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História Operação Babá - Operação: Não Esconda


Escrita por: Beakhyun e Taezz-ie

Notas do Autor


@chanyoel: Sem comentários, eu só queria dizer que estou muito feliz e darei um pequeno aviso kdkskd alguns comentários ainda serão respondidos por minha pessoa, okay?

Boa leitura.

Chogiwa ~
@Beakhyun: BOA NOITE MEUS AMORES, como vocês estão? Espero que bem viu?

Aqui estamos nós com mais um capítulo cheio de amor ><

Ah, só para avisar, que a partir desse capitulo as coisas vão ficar bem...

ENFIM, muiiiiiiiiiiiiiiiito obrigada pelos comentários e pelo 1k de favoritos AAAAAAAAAAAAAAAAAH eu fico tão feliz vendo o quanto de amor que estamos recebendo ;;; Amo vocês <3

Bem vou deixar vocês lerem em paz e.e

Boa leitura <3

Capítulo 11 - Operação: Não Esconda


 

Muitas das vezes disse que acordar com o despertador era pior coisa do mundo correto? Vamos fingir que nunca falei tal coisa, pois a forma de acordei superou tudo. Agora é a parte em que vocês perguntam, como você acordou, não é?

Vamos dizer que ter duas crianças pulando em cima de você gritando “bom dia” enquanto tem uma voz de fundo rindo de mim na maior cara de pau não te ajuda a ter um despertar muito bom.

 

Como se não bastasse quase quebrar meus grandes ossos frágeis, eles começaram a gritar “Acorda” diversas vezes. É assim que é ser pai? Não que eu me considere pai deles, pff, longe disso.
 

— Certo, certo acordei. – Disse com a voz alterada pelo sono, fora que eu ao menos enxergava algo direito, mas não foi nenhum mistério saber que eram aqueles pequenos travessos.
 

Mesmo sentado sentindo que meu corpo ainda não estava cem por cento, pois as dores e a quentura ainda estavam presentes, ninguém consegue voltar a dormir deste jeito, certo? Não tive escolha a não ser levantar para pegar aquelas duas pestinhas que só pararam quando eu despertei e comecei a dar sinais de que iria pegá-los, assim ambos gritaram para fora da cabana indo de encontra aquele que antes ria do lado de fora.
 

— Se sente melhor? – BaekHyun perguntou assim que cheguei descalço a seu lado. Ele estava agachado distribuindo pratos de plástico sobre a toalha quadriculada posta no chão.

— Aham, deve ter sido remédio que você me deu, eu dormi muito bem, obrigado… – Respondo coçando os cabelos bagunçados, afinal, por quanto tempo eu dormi? Parece que eu hibernei igualzinho a um urso.

— Não foi nada… – Impressão minha ou suas bochechas coraram? Deve ser impressão, eu ainda estou muito doente, devo estar vendo coisas. Byun BaekHyun nunca fica envergonhado.
 

Tá, mas o que acabou de acontecer com certeza não foi um delírio. As crianças corriam desesperadas ao redor da toalha, MinHa carregava sua boneca de pano e ia apressada atrás de SenJi, mas claro, nunca que isso iria acabar bem. Não demorou muito para que o pequeno garotinho desse um passo errado e caísse dentro da toalha, ótimo ele apenas caiu, até aí tudo bem, somente quando BaekHyun levantou a criança que vimos o real estrago. Ele havia esmagado o bolo de laranja.
 

Digo e repito, ele havia esmagado o bolo de laranja, vocês não estão vendo a gravidade do bagulho.
 

Cara, eu estava de olho nesse bolo delicioso desde o momento em que vi o Baekkie pondo os pratos sob o pano, vocês não tem noção no buraco que se formou em minha barriga. Está doendo tá?
 

— Chan, calma… Tem outras coisas para comer aqui – O meu amigo começou a falar vendo minha cara de choro, ele sabia minha paixão por bolo de laranja. Eu não quero mais merda nenhuma, eu quero meu bolo.

— SenJi… – Eu chamei o garoto com o rosto sujo de bolo, enquanto eu fungava segurando meu choro na garganta — Vem aqui, conta para o hyung, o que do pobre bolo fez para você? Não sabia que ele estava destinado a vir parar em minha pança?

— H-Hyung… É só um bolo… – Ele disse batendo a ponta de seus dedos indicadores um no outro enquanto olhava pro chão. Foi dita a frase proibida irmãos, me segura.

