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História Operação Blitzkrieg - Interceptação


Escrita por: UchihaSpears e Icunha

Notas do Autor


Hello.
Chegamos com mais um cap, antes tarde que nunca.

Capítulo 7 - Interceptação


Londres

Era o último dia do verão, e os verões ingleses são conhecidos pela chuva sempre estragando o final do dia do parque. O clima no Hyde Park, um grande jardim ao centro de Londres, era descontraído, as crianças brincavam com pipas e com bolhas de sabão, jovens e idosos estavam deitados pegando um bronzeado no parque.

Sasuke estava em uma toalha estirada na grama, Sakura estava ao seu lado e soltava bolhas de sabão, coisa que o Uchiha achou divertido e curioso. Uma grande física como ela se divertindo com algo desse modo, era no mínimo fora do comum. Ele não negava que estava apaixonado pela sua liebe, ainda achava fora do normal como tudo entre os dois fluiu. Em três meses ele tinha certeza que tinha encontrado a mulher de sua vida. Ah, como a amava e esse sentimento era reciproco.

Se Sasuke achava aquilo estranho, ela encarava como uma loucura, uma boa loucura que ela estava se entregando de cabeça.

Em três meses, Sakura praticamente estava morando com ele no quarto que ele tinha alugado. Era divertido. O quarto dele tinha uma cama de solteiro, e por questões de contrato com o dono da pensão ele não poderia trocá-la, já que era antiga. Os dois dormiam na cama de solteiro, Sakura sempre encolhida e sempre de “conchinha”. Ali pela noite sempre faziam planos para o futuro e conversavam varias besteiras deles. Era algo único.

A vida deles não poderia ser tão feliz.

— Último dia de verão. — Sakura comentou com certa tristeza. Só de pensar que um inverno rigoroso viria pela frente já ficava entristecida. Não teria mais parques ao sábado.

— No ano que vem tem mais. — ele disse em seu modo brincalhão.

— Engraçadinho. — ela fechou o pote de água com sabão e deitou-se ao lado dele. — O melhor verão de todos. — ela não acreditava em amores de verão, até encontrá-lo.

— Falei com os meus pais. — Sakura levantou-se curiosa e se sentou ao lado dele. — Hm, eles não aprovaram a ideia de eu ficar por aqui.

— Como não? Você disse que nos fins de semana irá visitá-los? São poucas horas de trem, eles sabem.

Nem tudo era perfeito, Sakura ainda acreditava que ele era um inglês do norte, e nem se passava pela sua cabeça que ele era alemão.

Essa era a mentira que tirava o sono de Sasuke pela noite, como ela iria reagir?

Eles conversavam sobre muitas coisas e em uma de suas conversas falaram sobre a Alemanha. Sakura falou o que achava daquele país, contou o que achava da Tsunade e sua forma de governar, ele admirava a capacidade da física poder falar sobre tudo, algo raro no mundo das exatas e por fim ela contou sobre a sua família, de como sua avó foi assassinada pelos nazistas e tocou no nome de sua família.

Sakura conhecia aparentemente os Uchihas, o que surpreendeu Sasuke. Ainda mais quando soube que a mesma tinha um rancor deles, chamando-os de assassinos e dizendo sobre como esperava por justiça.

Sasuke sentiu naquele exato momento que não poderia contar nada para ela de quem ele pertencia, quem realmente era. Ela não queria perdê-la, e decidiu que iria manter a sua farsa.

— Seus pais são tão complicados, se quiser eu posso falar com eles. Nó iremos lá. — ela sugeriu, nem desconfiava.

— Não, eu falei da minha decisão para eles, vão ter que aceitar. — ele alisou o rosto dela. — Eu te amo.

— Eu também te amo, mas não quero que crie atritos com a sua família por mim, esse não será um bom jeito de eu entrar nela, seus pais não vão gostar. E imagine a sua mãe, que impressão eu irei ter para minha sogra. — ela exibiu uma feição preocupada, da qual Sasuke achou graça.

O que a mãe dele pensaria?

Mikoto Uchiha não era uma simples dona de casa, ela trabalhava para a führer nos laboratórios químicos, desenvolvendo armas químicas para o império. Era uma química privilegiada. A senhora do mal.

Sakura não teria chances com ela quando soubesse que a senhorita Haruno era uma judia.

— Não vamos nos preocupar com isso agora, certo? Vamos curtir o verão e alugar uma casa ou apartamento. O que acha?

— Podemos começar com um apartamento. Quando nos casarmos.

Eles falavam sobre casamento mesmo em pouco tempo, não era algo estranho para eles.

— Uma casa, eu quero um cachorro. — ele disse. Era a sua paixão.

— Um Yorkshire, tudo bem.

— Não, um cachorro de verdade, Husky, um pastor Alemão.

— Esses são proibidos, você sabe.

Sasuke assentiu com a cabeça, claro. Como o próprio nome já mostrava, eram alemães. Eram proibidos em todos os lugares, menos na Alemanha. Ele lembrou-se do seu velho cachorro Aoda, um pastor alemão, morreu de idade.

