Toda aquela festa repleta de energia ainda não tinha acabado, Robin e eu queríamos ir para casa para finalmente passarmos uma noite juntos, dormindo na mesma cama. Porque todas as vezes que dormimos juntos, estava eu - no que o hospital chama de - cama e ele no sofá.
Minha mente sempre foi extremamente limpa. Sem maldades ou pensamentos perversos. Tinha semelhanças a uma mente infantil, porém, nem tanto.
Saímos daquele lugar sentindo a brisa fresca vir contra nossos corpos assim que cruzamos a porta. Olhei para o céu. Limpo! As estrelas brilharam como na noite em que ele havia me pedido em casamento. E meu corpo encontrava-se da mesma forma como naquele dia: Puro, feliz... Completo!
Me sentia uma pessoa normal, sem a carga que a vida nos dá, como se nada além daquilo estivesse acontecendo, como se em um segundo a minha vida pudesse ser tirada devido aquela doença maldita. Mas nada disso importava agora. Apenas eu, ele e nosso amor!
Robin chegou por trás e me abraçou fazendo com que nossos corpos se colassem. Me virei para olhar em seus olhos que refletiam todo nosso amor, nossa felicidade, nosso futuro – mesmo que o mesmo fosse curto.
Fomos caminhando até o hotel que era praticamente ao lado da casa de eventos.
Passamos pela portaria, sucessivamente entramos no elevador. Ele mal olhou o botão que apertava e foi logo direcionando seus oceanos azuis a mim. Sua mão macia elevou até a altura de meu rosto e começou a acariciá-lo levemente.
— Eu te amo! - o doce e suave tom de sua voz soou em meus ouvidos como a mais bela música de amor.
— Eu te amo mais!
Aquilo só foi um pequeno passo para que iniciássemos um beijo. Lento, caloroso, delicado e cheio de amor.
O prédio parecia ter andares infinitos pois o andar não havia chegado ainda. Encerramos o beijo e perguntei:
— Que andar você alugou?
— O mais belo de todos!
De repente a porta se abre e finalmente podemos sair dele lugar. Estava abafado, já estava sentindo calor de baixo de todo aquele, pano que o vestido tinha.
Chegamos em frente à porta e Robin a abriu. Eu ia dar o passo à frente para adentrar, mas ele segurou meu braço e lancei-lhe um olhar sem entender.
— Deixe-me fazer tudo direito!
— Direito como?
Mal perguntei e logo fui suspensa nos braços de meu... Marido?! É, agora poderia chamá-lo assim... Meu marido. Só meu! Automaticamente meus braços contornaram seu pescoço para segurar-me do desequilíbrio caso não os fizesse.
— Dizem que se o homem não entrar com sua esposa no colo, desta forma, na sua primeira noite juntos, o casamento desandará algum dia. - repassou aquela historinha que nossos avós contavam sempre que havia algum casamento ou relacionamento.
Começamos a rir e caminhar para dentro do quarto. Robin empurrou a porta com os pés para fecha-la. Estava tão encantada com tudo que nem percebi o destino que estávamos traçando dentro daquele cômodo. Era perfeito de mais para ser verdade.
De extremo luxo, detalhista, com uma cama enorme, lanche, banheiro com uma banheira enorme... E o que mais me encantara: O teto. Na verdade... Não tinha teto. Era apenas vidro. Com certeza a equipe que o construiu era apaixonada pelo céu, pois este era o objetivo a se atingir com aquele teto de vidro: Observar o céu em suas mais diversas cores e perfeições.
— Gostou? - Ele ainda teria dúvida?
— Eu amei!!! - disse abrindo o mais sincero sorriso. - Obrigada meu amor! Por tudo! - me virei de frente para ele e levei os braços na direção de seus ombros entrelaçando as mãos por trás de sua nuca, acariciando-a.
Senti as mãos dele sobre a minha cintura. Daqueles lábios carnudos e rosados nenhuma palavra saía. Mas os olhares já diziam tudo.
— Robin...
— Sim meu amor.
— Eu quero ser sua mulher...
— Você já é, sempre foi! Só minha.
— Quero ser sua mulher, da maneira mais completa possível. Quero te fazer o homem mais feliz do mundo. - aproximei meu rosto do dele e desviei de seus lábios indo em direção ao ouvido. - Me faça sua! - sussurrei e mordi o lóbulo de sua orelha.
Ele me puxou para um beijo intenso. Nossos lábios se colaram com rapidez e as línguas já agiam ágeis dentro de nossas bocas.
Percebi a pressão que as mãos de Robin fizeram nas minhas costas, o que deixou nossos corpos ainda mais grudados. Logo o peso do vestido parecia puxar cada vez mais para baixo. Ele estava me despindo!
Levou uma das mãos ao meu ombro e começou a escorregar a alça por ele. Sua boca havia trocado a minha, pelo meu pescoço. A outra mão tinha presa a ela, a maior parte do meu cabelo. A única reflexão que tive, foi fechar os olhos.
O vestido foi ao chão, em seguida o sutiã. Percebi o ato de Robin em se afastar. Sabia que ele estava me observando, mas não conseguia abrir os olhos pela vergonha que ainda sentia.
— Meu amor. - ele se aproximou novamente com as mãos em minha cintura agora sem nenhuma peça de pano se quer. - Abra os olhos. - neguei com a cabeça.- Por favor.
