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História Operation Crush: Fail - Mission 02: New Year's Vows


Escrita por: CarolAkiyama

Notas do Autor


Heeey~
Mais uma semana, mais um capítulo~ Tudo bem, tudo bem... Estou um pouco atrasada dessa vez, mas é que a semana foi um inferninho hueheue Era TCC, trabalho, prova para tudo quanto era lado, e eu quase fiquei louca hueheue Mas enfim, consegui tempo pra escrever hoje e o capítulo saiu... Tarde, mas saiu xD

Espero que gostem~ Perdoem qualquer erro e leiam com carinho :3
Boa leitura e até as notas finais o/

Capítulo 42 - Mission 02: New Year's Vows


Fanfic / Fanfiction Operation Crush: Fail - Mission 02: New Year's Vows

 

 

-Jaejoong-

 

- “Hmmmm, olha ele todo feliz porque estamos indo buscar o namoradinho!” - Hyoyeon me importunou. Apenas rolei os olhos.

 

- “Pai, não podemos largar ela na estrada?” - Perguntei. Hyoyeon fingiu cara de ofendida, e depois desatou a rir.

 

- “Filho, não começa a reclamar agora, você sabe que quando a gente chegar em Busan, tudo piora” - Papai rebateu e eu suspirei. Isso era verdade. Éramos uma família grande, ao todo, quatro tios, três tias e dezenove primos, sem contar eu e a peste. Quando toda essa galera se reunia, não havia espaço para sanidade mental, ainda mais porque os nossos genes não colaboram muito para isso, admito.

 

Nosso táxi finalmente parou em frente a casa de meu namorado, depois do que pareceu uma eternidade com Hyoyeon tentando me provocar a viagem toda. Apenas ela e papai estavam ali comigo. Minha mãe e Taeyeon pegaram outro táxi para buscarem minha cunhada. Combinamos que todos nos encontraríamos na rodoviária.

 

Saí do carro e toquei a campainha.

 

- “Pois não?” - Meu sogro atendeu.

 

- “Senhor, é o Jaejoong. Viemos buscar o Yunho” - Informei, educadamente. Apesar dos meus sogros já saberem que eu não sou um santo de pessoa depois de três anos de namoro nas costas, eu ainda não me permitia soltar a franga na frente deles, de modo que eles apenas sabiam sobre meu jeito louco de viver a vida porque meus amigos e a irmã de Yunho me caguetavam. Que ótimo, não?

 

- “Ah, só um momento!” - Respondeu, e logo o portão da casa foi aberto.

 

Yunho passou pela porta minutos depois, com a irmã menor nos braços, e a mãe e a irmã do meio atrás. Sorri enquanto observava o moreno despedir-se carinhosamente da mãe e falar algumas palavras para a irmã mais velha, eu não podia ouvir, mas sabia exatamente o que ele dizia: “Não se mete em confusão, juízo! E cuidado com os tarados enquanto estiver passando reveillon! Se alguém desrespeitar você, pode ligar para o oppa que eu venho na hora, está me escutando?”. Yunho sempre falava coisas assim. Apenas ri da cena. A irmã dele olhou para mim de relance, e eu fiz sinal com as mãos para que ela ignorasse um pouco as palavras do irmão chato e se divertisse para valer no Ano Novo. Yunho notou, porque se virou em minha direção com cara feia e eu fingi que não era comigo. Vi o moreno brincar com a criança em seu colo antes de entregá-la nas mãos da mãe e logo em seguida, dar um beijo na testa das três.

 

- “Yun!” - Cumprimentei e ele até tentou manter a carranca, mas acabou sorrindo.

 

- “Jae” - Falou, antes de me dar um beijo nos lábios. - “Por que você sempre passa por cima das minhas instruções quando estou despedindo da minha irmã?” - Questionou e eu apenas ri.

 

- “Yunho, ela tem quinze anos, merece se divertir”

 

- “É, mas ela tem que se divertir com limites! Imagina! Ela ainda é muito nova para sair para baladas, não sei como papai está permitindo isso.”

 

Ri alto. - “Yunho” - Chamei e ele me olhou. - “O que você e eu fazíamos quando tínhamos quinze?” - Questionei, com uma sobrancelha erguida e um sorriso malicioso. Yunho corou e desviou os olhos, me fazendo rir ainda mais alto. - “Você não tem moral nenhuma, então deixe ela se divertir!”

