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História I m a g i n e - BTS - One-Shot - Park Jimin


Escrita por: _Serendipity

Notas do Autor


Dedicado as meninas incríveis que já sofreram/estão sofrendo por um crush cafajeste e que não vale nada. Lembrem-se, pode existir um Jimin bem ao seu lado e você só não percebeu.
Boa leitura!

Capítulo 2 - One-Shot - Park Jimin


Fanfic / Fanfiction I m a g i n e - BTS - One-Shot - Park Jimin

S/N Pov's On

Andava apressada pelos corredores da enorme escola, vagando sem rumo e tentando conter as lágrimas que teimavam em querer sair sem meu consentimento.

O que tinha acabado de acontecer comigo tinha partido meu coração de tantas formas e em tantos pedaços que eu nem podia descrever, só sabia que doía e doía muito.

Como podia ter sido tão idiota? Como realmente achei que as coisas dariam certo pra mim depois de tudo o que já aconteceu comigo? Quer dizer, as pessoas aprendem com as experiências, né? Mas não, eu tinha realmente quer ser trouxa e mais uma vez acreditar em quem não deve. Parabéns S/N, você é muito sábia.

Sem nem me dar conta de pra onde estava indo, apenas entrei na primeira sala que me apareceu, fechando a porta e sentando direto no cantinho do que só então percebi ser a sala de música. 

Escorreguei pela parede, finalmente deixando que as lágrimas corressem soltas pelo meu rosto, e enquanto isso minha mente vagava até o que tinha acontecido a poucos minutos atrás.

 

Flashback On

 

Sorria como uma boba enquanto caminhava em direção a escola. Não estava com muita pressa, na verdade era mais ansiedade e até um pouco de medo, daquele tipo que causava um friozinho na barriga. As típicas "borboletas no estômago".    

E isso tudo porque hoje eu finalmente eu iria me declarar para o menino que eu gosto. Senti um arrepio só de pensar nisso e sorri minimamente, apertando meu caderno contra o peito.

Eu sei, pode parecer bobagem, algo que não vai afetar a vida de ninguém e blá, blá, blá. Mas pra mim... aquilo era extremamente importante, algo que estava me consumindo diariamente e eu realmente precisava colocar pra fora, antes que enlouquecesse de vez. E foi assim que decidi me declarar. 

Já gostava dele há uns três anos mais ou menos, desde o fundamental. Não éramos exatamente os mais próximos do mundo, mas nos falávamos vez ou outra, e em todas elas ele era atencioso comigo. Ele fazia o tipo atleta bad boy do sorriso perfeito que fazia qualquer uma se derreter. E todos os dias o vendo, sem poder me aproximar... aquilo era torturante. 

- S/N? - Escutei meu nome se chamado e logo despertei dos meus devaneios, focando na pessoa que me chamava. Era Park Jimin, meu melhor amigo. E pelo seu tom não era a primeira vez que me chamava.

- Ahn? - Pisquei rapidamente. - Ah, oi Jiminie. -  Sorri, o chamando pelo seu apelido. - Desculpe, estava meio distraída... - Acabei por enlaçar o braço no dele, apoiando a cabeça em seu ombro, enquanto entrávamos na escola.

- Percebi... - Comentou, sorrindo minimamente. - No que tanto pensa, hein? - Me olhou curioso, caminhando junto a mim pelos corredores.

- Hm... - Parei junto a ele em frente ao meu armário. Olhei ao redor, para checar se não havia ninguém, e quando vi que era "seguro" foquei o olhar nele. - É hoje, Jimin. - Sorri sapeca, ainda que não estivesse totalmente confiante, abrindo o armário e pegando algumas coisas para a aula.

- Hoje? O que tem hoje? - Inclinou a cabeça para o lado, confuso. - Fale de uma vez, está me deixando curioso. - Fez bico, me sacudindo de leve pelos ombros, impaciente.

