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História Oneshot - Your Eyes. - Capítulo Único.


Escrita por: aliciarodrigues

Notas do Autor


Meu primeiro oneshot, hoje estou inspirada xD
Espero que gostem de verdade, fiz com todo o amor do mundo... Eu realmente não pensei que meu primeiro oneshot fosse com ele, mas aqui estamos nós kkk.
Divirtam-se, eu me esforcei muito para que não ficasse cansativa de ler, desculpa se ficou.
Beijos, saranghaeee <3

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Fanfic / Fanfiction Oneshot - Your Eyes. - Capítulo Único.

Estava chovendo, a água caía sobre o meu corpo... ou o que restava dele, eu não estava muito bem, me sentia tonta, e meu corpo estava muito dolorido. Sentia tanta cede que tive que beber água da chuva. Essa não era a vida que eu queria e imaginava ter quando era mais nova... me sento com minha bolsa no chão e lá fico, me encharcando na chuva, eu não quero ir para casa, não seria tão óbvio ir para lá? 

Sentada no chão, sem  a mínima vontade de continuar vivendo, começo a chorar, como tudo se tornou uma grande bola de neve da qual eu não consigo escapar? Avisto de longe um farol se aproximando, provavelmente por me ver na rua, deve estar pensando que eu ainda estou fazendo serviços, mas eu não quero voltar a fazer isso, tão cedo... 

O motorista se aproxima como imaginei, para o carro ao meu lado e buzina.

— Não.. — Me levanto e subitamente começo a andar de novo... Mas o carro continua me seguindo e buzinando.

— Eu já disse que não! — Aumento o tom de voz.

Começo a andar bem mais rápido, mas sinto passos atrás de mim... e quando menos espero sinto uma mão pegar meu braço. E a reação que tenho, instintivamente é gritar e me debater contra ele.

— Aaaaaaaaaah — grito com os olhos fechados. — Por favor, o que quer de mim? — começo a chorar. — Só me ignore e me deixe ir... 

Lentamente sinto sua mão soltar o meu braço e eu abro os olhos, me deparo com uma pessoa maravilhosa parada com o guarda-chuva em cima da minha cabeça.

— Desculpa se te assustei. — ele fala com a voz mais doce do mundo. — Mas vi que precisava de ajuda, por favor, deixe eu ajudá-la. 

— N-Não precisa se preocupar comigo, só continua seguindo o teu caminho. — Eu falei e saí debaixo do guarda-chuva... mas começo a andar e logo... tudo começa a ficar preto...

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Acordo em um lugar totalmente diferente do qual eu já estava acostumada, e então o homem que foi gentil aparece novamente com um copo na mão.

— Não se assuste, você não estava muito bem, desmaiou na rua e eu trouxe você á minha casa, você estava com muita febre por isso trouxe remédio para você. — Ele disse se aproximando. — Tome isso, você vai melhorar. — Ele me dá o remédio e eu tomo.

— Obrigada.. mas por que está me ajudando? — Eu digo olhando para seus olhos.

— Olha...nem tudo que a gente faz, esperamos algo em troca, só quero te ajudar... — Ele pegou o copo de água. — Me deixe cuidar de seus ferimentos, espere um minuto. — Ele foi até o armário e pegou um kit de primeiros socorros. 

Em silêncio ficamos, ele começa a passar o pano em meus ferimentos e eu dou um gemido quando arde, depois de passar o pano para limpa-lo ele coloca um band-aid em cima. Ele parece ser cuidadoso e gentil, mas não sei porque ainda sinto um certo desconforto com tudo isso, eu não quero que pessoas percam tempo comigo.

— Pronto...já cuidei de todos... — Ele coloca o último band-aid na minha testa. 

— Desculpa mesmo por estar tomando seu tempo. Mas acho que... — Tusso. 

— Você não está em condições de ir à algum lugar agora... ainda está chovendo muito e você ainda está com febre. Por favor, fique, pelo menos essa noite.

— Eu não consigo entender, por que está me ajudando? Eu não te conheço, não sei quem é você e eu não tenho dinheiro, então, você não pode estar fazendo isso apenas por gentileza ou bondade. Então, me diga suas verdadeiras intenções.

