Os meninos não podiam acreditar no que estava acontecendo, na verdade ambos ainda não perceberam que sua linguagem não era entendida por ninguém.
Depois da mamadeira, Ken ficou encarando Miyako.
— Aw faz essa carinha não que eu me derreto, com essas buchechinhas rosadas e esses olhinhos. Brinca a violacea, fazendo voz de bebê.
— “Tá falando esquisito por que?” Pergunta Ken
Tudo o que Miyako escutou foram babozeios e Ken leva as mãos aos óculos de Miyako retirando e ri.
— Ei seu traquina, isso não. Miyako ri. — Alguém trouxe um brinquedo?
— Vamos precisar dar mais uma viagem ao mundo real. Opina Taichi balançando os óculos de Daisuke sobre o bebê.
— Dessa vez vão Takeru e Iori, e aproveitem e tentem achar o carrinho de bebê de vocês, acho que nossa mãe guardou. Pede Yamato.
— Carrinho? Ohou onde isso vai parar não somos as bonecas do grupo não. Bronqueia Daisuke.
— Aw seu lindo, tá conversando também? Hikari também se rende a fala de bebê.
— “ Ficaram todos loucos, gente temos que voltar a caverna.” Ken tentava alertar a turma e tem uma chupeta colocada na boca estranhando o objeto.
— Acho que eles querem ir lá fora, Daisuke está apontando muito pra porta. Sugere Mimi.
— Acho que ele vai é pro trocador de novo, esse cheiro acho que o Dai fez pipi. A frase fez o líder ficar com vergonha. — Vamos tirar isso antes que asse o bumbum. Sugere Hikari.
— O mama já parece que fez efeito, aproveitando o embalo! Miyako também leva Ken pro quarto.
— “Motomiya acho que eles ou estão nos ignorando ou não estão nos ouvindo, parece que estamos falando outra língua”
— “ Isso é ridículo, pra mim eles não querem nem entender o que dizemos”. Retruca o ruivo.
— Hawkmon você está certo, parece mesmo que Daisuke e Ken tem uma língua própria estão conversando um com outro. Comenta Miyako.
Mimi aproveita que Miyako deixou Ken no trocador e foi brincar com o bebê, mas Ken estava sem a fralda brincando com os pezinhos, Mimi escondia o rosto e acabou sentindo algo quente seguido de várias gargalhadas dos amigos, involuntariamente Ken tinha feito xixi, o jato atingiu a barriga da sincera que reclamou muito.
— “ Mimi-Chan Me desculpa” Pede Ken vendo até Daisuke rindo, acabou sorrindo também.
— Ainda acha graça né? Pergunta Mimi
Após colocarem a fralda, Hikari e Miyako embrulharam os dois na manta e colocaram a chupeta.
— É melhor eles irem dormir, pelo menos por umas horas poderemos focar nos destroços e em tentar achar a solução. Diz Yamato.
— Agora você vai nanar um pouco.
— “Hikari-Chan nanar é coisa de crianças”. Alega Daisuke sendo aconchegado no colo da namorada embrulhado nas cobertas.
— “ Daisuke acho que somos crianças” Opina Ken sendo ninado pela violacea, soltando a chupeta ao bocejar.
Taichi ligou os toca músicas e as meninas os colocam nos berços.
— Pessoal não podemos deixar os dois sozinhos, alguém vai ter que tomar conta deles. Sora avisa fazendo carinho em Daisuke que ainda não dormiu e tentava se levantar.
— Não, não agora é hora da soneca, os dois vão dormir um pouquinho. Sora acaricia os cabelos do Daisuke.
— Que tal você e a Hikari, vamos ao vilarejo dos Koromons e Yamato, Joe e Koushiro vão seguir o Wormmon e o Veemon até a tal caverna.
— Enquanto o Takeru e o Iori não voltarem pra ajudar na cidade dos brinquedos vamos só dar uma mão ao Monzaemon… Mimi fica com uma cara e atropela tudo o que ia falar.
— Mimi-Chan! aconteceu alguma coisa? Pergunta Palmon.
— A três anos o monzaemon nos prendeu na cidade do brinquedos, será que ele…
— Mimi-Chan você está achando que isso é culpa do monzaemon? Pergunta Palmon.
— Sabe até que se prove o contrário, tem muito Digimon suspeito, oh pode não ter sido um digimal, quem deixaria doces pra atrair pessoas? Poderia ser qualquer um de nós, até agora o que temos é um suspeito e mil possibilidades, pessoal se ao menos conseguíssemos um desses bolinhos e docinhos…
— Você está com vontade de comer doces Joe? Pergunta Gomamon interrompendo o parceiro.