Ri daquilo, às vezes o Jimin era muito criança, e eu achava esse seu jeito extremamanete fofo. Na verdade tudo nele era fofo. A aparência, personalidade, sorriso... enfim, tudo.

Ele foi tão simpático comigo quando nos conhecemos, que acabamos por ficar amigos rapidamente. A melhor amizade que uma pessoa poderia querer, sem dúvida alguma.

- Assim me derruba, Jiminie. - O imitei ao encher as bochechas de ar, consequentemente também fazendo um bico. E apertando suas bochechas, o fiz largar meus ombros e me encarar, tendo os cantos do rosto sendo puxados, parecendo meio perdido. - Bom menino. - Sorri, batendo de leve em seu cabeça, erguendo bastante o braço pra isso. 

Apesar de não ser tão alto como a maioria dos meninos da escola, ele ainda conseguia ser bem mais alto que eu.

- Não sou cachorro. - Revirou os olhos. - E está me enrolando, fala logo.

- Certo, certo. Calma. - Sorri, meio boba e fiz uma pausa dramática antes de continuar. - Vou falar com ele hoje, Jimin. Já me decidi.

- ... - Me encarou, piscando rapidamente ao ''processar'' a informação. - Oi?

Como melhor amigo e confidente, ele era o único que sabia da minha paixão. Era ele quem sempre me aconselhava naquele tipo de situação.

- Eu... eu vou me declarar, Jimin... - O olhei, me tocando no instante seguinte que ele não ia muito com a cara do meu "senpai". - Oh...

- S/N... - Falou meu nome, em tom de repreensão. - Sabe que não gosto desse cara, não te quero envolvida com ele, vai se machucar...

- E-eu sei disso, Jimin. - Suspirei. - Eu só... não aguento mais guardar isso comigo. Preciso contar pra ele e... e saber sua resposta, por mais que seja um não, eu... preciso saber.

- S/N... 

- Já me decidi, Jimin. Por que não pode me apoiar? Acha que eu já não pensei no que pode acontecer? Em todas as consequências? - Fechei o armário com um pouco de força, o olhando. - Eu tenho me preparado a noite toda, ensaiando o que vou dizer, e tive de me encher de muita coragem pra levantar hoje e vir a escola... eu só queria o seu apoio nisso.

- S/N, não é que eu não te apoie... só... não vejo futuro nisso...

- ... não vê futuro nisso? - O encarei, incrédula. - Acha que não sou o bastante pra ele, é isso? Que não estou à sua altura? Que ele não pode gostar de mim? Só porque não estou na droga desse padrão estúpido coreano?! - Acabei por me exaltar um pouco ao final da frase, tendo de respirar fundo para me recompor.

Não era segredo pra ninguém que eu não era como as outras garotas daqui, sempre fui diferente e no início isso me incomodava muito, eu era zoada constantemente e as pessoas me olhavam torto. Como se eu fosse de outro mundo, só por não ser igual as demais.

- S/N, não foi isso que eu quis dizer, eu-

- Não, tudo bem. Entendi perfeitamente bem o que quis dizer. - O encarei mais uma vez, antes de sair dali o mais rápido possível, sem dar a ele a chance de falar qualquer coisa.

Não posso acreditar nisso... logo a pessoa em quem mais confio me diz algo assim, a pessoa que sabe como já sofri com isso... não pensei que fosse doer tanto.

Respirei fundo, tentando não focar naquilo. Agora não era hora pra isso.

Rapidamente entrei na sala e sentei em meu lugar, próximo a janela, tentando prestar atenção na aula.

 

...

 

Quando finalmente o sinal tocou anunciando o final do dia letivo, levantei e segui apressada pra fora da sala. Conhecia bem a rotina do meu senpai (não que eu seja uma stalker lunática, sou apenas observadora), sabia que agora ele estaria na sala onde a aula de artes plásticas e foi para onde eu me encaminhei.