— Bom... eu comecei errado, meu nome é Lee Jong Suk. Acredite em mim, quando eu digo que quero te ajudar, não quero seu dinheiro, nem nada do tipo. Eu sei como é se sentir perdido. Eu vou te deixar sozinha, estou fazendo algumas coisas lá embaixo, mas se precisar de alguma coisa, pode me chamar que eu virei... Seu nome?

— O que? — indago.

— Seu nome... como se chama? — ri.

— Aah... Meu nome verdadeiro é Min Eun-Hee, mas pode me chamar de Euna. —  balanço a cabeça

— Ok, Euna, qualquer coisa.. você já sabe. — Ele se afasta e saí.

Continuo deitada mas não aguento mais continuar aqui, em frente a televisão vendo esse dorama triste... então resolvo levantar e só quando eu me levanto noto que não estou com o trapo velho que antes costumava ser um vestido que eu vestia... ele me deu banho? OMO! Ottoke? Será que ele me viu?.. aish, que diferença iria fazer? uma pessoa a mais ou a menos, não iria importar. Lentamente caminho em direção à porta, tirando o barulho da televisão, não consigo ouvir mais barulho nenhum, fico imaginando o que ele está fazendo?... Mas assim que abro a porta vejo a luz da cozinha acesa e rapidamente desço as escadas, o cheiro é maravilhoso e me dá fome.... é de.... AAH CHOCOLATE. Chego no andar de baixo, e vou em direção à cozinha, ele está procurando algo na geladeira e não me nota chegar.

— Hmph, hmph — Coço a garganta.

— Ah. — Ele se vira. — Euna, precisa de algo? — Ele me olha preocupado.

— Não não, mas sabe... não quero ficar no quarto sozinha... olha, eu realmente não sei como te agradecer por ter me ajudado, e eu sei que deve estar com muitas perguntas na sua cabeça agora...

— Não, eu não quero te forçar a dizer nada que não faça você se sentir bem...— ele fecha a geladeira. — Não se sinta obrigada a me dar satisfações só porque eu te ajudei, eu te ajudei porque eu quis e não porque eu queria saber sobre a sua vida. Então, não se preocupe.

— Sim, eu sei, mas eu quero te falar, não é só porque você me ajudou, eu sinto que lhe devo ao menos uma explicação em como eu arrumei esses machucados e enfim, você merece. — me sentei no banco perto do balcão. — Bom, vou começar com o que você já sabe... meu nome, mas não é bem assim que eu sou conhecida, sou conhecida como The little flower, apesar de ter 25 anos, sou a mais nova onde "trabalho", e não é o lugar que eu queria trabalhar, danço em uma boate. E quase toda noite homens com bastante dinheiro me levam pra sair e eu não saio com eles porque gosto, saio porque preciso do dinheiro que eles me oferecem. Toda noite alguns fazem coisas absurdas comigo e essa noite foi apenas uma das muitas, por causa da bebida, toda manhã eu não lembro de nada que aconteceu. Não me pergunte de como futura modelo eu fui parar em uma boate de quinta, acredite, eu nunca imaginei que fosse parar lá. Mas a minha vida tomou um rumo completamente diferente do que eu esperava e eu fui parar no fundo do poço. — Começo a chorar. — Nunca ninguém me ofereceu ajuda antes, eles sempre querem algo em troca e eu... — Choro mais ainda. —E-Eu achei que ninguém faria isso e ainda mais para uma pessoa como eu...

— Euna...não precisa... — Ele se aproximou de mim e me abraçou. — Não precisava me contar essas coisas, sério. 

— Eu sinto muito.. — Agarrei a camisa dele e chorei alto. 

— Euna... — Ele me balançou. — Euna. — ele me balança e eu abro os olhos... meus olhos encontram os deles e eu sinto algo dentro de mim. 

Meu estômago dói e logo toda a angustia que me consome se vai como num passe de mágica e eu apenas olho no fundo de seus olhos e ele parece fazer o mesmo... Quando ele se aproxima e... me beija mas diferente dos outros que eu beijei, com ele eu sentia algo dentro de mim, algo verdadeiro, algo real. Não era ilusão. Aquilo estava acontecendo de verdade.

Subitamente comecei a sentir mais vontade de continuar o beijando, parecia errado beijá-lo assim, mal nos conhecemos, mas alguma coisa em seus olhos me dizia que eu o conhecia e que aquilo era certo. Começamos a avançar e ele lentamente foi colocando suas mãos por dentro da camisa que me cobria e quando ele passou a mão por cima de um hematoma. Ele parou.