 

Meu namorado bufou, mas não foi contra meu argumento. Ajudei Yunho a colocar sua mala no porta-malas do táxi e logo entramos no veículo. Dessa vez o destino final era a rodoviária. Passamos o percurso inteiro novamente tentando suportar as zoeiras de Hyoyeon. No começo, eu me sentia mal pelo moreno por ele ter que aguentar tudo isso, mas depois de três anos, ele já estava mais que acostumado com as loucuras da minha família, apesar de eu próprio ainda não estar.

 

Chegamos no lugar quase que meia hora depois e não demorou muito para que encontrássemos minha mãe, Taeyeon e Tiffany na plataforma do ônibus que deveríamos pegar. As três acenaram para a gente, quer dizer, apenas minha mãe e Tiffany acenaram, Taeyeon fez uns gestos rápidos com a mão sem olhar na nossa cara, antes de voltar a mexer no celular.

 

Fomos até elas rapidamente e eu só pude que rir quando o ônibus chegou e Tiffany apontou para as malas rosa e depois olhou para a minha irmã: - “Taeyeon! Me ajuda!”

 

- “Mas Fany-”

 

- “Eu já disse, gosto de viajar e ter opções do que vestir, então sim! Eu tinha que trazer duas malas, sim! Agora faça o favor, e me ajude levar para o bagageiro!” - Intimou. Taeyeon apenas suspirou alto antes de apertar o botão de áudio do seu celular.

 

- “Yuri, eu tô indo agora, depois a gente se fala, nega” - Murmurou para o aparelho antes de deixar que a internet da rodoviária fizesse seu papel de enviar o tal áudio.

 

Sem soltar um pio de reclamação, Taeyeon carregou as malas de minha cunhada até o bagageiro do ônibus e depois ainda voltou para pegar as suas próprias. Encarei o Yunho de repente e ele me encarou de volta. Ergui uma sobrancelha sem dizer nada e logo ele entendeu o recado. Meu namorado bufou pesadamente antes de imitar Taeyeon e me “ajudar” com minhas malas. Na verdade, ele fez todo o trabalho sozinho.

 

E foi justamente assim que começamos a viagem de seis horas e meia para Busan. Eu e Yunho sentamos lado a lado. Meus pais ficaram com os assentos atrás de mim, e Taeyeon e Tiffany com os assentos em minha frente. Hyoyeon ficou sozinha na frente das duas. A maluca de nossa prima não parava um segundo se quer de se remexer e tagarelar sobre qualquer coisa. Ela até puxava papo com os estranhos que sentavam perto dela. Em determinado momento, o casalzinho na minha frente cansou de prestar atenção aos devaneios dela, e simplesmente resolveu ouvir música. Fiz meu papel de vice-presidente do fandom e fui logo tirando muitas fotos delas dividindo os fones de ouvido tão romanticamente quanto estavam. Prometi à presidente Sooyoung que ficaria de olho nelas e não deixaria nenhum momento amorzinho passar despercebido.

 

A viagem correu normal pelas primeiras duas horas. Depois disso, a porra começou a ficar séria. Foi em uma das paradas, quando uma mulher de uns quarenta anos entrou pela porta do ônibus, com o celular em mãos e tocando alguma música gospel ou coisa parecida, sem os malditos fones de ouvido, e como se não bastasse, ela ainda trazia o marido carrancudo consigo e mais três crianças, uma de colo, e as outras duas, pequenas, com cara de capetinhas mirins. Quase gritei de horror quando ela dissera ao motorista ao entregar-lhe as passagens, que iria até Busan também, ou seja, teríamos que aguentar essa louca com música alta no busão e a criançada pelo resto da viagem.

 

Assim que ela entrou no ônibus e sentou-se num assento do outro lado, as duas crianças imediatamente começaram a bagunçar, falando alto, gritando e rindo. A criança de colo, claro, acordou e uniu seu choro com a bagunça dos outros dois. Enquanto isso, a música gospel ainda tocava pelo celular da mãe.

 

- “Hyoyeon!” - Taeyeon chamou e eu me virei pra frente, só para ver se elas iam aprontar alguma coisa. - “Vamos!” - Minha irmã apontou para o próprio celular, o que fez a nossa prima rir. Tiffany tinha aquela cara de desespero no rosto, aquela mesma, do cu trancando.

 

A partir desse momento, as duas se revezaram em ouvir música alta no celular também, só para competir com a mulher ao lado. O resto do busão se sentiu torturado, nem preciso dizer. A situação durou por uns bons dez minutos, meus pais já estavam em pânico pelas atitudes de Taeyeon e Hyoyeon, mas antes que pudessem intervir, a mulher da música gospel teve a cara de pau de pedir pras duas abaixarem os volumes, porque ela não estava conseguindo escutar as próprias músicas com tanto barulho.

