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História Only Two Nights - I Found Love


Escrita por: LarySant

Notas do Autor


Leiam as notas finais.

Capítulo 3 - I Found Love


Fanfic / Fanfiction Only Two Nights - I Found Love

 

-Ai meus Deus- fico assustada quando olho para o chão do corredor que está cheio de água. Olho para Justin e vejo ele ir andando até o banheiro, mas já sabendo o que provavelmente aconteceu rapidamente corro até ele parando na sua frente com as minhas mãos em seu peito.

-O que foi Megan?- diz confuso

-Você não pode entrar nesse banheiro- digo exasperada

-Porra Megan, o que foi que você fez?- ele me empurra um pouco para o lado enquanto tenta entrar no banheiro, mas sou mais rápida e consigo entrar na sua frente novamente o empurrando pra trás.

-Sério Justin, é caso de vida ou morte, entende? Se você ver o que aconteceu vai me sacanear pro resto da minha vida. Apenas fique ai- não dou tempo dele responder, apenas entro depressa no banheiro sentindo a água do vaso sanitário nos meus pés.

-Merda, que nojo.

Caminho até o vaso e vejo que realmente entupiu com a folha da revista que eu joguei no vaso, penso em como vou tirar isso daqui e me lembro que todo banheiro tem um desentupidor, certo?

-Justin- grito seu nome.

-O que foi? Ta precisando de ajuda? Quer que eu entre ai? Eu vou entrar ai.

-Não- minha voz falha por tamanha força usada. - eu só preciso de um desintupidor.

-Tá ai do lado da pia.

Olho e não consigo achar o desintupidor.

-Não tá aqui Justin.

-Ta ai sim Megan, olha direito... Porra, eu me esqueci que emprestei o desintupidor semana passada pros vizinhos de cima- bufo sem paciência, eu só posso ter feito muita merda na minha vida passada, não é possivel- apenas saia daí e depois resolveremos isso.
Olho pelo banheiro em busca de uma toalha e quando acho a pego, saio do banheiro e coloco a toalha na brecha da porta pra não ter mais risco de vazar.
Vou para a sala e me sento no mesmo lugar que estava antes, Justin está no sofá ao lado do meu.

-Então...- o olho- o que houve lá dentro?

-Nada não- forço um sorriso.

-Tá bom- diz fazendo um biquinho e olhando pro lado contrário do meu.

-Ah seu crianção- gargalho enquanto o vejo desmanchar a pose e voltar a olhar pra mim. Nossos olhares se cruzam e eu paro de gargalhar aos poucos. Me perco em seus olhos caramelos, parece que quanto mais olho em seus olhos, não consigo desviar e acabo me perdendo um pouco mais, não sei, é difícil de explicar, seus olhos transmitem um mistério que eu quero decifrar.
Ele quebra o contato visual e se levanta, vai até a cozinha e volta com duas cervejas na mão, me joga uma e coloca a outra na mesa de centro, vai até a estante se abaixando e pegando de trás de alguns livros um bong.

-Você fuma?- pergunta enquanto se senta no sofá, apenas balanço a cabeça em negação.

-Jura? Já deveria ter desconfiado, você é muito puritana pra fazer algo assim- diz, pega o isqueiro e acende colocando no bong e fuma, soltando a fumaça logo depois.

-Pra sua informação, eu já fumei antes, e eu não sou puritana- reviro os olhos

-Se é o que você diz... puritana- sorri de um jeito sarcástico que me dá raiva.

-Me dá essa merda aqui- puxo o bong da mão dele, fumo e solto a fumaça, logo entregando o bong pra ele.

-Parece que a puritana não é tão puritana assim então- ri e eu mostro o meu dedo do meio pra ele.

-Então...- fuma e solta a fumaça- você fez um curso de medicina certo?- passa o bong pra mim.

-Sim, um curso acadêmico de pré-medicina- fumo e solto a fumaça tossindo um pouco, passo o bong pra ele. - e você é escritor, não?

- Sim.

-Como você soube que era isso que você queria ser?- deixo minha curiosidade falar mais alto e pergunto.