— Me desculpe, eu não devia.. — Ele balançou a cabeça.

— Tudo bem, eu quis.— Dou um sorriso de lado.

Ele pega o chocolate do fogão e serve para mim e para ele, o silêncio invade o ambiente de novo. Mas logo se vai quando ele começa a falar.

— Sabe... aquelas coisas que me disse, eu já imaginava. — Ele dá um gole no chocolate. — Todas as noites eu te observava, era a dançarina que mais se destacava de todas e acredite, boate não é um lugar que eu gosto de frequentar mas em uma noite, quando eu estava completamente perdido... tinha ido á um bar e acabei exagerando na bebida, acreditava que era a única forma de me sentir menos inútil quando meu pai havia falecido, não era fácil aceitar, achei que as bebidas iriam me ajudar a superar. Tolice minha, elas só pioraram a situação, eu acabei brigando nesse bar e sendo expulso, enquanto eu estava na frente do bar, já estava escuro, eu vi você. Você estava chorando e eu com muito esforço levantei e comecei a segui-la, não sei explicar mas você parecia.... uma luz em meio a minha escuridão... então continuei te seguindo e notei que eu não era o único, parei de observa-lá e voltei a observar o homem, ele parecia com raiva e você andava cada vez mais depressa, mas isso não impediu ele de te alcançar... eu me lembro de ter caído e não consegui mais ver o que estava acontecendo, achei que tinha perdido vocês de vista. Foi aí que levantei e comecei a procura-los, fiquei preocupado sobre o que ele podia fazer, mas quando cruzei o beco, vi ele te procurando e foi aí que eu me aproximei e mesmo estando completamente bêbado, a bebida não me impediu de dar um soco na cara dele, dei com tanta força que minha mão ficou inchada por uma semana, mas fiquei feliz por ele ter caído somente com aquele, eu não iria conseguir dar outro. Comecei a correr pra ver se te alcançava e vi você entrando naquela boate, eu entrei lá e vi que você era uma dançarina, e então toda noite eu ia só pra te observar, eu nunca conseguia falar com você porque sempre saía acompanhada, essa noite te encontrei por coincidência, você despertou uma vontade em mim de te proteger e aquilo me inspirou a parar de beber e de começar a fazer algo bom para alguém. Eu posso ter te ajudado, mas você me ajudou primeiro.

— E-E-Eu me lembro disso... não sei mesmo o que dizer, eu nunca imaginei que você me observava... você fez coisas que eu jamais poderei retribuir. — Meus olhos ardiam.

— Eu quero continuar te ajudando, só...me deixe... — Ele se levantou do banco. — Por favor. Pode parecer loucura, mas eu gosto de você.

— Você já fez o bastante. — Digo e ele ri.

— Eu sei que você tem um coração bom, sempre que eu te observava, via que mesmo que estivesse pouca comida você dividia com o cão que ficava atrás da boate, que você cuidava das outras dançarinas, que você sempre estava disposta a ajudar. Você não merece a vida que leva, e eu estou disposto a mudá-la. Desculpa se não pude impedir que aqueles... animais... fizessem isso com você, mas eu sempre perdia o carro que estava de vista. Eu podia ter feito mais do que fiz e agora que finalmente consegui, não vou perde-la novamente.

— Se você não tivesse parado para me observar, nada disso teria acontecido e eu provavelmente estaria na merda ainda... Mas quando colocou seus olhos em mim... tudo mudou. Obrigada.

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Depois desse dia... aprendi a sorrir e apreciar a vida, ver que nem tudo está perdido e que a vida é o que você faz dela, e toda ação tem uma reação, se eu não tivesse alimentado o cão ele provavelmente teria morrido e eu não conseguiria cria-lo junto com Jong Suk, e que, se naquele dia, ele não estivesse olhado para mim e não tivesse sido expulso daquele bar, eu estaria vivendo o que eu acreditava ser minha vida. A minha vida era mais que aquilo.

A propósito o cãozinho se chama Rain, pois foi em um dia de chuva, que tudo começou.


Notas Finais


Eita, ficou maior do que eu imaginava então espero que tenha ficado bom e não cansativo, eu acho que exagerei no drama kkk mas não havia outra forma de escrever que não fosse dramática mesmo, ou a Euna seria muito fria.


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