— Pequeno, entenda uma coisa com seu hyung, nunca, nunquinha, em hipótese alguma, você deve falar isso, não é apenas um bolo, é um bolo de laranja, tem noção da gravidade que você causou? – Disse vendo os olhinhos pequenos em minha frente se encher de lágrimas e automaticamente os meus também. Vou chorar dignamente.

— ChanYeol, para com essa palhaçada! – O Baekkie veio até mim e me deu um baita de um tapa na nuca.
 

Senhoras e senhores, se eu estava segurando o choro antes, agora não estou mais.
 

Não estaria chorando pelo tapa em si, pois nem foi tão forte, mas sim pelo meu bolo, poxa, meu bolinho. Eu parecia uma criança quando não ganhava o doce prometido pela mãe, e vamos dizer que tiraram meu doce. Nunca vou superar isso.

Com o meu choro, não só o SenJi entrou em desespero, mas o BaekHyun também. E lá estávamos nós – SenJi e eu – chorando e soluçando. Parecia que havíamos apanhando uma surra, só faltava minha mãe aparecer e perguntar se eu não queria que ela fizesse eu chorar com vontade.
 

— Minha nossa, Chan, não chora, não faz isso… – O Baek olhava para mim e para o SenJi, ele estava totalmente desesperado sem saber em quem acudir. — MinHa, pelo amor, acalma teu irmão.

— Tudo bem oppa – E lá foi à garotinha que observava a cena toda com um sorriso em seus lábios, pegar a mãozinha de seu irmão e puxá-lo para barraca — Jiji, vamos brincar, tem uma bola na minha mochila, hun?
 

Isso foi o bastante para ele se aquietar.
 

— Chan, olha para mim – Ele me chamou e eu continuei com minha cabeça baixa, o que eu não esperava ele segurar meu rosto com suas duas mãos deixando um leve carinho em minhas bochechas que estavam avermelhadas por culpa do choro, mas agora era pela vergonha — Eu não queria fazer você chorar…

— B-baek… – O chamei dentre soluços, mas não consegui terminar a fala, o choro estava demais. Parecia que eu não chorava há anos.

— Shiii… Se acalme, hun? – Com isso ele deixou um selar demorado em minha testa me deixando totalmente desnorteado. O que está acontecendo?
 

Como não bastasse ter beijado minha testa ele me puxou para um abraço, quase me acomodando sobre seu corpo. Parecia que ao sentir seu corpo quente e pequeno me deixou mais choroso, porque só chorei ainda mais enquanto envolvia meus braços em seu corpo.

Uma das mãos de BaekHyun deslizavam por minhas costas me trazendo um bem estar incomum, eu nunca havia sentido isso antes. Sua outra mão estava localizada em minha nuca onde ele deixava um singelo carinho ali.
 

— Baekkie, por que você está fazendo isso? – Perguntei logo depois de certo tempo. Meu choro já havia cessado e agora eu só fungava contra seu ombro enquanto ainda recebia os carinhos do menor.

— Só… Não gosto de te ver assim – Ele disse quase num sussurro apertando minha blusa com força. O que está acontecendo com ele?

— Você ficou é com pena que eu sei – Disse recebendo uma risada do menor como resposta. A sua cobra.

— Pior que não, acredite em mim, tudo que digo sempre será verdade – O loiro disse se afastando do abraço lentamente deixando outro selar em minha testa e por fim se levantando, como nada tivesse acontecido.
 

Depois desse chororô todo, nos afastamos e eu não pude evitar ficar envergonhado pelo que acabou de acontecer, não é todo dia que se chora por um bolo, mas poxa era o bolo de laranja, não dava para ser forte, entendam.

As crianças voltaram cansadas, como se tivessem corrido uma maratona, depois que perceberam que eu já não chorava mais e estava tudo bem, então sentamos com as pernas cruzadas e tomamos um delicioso café da manhã… Sem bolo de laranja, eu tive que comer torrada.
 

BaekHyun perguntou se eu estava bem e por precaução me deu remédio de novo, quase jogo na cara dele aquela pílula mais amarga que o cão, porém eu o entendia, ele estava apenas preocupado, então como um anjinho que eu sei que sou peguei e tomei sem birra. Em seguida as crianças ficaram sentadas enquanto arrumamos tudo, na verdade eles queriam correr por aí, mas de barriga cheia nem pensar.
 