— Não… Óbvio que não, qualquer cesta suspeita não podemos nos deixar levar pelo cheiro temos que analisar as propriedades que poderiam levar a um rejuvenescimento dessa natureza. Completa Koushiro.
— Estavam bem fofinhos e frescos os bolinhos. Lembra Veemon lambendo os lábios.
— Também eram cheirosos, me lembro que o Kenzinho não queria pegar, pois poderia ser de alguém que esqueceu, mas o estômago dele fez um barulho e o Daisuke o fez sentir o cheirinho foi aí que todos não saímos de perto da cesta, era sempre só mais um, mas quanto mais comíamos mais vontade dava. Explica Wormmon.
— O nome disso é gula, deixaram o estômago falar olha aí o problema em que se meteram e nos meteram. Adverte a felina com cara de poucos amigos.
(...)
Todos partiram em suas missões, deixando Sora e Hikari com os bebês que não dormiram nem por cinco minutos.
— “ Eu já to cheio disso! Temos que encontrar o responsável por isso”. Fala Daisuke.
— “Motomiya, mal nos levantamos sem ajuda, mas eu concordo com você”. Ken se esforça pra se sentar e Daisuke faz o mesmo, mas os dois só viraram pro outro lado do berço e ficam de bruços.
— “Agora eu sei como uma tartaruga se sente quando cai de casco virado”. Reclama Daisuke.
Sora e Hikari ouvem a conversa dos amigos pela babá eletrônica.
— Vocês dois não dormem não eih? Pergunta Sora.
— Aw até como bebezinhos são agitados, quer nanar não seu lindo? Acho que enquanto terminamos a papinha deles podemos fazer um cercadinho de travesseiros.
— “Papinha? Hikari-Chan está exagerando, primeiro o berço, fralda, mamadeiras, me põe no chão”. Daisuke tentava sair do colo da castanha.
Sora e Hikari soltaram os dois no chão e pegaram um monte de cobertores e travesseiros que ninguém tava usando e montaram um cercadinho improvisado na sala, as vistas delas.
— “Essa é a nossa chance”. Daisuke sai engatinhando e Ken o acompanha.
— “ Onde vamos?” Pergunta Ken
— “ Atrás do responsável por isso”. Responde o ruivo.
—“Motomiya é arriscado, não estamos nem com nossos parceiros nem com o D-3”. Adverte Ken.
Os dois pararam no alto da escadaria que dava acesso a casa do gennai.
— “Eu sabia que era grande essa escadaria, mas nunca imaginei que tanto” Ken se senta no degrau.
— “Temos que ao menos”... Daisuke foi interrompido pela chegada de Hikari que o pegou no colo, Daisuke tentava se soltar, apontava lá para baixo.
— Vocês dois querem nos matar é? Olha o tamanho de vocês pra ir fazer caminhada na floresta, e ainda podiam se machucar na escada. Sora dava bronca nos pequenos segurando Ken, fazendo eles se entreolhar.
— “Não é a toa chamarem ela de mãe do grupo” Ressalta Daisuke.
— Vamos pra dentro. Hikari entra sendo seguida pela ruiva, ambas colocam os bebês no cercadinho de travesseiros, os dois se debatem tentando sair.
— Daqui a pouquinho o papa fica pronto, pega a pepeta aqui, você também Kenzinho. Hikari coloca a chupeta nos dois e vai com Sora pra cozinha.
— “Elas não podem estar falando sério sobre a gente comer papinha”. Reclama Ken.
— “ A consistência daquilo parece vômito, não era a toa eu usar pra fugir da detenção” Confessa o ruivo.
— “ Usava papinha pra fugir da detenção”? Pergunta Ken.
— “Jogava no chão e colocava umas três colheres na boca cuspia, parecia vômito”. Se gaba Daisuke.
Após umas horas, todo mundo estava de volta, Iori e Takeru trouxeram os carrinhos e brinquedos, era só o que faltava pro cercadinho ficar completo.
— Esses eu trouxe da lojinha de bebê, afinal mordedor não é uma coisa que se passe de geração em geração. Takeru abre as embalagens e da para eles.
— Os carrinhos só precisam passar um pano úmido ta bem conservado. Analisa Joe.
— O cercado ficou uma graça meninas! Bom trabalho, vamo papa coisa kawaii. Miyako levanta e pega Ken já colocando o babador.
Na mesa o cheirinho do almoço estava delicioso, aguçando a fome de todos, mas pra surpresa dos dois uma outra colherada foi oferecida, cheia de papinha.