 

Minha irmã soltou um riso de deboche, enquanto que eu lia na expressão de Tiffany algo parecido com “Sem barraco, Taeyeon, pelo amor de f(x), sem barraco!”. Mas até que Taeyeon foi educada.

 

- “Tudo bem, mas será que a senhora também poderia abaixar o volume do seu celular? Tem gente cansado que gostaria de dormir” - Pediu, ao apontar sugestivamente para um senhor alguns bancos a frente que se remexia como ninguém, tentando se livrar do barulho causado.

 

A mulher pareceu sem graça e logo assentiu algumas vezes com a cabeça. Ela abaixou bem o volume de seu celular, de modo que nem percebíamos mais sua música. Todo mundo lá dentro se permitiu suspirar de alívio.

 

E assim seguimos viagem. Duas horas e meia se passaram de uma forma letárgica. Confesso ter cochilado algumas vezes, quando os filhos da mulher ao lado finalmente deram um sossego e apagaram em um dos bancos, foi um período curto, mas até que deu pra descansar um pouco. Era meio dia e meia em ponto quando fizemos a parada para o almoço. Até então, nenhum de nós tinha descido nas outras paradas para comer ou ir ao banheiro, mas dessa vez era inevitável. Lutamos contra a preguiça e finalmente tivemos coragem de sair do aconchego do busão. O frio lá fora era de gelar os ossos. A Coréia sempre teve invernos muito frios, com neve e tudo o mais, e não importa quantos anos você viva por aqui, nunca saberá lidar com tanto frio na época do fim de ano.

 

Dividimo-nos em dois grupos: Os meninos foram para o banheiro masculino e as meninas, para o feminino. Claro que eu, Yunho e meu pai fizemos tudo muito mais rápido e já estávamos esperando há uns vinte minutos na porta de entrada quando elas apareceram. Fomos todos juntos, direto para a praça de alimentação e ficamos ali, discutindo o que iríamos comer. Papai queria um restaurante de grelhados, Taeyeon e Hyoyeon queriam lanches. Yunho queria um restaurante de comida caseira e eu, minha mãe e Tiffany optamos por um self-service de comida picante.

 

Notei minha mãe e minha cunhada conversando na fila dos pedidos. - “Senhora Kim, por favor, me deixe reembolsar o dinheiro da passagem, pelo menos a de volta!” - Tiffany pedia quase que encarecidamente.

 

Apenas ri. Ela nunca iria convencer mamãe. Nem Yunho conseguiu depois de todos esses anos tentando. - “Bobagem, querida! O convite é nosso, então é claro que vamos pagar!”

 

- “Mas-”

 

- “Sem mas!” - Mamãe cortou, sorrindo. - “Você é parte da família agora e eu vou te tratar como minha filha, sim, oras!” - Falou, o que deixou a ruiva de boca aberta. - “É para compensar tudo o que você deve ter passado com Taeyeon”

 

Tiffany arregalou os olhos. - “O que? E-Eu não-”

 

- “Oras, eu conheço a filha que tenho! Sei que ela deve ter aprontado com você em algum momento” - Minha mãe murmurou despreocupadamente enquanto observava o cardápio. - “Apesar de não saber exatamente o que ela fez, eu sei que ela já te magoou. Naqueles dias, eu pensei que estava tudo acabado, sabe? Quando você de repente parou de vir em casa e a Taeyeon começou a chorar pelos cantos, eu pensei que a melhor pretendente que minha filha já teve nunca mais voltaria… Mas você voltou, e eu sou grata por isso” - Ela olhava para a minha cunhada enquanto falava, o que colaborou para os olhos de Tiffany começarem a lacrimejar. - “Você faz a nossa filha muito feliz. O mesmo vale para o Yunho que colocou esse garoto aqui nos eixos!” - Soltou, ao apontar pra mim. Ri amarelo, meio sem graça e as duas sorriram. - “Essa viagem é uma das formas que eu e meu marido temos de agradecer e acolher vocês. Então, não tentem recusar, por favor” - Aí estava, o mesmo discurso que minha mãe usou para convencer o Yunho.

 

Minha cunhada sorriu sem graça e toda boba, e com isso, eu já sabia que mamãe havia ganhado o debate.

 

- “Então… A Taeyeon sempre foi de aprontar muito?” - Tiffany perguntou de repente, assim que alcançamos a mesa. Minha irmã parou o movimento de morder o lanche na mesma hora e voltou o olhar para nossa mãe, subitamente interessada.

 

- “Sempre” - Respondeu.

 

- “Mãe, não estraga minha reputação pra ela!”