Pude perceber que só a MinHa havia se sentado no pano – bem ao meu lado para ser mais específico – enquanto SenJi estava de pé atrás de mim cutucando minhas costas como sua vida dependesse disso.
 

— Hyung… – Ele chamou baixinho e eu com essas baitas orelhas. Virei para ele vendo seu rostinho avermelhado juntamente com um bico formado. Sou cardíaco, não aguento isso não.

— Diga pequeno – Digo olhando para seus olhos levemente molhados. Está certo que eu estava bravo por ele ter arruinado com meu bolo, mas ele não fez de propósito…

— E-eu… Queria pedir desculpas, não queria cair em cima do seu bolo… Hyung eu vou pedir para omma fazer um para você! – Não pude evitar sorrir ao ver o pequeno garotinho dar uns pulinhos enquanto fazia gestos desconhecidos com as mãos. Eu não aguento isso.

— Tudo bem, você está perdoado, agora vem cá – Com isso eu peguei o corpo do pequeno e trouxe ao meu colo onde eu o massacrei um pouco causando umas risadas gostosas do mesmo.
 

De alguma forma, eu não conseguia mais ficar bravos com eles por muito tempo, é como eles estivessem tornando uma parte muito importante de mim. Pareciam meus filhos.

Com aquela brincadeira toda eu só soltei SenJi quando ele pediu arrego e claro que eu todo sorridente soltei ele e pude ver o Byun me olhando de maneira totalmente alegre, seus olhos me observavam de maneira estranha… Pareciam expressar carinho.
 

BaekHyun guardou a toalha do chão em uma sacola e os pertences assim que terminou de lavar, agora seria hora de dizer adeus ao acampamento, ainda hoje os pequenos tinham aula. MinHa se despediu das coleguinhas, já que todas as crianças, que eu nem lembrava que estavam ali também, iriam junto dos coordenadores do colégio em um ônibus grande.
 

— Chan, seu pai já chegou, pegue as crianças e vamos subir para a entrada. – O Byun disse juntando todas as sacolas e as bolsas nas duas mãos.
 

Assim como pediu, segurei na mão dos pequenos que carregavam a própria mochila e enfim caminhamos calmamente até a entrada junto de alguns estranhos que seguiam para o mesmo lugar, agradeci internamente, pelo menos assim não nos perderíamos de novo.
 

De longe eu pude ver meu pai do outro lado do estacionamento, e eu dei graças a Deus por ver a Mercedes preta dele no meio daqueles carros, só que tinha um pequeno problema, ele havia parado praticamente no final desse negócio. Eu não aguento mais caminhar. Eu estava a ponto de tirar meus pés e por na minha cabeça, depois quando eu chegar em casa eles irão pedir greve de caminhada.       
 

Quando finalmente todos nós chegamos perto do carro, meu pai no mínimo abriu a porta para a gente, jogamos tudo no porta-malas deixando uma total desordem, acredita que ele fez eu e o Baek voltarmos só para arrumar? Eu não entendo essa gente, não é como se fosse ficar lá para sempre.
 

Posteriormente, caímos na estrada assim que arrumamos a bagunça no porta-malas, as crianças acabaram por dormir no meio do percurso e comigo não foi diferente, eu não sei se isso era uma macumba que todo carro tem, só sei que meus olhos pesaram e eu senti aquele leve cansaço incomum vindo, então me ajeitei no banco para que tirasse um cochilo, porém antes de encostar a cabeça próximo a janela, algo chamou minha atenção.
 

BaekHyun estava em uma briga acirrada contra o sono, sua cabeça não parava de balançar para frente e sempre que o carro passava por um quebra mola ele acordava novamente tentando evitar tudo, mas eu sabia que ele estava morto de cansado pensando que se dormisse agora não acordaria mais.
 

Com isso, levei minha mão até seu rosto e puxei lentamente seu peso contra meu ombro, ele estava de olhos fechados e praticamente dormindo sem ao menos perceber, então não foi problema algum encostá-lo ali. Estávamos sentados no último banco do automóvel, as crianças já dormiam e estava tudo calma, logo estiquei meu braço e peguei meu celular conectando o fone em seguida, desculpa mundo, mas eu adoro dormir ouvindo música ainda mais no carro.
 