Confesso que toda a minha força de vontade estava diminuindo aos poucos, à medida que me aproximava da sala em questão. Principalmente ao lembrar do que Jimin disse... Respirei fundo, deixando aquilo de lado antes que perdesse a coragem de vez.

Ao avistar a sala, quase corri até a mesma. Os corredores estavam bem vazios, provavelmente todos os alunos já estavam indo pra casa. Torcia pra que ele ainda não tivesse ido.

Abri a porta e para a minha sorte ele estava ali, terminando de guardar umas coisas em sua pasta, pelo que pude notar. Respirei fundo e me aproximei de sua mesa.

- Hm.... - Me pus a sua frente, sem saber exatamente como começar aquilo. Quando ele percebeu, me olhou sem entender.

- Posso ajudar? - Me olhou de cima a baixo, o que me fez me encolher um pouco, meio incomodada com aquele tipo de olhar. 

- Eu... - Respirei fundo. - Sei que não somos muito próximos, mas... eu preciso falar antes que perca a coragem. Então lá vai... - Mordi o lábio. - J-já faz um tempinho que eu... que eu gosto de você... - Provavelmente estava completamente vermelha, e sentia minhas mãos suadas. 

Estava a ponto de surtar, não acredito que realmente consegui colocar isso pra fora!!

- Ah... - Abriu e fechou a boca, provavelmente sem saber o que dizer. E foi nesse momento que  percebei como soei ridícula.

- E-eu... só diz alguma coisa, por favor. - Murmurei.

- Hm... obrigado? - Fez uma careta. - Olha, não me leva a mal... mas não te vejo dessa forma. - Seu rosto estava inexpressivo quando disse isso, como se já tivesse repetido aquilo várias e várias vezes, para várias garotas diferentes. E parando para pensar bem, não duvidava daquilo... - Digamos que... você está fora dos meu padrões. - Sorriu de canto, e pela primeira vez notei como aquele sorriso que eu antes achava perfeito, na verdade era cafajeste e cheio de malícia, daquele tipo de malícia que machucava e ofendia as pessoas.

- H-hm... - Engoli em seco, sentindo meu olhos marejarem.

- Ei... olha.. - Se aproximou, olhando ao redor e em seguida para mim, tocando meu queixo com a ponta do dedos. - Se quiser posso dar o que quer, desde que ninguém saiba claro... - Falou baixinho, realmente como se estive contando um segredo. - Ficaria feliz com isso? - Sorriu sacana.

O olhei, realmente sem acreditar naquilo. Por reflexo, dei um tapa em sua mão, a afastando pra longe de mim e rapidamente corri pra fora daquele lugar. Sentindo um misto de raiva, vergonha e humilhação.

 

Flahback off

 

Funguei pelo que parecia ser a quinquagésima vez, felizmente já tendo parado de chorar a um tempinho.

Encarei meus joelhos que estavam erguidos a minha frente, suspirando. Já fazia um bom tempo que eu estava aqui e provavelmente a maioria dos alunos já havia ido embora. Levantei sem muito ânimo e bati a poeira da minha saia, também decidindo fazer o mesmo. 

Caminhei pra fora dali e peguei minhas coisas antes de sair da escola. E embora o céu estivesse bem nublado, eu tinha quase certeza de que já estava quase escurecendo.

Apressei o passo no intuito de chegar antes de que começasse a chover. Mas parecia realmente que hoje não era o meu dia, pois foi só pensar nisso que comecei a sentir os primeiro pingos de chuva caírem em mim.

Maldita hora em que resolvi voltar a pé.

Acelerei ainda mais, quase correndo, enquanto sentia a água escorrer sobre mim, me ensopando toda aos poucos. Quando cheguei em casa minha mãe quase teve um troço ao me ver naquele estado e me mandou direto para o banho, já prevendo um resfriado ou algo do tipo.