— Um Golden?

— São bagunceiros, temos um tempo para pensar. — ele a aproximou de si, colocando-a sobre o seu corpo.

— Tenho uma coisa para te contar. — ele fez um ar de suspense.

— O quê?

— Estou correndo um risco sério de viver pra sempre com você.

***

O balançar do trem naquela altura já não incomodava mais os tripulantes vindo do futuro. As ferrovias daquela época não eram tão eficientes, e os trens não tão velozes cruzavam as estradas de ferro. Normalmente uma viagem de Frankfurt para Paris não duraria sete horas cronometradas no relógio, porém com os trens da época e os empecilhos pelo caminho, os dois viajantes tinham quase dezoito horas de viagem pela frente.

Sakura estava terminando de se arrumar no banheiro da suíte. Tinha roubado um vestido de uma mulher da cabine ao lado e torceu mentalmente para ela não aparecer pelo jantar.

Sasuke ajeitava a insígnia nazista em seu peito, nada orgulhoso. Sua mãe costumava a falar que ele parecia com o seu avô Madara mais jovem, Sasuke via o seu reflexo no espelho, a semelhança era incrível.

— Estou pronta. — Sakura anunciou, saindo do banheiro. Estava com um lindo vestido azul marinho decotado e brincos de esmeraldas compridos. Sasuke olhou de cima a baixo, contemplando-a.

— Está linda. — ele falou.

— Sempre fui. — ela disse com desdém, não se importou com o elogio dele, aliás, conhecia demais.

— Vamos repassar o que fará no jantar?

— Basicamente sorrir, acenar com a cabeça e fingir que estou com uma tosse que me impede de falar. — os dois ensaiaram bastante pela tarde. Sasuke ensinou algumas palavras em alemão que poderia ajudá-la. — Supondo que será uma conversa de homens, então mulheres não serão muito aproveitadas.

— Bombas são mais interessantes para eles. — ele riu, para um alemão, ele tinha um ótimo humor. — Tudo vai dar certo, liebe.

— Não me chame de liebe o tempo todo. — falou. Aquilo a incomodava de certa forma.

— Precisamos conversar e você sabe. Sabe que eu te amei, eu nunca faria nada contra você e se eu neguei meu sobrenome foi por isso.

— Me amou? — ela perguntou com certa mágoa.

— Ainda amo. — respondeu sem delongas, ele parecia verdadeiro, ela constatou.

— Alguns meses depois eu resolvi procurá-lo e honestamente acho que o seu amor por mim logo foi resolvido.

Sakura sabia ser forte na frente dele, mas só de lembrar aquele momento do passado que descobriu, sentiu seu coração despedaçado em migalhas. A separação com ele foi dolorosa. Ainda doía, mas ao longo dos anos ela aprendeu guardar só para si e aquilo parecia já não lhe incomodar.

— Do que fala? — ele franziu o cenho confuso.

Houve um balançar anormal na cabine, com certeza o trem estava passando por um declive, graças à guerra as ferrovias estavam bastante danificadas.

Sakura tombou para o lado da janela, já que estava de salto, isso a desequilibrou, mas Sasuke a segurou.

Ele estava sempre lá a protegendo. Ela pensou.

Malditos pensamentos idiotas. Completou.

— Eu procurei saber sobre você na Alemanha e ainda cometi a loucura de ligar para a casa de seus pais. — Sasuke escutava atentamente o que ela falava. — Descobri que você não morava mais lá e sim com uma mulher chamada Karin.

Sasuke sorriu na frente dela deixando-a ainda mais zangada.

— Karin. — ele repetiu. — Claro, a Karin.

— Fui estupida em acreditar. — ela caminhou até a penteadeira. Soltou os longos cabelos e começou a pentear.

— Seja quem foi que atendeu não mentiu, eu realmente fui morar com a Karin... E o noivo dela. — ele disse em tom tranquilo.

Em nenhum minuto ela cessou o escovar de cabelo, mesmo diante da verdade revelada.

— Aliás, Karin ainda é uma grande amiga.

Sakura deu de ombros.

— Estamos setenta anos atrasados para isso. — ela comentou saindo e não negava que sentiu um alívio ao saber daquilo. Por fim preferiu menoscabar aquela conversa, tinha que estar com a mente na missão, uma conversa dessa com ele a derrubaria emocionalmente. — Temos um jantar para ir, Uchiha.

— Podoslki, liebe. Podolski.

***

A cabine de jantar do trem era algo extremamente sofisticado e glamoroso. Havia um grande lustre no meio, que provavelmente foi fabricado durante o império Austro Húngaro, digno de um czar russo. As paredes eram revestidas de veludo vermelho com bordas banhadas a ouro. As porcelanas francesas e os copos feitos dos vidros de Veneza davam um ar diferente naquele lugar.

Digno de uma corte.

Sasuke entrou de mãos dadas com Sakura, dando a perfeita imagem de um casal apaixonado. O que não era mentira.

Ele saiu cumprimentando os membros do exercito nazista um por um e exibindo sua “esposa” como um troféu. Ela o odiou, mas era uma coisa normal, todos faziam aquilo com suas respectivas esposas.