BaekHyun só se moveu para ficar confortável enquanto me usava de travesseiro, mas o que eu não esperava era que o baixinho agarrasse meu braço com força, não reclamei, na verdade eu só tive que segurar o sorriso só no pensar de ser seu “urso de pelúcia” do momento. Com o pequeno ainda inerte, levo o outro lado do fone até seu ouvido e dei play na última música que estava escutando.  


“Say you like me - Acoustic
We the kings”

 

Começo a cantarolar baixinho e em seguida apoio minha cabeça na do menor, isso só facilitou o sono a me atingir forte e sem ao menos perceber eu acabei dormindo ali mesmo.


.
.
.

 

— ChanYeol – Eu ouvia uma voz bem, mas bem distante me chamando. Será que eu morri e não sabia? — O garoto preguiçoso, levanta que você tem que ir para escola.
 

Escola.
 

A palavra que faz eu pegar trauma, já que na época em que eu estudava no turno da manhã, minha mãe vivia me acordando aos gritos, muitas vezes pensei que a casa estava pegando fogo de tanto que ela gritou, mas no fim ela apenas disse “era para você acordar”. Juro que fiz greve naquele dia, greve de não dar beijinho de despedida. Ela não merecia.
 

— Pai? Que?... – Eu olhei para o lado sentindo a falta de um peso em meu ombro, Baek não estava mais aqui — Pai, cadê o Baek? Ele está bem?

— Ele está na casa dele, ele disse que ia se arrumar e que te veria no colégio, agora levanta dai. – Ele deu uns tapinhas em minhas coxas e me deixou ali dentro do carro com o tal pensamento:
 

Por que o Baek foi à primeira coisa que veio em minha mente ao acordar?
 

Soltando um suspiro, retiro-me do carro vendo que estava na garagem de casa. Fechando a porta do automóvel, entro em casa voando meus cachos, já que é muito provável que eu esteja atrasado, a vida nunca coopera comigo mesmo. E nem meus pais pelo visto me acordar antes.
 

Eu só pensava se as crianças estavam bem, provavelmente a Sra. Lee veio buscá-los no carro, nem pude me despedir.
 

Tomei um banho rápido e vi o relógio da cozinha marcando “12h45min”, puta merda. Novamente eu chegaria atrasado e ninguém estaria surpreso, afinal, quando Park ChanYeol chegou na hora certa? Nem mesmo quando vou encontrar o BaekHyun eu chego no horário em que marcamos.
 

Minha gravata torta não era um incômodo, mas para minha mãe foi totalmente o oposto, pois assim que eu terminei meu almoço ela me parou na porta e me obrigou a pentear os cabelos e ajustar o uniforme amassado. De acordo com ela, nossos vizinhos falariam mal da família se me vissem saindo assim de casa.
 

Eu já estava pronto para voar porta a fora quando escutei a seguinte palavra.
 

“Carona.”
 

Meus pés travaram na hora e eu corri o risco de levar uma queda e tanto na escada da varanda.
 

— O que a senhora disse? – Perguntei, era bom demais para ser verdade.

— Eu perguntei se você não quer uma carona para o colégio. Andou limpando o ouvido direito, meu filho? Pois se não estiver, olha eu…
 

Impeço de continuar falando ao lhe dar um abraço repentino, seguido de vários beijos no rosto, ela ficou surpresa mais começou a rir com meu ato.
 

— Que bicho te mordeu ChanYeol? – Desconfiou, que feio, parece até que eu só a abraço para ganhar alguma coisa, olha eu não sou interesseiro não.

— Obrigado mãe, sério, salvou minha pele agora, vamos!
 

Fui contente para a garagem, logo depois de dar mais um abraço em minha mãe, ela pediu para que eu esperasse um pouco que ia buscar a bolsa no quarto, o grande problema. Minha mãe não é do tipo que fala e faz, ela fala e tudo em seu caminho tira a concentração, como por exemplo, parar para se olha no espelho, até que de repente vê que a maquiagem está borrada, no final refaz tudo e eu o idiota do filho atrasado preciso esperar milênios. Não desejo isso para ninguém.


.
.
.

 

Finalmente cheguei ao colégio com dez minutos de atraso no bolso, me despedi rapidamente e corri desesperado já que o porteiro estava prestes a fechar o portão, mas se estivesse fechado eu o faria abrir com certeza, somos conhecidos de tantas as vezes que chego com uma maçã ou pão na boca como almoço.
 