 

- “Você faz isso sozinha, filha” - Hyoyeon começou a rir descontroladamente enquanto eu, Yunho e papai tivemos que fazer força para não engasgar com nossas comidas. - “Especialmente quando está junto de Hyoyeon” - Minha mãe completou, o que fez nossa prima parar com as risadas na mesma hora.

 

- “O que elas já fizeram?” - Tiffany perguntou, curiosa, enquanto Taeyeon soltava um murmurinhos descontentes.

 

- “Alguns anos atrás, nós decidimos fazer o aniversário de minha irmã num rancho em Busan. A família toda se reuniu ali, e um dos meus sobrinhos, o Wonsik, havia ganhado dos meus cunhados um par de walk talks que captavam quase todas as frequências por aí.” - Começou a explicar. Taeyeon rolou os olhos e ficou apenas olhando para a paisagem com aquela cara de cu. - “Essas duas roubaram os walk talks dele, na hora ninguém deu moral para o corrido, mas quando chegou a hora do almoço, uns dez ou quinze caminhões encostaram na entrada do rancho. Acabamos descobrindo que essas duas haviam achado a frequência dos caminhoneiros e chamado todos eles para almoçar!”

 

O queixo da cunhada foi lá embaixo, enquanto eu e meu pai ríamos sem parar.

 

- “Na verdade, a ideia de chamar para almoçar foi da Teião, ela se sentiu compadecida pelos seus companheiros caminhoneiros!” - Hyoyeon soltou.

 

- “Cala a boca que quem achou a frequência deles foi você que eu lembro!” - Minha irmã rebateu, e no fim acabamos rindo ainda mais.

 

- “Mas e aí, o que houve?”

 

- “Houve que tivemos que alimentar todos eles! Foi um caos, mas felizmente os homens foram embora rapidinho.” - Meu pai explicou, subitamente se metendo na conversa.

 

Tiffany lançou um olhar reprovador para Taeyeon, que se sentiu indignada. - “Eu tinha nove anos!” - Tentou justificar-se, mas a informação deixou Tiffany ainda mais horrorizada.

 

O almoço se passou em meio à histórias antigas das maluquices de Taeyeon e Hyoyeon, já que Tiffany parecia empenhada em descobrir todas as armações de minha irmã. Rimos bastante, confesso sim, sem remorso algum!

 

 

-Tiffany-

 

Quando saímos do posto, por volta da uma e meia da tarde, ainda faltavam duas horas de viagem até Busan, que se deram de modo bastante sossegado se comparado com as primeiras horas. Quando o ônibus finalmente alcançou Busan, já era quase quatro horas. Tivemos uns minutos de atraso porque pegamos chuva em um trecho, mas acabamos por chegar bem. A senhora Kim imediatamente instruiu à mim e ao Yunho a avisarmos nossos pais de nossa chegada. Ainda bem que ela falou, porque eu já estava me esquecendo. Mandei mensagem para minha mãe falando que estava tudo bem e que já havíamos chegado, enquanto isso, o senhor Kim tentava arrumar dois táxis para a gente. Nos dividimos da mesma forma que na ida. Eu, Taeyeon e minha sogra num táxi, e Hyoyeon, Jaejoong, Yunho e o sr. Kim no outro.

 

Eu nunca havia vindo até Busan, esta era a primeira vez e por isso, Taeyeon fazia questão de comentar sobre os lugares que passamos durante o percurso, e às vezes, soltava coisas como “Eu adorava vir aqui quando era criança” ou “Aquele é um ótimo restaurante de massas”. Todas as falas me faziam imaginar uma mini Taeyeon aprontando pelas ruas de Busan e só o pensamento me fazia rir. Aparentemente, os avós paternos de Taeyeon viviam numa região bem afastada da metrópole, era uma daquelas casas enormes típicas de famílias grandes que a gente via nos filmes e doramas. Não que eles sejam uma família rica, nada disso. Pelo que me explicaram durante a viagem, toda a família colaborou para comprar aquela propriedade e assim poderem passar os finais de ano todos juntos. Demoramos quase uma hora para chegar até lá, de modo que o relógio bateu cinco horas em ponto no exato instante em que apertamos a campainha.

 

Mesmo do lado de fora, podia ouvir gritos e risadas de crianças brincando, junto com algumas vozes de adultos rindo, conversando e provavelmente bebendo. A porta foi aberta por um garoto baixinho e certamente muito vaidoso, já que seus cabelos arrumados e o figurino impecável não poderiam passar despercebidos por mim.