Sakura não compreendia nada do que eles falavam. Alemão era uma língua complicada.

Ela exibia falsos sorrisos e logo pegou uma taça de martini. Despediu-se dos convidados rapidamente, e assim que percebeu que iria errar a pronúncia de uma palavra fingiu uma tosse e logo se retirou de cena.

Sentiu um alívio imensurável quando saiu daquele vagão. Foi como sair da cova dos leões e ela era a vítima, qualquer deslize...

Foi caminhando para a cabine, todos os passageiros estavam no jantar, os vagões estavam desertos, com exceção de alguns camareiros movendo para todos os lados tentando arrumar os quartos.

— Frase em alemão.

Assim que ouviu a voz ela paralisou, mas logo se recompôs e fingiu que não era com ela, no entanto o homem continuou a falar em alemão, Sakura virou-se e viu que era o homem que lhe observava na mesa.

— Me permita falar em sua língua. Senhorita Poldoski, nascida em Frankfurt e que não sabe falar a própria língua. — ele falou em inglês.

Sakura não se intimidou e deu até um sorriso faceiro.

— Vejo que sabe falar bem meu idioma natal. — ela respondeu em tom desafiador, de queixo levantado e exibindo um olhar penetrante. Não temeu, nem mesmo quando ele empunhou sua pistola.

— Uma espiã no nosso meio. Os ingleses são mesmo desprezíveis.

— Não nos compare a vocês.

O homem, que ela lembrava ter se identificado como Shino, se aproximou dela. Havia uma espécie de brilho maquiavélico nos olhos dele, e ele estava ansioso para levá-la aos superiores para expor a espiã e assistir lentamente a sua tortura até a morte. Era um sádico.

Ele apontou a arma para cabeça dela, mas os olhos verdes não se abalaram.

— Atire! — ela vociferou.

— Corajosa, vamos ver se manterá essa valentia quando a tomarem a força.

Shino a todo o momento encostava seu dedo no gatilho, mas ele não a mataria ali agora. Estava pensando no quanto de mérito ele teria perante seus oficiais superiores quando a entregasse, uma espiã inglesa era um grande prêmio.

— Vamos ao banquete, sua verme. — ele finalizou, porém logo sua voz fora cessada por Sasuke, que cravou um punhal em seu pescoço. O sangue do homem escorreu e aos poucos ele caiu quando o Uchiha retirou o punhal.

— Vim ver o estado de saúde da minha esposa.

— Eu iria resolver isso, sem ajuda. — Sakura olhou o corpo caído, não tinha “pena” do homem.

Sem piedade.

— Temos que nos livrar desse corpo. — ela comentou tranquilamente.

Os dois caminharam com o homem enrolado em um tapete até o quarto deles, Sakura agradeceu por não ter sistema de câmeras naquele trem.

Sasuke estava taciturno e limpava as provas. Mancha de sangue era ruim de tirar, ele teria que ser rápido.

— O corpo. — ele por fim quebrou o silêncio.

— Jogaremos pela janela.

— Estamos passando por uma área urbana, temos que esperar um pouco.

— Sua roupa está suja de sangue. Tem algum reserva?

— Depois farei uma visita em algum quarto por ai. Ainda teremos oito horas de viagem pela frente, não podemos levantar suspeitas.

Sakura concordou.

A janela da cabine foi aberta, o vento frio entrou e a sensação de congelamento tomou conta do pequeno quarto. Sasuke ignorou, pegando o corpo no tapete e o ergueu, jogando fora.

Não via bem onde era o local, sabia apenas que tinha uma floresta lá fora escura.

— Seu uniforme. — a mulher relembrou. Sua vestimenta branca ainda estava suja de sangue, havia respingos em toda parte.

— Agora? — ele não estava tão interessado.

— Melhor maneira de esconder as provas. Retire.

Mesmo sem querer, Sasuke retirou o uniforme. Primeiro seu terno, logo ficou apenas com uma fina regata branca e retirou a calça, ficando apenas com uma roupa íntima antigo, que dava a impressão de ser um short de jogador de futebol.

Sakura se livrou das roupas, deixando apenas as condecorações. Sasuke notou que a mulher olhava admirada para cima, assim que ele olhou percebeu o céu cheio de estrelas.

— Com os prédios e a luz artificial nas grandes cidades, não conseguimos ver. — ela disse admirada com o céu. Parecia um grande tapete escuro com pontos brilhantes.

— Poluição artificial. — Sasuke enfatizou. — Minha amiga Karin tem um mestrado em astronomia, foi sobre isso. Ela surtaria vendo um céu estrelado desse modo.

Sakura logo desviou o olhar, em seu íntimo não gostou de vê-lo mencionar o nome daquela ruiva. Ele percebeu.

— Nunca tivemos nada. — reiterou.

— Eu não falei nada. — ela deu um breve espirro.

— Melhor fechar a janela logo, seu nariz está ficando vermelho. Você fica manhosa quando está gripada. — ele comentou.

Ela sorriu meiga. Ele ainda a conhecia tão bem.