— “Eca Miyako-Chan, eu não quero comer isso. Ken engolia uma parte e cuspia outra.
— “ Hikari-Chan, me passa o frango”. Daisuke tem uma colherada caprichada da pasta verde colocada na boca.
— Que gosto tem isso, é bom? Pergunta Veemon.
— Eu também quero. Pede Patamon.
O alaranjado prova e gosta do prato.
— Tem alguma coisa que você não gosta de comer pata?Pergunta Taichi.
— Sem ofensa, mas a comida da senhora Yagami não é muito saudável. Patamon fala todo sem jeito.
— Por que não diz logo ruim? Pergunta Taichi zombando.
— Só diferente! Hikari entra na conversa.
— Diferença de bom pra ruim, a da mamãe só conheço um santo pra ter gostado não é não fagulha. Taichi zoa Koushiro.
— A senhora Yagami só tem umas receitas peculiares. Lembra Koushiro.
— Sei não todo mundo que come acaba preso no banheiro, eu tive a prova do que o Taichi-Kun disse. Responde Patamon.
— Aquela noite foi azeda, não deu pra dormir no quarto do Taichi não. Tava difícil definir o pior, Hikari, Taichi, Agumon ou Patamon. Indaga Tailmon.
— Tailmon, olha o que você fala na mesa. Repreende Hikari corada por ter sido sitada.
— Pensa por um lado bom seu namorado não ouviu. Provoca Taichi.
— Vamos parar com o concurso do mais flatulento? Ninguém vence o Taichi não. Yamato pentelha.
— Na mesa não é o melhor lugar pra falar de puns gente, acaba o apetite. Joe reclama.
— É que ninguém dormiu com a Sora dentro de uma barraca depois do jantar ser truta com repolho. Taichi arranca gargalhadas dos digiescolhidos e Sora corre atrás do líder e o acerta um cascudo.
— Uhm, e depois os dois deram um amaço na barraca? Pergunta a veterana da sinceridade olhando para os amigos maliciosa, imediatamente os dois ficaram vermelhos como tomate.
— Mimi-Chan já pensou em ser santa casamenteira, nunca vi gostar de formar casal assim. Reclama Sora ainda vermelha.
— Eu acho que eu não dou para cupida, eu tento ensinar os meninos como se faz e termina o cara querendo um teste. Conta a sincera, você bem sabe né? Mimi pisca pro castanho.
— Você não toma jeito! Takeru revira os olhos.
— Você precisa abrir essa listinha ai, depois que o Ken for nanar. Miyako levanta e limpa os dedos de Ken que estavam pegajoso devido a papinha, limpou a boca dele e o colocou no cercadinho.
— Essa agora! Até eu to curiosa. Confessa Hikari.
— Aqui o suquinho deles, Sora traz duas chuquinhas.
— Essas mamadeiras são pequenas. Comenta Agumon.
— Essa é pra dar suquinho, água, chazinho. Miyako explicava dando o suco.
— “Miyako, eu não preciso de outra mamadeira”. Reclama Ken.
— Vocês estão colocando eles pra arrotar?Pergunta Koushiro.
— Aquele vídeo foi muito útil. Agradece a violacea.
Depois de muito conversarem sobre diversos assuntos na frente dos meninos que eles juravam que não entendiam a conversa, Miyako trocou a fralda de Daisuke e Taichi trocou a de Ken, não sem jogar a fralda ensopada em Koushiro e sem querer acertar a própria irmã.
— Terminou? Pergunta Hikari
— Me perdoa era pra acertar o Koushiro… Hikari não deixou seu irmão terminar e pegou a fralda de Daisuke e lançou em sua direção acertando suas pernas.
— Ecaaaaa. Um grito foi preenchendo o comodo.
— “ Esse povo é que vai tomar conta da gente”? Pergunta Ken.
— “Cada um tem a babá que merece”. Comenta Daisuke rindo da treta.
As meninas decidiram levar os meninos pra um passeio já que agora tinham os carrinhos ficava mais fácil.
— “Não bastasse estar presos nesse corpo, ainda tem um cinto, Hikari-Chan, me tira daqui”. Pede Daisuke.
Hikari ouve os choros e todos cercam o carrinho.
— Fica calminho, você não queria passear? Aqui, você vai bem confortável. Hikari e Miyako cobriam os dois e por último colocam a chupeta.
Daisuke mesmo com a chupeta ainda estava com cara de choro.
Elas colocaram os móbiles no alto do carrinho.
— Kenzinho você ta muito fofo deitado ai todo embrulhado. Wormmon conversa com o parceiro e o mesmo tentava, e tudo o que ouvia era a língua de bebê.
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