 

- “Olha só quem chegou!” - Ele exclamou. - “E aí, irmãzinha, como passou o Natal longe de mim? Sentiu minha falta, não é? Claro que sentiu”

 

- “Senti, sim, mas agora passou” - Hyoyeon respondeu. - “Dá licença, Jonghyun, deixa a gente passar! Larga de ser chato, cara!” - A prima de Taeyeon empurrou o garoto, aparentemente seu irmão, porta a dentro. Pensei que os Kim achariam a garota muito bruta, mas eles apenas seguravam um riso.

 

Taeyeon me puxou pra dentro com ela. No instante seguinte, um monte de gente se amontoava em nosso redor e Taeyeon tentava me escoltar.

 

- “Tu é uma safada, mesmo, Kim Taeyeon! Só sabe ir atrás das minas mais bonitas!” - Alguém falou.

 

- “Qual é o nome dela?” - Era a voz de uma menina.

 

- “Ei, em que ano você estuda?”

 

- “Você já comprou Free Somebody no iTunes?” - Disse outro.

 

- “HEEY, HEEEEEEEY! CALEM AS BOCAS E SE AFASTEM DELA!” - Taeyeon berrou. - “E pare de panfletar Free Somebody para todo mundo que você acabou de conhecer, Jongdae!” - Um dos garotos riu largo e minha namorada revirou os olhos.

 

- “Para de graça e apresenta logo a menina!” - Gritou outro.

 

Taeyeon suspirou e massageou as têmporas levemente. - “Fany, esses são meus primos; Jonghyun e Taehyung, os irmãos da Hyoyeon. Wonsik e Jongdae-”

 

- “A propósito, meu nome agora é Chen!” - Falou ele e Taeyeon ergueu uma sobrancelha. - “Depois de ver até o palhaço do Jaejoong passando em audição, eu também quero ser cantor, e meu nome de palco vai ser Chen!”

 

- “E o meu vai ser Ravi!” - Gritou o primo que se chamava Wonsik, fazendo todo mundo rir.

 

Taeyeon olhou esquisito para os dois. - “Certo, como eu ia dizendo… Yuna e Jongwoon, mas a gente chama ele de Yesung. Hyunjoong,  Myungsoo e Yeri. E esta é a Hyuna.” - Falou, enquanto apontava para cada um. - “Os meus primos menores devem estar tacando o terror lá fora, depois você vai conhecer” - Disse rindo e eu a acompanhei. De fato, dava até para ouvir a algazarra dos primos menores daqui. - “Gente, essa é minha namorada…” - Ela disse, enquanto olhava de esguelha para mim e eu entendi que agora era a minha deixa.

 

- “Tiffany Hwang” - Apresentei-me. Ouvi alguns risinhos surpresos por causa do meu nome ser estrangeiro e logo alguns sorrisos maliciosos em direção à Taeyeon começaram a aparecer.

 

- “Taeyeon! Jaejoong! O que estão fazendo parados aí? Venham cumprimentar os avós de vocês!” - O senhor Kim de repente gritou, chamando a atenção de todo mundo. Os dois irmãos apenas assentiram e com isso a multidão se dispersou, não sem antes avisar que estariam esperando todos nós lá fora.

 

Taeyeon segurou em minha mão e entrelaçou nossos dedos enquanto me guiava pela casa. Ao longo do caminho, ela me apresentava aos tios e tias, sempre usando o termo “amiga”, mas eu podia ler nos olhares de todos que eles sabiam a verdade. Lembrei-me de nossas conversas pelo Skype quando eu estava nos Estados Unidos, quando Taeyeon me disse que seus avós também não sabiam de sua orientação sexual, e imaginei que aquilo tudo era para manter a descrição e não deixar os rumores chegarem nos ouvidos dos mais velhos. Mas creio que seja impossível esconder qualquer coisa dos primos, de modo que não tinha jeito mesmo.

 

Quando finalmente chegamos à sala, demos de cara com um casalzinho idoso super simpático. A mulher segurava as mãos de minha sogra ternamente, enquanto falava com ela e maneira carinhosa. Yunho e Jaejoong foram na nossa frente, e a senhorinha pareceu muito feliz com a presença do moreno. Ouvi algumas coisas sobre ela estar com saudades, seguido de uma intimação para que Jaejoong trouxesse o “amigo” mais vezes. Quando chegou em nossa vez, acabei travando no lugar, insegura do que fazer, mas Taeyeon me puxou delicadamente com ela.

 

- “Vó, vô… Essa é Tiffany Hwang, uma amiga muito importante para mim” - Apresentou-me. Os dois me olharam com sorrisos simpáticos, mas de certo modo confusos também.