— Tem sangue no seu rosto. — ela pegou um lenço. — Vamos ao banheiro limpar isso.

Sasuke seguiu em silêncio até o banheiro, não era tão grande, mas era sofisticado. O império tinha seus caprichos e requinte.

Sakura molhou o lenço na água e passou no rosto dele.

— Você é alto. Sente-se. Eu não gosto de levantar minha cabeça para cima o tempo todo.

Sasuke se sentou na bacia do banheiro de porcelana, estava tampada.

— Não acha tudo isso maluco? — ela perguntou, ele ergueu a sobrancelha como fizesse uma pergunta. — O passado, viajando no tempo, tudo isso. — ela limpava com cuidado.

— Ainda é inacreditável. — ele respondeu, não era fácil para ele. Em alguns minutos pensava que tudo aquilo fazia parte de um grande sonho, e nesse assim como os bons sonhos, ele temia acordar.

Sakura umedeceu o lenço mais uma vez e passou no rosto dele. Espirrou de lado.

— Não vai ter sopa quente por aqui. — ele comentou, e ambos trocaram um rápido olhar. — Você ainda é a única.

— Não sabemos como será o futuro. Você sabe que existe a probabilidade de nós nunca termos nos conhecido quando voltarmos, certo?

— Lá sim, mas eu ainda me lembrarei de você e do que vivemos...

— Você é horrível. — ela sorriu, deixando ser puxada para o colo dele e alisou o rosto dele carinhosamente. — O que tivemos no passado foi tão insano, até para nós.

— Você gostava.

— Eu amava. Eu me apaixonei por você quando eu te vi pela primeira vez e quando você me tocou naquele dia, eu sei que foi idiota, mas eu te amei.

Liebe.

— Ai veio você e suas mentiras. — citou com certa mágoa.

— Para te proteger, Sakura. Eu estava disposto a largar minha família, eu larguei minha vida em Berlin por você. Éramos felizes. Tirando a parte da nacionalidade, tudo que eu disse era verdade. — ele explicava com olhar sincero, aguardou por uma resposta que não veio e decidiu beijá-la lentamente. Aos poucos ela cedeu, colocando os braços sobre o ombro dele e intensificou o beijo.

Tanto tempo depois, aquela química deles ainda não tinha desaparecido, estava tão viva. Seus corpos precisavam daquele calor perdido.

As mãos dele começaram a subir pelas costas dela, abrindo o zíper daquele vestido, que ele conseguiu abrir rapidamente e baixou as alças, expondo o sutiã que protegia um documento que certamente mudaria suas vidas.

Ela tentou resistir, mas sabia que precisava daquilo talvez mais que Sasuke, e não hesitou mais, cedendo definitivamente às vontades dele.

Sasuke roçou seus lábios pelo pescoço feminino até encontrar o ombro dela. Sakura arfou quando os lábios dele entraram em contato com sua pele e desceram até os seios.

Nunca imaginou que iria sentir as caricias dele novamente, ainda mais naquela situação, naquele momento... Exatos setenta anos no passado.

Era loucura para os dois.

— Não podemos fazer isso aqui. — Sasuke disse erguendo-a e recebeu o olhar confuso de Sakura, que achou, brevemente, que ele não queria fazer isso naquele tempo. Mas, antes que o desgosto tomasse conta dela, ele continuou.

— Vamos para a cama. — e segurando-a nos braços ele caminhou até a cama, onde a deitou. Puxou o vestido dela, revelando um pouco mais de seu corpo.

Ah... Aquele corpo que ele conhecia minunciosamente. Sabia do que ela gostava e seus pontos sensíveis. Conhecia muito bem essa parte.

Sakura era linda, e o seu corpo, era curvilíneo, não era magra e nem gorda, era na medida. Seus quadris eram volumosos e davam um ar ainda mais sexy a ela.

Ela o viu admirando e sorriu, fazendo questão de retirar o sutiã e deixar seus seios expostos. Os mamilos rosados apareceram. Tão delicados e redondos.

Sasuke riu satisfeito e retirou a regata e sua ceroula, ficando totalmente nu. Ela o observou de cima abaixo, ele agora estava com o abdômen trincado, seus gominhos eram visíveis e sem falar das entradas para sua virilha bem protuberantes.

Sakura abanou-se fingindo um calor.

— Sentiu falta? — ele perguntou segurando o seu membro como estivesse o masturbando.

Sakura expressou uma feição misteriosa.

— Senti, principalmente dentro de mim. — respondeu sem delongas.

Ele sorriu de lado. Ela continuava pervertida como sempre, e ele amava isso.

Sasuke ajoelhou-se na cama e tirou a calcinha dela, deixando-a, também, totalmente nua. Ela sutilmente o enroscou com as pernas, trazendo-o para si. Ela queria-o ali.

Ela era mandona na cama e sempre queria as coisas ao modo dela, Sasuke aos poucos foi mudando isso. Claro que ele a deixava mandar, mas também adorava surpreendê-la.

