse a menor diferença, pra falar a verdade ele parecia nem ter me notado. Estava meio encolhido, olhando um lado a outro, como se estivesse escondendo-se de algo ou alguém.

Foi quando ele finalmente me notou. A princípio se assustou um pouco (meio irônico, não?), depois pareceu confuso, até que finalmente resolveu falar algo.

- Quem...? – Se interrompeu no meio da própria frase. – Desculpe.

Apenas assenti lentamente, ainda processando tudo.

- Hm... quem é você mesmo? O que quer? Se tentar me atacar eu juro que grito... – Despejei de uma vez nele assim que finalmente consegui, levantando as mãos que estava sobre a mesa, até junto do meu corpo, na defensiva.

- Ahn? - Me encarou, sem entender. - Não, não. Eu só estou me escondendo. - Revirou os olhos, se apoiando na mesa, quase deitado totalmente sobre ela. Estranhei, mas também não falei nada, no mínimo aquele cara era um doido.

- Se escondendo? De quem? - Acho que eu era mais doida que ele por continuar ali e ainda puxar conversa.

Paparazzis. - Murmurou, casualmente.

-... Paparazzis? - Repeti o que ele tinha dito. Ok, o cara era doido mesmo.

- Sim, paparazzis. É surda ou só gosta de ficar repetindo os outros? - Levantou a cabeça, tirando o óculos de sol e abaixando um pouco a máscara que cobria apenas metade de seu rosto.

Já estava me preparando pra retrucar sua patada, com a resposta na ponta da língua. Mas o fato de ter tido um mini-infarto nos momentos que se seguiram me petrificou e eu só consegui arregalar ainda mais os olhos. Por sorte estávamos numa parte mais afastada do local.

- S-s-s-su...! - Fui interrompida novamente, mas dessa vez ele fez questão de tapar minha boca com a mão. Deus!

- Shhhh! - Fez uma careta, olhando para os lados, provavelmente com receio de que alguém tivesse me escutado. - Ótimo, fã louca... - Suspirou, bagunçando os cabelos, parecia meio irritado com algo, não necessariamente comigo (até porque não fiz nada).

- Primeiro... sou fã sim, mas não louca. Eu sei me controlar, não se preocupe... - Fechei meu livro, visto que de qualquer forma eu não conseguiria mais estudar. No momento toda o meu foco estava em tentar não ter um surto ali mesmo. - E segundo, eu... o que está fazendo? - Me assustei um pouco quando e puxou a cadeira para o meu lado e pegou o cardápio sobre a mesa, colocando na frente dos nossos rostos, de modo que não nos vissem.

- Eles não me deixam em paz, um dia livre que tenho e não posso aproveitar. - Suspirou, bagunçando os cabelos

- E não tem como se esconder ou algo assim? - Indaguei.

- O que acha que eu estou tentando fazer? Ele sconhecem todos os lugares onde costumo ir, me achariam de qualquer forma. - Me encarou, entediado, e eu tive de literalmente morder a língua para não retrucar.

- Olha, só estou tentando ser gentil, guarde sua ignorância pra você. - Suspirei, levantando. - Agora põe de volta o óculos e a máscara, vem comigo. - Peguei minha carteira, tirando o dinheiro e colocando sobre a mesa.

Ele incrivelmente fez o que pediu e também levantou.

- Como posso saber que não quer me sequestrar ou algo assim? - Me olhou, desconfiado.

- Mesmo que fosse, você pode comigo... ou não se garante? - Ri e ele revirou os olhos.

E assim, saímos da cafeteria, tentando ser os mais discretos possíveis, em direção ao meu apê (que por sinal não era muito longe dali), chegando no mesmo um poucos minutos depois.

Adentrei o local e deixei espaço pra ele fazer o mesmo.

- Fica a vontade, não repara na bagunça. - Comentei, seguindo a cozinha, enquanto ele observava o local.

- Hm... isso pode não ser muito bem visto aos olhos das outras pessoas, sabia?

- Ah, sabia. - Sorri, ao voltar. - Mas eu realmente não ligo muito... enfim, fica a vontade pra relaxar e fazer... o que você quer fazer sem se preocupar com os ''abutres''. - Fiz aspas no ar.

- ...Obrigado.

Apenas sorri e assenti. Essa era a coisa mais estranha que já tinha me acontecido, e ainda tenho a impressão de estar sonhando.

 

[...]

 

Alguns meses tinham se passado desde aquele incidente inesperado. E quem diria que um dia eu poderia dizer que sou amiga de Min Yoongi? Eu teria rido na cara da pessoa que me falasse isso há um tempo atrás. 

- Já vai, já vai. - A campainha tocava mais um vez e eu corri pra atender, já sabendo de quem vinha toda aquela impaciência.

- Demorou, hein? - Bufou assim que abri a porta, soprando a franja que teimava em cair em seu olho.

- Não seja dramático. - Revirei os olhos, sorrindo e lhe deixando entrar.

