- Ufa, acho que esse é o ultimo! – exclamei exausto, limpando o suor que escorria de minha testa com a manga do casaco enquanto observava meu trabalho.
Depois do susto que levei ao ver todos aqueles 12 corpos jogados no chão, resolvi checar para ver se algum ainda estava vivo. E, para a minha surpresa, todos tinham batimentos cardíacos regulares e respiravam bem. E é claro que eu não ia deixá-los ali, no chão, congelando.
Principalmente porque eles estavam praticamente nus.
Bem, minha sala estava cheia de corpos desnudos desmaiados, e certamente, se alguém entrasse ali agora, a cena não seria das melhores. Então resolvi caçar meus cobertores e toalhas de mesa para cobrir a todos.
- Bem, vou tomar banho... – sussurrei para mim mesmo enquanto pegava uma toalha no armário.
Depois que eu estava passando xampu no cabelo, já passando dos dez minutos de banho, foi que o bom senso bateu na porta e eu me toquei que tinham 12 estranhos na minha sala, e eu, em minha extrema ingenuidade, havia os deixado sozinhos. E eles podiam levantar há qualquer momento.
Okay, eu realmente não bato bem.
No susto, apena enrolei a toalha na cintura e corri para sala, encontrando 8 pares de olhos me encarando.
- E-er... Oi? Vocês estão bem? – perguntei relutante, recuando um pouco, mas ainda assim preocupado em como eles estariam. Afinal, eu que os abriguei, então era meio que meu dever cuidar deles.
- Onde nós estamos? E o que é você? – perguntou uma garota de cabelos brancos e olhos perolados. Ela me avaliava com curiosidade, como se eu fosse uma espécie de animal desconhecida. Me senti desconfortável com sua avaliação, e me arrependi amargamente por não ter colocado uma roupa.
- Bem... Eu sou Louis, um ser humano. Homo sapiens. Assim como você. Ah, e vocês estão na minha casa. Vocês estavam na frente de casa e-
- Humano? Você? – olhei para quem havia me questionado: um garoto loiro de olhos incrivelmente claros. Ele era muito bonito, e me peguei o observando por alguns segundos, mas logo desviei a atenção e foquei em sua pergunta.
- Sim. Eu, você e todo mundo aqui. Somos humanos. Quer dizer, vocês são, não é? – perguntei em tom de brincadeira, mas o rosto do garoto loiro não sorriu nem um pouco ao responder, ríspido e sem rodeios:
- Não.
- Falando nisso, perceberam que estamos falando a língua dele? – disse um garoto de cabelos também brancos, como os da primeira garota, porém seus olhos eram de um vermelho-sangue penetrante, que me deram medo mesmo sem ele me encarar.
- Sim... Acho que foi porque caímos aqui, neste local... – uma garota de cabelos e olhos azuis falou, encarando fixamente algum ponto aleatório da sala, como se estivesse pensando em algo muito sério.
Okay, não estou entendendo nada.
- C-com licença, mas... O que tá acontecendo aqui? –deixei a cabeça cair um pouco para o lado, perdido em meio às informações (ou à falta delas).
- Ah é... Primeiro vamos ter que saber onde estamos e dar um jeito do garotinho ficar de boca fechada... – o mesmo garoto de cabelos loiros voltou a falar, apontando para mim enquanto olhava para seus colegas (suponho que eles sejam colegas, certo?).
- Como é? – perguntei, seguido de um espirro. Droga, estava frio demais para continuar sem roupa, mas sair da sala agora estava fora de cogitação. – Afinal, quem são vocês?
- Bem, é inevitável, ele já nos viu... – disse um garoto de aparência jovem (não que o outros pareçam velhos, longe disso!), que aparentava ser um pouco mais novo que eu. Possuía cabelos negros e olhos azuis, que contrastavam perfeitamente com sua pele clara.
- Vamos contar para ele, então! – uma garota também de aparência jovem , que parecia muito com o último garoto, sorriu alegremente. Parecia ser a mais simpática dali.
- Contar? Contar o que? – eu ficava mais confuso a cada instante. Afinal, o que estava acontecendo ali? Eu pensei que apenas tinha ajudado algumas pessoas desmaiadas na frente de minha casa...
- Bem, prazer, sou Corina, do signo virgem. – disse a garota de cabelos brancos e olhos perolados. – E eu, assim como todos presentes nessa sala, sou uma constelação que veio aqui para recuperar Sol.
Olhei para o rosto de todos os que estavam acordados, e todos estavam com feições sérias.
E eu não aguentei. Sério, juro de mindinho que até tentei segurar, mas a gargalhada que escapou de minha boca foi inevitável.
- Espera... vocês querem realmente que eu acredite que vocês são estrelas que caíram do céu para resgatarem o sol? Sério mesmo? – eu não conseguia parar de rir. Aquilo era hilário demais!
- Estamos falando sério! – disse o garoto de cabelos brancos, a expressão dura e sem nenhum traço de brincadeira.
- Okay, ou você todos bateram a cabeça muito forte, ou eu bati a cabeça muito forte. – eu estava sinceramente cogitando a segunda opção.
- Vai ser mais difícil do que penei... – disse o garoto de cabelos loiros, suspirando enquanto me encarava de maneira cansada. – Olha só, ó tampinha, abra a sua mente e pense comigo: “o sol” sumiu, não é? Tenho certeza que os habitantes desse planeta devem estar surtando com isso. Só que a questão é o seguinte: não é “o sol”, e sim “A Sol”, um ser estelar como nós que, misteriosamente, sumiu em deixar rastro algum. E nós, os 12 signos, fomos designados para descobrir o que aconteceu e trazer Sol de volta. Dúvidas?
- Pera, isso tudo é sério mesmo? – pisquei algumas vezes, para ver se eu não estava sonhando nem nada parecido.
- Claro que sim, tampinha! Como inventaríamos uma história absurda dessas?
- M-mas é loucura! Estrelas não falam! – apontei para ele, minha cabeça estava quase explodindo de tantas perguntas, ma avia duas em especial que pareciam brilhar:
Acreditar ou não?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.