Beijou sua coxa, causando uma cocega gostosa. Ela gostava de tudo tão rápido, ao contrário dele que não tinha pressa, gostava de passar alguns minutos deliciando-se com o calor e o gosto dela.

Sakura soltou um gemido quando sentiu ele se aproximando de sua intimidade. Ele molhou o dedão e encostou no seu clitóris, fazendo movimentos circulares e o pressionando.

Parou para ficar por cima dela e prendeu os braços dela com uma mão, no alto da cabeça. Acariciou a entrada dela com o pênis, subindo e descendo.

— Vai me torturar? — ela disse, sua respiração estava irregular e arfante, enquanto se recusava a perder o domínio sobre ele.

— Só um pouco. — sussurrou em seu ouvido e capturou sua boca, beijando-a novamente.

Ele se afastou e ela o olhou provocante, vendo-o se posicionar em sua entrada. Sakura já aguardava completamente molhada. Ambos estavam sedentos por aquele momento.

Sasuke penetrou lentamente e sua boca sagaz beijou o pescoço dela, descendo pelo colo, para alcançar outra vez os mamilos rosados.

Ela gritou quando as caricias se intensificaram, o prazer emanava de todo seu corpo. Não sabia bem onde sua mente se encontrava. Sasuke fazia aquilo de um jeito tão dele, dando satisfação por completo. Aquela sensação era única. E era deles.

— Eu senti sua falta. — ele disse por cima dela e ainda a estocando deliciosamente. A fricção dos quadris era ouvida, Sasuke a penetrou mais, aumentando sua velocidade.

Sakura comprimiu-se apertadamente e, de repente, gozou sobre ele gemendo alto. Sasuke resolveu soltar os braços, os quais Sakura tratou de apoiar no pescoço dele. Ele não havia chegado ainda em seu ponto e por ele demoraria bastante, queria estar dentro dela mais vezes.

Sakura distribuía carinhos no rosto dele, voltando a beijá-lo.

— Eu também senti sua falta. — ela falou, forçando Sasuke fechar seus olhos e por fim despejar-se nela.

Eles pouco se importaram com o fato de se protegerem ali, aliás, eles nem notaram, pois tamanho era o desejo para finalmente estarem juntos.

Sasuke se afastou de cima dela e deitou-se ao lado. Estava descansando por alguns minutos, e passou a mão no rosto suado dela. Estava extasiado e daquela vez não era um sonho, ela estava ali ao lado dele.

— O que sente? — ela perguntou.

Suas íris verdes não tiravam o foco dele. Aquele amor de verão ainda durava e na mesma intensidade, e agora acreditava, de fato, no significado de almas gêmeas.

Sasuke era a sua.

— Que nada mudou. — ele respondeu e ela sorriu satisfeita com o que ouviu. — Eu ainda te amo.

***

Londres

 Os dois moravam oficialmente juntos há quatro meses, tinham até tapete na entrada.

Optaram por alugar um pequeno apartamento próximo a universidade. Eram físicos e não tinham tanto dinheiro.

O apartamento era pequeno, mas tão aconchegante. Definitivamente era a cara deles, principalmente de Sakura. Tudo organizado e decorado.

Na sala havia uma enorme estante cheia de livros de pesquisa e alguns bonecos funkos de super heróis espalhados pelos livros. Sasuke era apaixonado por super heróis e aproveitava o tempo livre para ler HQ´s e ver filmes, já que na Alemanha qualquer tipo de heróis que não representassem a soberania alemã não era permitido.

Nada de Superman ou Capitão América, esse último muito menos.

Sasuke definitivamente adorava a vida na Inglaterra, amava a vida ao lado dela. Os dois passavam o dia em Cambridge trabalhando, algumas vezes só se viam á noite. Essa era a rotina deles.

— Vai ter a feira de animais para a adoção. — Sakura comentou, estavam na cama, e ela mexia no computador enquanto ele via uma série na televisão. — O que acha?

— Cachorro?

— Hm... Pequeno.

— Ah, eu já estava pensando em um Terrier. — ele riu.

— Ele nem caberia aqui por sinal. Cão pequeno. Yorkshire.

Sasuke fez uma careta.

— Qual o problema? — ela questionou confusa.

— Cão de mulher. Imagina eu, andando com ele. Não é legal, que tal um Beagle?

Sakura entrou na internet para procurar sobre a raça que ele havia falado, não conhecia bem, mas assim que viu abriu um sorriso.

— Pode ser, são lindos.

Depois de ver, ela continuou acessando normalmente. Sakura sempre reservava um tempo pela noite para ler as noticias em algum site. Estava lendo as manchetes do The Independent, quando viu algo sobre a Alemanha, uma cientista alemã estava avançando na pesquisa de armamentos bélicos.

Ela clicou para ler a noticia e viu a foto de Uchiha Mikoto na frente dando uma entrevista para um jornal alemão. Ela conhecia bem esse sobrenome, Uchiha Madara tinha assassinado a sua vó em um campo de concentração.

Sasuke assistia atentamente a série sem notar que Sakura lia toda notícia, um pouco pasma até.

Como poderia alguém se empenhar em construir uma arma daquelas? Era algo surreal. Ela pensava.

