[ Epilogo ]
- Gustavo! Pegue seu material.
- Mas eu não quero ir!
- Sua tia Michaela vai ficar muito chateada se você não for hoje.
O garoto fez um bico com os lábios e marchou até a mochila, colocando-a nas costas e indo até o pai que tinha um belo sorriso no rosto e pegou o garoto no colo.
- Por que você não quer ir para a escola hoje?
- Porque os garotos ficam rindo de mim...
- Por que eles fazem isso?
- Porque eu não tenho mãe...
- Não tem uma mãe mas tem dois pais incríveis.
Gustavo recebeu um beijo entre seus cabelos e se aninhou no ombro do pai, que voltou para a cozinha para pegar a chave do carro que havia esquecido.
- Meu Deus, eu estou atrasado!
- Andy, é seu dia de folga.
- Oh... Verdade.
- Meu Deus, não esquece a cabeça porque é colada no corpo.
- E também não te esqueço.
Andy deu um selinho nos lábios de Ascot e olhou para o filho que dormia em seu colo e também beijou seus cabelos.
- Vai levar ele pra casa da Rose?
- É, ela quer que ele vá pra escola com o Leandro.
- Não é mais fácil você ir lá e buscar os dois?
- Eu também acho, mas ela quer andar com os dois.
Ascot moveu os ombros e fez uma careta, deu mais um selinho em Andy e saiu.
Ao chegar na casa de Rose pode ver Leandro brincando com os seus brinquedos, já vestido com seu uniforme. Saiu de dentro do carro e acordou o filho que estava deitado no banco de trás, que não demorou para sair também.
- Gu!
Leandro largou os brinquedos e correu até o garoto loiro, enchendo suas bochechas de beijos e o apertando no abraço.
- Leandro deixe o menino respirar! Me desculpe, Ascot, ele anda meio elétrico.
Michaela sorria, segurando a mochila do filho.
- Melhor coisa que você poderia ter feito é adotado uma criança elétrica como o Leandro.
- Me solta!
Gustavo tentava se soltar do garoto que ria sem parar de suas reações.
- Vamos garotos, temos que ir. Dê tchau para seu tio, Leandro.
Leandro deu tchau para Ascot e correu para o lado da mãe, Gustavo olhou mais uma vez para seu pai com uma cara triste e o maior se agachou.
- Olha, quando eu era mais novo eu também não gostava de sair de casa e ficar longe da sua vó, mas se eu não tivesse saído eu não teria conhecido seu pai, e nem teria adotado você. Se divirta meu amorzinho, você ainda é uma criança, não seja rabugento.
Beijou o rosto do garoto e o viu sorrindo, Ascot entrou dentro do carro assim que viu o filho pegando na mão de Michaela e voltou para casa encontrando um Andy andando nu pela casa, escondeu rapidamente os olhos com as mãos.
- Por que você está escondendo os olhos? Você já viu isso.
Andy se aproximou de Ascot e o puxou pela mão, fazendo seu corpo se colar com o dele.
- O que você está fazendo?
- Estou tocando meu marido, posso?
Andy beijou seu pescoço, e Ascot não aguentou. Eles se amaram ali, na cozinha, no quarto e até mesmo no banho, iam se amar novamente no sofá mas a campainha tocou e os dois se vestiram rapidamente.
Andy atendeu a porta e viu que era Rose com Gustavo e Leandro.
- Nossa, já deu o horário.
- Já, faz um tempo, ainda demos uma volta para tomar sorvete.
- Nossa...
Andy mordeu o lábio inferior e Rose caiu na risada, deixando Gustavo e Leandro sem entender.
- Seu garoto está entregue, Andy.
- Obrigado, Rose.
- Não há de que, e tome cuidado para o Ascot não engravidar.
A garota riu e Andy revirou os olhos e pegou Gustavo no colo, fechando a porta em seguida.
- E ai campeão, como foi a escola?
- Foi legal, Leandro falou que quando a gente chegar lá na frente vamos poder fazer coisas de adultos.
- É, mas deixa isso para depois, se divirta agora.
Viu o pequeno bocejando e o colocou no chão.
- Vai tomar banho para dormir, vai.
- Ok.
Gustavo entregou a mochila para Andy e saiu andando para o banheiro, o loiro voltou para o sofá.
- Nosso menino será brilhante...
- Sim.
- Não quero que ele odeie o mundo.
- Também não, mas se ele odiar... Espero que ele encontre alguém que o ajude a superar.
Ascot deu um selinho em Andy, que o abraçou. Ouviram os passos de Gustavo pela casa, e depois de dez minuto o garoto apareceu na sala de pijamas.
- O que foi, meu amor?
- Quero dormir com vocês.
- Mas está de dia ainda.
- Mas eu quero ficar com vocês.
O baixinho subiu no sofá, ficando no colo de Ascot mas se ajeitou de forma que seus pés ficassem nas pernas de Andy.
- A gente te ama muito.
- Ama?
- Sim.
- Mesmo eu não sendo filho de vocês de verdade?
- Sim, no momento que assinamos os papeis você se tornou nosso filho de verdade, não duvide disso.
- Eu amo vocês.
- Nós sabemos pequeno, agora dorme, que não vamos sair do seu lado.
Andy e Ascot beijaram as bochechas de Gustavo e o garoto adormeceu, o que fez com que Ascot o arrumasse em seu colo para que o pequeno não acordasse com dor.
E essa era a vida deles, os que odiavam o mundo aprenderam a conviver nele e até mesmo criaram uma família que era o que eles chamavam de maior tesouro do mundo.
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