— Atrasado de novo Park? Anda vá para a aula, e não use drogas menino!

— Pode deixar Sr.
 

E eu tenho cara de drogado? Não responda.
 

Corri depressa pelos corredores a fim de chegar à sala antes da chamada, então finalmente meus olhos alcançam “sala 203”, solto um suspiro aliviado e abro a porta pedindo licença e dessa vez tinha professor na sala. Que lindo ChanYeol!

O professor de História me encarou como se fosse me comer vivo, já que interrompi sua leitura. Peço desculpas rapidamente e o mais estranho, todos me encararam como se estivessem prendendo o riso, eu não vi graça nisso tudo, perdi alguma coisa?
 

Por causa disso tudo, eu tive que ler o resto do capítulo até o sinal bater e quando finalmente o toque estridente soou por todo colégio eu me joguei na cadeira ao lado de BaekHyun que ria da minha cara. Graças a isso finalmente percebi algo estranho, LuHan novamente ocupava a carteira a frente de Byun e eu percebi que vez ou outra eles sussurravam durante a aula. Se eu fiquei bem com isso? Claro, eu sou um menino da paz.
 

Passou-se então mais uns tempos de aula e agora estávamos no laboratório de química e a única coisa que eu recebi do Byun foi um “Oi”, nem um “Tudo bem? Ainda tá doente? Quer remédio?” pois então meus caros, fiquem de olhos abertos para estranhos que pedem sua ajuda e depois roubam seu melhor amigo
.

Meu rosto distorcido em uma expressão emburrada quase me concedeu uma ida para a detenção. Esses professores de hoje em dia que pensam que tudo tem haver com eles, eles que são os verdadeiros drogados desse colégio.
 

Estava lendo o livro enquanto misturava alguns experimentos com a ajuda de SeHun, meu companheiro de laboratório. Isso não me deixou nenhum pouco contente, na verdade meu dia passou de mal a pior, mas como o professor que escolheu eu não tinha como não aceitar.
 

SeHun falava alguma coisa qualquer sobre eu não poder fazer as misturas, mas eu ignorei totalmente quando de repente um papel dobrado caiu sobre minha mesa, olhei para os lados e encontrei BaekHyun apontando para o papel com LuHan ao seu lado, mas o de cabelos dourados e rosto de porcelana não me encarava, ele observava meu companheiro maldito. Enfim, ignorei novamente, não estava com saco, sabe quando você só quer que o dia chegue ao fim para que finalmente possa cair na cama e dar adeus ao mundo? Era o que eu mais desejava.
 

Minha atenção se virou para o papel amassado, as linhas de cor cinza e desenhos de coração na borda só me lembravam o caderno de BaekHyun.


“Que cara de bunda é essa? Vai acabar ficando velho cedo Park.”

 

Segurei o riso, tive que pôr a mão na frente da boca para não atrair a atenção do professor gordo sentado lendo uma revista em quadrinhos.


“E o que você tem haver com isso? É melhor continuar dando atenção ao seu novo melhor amigo se não ele fica carente.”
 

Rabisquei uma resposta rápida do outro lado do pedaço de folha rasgado e joguei na cabeça dele fazendo com que parasse em sua mesa também. Permaneci com o rosto virado em sua direção para poder observar atentamente sua reação, enquanto SeHun resmungou novamente e eu somente me perdia em BaekHyun que começou a rir baixinho com o que eu havia escrito.
 

O papel cheio de frases voltou para minha mesa e dessa vez com uma resposta, prendi o riso escandaloso ao ver que acertou a cabeça de Oh, então fui ágil em tomá-lo de suas mãos.


“Besta, está com ciúmes por acaso, Park? Enfim, quer dormir lá em casa hoje? Podemos estrear o jogo novo que meu irmão comprou.”

 

Logo fiquei animado e risquei uma resposta atacando a cabeça de BaekHyun em seguida.


“Ciúmes? De você? Nunca… Enfim me espere em sua casa.”


.
.
.

 

Sem dúvida hoje foi o pior dia, aí você pergunta, “Mas por que ChanYeol, você tá passando fome é?” Não meus caros, mas é bem pior que isso. Como BaekHyun me chamou para dormir na casa dele, eu pensei que voltaríamos juntos, resposta? Fui iludido, na verdade ele disse que iria depois e eu poderia ir na frente, então eu tive que enrolar em um café qualquer, meus pais não estariam em casa mesmo.
 