 

- “Desculpe, Tippany Hwang? É isso?” - O senhor tentou, e eu apenas ri.

 

- “Podem me chamar Miyoung” - Sugeri, certamente meu nome coreano seria mais confortável para eles. - “É um prazer conhecê-los!” - Falei, usando meu eyesmile para sorrir.

 

- “Nossa, que moça bonita, Taeyeon” - O avô falou, logo ganhando uma cotovelada da esposa. - “Que foi, benzinho? Eu só estava comentando!” - Defendeu-se. Eu e Taeyeon caímos na risada.

 

- “É muito bom receber uma amiga da Taeyeon aqui… Sabe, desde que ela foi morar em Seul, nunca trouxe ninguém!” - A senhora segurava em minhas mãos ternamente e parecia bastante indignada com o “descaso” da neta. Olhei de canto para Taeyeon que apenas sorria levemente.

 

- “É que nunca tinha aparecido uma amiga tão especial assim, vó” - Taeyeon respondeu, fazendo a senhora rir.

 

- “Que bom, minha neta, que bom! Seja muito bem vinda, viu, Miyoung-ah! Qualquer coisa que quiser, é só pedir pra Taeyeon que ela faz” - Ela disse, e minha namorada a olhou indignada.

 

Tive que conter o riso. - “Muito obrigada”

 

Depois disso, finalmente nos afastamos dos dois idosos. Eu estava caminhando na direção em que vi os primos de Taeyeon indo, mas antes que eu pudesse chegar lá, minha namorada entrou na minha frente.

 

- “Miyoung?” - Perguntou, com um riso divertido e uma sobrancelha erguida. - “O que significa isso, Tiffany Hwang?”

 

Rolei os olhos. - “É meu nome coreano. Eu não gosto dele, e não o uso muito, mas seus avós pareceram muito confusos com meu nome americano, daí mesmo não gostando, sugeri que eles usassem Miyoung” - Respondi, com certo desinteresse.

 

- “E por que você nunca me disse que tinha um nome coreano?”

 

- “Porque você nunca perguntou” - Rebati, rindo vitoriosa.

 

Taeyeon ergueu uma sobrancelha. - “Então tá bom…” - Murmurou e logo depois virou-se para mim com um riso de deboche. - “Miyoung-ah” - Pronunciou cada sílaba como se fosse uma provocação e eu me arrepiei ao ouvir o nome que tanto desgosto saindo da boca de minha namorada. Droga, por que eu tenho a impressão que acabei de dar mais uma arma para Kim Taeyeon me provocar?

 

Acabei fazendo careta sem perceber, o que desencadeou uma crise de riso na minha namorada. Chegamos na parte externa da casa desse jeitinho. Ela rindo e eu com cara de emburrada, coisa que na verdade não durou muito…

 

- “YAH! SEUS PIRRALHOS, PAREM!” - Jaejoong gritava, enquanto umas cinco criacinhas corriam em volta dele, com pistolas d’água, molhando o oppa sem dó e nem piedade.

 

- “JAEJOONG VAI SER IDOL, JAEJOONG VAI SER IDOL, JAEJOONG VAI SER IDOL!” - Cantarolavam de modo divertido. Yunho até tentava ajudar, mas o moreno também não se aguentava muito e acabava sempre rindo.

 

Taeyeon riu alto ao meu lado ao observar a cena e eu também não contive o riso.

 

- “OLHA! TAEYEON NOONA TROUXE OUTRA NOONA COM ELA!” - Um dos garotinhos gritou de repente, apontando para nós. No segundo seguinte, todos eles vinham em nossa direção, com as armas de água apontadas direto para mim.

 

Não pensei duas vezes ao agarrar Taeyeon pelos ombros e a arrastar para minha frente, usando a baixinha como escudo.

 

- “T-TIFFANY!” - Taeyeon gritava, enquanto os primos a molhavam e tentavam circulá-la para me acertarem, mas eu sempre arrastava a baixinha comigo e usava e abusava de sua proteção, mesmo contra a sua vontade.

 

- “Jiwon!” - Alguém gritou, era uma voz de adulto. Virei o corpo para ver uma mulher e um homem virem correndo até nós.

 

- “Jiwoong e Hayeon!” - Gritou o outro.

 

- “Não aprontem com a visita! Ela é a amiga da Taeyeon noona, não ajam assim!” - Esbravejou ela e eu imaginei que fossem os pais das três crianças. Bem, não adiantou muito, porque ainda tinha uma creche delas armadas com pistolas d’água que não deram muita atenção para a bronca e continuarem tentando molhar Taeyeon.

