Lola narrando:
Comer é a melhor parte do dia. Sério! Tem coisa melhor? A cozinheira daqui faz comidas maravilhosas. É do tipo que você come e ainda suspira. Os pais do Edu e a mãe da Ivete tinham saído e na casa estava só eu, Edu, Daniel, Raissa, Carlos e a Ivete. Quem é que deixa um casarão desses na mão da gente? Tomara que quando eles voltarem a casa ainda esteja em pé.
- Hoje vamos sair? - Raissa pergunta pra nós.
- É, vamos num pub que tem aqui perto - Carlos diz.
- Não sei não - Edu fala.
- Para de ser chato mano - Raissa retruca - Vamos logo.
- Eu topo - falo.
- Se a Lola vai então ok - Edu cede. Raissa pisca pra min.
- Eu topo também - Daniel fala.
- Se todos vão, então também irei - Ivete diz.
- Preciso comprar um vestido - digo e olho para o Edu - Vem comigo?
- Comprar roupa? Qual é! - ele fala, mas depois do olhar que eu lancei para ele, Edu desfaz o que disse - Quer dizer....ok. Claro que vou. Não perderei isso.
Duas horas da tarde, Edu e eu fomos numa loja para comprar roupas. O shopping estava lotado, mas estava pouco me importando. Hoje vou comprar tudo que quero.
- Agora sim minha recompensa vai vim - falo sorrindo quando a fachada da Forever 21 aparece na minha vista no shopping. Grito de felicidade.
- Vamos logo acabar com essa tortura - Edu fala, e pegando minha mão entramos na loja. Já de frente tinha amado muitas roupas. Fui à sessão de sapato primeiro. Quem não ama comprar sapato?
- Posso ajudar? - uma mulher morena alta se aproxima de nós e sorrir.
- Claro! Quero um par desse salto alto preto, dessa sapatilha dourada e desses três saltos também - falo. A mulher sorrir e se retira.
- Pra quê tanto sapato? - Edu pergunta e senta numa poltrona.
- Preciso de opções - falo aquilo como se fosse obvio.
- Pronto mocinha - a atendedora fala - Aqui estão eles.
- Nossa! - exclamo, quando experimento o primeiro salto. Ele era preto, com a sola vermelha e o salto era com pedrinhas prateadas - O que achou?
- Tanto faz - Edu fala ainda olhando para o celular.
- Eduardo! - falo.
- Sei lá Lola, tá bonito, compra logo - ele fala.
- Quanto custa?
- Mil e quatrocentos dólares - a mulher fala e Edu, rapidamente tira os olhos da tela do celular e me olha.
- Mil e quatrocentos dólares? - ele exclama - Por que tão caro? Ele tem Wi-Fi? Um jogador de futebol famoso assinou nele? Mil e quatrocentos? Sério. Pode tirar Lola. Não vou comprar isso. Minha televisão custou menos do que esse sapato.
- Sério? - falo - Ok - falo e tiro os sapatos - Sabe que do nada me deu uma dor de cabeça. Acho que estou com consciência pesada. De repente me deu uma vontade enorme de contar a verdade sobre nós para os seus pais.
- Ah, então é assim né? Você quer me falir - ele fala e dá um cartão de crédito para a vendedora.
- É por esse seu egoísmo que estamos nos separando.
- Não é por isso não. Estamos nos separando por que você é uma baita de uma estressadinha que gosta de tirar proveito de min.
Levanto uma sobrancelha. A vendedora pigarreou do meu lado e sorriu simpaticamente pra min.
- Sabe... acho que você precisa de uma bolsa bem cara para combinar com esse seu sapato. Espere aqui que vou trazer ela. É uma bolsa muito linda. E custa três vezes o valor desse sapato.
- Muito obrigada. Pode trazer sim, porque vou levar. Traga logo duas - sorrio e ela se afasta.
- É assim hoje em dia. As mulheres se protegem? - ele bufou.
- Isso era parte do acordo meu bem. E olha que estamos só começando. Tenho que comprar alguns vestidos. E estamos ainda na primeira loja. Quero ir pelo menos em quarto.
- Ótimo. Vou sair daqui sem dinheiro nenhum.
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