-Bom...- ele se ajeita no sofá- desde que eu era pequeno eu sabia que queria ser escritor um dia pra falar a verdade. Quando eu tinha uns 6 anos, enquanto todas as outras crianças gostavam de ganhar bonecas, carrinhos eu odiava, se alguém queria me agradar era só me dar algum livro, qualquer um. Eu sempre me encantei pela escrita, por poesia, por escrever- o jeito que ele fala é encantador, ele não tira o sorriso do rosto e olha fixadamente pra algum ponto na sala. Me aconchego um pouco mais no sofá enquanto ele dá um gole em sua bebida.- Teve uma vez, eu tinha 8 anos na época, minha mãe fez uma festa e logicamente em uma festa de criança as pessoas levam brinquedos, roupas, e óbvio que na minha não ia ser diferente. Minha tia Helia chegou e trouxe consigo um carrinho de brinquedo, eu dei um show, disse que não era uma criança fútil que queria brinquedos que quebrariam dois dias depois e disse que não queria ela na minha festa, eu a expulsei de lá e me tranquei no quarto o restante da festa, eu fiquei de castigo durante um mês- gargalho com o fim da história e ele me acompanha.

-Meu Deus Justin- cesso a risada aos poucos, abro minha cerveja e tomo um gole enquanto vejo ele fumar.

-Vamos se dizer que eu era uma criança um pouco fora do normal- diz entre risadas

-Eu juro que se eu visse você na rua eu jamais falaria que você é escritor, eu diria que você é traficante, ator porno, qualquer coisa menos escritor- dou risada e ele arregala os olhos rindo em seguida.

-Credo Megan.- fuma e solta a fumaça.

-Você já tem algum livro escrito? Quero saber se você é realmente um escritor, quem sabe você está inventando tudo isso e é um serial killer esperando o momento certo pra me matar- bebo um gole da minha cerveja.

-Você é louca garota- dá risada e eu dou de ombros- eu estou escrevendo um no momento, falta poucas páginas pra terminar.

-Fala sobre o que?-pergunto deixando clara minha curiosidade

-Sobre um cara que entra em um site de relacionamentos e conversa com uma garota e passa seu endereço pra ela, logo então ela se encontra com ele na casa dele e eles transam e no outro dia a garota não consegue ir embora e fica presa com o garoto, e então na oportunidade perfeita ele a mata- dá uma risada maléfica.

-Vai se fuder babaca- jogo os fones que estavam no sofá nele

- Mas ai, já te falei muito sobre mim, me conta algo sobre você.- me olha atentamente

-Eu não tenho nada de interessante pra te contar sobre minha vida- dou de ombros

-Ah qualé, tenho certeza que tem- me olha sugestivo

-Quem sabe após umas latas eu te conte algo- arqueio a sombrancelha.

-Ok marrentinha, mas me fala, por que escolheu fazer pré-medicina se não queria medicina?- me passa o bong e eu fumo soltando a fumaça lentamente. Era difícil falar sobre isso.

-Era o sonho da minha mãe e eu não podia decepciona-la- falo e sinto minha garganta fechar.

-Mas você sabe que independente de tudo a sua felicidade tem que vir em primeiro lugar, certo?- assinto- você não pode deixar seus sonhos e objetivos de lado pra agradar alguém.- passo o bong pra ele.

-Eu sei, eu sei... só que é difícil.- fecho os olhos por alguns segundos e quando abro vejo seu olhar sobre mim, estudando cada movimento meu.

-O que aconteceu com ela?- diz vacilante

-Não quero falar sobre isso- limpo algumas lagrimas que caíram sobre meu rosto.

-Ok ok. Vai pro quarto, tenho uma coisa que vai te animar.

-O que?

-Surpresa marrentinha.

Bufo e me levanto passando por ele, então sinto uma dor na minha bunda. O filha da mãe bateu na minha bunda. Me viro indignada, olho pra ele e ele finje que nada aconteceu.

-Eu ainda te mato garoto- digo enfurecida, vou até o quarto e me jogo na cama. Nem vejo e acabo pegando no sono.

-Megan, ei acorda marrentinha- abro os olhos assustada e encontro Justin agachado no chão.

-O que foi?- pergunto meio sonolenta

-Você acabou pegando no sono enquanto eu fazia a surpresa.

-Ah... você já terminou?