 

Foi então que o garoto chamado Wonsik (ou Ravi) de repente apareceu, todo sorridente. - “Cadê a minha arminha de brinquedo também?” - Questionou de modo brincalhão e com uma dose exagerada de aegyo. As crianças todas começaram a atacar o garoto mais velho e num piscar de olhos, elas tinham se dividido entre dois times, para disputarem entre si numa espécie de guerra de água, com o garoto no meio. Sem que eu percebesse, Yesung, Taehyung, Hyunjoong e Hyoyeon também se juntaram à eles. Com isso, finalmente fomos deixados em segurança.

 

- “Porra, Tiffany!” - Taeyeon reclamou e eu apenas ri de seu estado. A baixinha estava ensopada dos pés à cabeça, e se não trocasse de roupa logo, era certo que ficaria resfriada. Eu e Jaejoong apenas passamos uns minutos rindo dela até sermos interrompidos por…

 

- “Chega! Água está proibida!” - De repente alguém gritou. Um dos tios de Taeyeon. Ele havia sido pego no fogo cruzado das crianças e acabou todo molhado e irritado. Diferentemente dos últimos adultos que tentaram repreendê-las, esse tio parecia intimidar mais e por isso, todos os menores fizeram fila e depositaram as arminhas de brinquedo em cima da mesa do homem. Ele se levantou bruscamente, carregando tudo consigo, enquanto murmurava algo sobre “vou guardar essas porcarias num lugar onde eles nunca mais vão achar!”

 

Acabamos rindo do mal humor do homem e rimos ainda mais quando constatamos que a bronca dele não havia adiantado em nada, já que as crianças agora faziam guerra de bola de neve.

 

- “São uns capetinhas mesmo” - Jaejoong oppa murmurou horrorizado pela cena.

 

- “Você não faz ideia…” - Ouvimos outra voz e quando nos viramos, Jongdae e Jonghyun caminhavam em nossa direção. - “Acredita que o Jiwon, aquele pestinha, me atacou com o tubo de ketchup? Manchou minha roupa nova todinha! T-o-d-i-n-h-a!” - Exclamou, todo indignado. Taeyeon riu só de imaginar a cena, enquanto Jaejoong e eu ficamos tristes só de ouvir.

 

No instante seguinte, uma bola de neve vinha voando na direção de Yunho e acabou acertando-o em cheio. Todo mundo ficou naquele silêncio mortal ao encarar o garoto limpar a neve do rosto com o olhar sério. As crianças pararam de aprontar só para observar o que ele faria. Yunho de repente virou-se para as crianças com uma expressão vingativa.

 

- “Ah, então é assim?” - Num piscar de olhos, o garoto super sério que fará Advocacia ano que vem se transformou em uma criança ao correr atrás da molecada, atirando bolas de neve para todos os lados.

 

- “Ai, como eu amo ele!” - Jaejoong suspirou, fazendo todo mundo rir.

 

- “A-Ah…” - Olhamos para Taeyeon, que fazia aquela cara de bugada. - “A-Atchin!” - Soltou de repente e eu tive que rir com o jeito fofo em que ela espirrava.

 

- “Você precisa tomar um banho e colocar roupas quentes” - Sugeri, rindo e ela me lançou um olhar emburrado.

 

- “Por culpa de quem?” - Indagou e eu apenas ri.

 

- “Qual é, você sabe que foi engraçado!” Taeyeon maneou a cabeça antes de espirrar uma segunda vez. No fim, ela acabou rindo da situação.

 

Taeyeon me guiou até o quarto designado para as meninas, enquanto eu a ajudava a andar sem escorregar, já que ela realmente estava muito molhada. A tarefa não foi muito fácil, especialmente porque havia dois lances de escada pela frente, mas finalmente conseguimos. A porta do quarto estava fechada, então naturalmente, como qualquer pessoa educada faria, eu dei duas batidinhas leves na porta e logo ouvi vozes femininas lá dentro.

 

- “Não temos tempo pra isso!” - Taeyeon exclamou e já foi abrindo a porta. Quase entrei em pânico com a invasão de privacidade, mas me acalmei ao constatar que dentro do quarto, ninguém estava se trocando ou qualquer coisa parecida, então parecia tudo bem.

 

Todas as primas de Taeyeon, com exceção de Hyoyeon que estava lá fora brincando com os pequenos, batiam papo dentro do quarto. As três garotas encararam Taeyeon de olhos arregalados antes de caírem na risada.

 

- “O que aconteceu com você, Tae?” - Uma delas perguntou, acho que seu nome era Hyuna.