Não a questionei e aproveitei para avisa-la que  que não desceria para jantar, que iria deitar um pouco pois não estava me sentindo muito bem (o que não era totalmente mentira). Ao receber seu consentimento, subi as escadas e fui direto ao banheiro, me despindo mais que rápido e entrando direto debaixo da água quente.

Quando terminei, segui de volta ao quarto, me troquei e já fui logo me jogando na cama.

Me encolhi em posição fetal, abraçada a meu gato de pelúcia, item que  ganhando do Jimin há um tempo atrás, numa daquela barracas de prêmios de parque de diversões.

Jimin...

Suspirei, apertando ainda mais o gato contra meu peito. Fui dura demais com ele, ele só quis me alertar e no final estava certo. Agora posso ter perdido sua amizade por conta de uma paixonite idiota por um cara mais idiota ainda.

Fechei os olhos com força. 

Talvez eu mereça o que está acontecendo, talvez com essa eu aprenda. Só espero que o Jimin esteja bem, não quero ver ele mal com isso.

Hm... eu sou a pior pessoa do mundo. Aposto que ele nunca mais vai querer olhar na minha cara. E eu não o culparia se caso fizesse isso.

 

...

 

Tinham se passado umas duas semanas desde  aquele dia. Infelizmente, ou felizmente, por causa da chuva que levei, acabei pegando um forte resfriado, bem como minha mãe tinha profetizado (mães sendo mães).

No momento estava encolhida debaixo das cobertas, me sentindo mole e sem qualquer disposição para nada. O lado bom de se estar doente, é que você não precisa ir a escola, e isso era algo que com certeza eu não queria fazer tão cedo.

Não só por causa daquele idiota, era mais por causa do Jimin. Desde então tinha ignorado todas as mensagens e ligações dele, e toda vez que ele vinha eu mandava minha mãe dizer que estava dormindo. Não sei se tinha mais coragem de olhar em sua cara depois do que aconteceu.

Suspirei ao ouvir a campainha tocar. Era fim de tarde de um sábado. Meus pais tinham ido visitar uma das minhas tias que tinha acabado de ter um bebê, e como estou doente não pude ir, mas garanti a eles que ficaria bem.

Embora que se eu soubesse que alguém viria aqui hoje, teria pedido para eles ficarem. Não estava com a menor vontade de ir atender. Então resolvi me encolher mais e continuar em silêncio, talvez a pessoa se tocasse e fosse embora.

Eu sei que parece maldade, mas o que posso fazer? E de qualquer forma, não foi o que aconteceu, já que a campainha continuou a tocar incessantemente.

Suspirei novamente, tendo sido "derrotada", e então levantei, jogando o cobertor sobre meus ombros enquanto descia as escadas mais lentamente que uma tartaruga na terra.

- Já vai! - Caminhei até a porta e assim que abri a mesma, levei um susto. - J-jimin?

- S/N, oi... - Sorriu minimamente, realmente parecendo feliz em me ver. - Deus, você está péssima...

- Ah, obrigada. - Fiz uma careta. - Você também não está em seu melhor estado..  - O analisei. Ele parecia cansado, isso era evidente pelas suas olheiras. Sem falar que além disso, ele estava com um corte bem feio no lábio. - O que houve? Andou brigando?

- Eu... hm, não vem ao caso no momento... Posso entrar?

- Ah, claro, claro... - Suspirei, dando espaço para que ele o fizesse. Subitamente me lembrando do porque de o estar evitando. 

- Podemos conversar? - Me olhou, assim que entrou.

Eu assenti e indiquei o caminho das escadas para ele, subindo as mesmas e seguindo ao meu quarto com o mesmo em meu encalço. Definitivamente eu precisava deitar.

Ao chegarmos, subi na cama e engatinhei na mesma, me aconchegando enquanto o observava puxar a cadeira da minha escrivaninha e sentar ao meu lado.