Por curiosidade, resolveu pesquisar sobre a família Uchiha na internet. Foi o Wikipedia, leu sobre a família e depois resolveu ver fotos. Ela os considerava assassinos.

E eles realmente eram.

Fora questão de minutos para ela ter uma grande surpresa em uma das fotos. Ela viu Sasuke ali. Olhou para o moreno na foto, parecia impossível, mas era Sasuke ali.

Clicou na foto apreensiva e viu que o caçula da família se chamava Sasuke.

— É você. — ela estava em choque, quase não saiu nada.

— O que foi?

­ — É você! Você é alemão.

— O quê? — Sakura virou o notebook para ele e Sasuke passou a mão no cenho.

— É Você! — ela se levantou da cama aturdida. — Você é um Uchiha, você é nazista. — ela gritou. — Nazista.

— Sakura, eu... — ele não poderia explicar mais nada. — Eu iria te contar.

— Nazista! Assassino.

— Sakura não, eu te amo, meu amor. — ele tentou tocar nela, mas ela retirou as mãos dele com certa violência.

— Não me toca! — gritou novamente, e aquela foi uma das últimas palavras que ela disse para ele antes de se separarem.

***

Eles ainda estavam nus sobre a cama, revivendo o tempo passado quando costumavam a dormir de conchinha. Sakura acordou com o balançar do trem. As mão dele estavam envolvendo sua cintura por cima.

Tanto tempo e aquele pedacinho juntos reacendeu. Tantas coisas.

Ela virou-se para o lado dele.

— Hey, acorda. — ela mexeu no nariz dele, fazendo-o se mover inquieto. — Uchiha.

Ele abriu os olhos com certa dificuldade, estava sonolento. Foi uma noite bem cansativa.

— Diz que não é um sonho. — disse e bocejou em seguida.

— É um sonho. — ela respondeu se esforçando para aquilo soar sério.

— Você. — ele a puxou para cima de seu peito, dando um casto beijo em seus lábios. — Isso só pode ser um sonho.

— Não é, é real e em uns setenta anos atrás.

— Detalhes. — a mão dele passava sorrateiramente pelo corpo dela.

— Estamos chegando à Paris, não temos tempo para isso. Temos que agradecer que ninguém apareceu por aqui e nossos disfarces continuam intactos.

— São duas horas para Roeun. A ferrovia foi destruída em um bombardeio, lembro-me de ter lido sobre isso. Teremos que seguir de carro. Desde 1940 lá é ocupado pelos nazistas. Qualquer movimentação suspeita será problema.

— E se falharmos?

— Não iremos e creio que o receptor da mensagem não irá.

Sasuke beijou-a novamente, ainda custava a acreditar que estava com ela depois de anos. Ter Sakura ali como naqueles bons tempos, e dessa vez ele não deixaria isso passar. De forma alguma.

— Não. — ela o cessou quando percebeu que ele estava ficando animado.

— Por que não?

— Teremos que estar bem descansados quando chegarmos a Roeun.

— Pode ser a última vez, Sakura. — ele não queria dizer isso, mas pelas probabilidades físicas diante a mudança em algum paradoxo, talvez, no futuro eles nem existissem. — Fugaku pode não conhecer Mikoto em um momento da vida.

Sakura sentiu um aperto em seu coração.

— Meus pais não vão se encontrar em uma partida de tênis. — ela disse com certo temor. — Isso são possibilidades, Sasuke.

— Que você sabe que podem acontecer.

Sakura suspirou frustrada diante de tal probabilidade. Ela não queria perdê-lo novamente, estava em um pânico silencioso por dentro. Sasuke notou e enxugou a lágrima solitária que rolou pela sua bochecha.

Nenhum dos dois queria aquilo.

— Não vamos pensar antes da tempestade. — os dois entrelaçaram as mãos.

Ele podia ver o quanto ela estava assustada com aquilo tudo. Nem o próprio Sasuke quando aceitou a missão tinha pensando nisso, mas agora com a proximidade do encontro com o homem que tinha a capacidade de mudar a guerra, tudo era diferente. Ele agora ponderava sobre o que viria, e temia isso.

Não se tratava mais, apenas, da vida amorosa dos dois, e sim de suas existências.

— Ainda temos tempo. — Sakura disse. — Eu o quero novamente.

A chegada em Paris não foi tumultuada, eles não tiveram o que temer por ali já que nenhuma ameaça ocorreu. A não ser pelo o fato alguns soldados que passaram nas cabines perguntando se tinham avistado um homem chamado Shino.

Sasuke claramente disse que não. Paris ainda estava sob comando militar dos alemães, então eles precisavam manter o disfarce a todo custo, o que logo perceberam que não seria tão fácil.

 Cartazes sobre o casal estava espalhados pela estação francesa. Era um péssimo sinal. Sakura passou por alguns e tirou da parede sem levantar suspeitas. Ficou indignada com o retrato falado.

— Fala sério, eu não tenho tanta testa assim. — comentou e Sasuke esquivou-se de responder.