Quando o relógio marcou “18h00min” eu finalmente saí de lá sem nada no bolso, gastei tudo em bolo e café, mas ninguém precisava saber disso.
 

Avistei a casa de BaekHyun, o sol já havia deixado o céu e as estrelas estavam tomando seu lugar, quando bati na porta e a Sra. Byun me atendeu com um sorriso grande no rosto, parece até que estou com uma torta na mão quando na verdade estou sem nada mesmo trazendo mais uma barriga para ela alimentar.
 

— Com licença, o BaekHyun está? – Pergunto sem graça entrando na casa, já que ela havia dado espaço.

— Está sim querido, ele avisou que você dormiria aqui hoje, então espero que goste de macarronada. – Às vezes eu penso que eu e o BaekHyun deveríamos trocar de mãe.

— Gosto sim tia, muito obrigado, vou subindo.
 

Ela assentiu de leve com o largo sorriso ainda em seu rosto que eu fiz questão de retribuir sentindo aquele calor materno em sua aura.
 

Finalmente fui até o segundo andar e entrei no segundo quarto da direita, os adesivos em sua porta lembram-me de nossa infância, a maioria fui eu que escolhi, então adentro sorrindo encontrando um BaekHyun de roupas folgadas e cabelo molhado, com uma mão na toalha que estava acima de sua cabeça e outra no celular.
 

A não.
 

— Não acredito que você me chamou aqui para passar o resto da noite na porra desse celular, BaekHyun.

— Que? Channie, nada haver, eu vou largar tá bom, estava no meio de uma conversa importante.

— Com o LuHan aposto?

— Não…

— Mentira, quer saber? Eu vou tomar banho e se eu voltar e você estiver pregado nesse celular, eu vou tacar ele na sua cara. – Disse indo até o guarda roupa pegando uma muda de roupa e uma toalha. — Eu não estou brincando Byun.
 

Sem deixar com que meu amigo respondesse a tal afronta, eu saí do cômodo indo diretamente para o banheiro.
 

Se eu não tivesse visto as madeixas molhadas de Byun, eu saberia mesmo assim que ele havia tomado uma ducha, já que o banheiro além de estar todo molhado, sua cueca estava em cima do vaso. Ele sempre fazia isso.
 

Ignorando a peça íntima de meu amigo eu retiro minhas roupas colocando as mesmas pondo-as no cesto de roupa. Sou o orgulho da omma Byun.
 

Assim que adentro para baixo do chuveiro, não enrolo muito em passar o sabão em meu corpo, seguindo para o xampu, me desculpa, mas eu sou assim vivo gastando do meu amigo. Assim que fico todo ensaboado, por fim enxáguo meu corpo.

Sem demorar muito já saio do box e pego a toalha que havia deixado em cima da pia – que estava seca – e seco meu corpo.
 

Espero que o Byun tenha largado o celular.
 

Com tal pensamento retirei-me do banheiro praticamente correndo em direção ao famoso quarto de meu amigo. Lá eu pude ver que ele não havia feito o que havia pedido sob ameaça.
 

— BaekHyun… – Digo com a voz baixa num tom de chateação, afinal ele estava pouco ligando para minha existência.

— Eu já estou largando o celular ChanYeol. – Ele disse irritado movendo seus dedos de forma ágil, a forma que seus dedos mexiam-se não parecia que ele estava escrevendo algo.

— Engraçado você havia dito isso minutos atrás – Falei me aproximando da cama. Eu até poderia começar a dar um de ciumento magoado, mas não pude.

— BYUN BAEKHYUN, LEVANTA A BUNDA DESSA CAMA E ME AJUDA A FAZER A COMIDA – Já disse que amo a omma Byun? Não? Saibam disso agora.

— Merda… – O ouço ele sussurrar largando o celular embaixo do travesseiro — TÔ INDO.
 

Com isso ele saiu correndo antes que sua mãe voltasse a gritar com ele. Eu entendo seu medo.
 

Logo que vejo se retirando do cômodo, olho para o travesseiro onde o aparelho eletrônico se encontrava. Pego ou não pego?
 

Pego.
 

Com um pouco de medo retiro o celular dali desbloqueando a tela rapidamente. Por isso adoro o Baek, ele não põe senha nas coisas.