- Eu... me desculpe Jimin. - Falei por fim, embora encarasse minhas mãos que apertavam o cobertor que estava ao meu redor.

- ....como? - Perguntou, num tom confuso, e isso me fez levantar o olhar para observá-lo.

- Me desculpe... por aquele dia, pelo jeito como  tratei. Eu sei que só queria me proteger, só... me desculpe. - Voltei a desviar o olhar.

- ...acha que estou com raiva de você? - Ele perguntou e eu apenas assenti, sentindo vergonha do meu comportamento. - E eu achando que você estava com raiva de mim.

- Ahn? - O olhei. Dessa vez eu quem estava confusa. - Por que eu estaria com raiva de você?

- Bom, você parecia zangada... e acho que realmente te dei motivos pra isso. - Suspirou, apoiando no encosto da cadeira. - Sinto muito, estava com tanto medo de que ele te machucasse, que no final eu quem te machuquei.

- Na verdade... estava certo sobre ele, então acho que mereci. E-eu...

- Ei, não diga isso nunca mais. Ninguém merece o jeito como aquele mané te tratou, ouviu?

- Hm... e-eu... espera. Como sabe o jeito que ele me tratou?

- ... - Suspirou. - Eu estava com os caras jogando basquete, ele chegou junto, e começou a contar o que tinha acontecido.

- ... - Abri a boca. - Eu... eu não acredito que ele fez isso... - Voltei a me cobrir inteira, envergonhada demais para olha-lo.

- S/N... - Senti um peso afundar um pouco o lado da cama e em seguida uma mão puxar lentamente o cobertor para baixo, descobrindo meu rosto, que estava vermelho tanto pela febre, quanto pela vergonha. - Não liga pra ele. Aquele idiota não sabe o que diz e você com certeza merece coisa melhor.

- H-hm... f-foi tão humilhante, Jiminie... - Sussurrei.

- Shhh... - Tocou meu rosto, fazendo carinho em minha bochecha. - Garanto que ele nunca mais vai mexer com você assim.

- Como pode ter tanta certeza? - Funguei, o olhando.

- Dei um jeito pra quele aprendesse isso... - Disse simplesmente e de repente desci os olhos para o machucado em seu lábio.

- ...Brigou com ele? - Continuei a sussurrar, dessa vez tocando o lábio dele delicadamente, sentindo ele estremecer um pouco.

- Hm... eu não consegui ficar parado o ouvindo falar de você daquele jeito. Como se fosse uma qualquer e ele fosse melhor que você. - Balançou a cabeça, fechando os olhos, e pelo tom de voz aquilo realmente havia o irritado. - E isso aqui não é nada, garanto que ele está pior...

Sorri minimamente.

- Obrigada por me defender... deveria ter te escutado antes. - Deslizei as mãos dessa vez até seus cabelos, fazendo carinho ali. - Aliás eu só podia estar louca, é claro que ele não veria dessa forma... quem veria? - Sorri sem humor.

- Ei, S/N...

- Tudo bem, eu já me conformei a isso. Você tinha razão, e... 

- Não... - Ele me interrompeu. - Não, você entendeu errado o que disse naquele dia. Não quis dizer que ele era bom demais pra você, e sim o contrário. - Me olhou, sério. - Fala sério, aquele otário nunca chegaria a sua altura.

- Obrigada Jimin, mas ninguém olharia pra mim assim... - Sorri minimamente. - Estou bem conformada com isso.

- Que conversa é essa? É claro que olhariam! - Me olhou, meio indignado. - Tem noção de como é bonita, S/N? Não só isso, também, é meiga, inteligente, gentil e extremamente fofa, o ''sonho de consumo'' de qualquer um. - Suspirou ao final da frase, desviando o olhar.

- Jiminie... - Sussurrei, o observando. Obviamente depois de tantos elogios eu estava desconcertada. - Obrigada... sério, obrigada mesmo, você é um fofo. Você é o melhor amigo que eu poderia querer...