Eles precisavam sair da estação o mais rápido possível. Resolveram andar separados por poucos metros. Sakura ia à frente e ele atrás, com os olhos bem atentos.

Como o Uchiha estava trajando um uniforme das tropas, não foi problema para ele. Ninguém o abordou. Sakura por outro lado tinha que exibir os documentos, ela até forçou uma falsa franja e furtou um chapéu numa lojinha.

Na saída da estação os dois voltaram a caminhar juntos.

— Precisamos encontrar um carro. — Sakura declarou. — Urgente!

— Tem dois caras nos seguindo. — ele avisou, acelerando os passos e em seguida os dois guardas começaram a correr atrás deles.

Eles saíram da estação da estação de trem que ficava no subsolo, subiram os degraus às pressas, saindo na Boulevard Saint-Germain, havia alguns carros estacionados na saída, já que era um bairro de grande concentração.

Sakura tirou um punhal e o Uchiha ergueu a espada.

Os homens estavam armados e um atirou. Um grande estupido foi ouvido, aquilo com certeza iria chamar atenção dos demais.

Sasuke pulou em cima de vários carros, esquivando-se a cada minuto dos tiros. Estava esperando o homem descarregar o cartucho e pulou em cima dele, assim que percebeu que ele estava colocando um novo cartucho.

Sua espada foi em direção ao pescoço do inimigo que não teve tempo de reação.

Sakura utilizou da mesma artimanha, porém resolveu acertar o braço do homem. Ela agia com extrema habilidade nas lutas, Sasuke a olhava do outro lado, nem de longe parecia com a velha Sakura que ele conheceu. Por fim, ela apertou o pescoço do soldado até que ele desmaiasse.

— Outros. — Sasuke apontou para a dúzia de soldados que se aproximavam.

Estavam encurralados e os outros estavam chamando reforços.

— Tive uma ideia, as coisas vão esquentar um pouco por aqui. — o Uchiha falou.

— Seja qual for, vá logo.

— Corre comigo.

— Só pode ser brincadeira. — os dois correram para trás dos carros sob uma saraiva de tiros.

— Vai na frente e pega um carro. — ele disse. — Eu vou resolver umas coisas. — Sakura concordou, partindo atrás de um carro.

Sasuke começou a atirar nos tanques de combustíveis dos carros, os soldados nazistas atiravam sem perceber que estava vazando gasolina, e logo aconteceu uma grande explosão entre os carros.

Sakura viu de longe a enorme bola de fogo e Sasuke fugindo em toda velocidade dali. Ele realmente não tinha juízo. Ela constatou aproximando-se em um carro.

— Quer carona? — abriu a porta, afastando-se para o lado do passageiro vendo Sasuke se jogar dentro do carro e assumir o controle do carro. Precisavam fugir dali o mais rápido possível.

As roupas de Sasuke estavam um pouco chamuscadas pelas chamas. O coração dos dois estava a mil naquele momento.

 Durante o percurso, Sasuke amaldiçoou aquele carro antigo. De uma viagem de duas horas, a estimativa agora era de quatro horas. Felizmente o documento criptografado ainda estava seguro no sutiã de Sakura.

Ela afirmava em dizer que era um lugar seguro, e ele concordava plenamente.

— Vamos encarar como uma lua-de-mel. — Sasuke disse enquanto dirigia.

— Paris é um dos últimos lugares no mundo que eu queria passar uma lua-de-mel. — ela devolveu, com uma tristeza visível em sua voz.

No decorrer do caminho eles conversaram sobre o que fizeram nesse tempo separados, tinham tantas coisas para falar. Sasuke não gostou muito de saber que Sakura namorou brevemente depois dele, e ele considerou esse um excelente motivo para mudar o futuro. No entanto, ficou feliz em saber que ela ainda morava no antigo apartamento deles.

Ela tinha adotado um gato, ele não curtiu muito. Era alérgico.

Como tantas outras cidades europeias, Rouen era uma cidade com características medievais, mas que foi fundada na época do Império Romano. Alguns anos atrás essa cidade tinha presenciado um massacre. A cidade foi praticamente destruída e incendiada, e o saldo de mortes foi horrível. Dois mil mortos.

A cidade estava bem diferente do que os dois tinham visto no Google antes de voltarem no tempo. Uma cidade abandonada e em ruinas e uma bandeira francesa resistia no topo de um prédio, era sinônimo de orgulho e resistência.

Os dois deixaram o carro longe do local. Essa parte da conhecida região da Normandia já estava tomada conta pelo o exercito canadense que conseguiu, com a ajuda dos Estados Unidos, expulsar os alemães daquela área tão decisiva.

Place du Vieux-Marché. — Sasuke repassou o local onde deveria se encontrar com o coronel inglês.

Era uma praça aberta e bastante conhecida pelo o passado. Fora naquela praça que Joana D´Arc foi assassinada. O lugar onde ela foi queimada era marcado com uma placa. Ao lado, também havia uma igreja dedicada à Joana.

— Naquela igreja, certo?

Sakura assentiu.