Meu coração batia freneticamente ao ver que seu celular havia recebido uma mensagem. Abaixo a barra de notificação e vejo ali “Lulu mandou uma nova mensagem”.
 

Lulu? É o LuHan? Que está acontecendo?
 

Sem hesitar entro no aplicativo indo diretamente na conversa desse tal Lulu, vendo que de fato era o LuHan.
 

Tá, eu fiquei um pouco surpreso, mas o que me deixou mais apreensivo além da mensagem recebida, foi ver que ele havia apagado metade da conversa, tendo só algumas mensagens de texto, e um áudio do próprio Byun.
 

Engolindo seco eu subo até o “início” da conversa.


 

Lulu
 

Baekhyun, olha, eu realmente tenho certeza disso.

Enviada às 18h32min


 

Baek
 

Lu, não acho isso. Sinceramente olha para mim, por favor né.

Enviada às 18h33min


 

Lulu
 

Byun Baekhyun, me poupe e nos poupe, olha, bate na sua cara antes que eu bata na sua, grato.

Enviada às 18h33min


Baek

Mas vai dizer, ele não liga
Enviada às 18h33min


 

Lulu
 

Não, imagina, ele te comeu com os olhos hoje.

Enviada às 18h34min


Baek

N-não é verdade…
Enviada às 18h35min


 

Lulu

Claro e eu não sou doidinho pelo SeHun.

Enviada às 18h35min


Baek

Bem, você já tem um caminho muito bem andando com ele, já que vocês se pegaram.
Enviada às 18h36min


 

Lulu

 

É e você e o....

Enviada às 18h37min


Baek

Não complete, se completar eu juro que não te conto mais merda nenhuma.
Enviada às 18h37min


 

Lulu
 

Tá, tá, me diz, o que você está sentindo, já que tu fala que eu não te entendo.

Enviada às 18h38min


Baek


Enviada às 18h38min


 

Lulu
 

Iiih, ta gravando áudio…

Enviada às 18h38min


Baek

[Áudio] 00h46min: Tá, tipo… Sei lá. Descobri que está estou começando a sentir coisas estranhas, pelo… Ah você sabe, é estranho, eu tenho medo. Ele não me vê assim, eu tenho certeza. Lu…Por que é tão difícil… Tudo que eu queria era estar abraçando ele beijando, quero algo sério... Me diz o que fazer Lu…
Enviada às 18h40min


 

Lulu

 

Agora está tudo em suas mãos, agarre seu homem.

Enviada às 18h58min

 

Espera, não falem comigo, eu tenho que digerir tudo, tudo mesmo. Desde a parte que Byun BaekHyun está todo best friend com LuHan, até a parte em que meu Baekkie está apaixonado. Eu não sou mais tão confiante assim? Poxa… Ele está gostando de alguém, de um menino pelo jeito, já que LuHan falou isso.
 

Quem poderia ser? Eu não vejo andando com ninguém, olhando para ninguém, só se for algum vizinho, mas o boneco de porcelana falou que o tal cara ficou olhando ele, espera, já sei! O LuHan devia ter vindo aqui na casa do Byun, é isso, tinha que ser isso.
 

Merda, como eu pude deixar que tal coisa catastrófica acontecesse? Meu… Ah, não, não. Eu não vou deixar que isso aconteça, eu não quero que tirem o que é meu de mim, nem a pau, nessa guerra quem vai vencer vai ser eu. Escrevam o que estou dizendo.
 

Eu não vou o deixar ele gostar de alguém que não seja…
 

— O que você está fazendo com meu celular Chan? – Fudeu.
 

Neste momento não podia ser dito quem estava com os olhos mais arregalados, então vamos por que… Isso vai dar merda.

 


Notas Finais


LINK DO GRUPO DE LEITORES:
https://chat.whatsapp.com/CBmiq3YbTVe6c9EPyUYoFR
@chanyoel: Gente, eu só queria dizer que a Beak é rainha dos OS e logo logo alguns estarão por vir, esperem ansioso.

<3
@Beakhyun: NÃO LIGUEM PARA ESSA LOUCA NÃO, mas enfim, tenho umas OS por postar, então fiquem atentos~~
BEM, o que acharam do capítulo? Gostaram? Merecemos comentários? Chocolates? Pedras? Nada? ;;;;

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO <3


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