Vi ele suspirar.

- S/N... quando vai entender? - Perguntou e o olhei, esperando que ele explicasse. Mas ele agiu mais rápido, se pondo sobre mim, com uma mão apoiada de cada lado da minha cabeça. - E não quero ser apenas ser seu ''melhor amigo'', quero ser bem mais que isso...

- J-jimin, o que está dizendo? - Engoli em seco me encolhendo mais contra a cama, com aquela súbita mudança de atitude dele. O ar doce, fofo e atencioso de antes tinha sumido completamente e dado lugar a um outro, intenso, provocante e, Deus me perdoe, mas muito, muito sexy!

- É exatamente o que parece... - Continuou me encarando da mesma forma. Nunca tinha visto aquele tipo de olhar no rosto dele, era algo 'feroz' e quase...felino. - S/N, se me der chance, posso te mostrar exatamente como um homem de verdade age com uma garota incrível como você. - Tocou meu rosto novamente e dessa vez eu quem estremeci.

Sentia meu rosto quente e meu coração martelava como louco, podia sentir cada batida contra as minhas costelas.

- E-eu... - Não tinha ideia do que dizer, nem do que pensar.

- Só... me dá essa chance... - Deslizou a mão até segurar a minha, a trazendo pra perto de seu rosto e beijando, ainda a me encarar. - Deus, eu gosto tanto de você, tanto... - Aquilo só me fez arregalar ainda mais os olhos.

- G-gosta? P-por que...por que nunca me falou nada antes...?

- Porque você era apaixonada por aquele babaca. E eu tive medo de falar algo e te afastar de vez... - Apertou minha mão com cuidado, fazendo carinho na mesma. - Mas agora....agora eu quem não aguentava guardar mais isso, eu quem preciso de uma resposta...por mais que seja não.. - Touché, ele tinha usado minhas palavras contra mim. - Quero você, S/N... - Aproximou o rosto e colou a testa na minha, o que só me fez prender a respiração, corando instantaneamente. 

Sem que eu pudesse falar nada, ele me beijou. Demorei um pouco até processar o que estava acontecendo ali. E assim que processei, fechei os olhos com força, sem saber exatamente como corresponder, dado que nunca havia feito aquilo na vida. E ele sabia daquilo, tanto que foi o mais delicado o possível. 

Aos poucos fui pegando o jeito da coisa, apenas imitando o que ele fazia. Como cuidado, provavelmente pra não me assustar, ele aprofundou o ato, tornando tudo cada vez mais intenso. Eu correspondia, e mesmo achando tudo meio estranho, estava gostando.

Depois de nem sei quanto tempo nos afastando um pouco, um pouco ofegantes. Permaneci de olhos fechados, sem coragem de abri-los e descobrir que tudo aquilo não passava de um delírios febril.

- Isso foi um sim? - Ouvi ele sussurrar e no mesmo instante abri o olhos.

- E-eu.. sim.. - Sussurrei de volta, meio aérea com o que havia acabado de acontecer.

- ... - Ele sorri, roçando de leve seu nariz no meu, dessa vez corado. Tinha voltado ao seu normal. - Prometo que não vou te decepcionar... e que vou fazer valer cada minuto que passar comigo. - Sorriu abertamente.

Sorri de volta, ainda meio envergonhada, o abraçando apertado. Sentia o coração dele bater tão acelerado quanto o meu estava, e aquilo só tornou tudo mais real. Estava meio receosa do que viria daqui pra frente. Tinha medo de errar e de que no final acabássemos nos afastando... mas só de saber que o Jiminie estaria ao meu lado..bom, aquilo já tornava as coisas bem menos assustadoras.

- Te amo, Jimin. - Falei baixinho, brincando com o botão de sua camisa.

- Também te amo, S/N.


Notas Finais


Espero que tenham gostado *^*


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