Eu deveria estar roxa de tanta vergonha.
— Não precisa ter vergonha de mim. Muito menos do seu corpo. Você é maravilhosa! - sequenciou a cada beijo que dava em meus ombros.
Mais beijos. Assim Robin nos guiou até deitarmos lentamente sobre a enorme cama. Minhas pernas um pouco espaçadas foram o suficiente para que ele se colocasse sobre elas.
Ainda não havíamos encerrado o beijo. Eu o fazia continuar ainda mais, devido a vergonha de tê-lo olhando para meu corpo nu e branco.
Deixei-o escorregar mais entre as pernas e pude sentir o tamanho de sua excitação. O medo me veio por um instante e perguntas ridículas começaram a vir em minha mente.
Robin se levantou e começou a desabotoar sua camisa, tirar o cinto enquanto não desgrudava os olhos dos meus. Mas não demorou muito para que os direcionasse até meus seios já nus.
Em seguida já estava apenas de cueca e tinha os lábios beijando minhas coxas. Meus pelos se eriçaram com aquele toque. Ele foi descendo até chegar próximo a minha calcinha. Seus olhos encontraram os meus - ainda abertos - como se me pedisse permissão para prosseguir. Apenas balancei a cabeça positivamente. Assim ele retirou-a. Fechei os olhos mais uma vez. Sem esperar senti o calor de sua boca sobre ela. Meu reflexo levou minhas mãos de encontro ao pano que forrava a cama.
Robin começou a distribuir beijos sobre o local enquanto tinha as mãos sobre as minhas coxas apertando-as. Não demorou muito e senti seus beijos subindo pela minha barriga e indo em direção aos meus seios. Mas quando chegou próximo ele parou. Abri os olhos e ele estava apenas os observando.
— São do jeito que você esperava? - perguntei com um tom brincalhão.
— São perfeitos!
Suas mãos geladas o tomaram e começaram a aperta-los. Que sensação era aquela? Sentia... Dor? Mas não era bem uma dor. O que era aquilo? Logo os apertos foram substituídos pela língua quente de Robin. Ele os chupava com vontade e delicadeza.
Uma de suas mãos desceu e foi de encontro a minha intimidade. Seus dedos puseram-se no meio e começaram a circular meu clitóris inchado. Me sentia encharcada e pela primeira vez, tive pressa. Queria tê-lo. Sem enrolo.
Puxei-o para um beijo feroz. Nossas línguas travavam uma batalha entre nossos lábios, o que deixava nossos corpos mais eletrizados.
Não sabia bem como faria ou como realmente teria que fazer. Agi por impulso. Retirei a cueca de Robin, sentindo logo seu membro pulsar sobre minha pele.
— Eu quero você. Agora! - exigi.
Ele movimentou o membro já ereto entre os dedos e o direcionou até minha vagina. O senti fazer movimentos sobre ela. Lubrificando-o com minha excitação. Posicionou em minha entrada e pressionou para dentro até parar quando agarrei seus ombros com força.
— Estou te machucando? - Ele perguntou todo cuidadoso, como sempre.
— Não meu amor, é que... Senti um pouco de dor. - respondi com o rosto rosado.
— Tentarei ir mais de vagar. - disse dando vários beijos sobre meu rosto.
Robin continuou a empurrar para dentro. A fisgada veio de novo. Mordi o lábio inferior como uma forma de me ajudar a segurar aquele incômodo. Ela só crescia. Até que...
— Ahhhh!!! - Robin deslizou por completo pra dentro de mim e soltei um gemido mais alto deixando uma lágrima escorrer sobre meu rosto.
— Me desculpe meu anjo. - ele começou me beijar.
— Está tudo bem. - sorri com as mãos em seu rosto.
Vieram mais beijos enquanto me acostumava com aquela nova sensação de tê-lo dentro de mim por completo. Sucessivamente, iniciamos os movimentos. Primeiramente lentos. Mas depois acelerados.
***
— Ahhhh Robin. - meus gemidos saíam cada vez mais alto.
A cada estocada de Robin, sentia seu membro tocar num ponto específico dentro de mim. Isso fez um enorme bolo se formar. Cada minuto que passava, tinha a sensação de que aquilo explodiria.
— Mais Robin!!!
Implorava.
Não demorou muito e a explosão veio. Seguida da dele.
[ All of the stars - Ed Sheeran ]
Nossos corpos estavam tomados pelo suor. As respirações estavam extremamente aceleradas. Já estávamos deitados um ao lado do outro.
A cima de nós só havia o céu. Escuro. Rodeado de seus pontos brilhantes e sua lua que continha um brilho especial.
Quem diria que estaríamos ali, daquela forma, naquele momento.
Nossos mundo se encontraram, se fundiram e agora era um só.
Um mundo. Um amor. Uma felicidade.
Levantei e deitei novamente, só que agora sobre o peito de Robin, que me abraçou e beijou minha cabeça.
— Obrigada.
— Por?
Ergui a cabeça para responder olhando em seus olhos.
— Por me fazer a mulher mais feliz do mundo!
Sorrimos.
Nossos lábios se uniram. Poderia-se dizer que já havíamos passado do milésimo beijo da noite. Que viriam muitos e muitos mais.
Minha primeira noite. Meu primeiro e único homem. Meu grande amor.
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