E devo dizer que ele não era exatamente como eu havia imaginado. Não era aquele ser inalcançável e impossível que aparentava ser. Ele simplesmente era... real. Mesmo com o jeito bruto de ser, conseguia ser atencioso. Possuía problemas com todo mundo. Sentia dor, tristeza, cansaço e chorava. Mas também ria e não era totalmente sério o tempo todo.

 E já havia virado um hábito, desde que nos conhecemos, nos encontrarmos ocasionalmente no apartamento (o que não eram muitas vezes, já que ele tinha ensaios, shows e uma porrada de tarefas incessantes, e eu a minha faculdade, que estava me consumindo mais que eu pensei) fosse pra jantar, jogar algo, conversar ou simplesmente reclamar dos problemas da vida.

- Hm, não revire os pra mim, é um pouco grosseiro. - Sorriu, com ironia, se jogando no sofá e já deitando.

- ... - Parei e olhei com uma sobrancelha arqueada. - Sei, ainda bem que me avisou. O que seria de mim sem seus conselhos. - Ri e segui a pequena cozinha do local.

Fiquei bastante animada e feliz quando recebi uma mensagem dele dizendo que teria uma folga. Em parte porque queria vê-lo, e na outra porque sabia que ele estava sobrecarregado nos últimos dias. Seria bom pra ele ter uma folguinha.

Peguei as últimas coisas que haviam pra levar a sala de jantar e as ajeitei sobre a mesa, indo chama-lo.

- Ei, Yoon... - Parei atrás do sofá, o olhando. - ... - Sorri minimamente, o observando dormir profundamente. Com uma mão apoiada no peito e a outra sobre o rosto. Estava tão fofinho... nem parecia o cavalo que vivia me dar coices. 

Ri baixo e segui ao me quarto, voltando em seguida um cobertor nos braços. Me aproximei dele e  cobri, com cuidado pra não acordá-lo. Me afastei um pouco e novamente o observei... que homem!

Corei levemente com esse pensamento e logo tratei de ir comer algo, enquanto me repreendia mentalmente. Pensamentos puros S/N, pensamentos puros.

 

[...]

 

Nem sei que horas eram aquelas, mas Suga continuava a dormir no sofá. Enquanto isso, me encontrava deitada no chão, com as costas e a cabeça apoiadas numa almofada, e os pés no sofá, perto dos dele. Estava concentrada a trocar mensagens com minha amiga de faculdade, quando de súbito ele sentou no sofá, ofegante e assustado.

- E-ei, calma... - Deixei o celular de lado no mesmo instante e sentei ao seu lado, o abraçando. Ele, ao contrário do que pensei, me abraçou de volta, apertado, sussurrando coisas que não entendi muito bem. - Calma, está tudo bem, foi um pesadelo, está tudo bem... - Sussurrei, tentando acalma-lo, mesmo que eu mesma não estivesse calma.

Ficamos uns bons longos minutos, ou apenas o que pareceram longos minutos, daquele jeito. Eu fazia carinho em seus cabelos e aos poucos ele ia se acalmando. E quando já não ofegava mais, se afastou um pouco, de cabeça baixa, encarando seu colo.

- Ei... - Eu o olhava. - Está mais calmo? - O observei assentir e suspirei. - Yoongi.. - Chamei e ele me encarou. - Está tomando seus remédios direito? 

- Eu... - Desviou o olhar. - Acabei esquecendo... e não preciso mais deles.

- Esqueceu? - Respirei fundo. - Não pode esquecer, Yoongi. E claro que precisa, sabe que fica tendo esses pesadelos quando não toma seus anti-depressivos. - Tentei me conter.

- Hm...

Suspirei e levantei, seguindo a cozinha e voltando minutos depois, com um copo de água um comprimido a ele, que não relutou em pegar e o tomar.

- Nunca mais faça isso, ok? - O olhei. - Eu sei que não gosta nem do remédio e muito menos do sermão. Mas precisa dos dois.

- Deu pra bancar minha mãe agora, é?

- Bom, se você age como criança que escolha eu tenho? - Voltei a sentar ao seu lado. - Eu me preocupo com você, ok? E está se esforçando demais, passando do seu limite. Está esquecendo de cuidar de si próprio e eu não quero isso, está me entendendo? 

- ... - Ele novamente não disse nada apenas assentiu, embora agora me olhasse.

- Idiota... - O puxei de volta pra um abraço, que ele correspondeu sem jeito. - Estou com você, ouviu? Nem pense que vai ficar guardando as coisas pra você...

- ... - Senti ele sorrir minimamente no meu ombro. - Boba, não pode chorar com tudo, eu não morri nem nada assim...

- Sei... - Me afastei, socando de leve seu ombro. - No momento estou irritada com você, não banque o engraçadinho. 

- Pff, como se conseguisse ficar com raiva de mim. - Sorriu de canto.

- Não duvide das minhas capacidades. - Revirei os olhos. - Agora vai comer um pouco, ande, vamos. - O empurrei em direção a cozinha.

Esse idiota... odiava o fato dele ter razão.

 

[...]

 

- Pra onde está me levando mesmo? - No momento estou sendo guiada, já que estava com os olhos fechados, a pedido do outro.