-Sim, vem.- levanto da cama, ele pega minha mão e me leva pra sala. Quando entro na sala meu rosto cora e eu abro a boca em choque. Por toda sala tem pequenas bolas de luz grudadas no teto, no centro da sala onde antes tinha um o sofa e a mesa agora tem uma cabana rosa, com as bolas de luzes no teto dentro da cabana, dentro da cabana também tem um colchão, várias almofadas, um som e várias guloseimas.

-Você fez tudo isso?- me viro pra Justin encantada

-Sim- diz com um pequeno sorriso de canto.

O abraço sem pensar duas vezes, posso sentir ele surpreso com meu ato mas logo ele retribui o abraço. Me solto dele e corro me jogando no colchão da cabana ele vem atras e se joga também, olhamos um pro outro e começamos a rir que nem doidos.

-Sabe, eu vi que você tava triste e queria fazer algo que te agradace, eu não sei os seus gostos então foi bem dificil.

-Está tudo lindo Justin, eu não tenho nem palavras pra te agradecer, obrigada- beijo sua bochecha.

Ele deita de costas e me puxa pra deitar no seu peitoral, com receio deito, ele passa seu braço por de trás da minha cabeça e eu coloco meu braço do lado da minha cabeça. Vejo quando ele pega uma uva e come, faço cara de cachorro pidão e ele revira os olhos pegando uma e me dando na boca. 

-É acho que se continuar assim podemos ser amigos- digo rindo.

-Então você só quer minha amizade por interesse marrentinha?- diz incrédulo

-Talvez- dou de ombros com um sorriso provocativo.

Ele se senta em cima de mim e começa a me fazer cocegas, me contorço no colchão mas não é o bastante para que eu consiga derruba-lo.

-Só te solto se dizer que eu sou a pessoa mais bonita desse mundo, que você me ama e não está comigo por interesse.

-E-eu não vo-ou dizer iss-o- digo entre risos.

-Então vamos ficar aqui a noite toda.

-T-a b-om, ta bom.- ele para as cocegas e eu respiro normalmente- você é a pessoa mais bonita desse mundo, eu te amo e não estou com você por interesse.

-Ótimo marrentinha.- sai de cima de mim e se senta no colchão começando a comer algumas coisas.

-Idiota- taco uma uva nele que ri.

Após uns momentos de silêncio ele pergunta se eu quero falar sobre hoje cedo.

-Eu te conto, mas não me interrompe ok?- ele assente.- quando eu terminei meu ensino fundamental eu começei a fazer faculdade de artes cenicas, ser atriz sempre foi o meu sonho. Meus pais nunca foram á favor, eles diziam que isso era perda de tempo e que eu ia desperdiçar minha vida, que isso não me levaria a lugar nenhum. Eu já estava no quarto semestre e iria haver um baile de inverno e logo então férias de uma semana, então eu estava a caminho do baile quando meu pai me ligou dizendo que a mamãe estava no hospital, lógico que eu fui atrás pra saber o que estava acontecendo, quando eu cheguei lá era tarde demais, ela tinha câncer e havia falecido- coloco as mãos sobre meu rosto tampando o meu choro- eu me senti desolada, minha mãe era meu tudo, apesar das brigas constantes ela era meu porto seguro, pra onde eu corria quando tudo estava uma merda. Nesse mesmo dia eu lembro que na sala de espera do hospital o meu pai me deu um tapa na cara, disse que a culpa dela ter morrido era minha e que tinha nojo de mim e que não queria me ver nunca mais- soluço- ele me expulsou de casa e eu tive que vir morar com a minha tia aqui em New York, desde então eu nunca mais vi ou ouvir falar dele. E sabe eu acho que devo isso a ela, é como se enquanto eu seguir o sonho dela ainda terei um pouco dela em mim- meu choro se torna intenso e eu não consigo segurar, Justin me abraça forte e não me solta, faz carinho no meu cabelo e não diz nada durante alguns minutos. Depois de um tempo eu me afasto e ele seca minhas lagrimas com sua mãos.