Aquela cidade parecia tão tranquila que chegava a ser suspeita. Mesmo com as tropas canadenses por lá, eles não se sentiam à vontade, a qualquer hora poderiam aparecer nazistas.

Os dois caminharam para a igreja. Era tão imponente e antiga. Sakura admirou-se com a arquitetura do lugar, mesmo com variações devido aos bombardeios, estava intacta.

— Não tem ninguém. — Sasuke balbuciou, olhando para os lados.

— Ele disse que estaria aqui, minha avó disse.

Sasuke se sentou em um banco de madeira da igreja.

— Sua vó é bem bonita, sabe.

Sakura riu do comentário dele.

— Ela é linda mesmo. — ela se sentou ao lado dele, encostando o pescoço no ombro masculino.

— Então não vamos passar nossa lua-de-mel em Paris. — ele comentou. — Onde você gostaria?

— Nem nos casamos e você preocupado com isso e espera... Quem disse que e aceitei? — Sakura usou um tom de deboche para ele. Sasuke era impossível.

— Eu disse. — ele riu. — Mas estamos no lugar certo para isso. Quer casar comigo? Embora que já tivemos nossa lua-de-mel antes. — falou a última frase em um tom mais baixo.

— Sasuke, esse não é o momento. — ela esquivou-se.

— Não sabemos se teremos outro momento depois daqui, liebe.

Eles ouviram passos ecoando, alguém tinha chegado por ali para quebrar o clima deles.

­— É ele? — ele perguntou, já estava retirando a espada quando viu o leve balançar de cabeça dela.

— O verão é ótimo para os ingleses. — o homem disse.

— Costumamos ir aos parques. — Sakura respondeu.

— Pensei que a Yamanaka fosse loira.

— Hm. — Sakura de ombros, ela não queria entrar em detalhes e de algum modo acabaria contando a verdade. — Hatake Kakashi.

— O próprio. Está com a mensagem?

Sakura retirou-a de seu esconderijo e o entregou, enquanto o Uchiha apenas observava em silêncio.

— Em breve acabaremos com essa guerra. Vossa Majestade, o Rei George VI, a agradece pelo seu serviço.

Sakura assentiu.

Kakashi bateu uma breve continência e os acompanhou até a saída da igreja, contando que teria de levar essa mensagem o mais rápido possível para seus superiores. Era algo grandioso e seria chamado de Dia D, seria a esperança para um mundo em guerra.

— Será que eles irão conseguir? — Sasuke questionou.

— Pelo que eu li da estratégia, há uma grande possibilidade de funcionar. — ela falou confiante.

— Então salvamos o mundo. — Sasuke disse até com certo orgulho sobre o fato.

— Não temos tanta certeza, pode acontecer alguma coisa, tudo é imprevisível no universo.

— O que acontece conosco?

— Bem... Eu não sei bem como... — ela interrompeu a fala abruptamente.

— O que é isso? — Sasuke perguntou assustado.

A igreja onde eles estavam começou a desmoronar, os dois saíram correndo. Cruzaram as portas da igreja, o mundo lá fora parecia estar desabando de alguma forma.

Os prédios caiam, havia explosões.

— Estamos sendo bombardeados? — Sasuke perguntou.

Sakura olhava boquiaberta olhando tudo.

— Não há caças, não tem bombas. Desmolecularização.

— É o espaço temporal, Sasuke. — ela disse ainda um pouco perplexa. — O futuro está sendo alterado de alguma forma.

Desmolecularização das partículas de átomos.

Sasuke a olhou abismado.

— Somos de átomos. — ele concluiu o obvio.

O corpo das pessoas que caminhavam por ali parecia se tornar em areia, que era levada pelo nada, e de repente sumiam.

Como se o mundo estivesse sendo rebobinado.

— A flecha do tempo está mudando o seu caminho. — Sakura falou tranquilamente, já não havia mais pânico nela.

— Um novo mundo.

Sakura sentiu o seu corpo aos poucos desaparecendo.

— Não! — Sasuke gritou e segurou as mãos dela. — E se nunca mais nos encontramos?

— Vá até Cambridge assim que acordar em sua nova realidade. — ela disse. — Se ainda existirmos, você saberá sobre tudo. E Sasuke... Eu te amo.

Foram as últimas palavras dela, antes de se tornar a poeira do vento de um mundo desconhecido.

E da mesma maneira que Sakura estava sumindo, o Uchiha sentiu seu corpo desaparecendo. O mundo estava desaparecendo. Era surreal.

Sasuke a viu sumindo diante de seus olhos, e em alguns segundos ele também sumiria. Fechou os olhos e sentiu a calma tomando conta de si. Não sabia se existiria no futuro e se estivesse por lá, não teria a mínima de como seria.

Ele não poderia fazer nada.

A menor semente de uma ideia pode crescer para definir ou destruir você. As menores ideias como... 'Seu mundo não é real'. Um simples pensamento que muda tudo.


Notas Finais


última frase é do filme Incerption ou A Origem em português.
Alguma ideia de como será o futuro dele? Se ele existir?
Bem, não vamos demorar, estamos escrevendo o próximo e é o último.

Até o próximo :)


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