Estávamos em outro dia raro de ''folga'' dos dois, mais precisamente quase noite no caso. E o Yoongi disse que queria me mostrar algo, uma surpresa. 

- Já é a quinta vez pergunta isso. - Tive a impressão de que ele estava revirando os olhos. - Estamos quase chegando, não confia em mim?

- Confio, claro... de olhos abertos e sabendo pra onde está me levando - Sorri, em parte brincando.

- Garota esperta. - Riu baixo, logo parando.

- Chegamos? - Indaguei. 

- Sim, pode abrir os olhos. - Indicou e assim eu o fiz, olhando ele primeiramente e em seguida ao meu redor.

Acho que estávamos em um parque, já que era um área ''verde''. Ao nosso redor haviam várias fileiras de enormes cerejeiras, todas floridas. E bem ao lado de onde ele estava parado, bem abaixo de uma das árvores (que só pra especificar estava toda ''enfeitada'' com aquelas luzes de natal, não coloridas claro, mas sim brancas. O que dava uma luminosidade muito linda ao local) havia um toalha de pique-nique estendida no chão, com um uma cesta de lado e diversos tipo de comidas posicionadas sobre a mesma.

- Y-yoongi... - Foi a única coisa que consegui dizer, já que ainda estava boquiaberta e encantada com o local.

- Eu sou demais? É, eu sei. - Sorriu de canto, convencido. E quando olhei, apenas ri.

- Ok, dessa vez eu concordo com você... mas não vai se acostumando. - Sorri e ele me guiou até sentar ao seu lado sobre a toalha.

Logo ele começou a me servir e a si próprio, para em seguida começarmos a comer.

- Então... isso tudo é pra que mesmo? Não me leve a mal, eu adorei.  Mas... sejamos sinceros, você não é disso. E parece ter dado um trabalhão. - O encarei, enquanto comia.

- Realmente... deu mesmo. Mas tive ajuda de uns amigos, se quer saber. - Deu ombros. - E bom... acho que não tem um motivo específico. Eu só... nós sempre nos reunimos na sua casa, você cozinha, 'cuida' de mim e tudo mais... acho que já estava na minha vez. Ao menos um pouco... acho que isso. - Coçou a nuca, meio sem jeito.

- Awwnt, não é que você sabe ser fofo? - Ri. - Aliás, isso está ótimo.

- Eu sei, tenho meus dons na cozinha. - Sorriu, já tendo terminado o seu, afastando os pratos para o lado e engatinhando até mim, deitando a cabeça em meu colo. 

- Nada folgado você, hein? - Balancei a cabeça em negativa.

- Shhh, estou cansado, ok? - Revirou os olhos, erguendo a mão e pegando um dos meus cachos, enrolando-o nos dedos, o que tinha virado meio que um hábito seu. 

Ficamos em silêncio por um tempinho.

- Gosto do seu cabelo. - Comentou, do nada, me olhando nos olhos.

- Obrigada. - Sorri de volta, passando a fazer o mesmo no cabelo dele.

- Hm... S/N? - Chamou, me fazendo o olhar novamente.

- Sim...?

Ele não respondeu, apenas puxou meu rosto pra baixo, me beijando.

A principio não tive outra reação se não arfar surpresa, arregalando os olhos. Essa criatura pretende me matar, só pode.

Ele se afastou um pouco, ainda a segurar meu rosto e de olhos fechados.

- Sabe... um beijo funciona melhor quando a outra parte corresponde. - Sussurrou.

- N-não me diga, Sherlock. - Murmurei, tentando me manter firme. 

Respirei fundo, inclinando o rosto mais pra frente e lhe beijando, embora naquele posição ficasse um pouco complicado.

Acho que ele se tocou disso, porque se afastou novamente, o suficiente pra me 'derrubar' com cuidado e se colocar por cima de mim, voltando a me beijar, de vez com mais intensidade. Tentei corresponder da mesma forma, tocando seu rosto enquanto sentia ele aperta minha cintura.

Após um minutos naquilo, fomos nos afastando aos poucos, com breves selinhos, meio ofegantes.

- H-hm... i-isso... - Tentei formular uma frase concreta e com sentido, ainda meio entorpecida.

- Acho que já percebeu o que está rolando aqui, né? Espero que sim, não to afim de explicar. - Ainda com o rosto pertinho do meu, continuava a sussurrar, e embora a frase parecesse rude, seu tom era calmo e até... carinhoso? Talvez.

- Você é muito grosso as vezes, sinceramente... - Comentei, o olhando.

- Pois é. Mas não venha reclamar, se me conquistou, vai ter que aguentar... - Me deu um selinho.

- Meigo como um tijolo... - Comentei, balançando a cabeça em negativa, enlaçando seu pescoço.

- .... - Sorriu de canto, voltando a me beijar.

E naquele momento palavras não eram necessárias. Porque mesmo depois de pouco tempo, já havíamos compartilhados coisas toda uma vida, e isso fez com que nos conhecêssemos tão bem, que sabíamos muito bem o que outro estava sentindo.


Notas Finais


Aos que tiveram paciência pra ler...obrigado e espero que tenha gostado *^*


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