-Eu sinto muito Megan, não sei nem o que te dizer- suspira- mas saiba que a culpa não é sua, eu acredito que tudo nessa vida tem um próposito, se ela se foi, foi porque estava na hora. Nada acontece por acaso. Não é justo você se privar de viver o seu sonho e ser feliz por isso, eu tenho certeza que da onde estiver sua mãe estará feliz de te ver feliz, e você sempre tera uma parte dela com você, sempre tera uma parte dela no seu coração e não é uma profissão que vai mudar isso. E quanto ao seu pai ele é idiota de não perceber quão sortudo ele é por ter uma filha como você Megan. Seja feliz do seu jeito Megan, só você pode se fazer feliz.

-Obrigada Justin- sorrio minimamente e ele beija a minha testa. Ele se estica até o som e coloca em uma música.

-Vem- me puxa e me leva pro lado de fora da barraca. Ele agarra na minha cintura e eu circundo seu pescoço com meus braços.

I'll use you as a warning sign

That if you talk enough sense then you'll' lose your mind

I'll use you as a focal point

So I don't lose sight of what I want

I've moved further than I thought I could

But I missed you more than I thought I would

(Te usarei como um sinal de alerta

Que se você falar com bastante sentido, então você perderá sua cabeça

Te usarei como ponto focal

Então eu não perco de vista o que eu quero

E fui mais longe do que achei que eu poderia

Mas eu senti sua falta mais do que eu pensei que eu sentiria)

Nossos olhares estão cravados um no outro, nenhum de nós pensa ou quer desviar, é como se conversássemos com o olhar, ninguém precisa dizer nada.

I'll use you as a warning sign

That if you talk enough sense thn you'll lose your mind

I found love where it wasn't supposed to be

Right in front of me, talk some sense to me

I found love where it wasn't supposed to be

Right in front of me, talk some sense to me

(Te usarei como um sinal de alerta

Que se você falar com bastante sentido, então você perderá sua cabeça

Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar

Bem na minha frente, faça isso fazer sentido

Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar

Bem na minha frente, faça isso fazer sentido)

Em um dia ele conseguiu me fazer sentir o que ninguém havia feito, ele conseguiu me escutar e me entender sem eu precisar pedir, ele me acolheu e me mostrou que é diferente de tudo aquilo que eu pensei. Ele me mostrou uma pessoa que eu quero na minha vida.

I'll use you as a makeshift gauge

Of how much to give and, how much to take

I'll use you as a warning sign

That if you talk enough sense, then you'll lose your mind

I found love where it wasn't supposed to be

Right in front of me, talk some sense to me

I found love where it wasn't supposed to be

Right in front of me, talk some sense to me

(Te usarei como um indicador temporário

De quanto dar, e quanto receber

Te usarei como um sinal de alerta

Que se você falar com bastante sentido, então você perderá sua cabeça

Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar

Bem na minha frente, faça isso fazer sentido

Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar

Bem na minha frente, faça isso fazer sentido)

-Eu sempre vou estar aqui pra você marrentinha- beija a minha testa enquanto eu deito minha cabeça em seu ombro. Em seus braços eu sinto paz, em seus braços eu sinto amor.

I found love where it wasn't supposed to be

Right in front of me, talk some sense to me

I found love where it wasn't supposed to be

Right in front of me, talk some sense to me

(Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar

Bem na minha frente, faça isso fazer sentido

Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar

Bem na minha frente, faça isso fazer sentido)

 


Notas Finais


Babeees, tudo bem? Finalmente capítulo novo.
Me desculpem a demora e espero que vocês ainda leiam a historia, ficarei feliz se vocês comentarem me dizendo o que estão achando da historia e tudo mais.
Esse cap ta beeeem lindo, e esse final? Tô apaixonada
Parece que a nossa marrentinha não é tão marrentinha assim hein? E parece que o babaca do Justin saiu daquela farsa de ser um babaca.
Minha gente, parece que os dois pombinhos estão começando a ser com outros olhos não? Haha, já shippo muito. Falando em shipp me deem sugestões de nome pra shipp.
Já falei muito aqui, espero que tenham gostado, prometo tentar postar outro cap rápido, beijo ♥

*Bong, bongo ou water pipe, também conhecido como purificador, é um aparelho utilizado para fumar qualquer tipo de erva, normalmente cannabis, tabaco e derivados*
*Música: I Found-Amber Run*
*cap não revisado*


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