 

- “Ah, a princesa aqui me usou de escudo contra aqueles moleques” - Taeyeon retorquiu, e apesar de ter meu nome no meio, o jeitinho emburrado dela só me fez rir mais ainda, o que não foi diferente com as outras garotas.

 

- “Já gostei de você” - Yeri disse, olhando na minha direção e sorrindo de modo travesso.

 

Taeyeon fuçou em sua mochila em busca de alguma roupa limpa enquanto continuava espirrando. Tive que ajudá-la, caso contrário ela molharia tudo. Antes de entrar no banheiro, minha namorada virou-se na direção das primas e ergueu um dedo no ar, como um aviso.

 

- “Eu vou tomar banho… E vocês não aprontem com a minha namorada” - Alertou antes de dar as costas, se fechar no banheiro e espirrar novamente.

 

As garotas riram levemente de sua atitude e eu fiquei lá, sem saber direito o que fazer, já que só agora caiu a ficha de eu estava num quarto, sozinha, com um monte de garotas que não conhecia.

 

- “É Tiffany, né? Aquela é a cama da Tae, pode sentar” - Uma delas disse, seu nome era Yura.

 

- “Gosta de pocky sticks?” - Hyuna perguntou, enquanto me oferecia a caixinha. Sorri e logo aceitei. Eu adorava aqueles troços.

 

- “Obrigada!” - Agradeci e enquanto mastigava, notei o olhar das três recaírem sobre mim. Olhares atentos, curiosos. Engoli em seco.

 

- “Você é nossa unnie?” - Yeri perguntou de repente e eu sorri de leve.

 

- “Não sei, quantos anos vocês têm?”

 

- “Eu tenho dezoito” - Yura anunciou. - “Hyuna tem dezessete e Yeri, quinze”

 

- “Oh, tenho a mesma idade que a Hyuna.” - Respondi e a mais novo logo se adiantou já me chamando de unnie por todos os lados. Ela é bem fofa, apesar de ter uma cara de arteira que me lembra muito Taeyeon.

 

- “Você e a Tae estão juntas há quanto tempo?” - Hyuna perguntou de repente. Foi então que me toquei que elas não iriam parar de fazer perguntas sobre mim. Estavam curiosas.

 

Parei um pouco para pensar… - “Começamos a sair alguns dias depois de seu aniversário, em março” - Respondi. - “Mas o namoro mesmo rolou só em maio”

 

- “Nossa, faz até bastante tempo!” - Yeri comentou.

 

- “E como é namorar a Tae?” - Hyuna perguntou de repente, com um sorriso tão malicioso que eu cheguei até a estranhar.

 

- “Está assustando ela!” - Yura rebateu, ao jogar umas almofadas em cima da prima. - “Olha, Tiffany… A Taeyeon nunca foi de apresentar as garotas dela pra família e muito menos trazer para o Ano Novo.” - A garota explicou. - “Estamos curiosas sobre o tipo de garota que ela escolheu, sobre vocês…” - Falou rindo um pouco e eu maneei a cabeça. Até que fazia sentido. - “Então… como é?” - Insistiu na pergunta de Hyuna, me fazendo rir abafado.

 

- “Taeyeon é… irritante e um amor de pessoa ao mesmo tempo” - Respondi honestamente, o que fez as três caírem na risada. - “Ela não perde chance de me provocar, nada passa. Mas ela é alguém do qual nunca poderei reclamar, sabe? Ela me apoia em tudo, e me ajuda quando preciso desabafar, quando estou com problemas, quando estou insegura…” - Respondi pensativa, enquanto me lembrava de toda a confusão com meus pais, da minha insegurança de não assumir meu relacionamento com ela no início. - “Taeyeon sempre está lá por mim.” - Concluí.

 

- “Tão amor de pessoa que nem parece a Taeyeon que jogou espuma na gente no último Ano Novo” - Hyuna resmungou, me fazendo rir.

 

- “Ah, mas ela apronta comigo de vez em quando, sim. O segredo é saber quando revidar” - Pisquei um olho, o que fez as três rirem alto.

 

- “Mas me fala uma coisa, estamos curiosas…” - Yura começou e eu logo previ uma pergunta p-e-s-a-d-a. Fiz sinal com a cabeça para que ela continuasse. - “E o sexo?” - Fiquei vermelha na mesma hora, enquanto as outras duas se aproximavam mais da minha cama, querendo ouvir minha resposta “confidencial”.

 

Elas me encaravam com olhinhos curiosos e eu já não sabia o que fazer naquela situação. Estava tão nervosa que só o barulho da porta se abrindo foi o suficiente para me fazer pular no lugar.

 

- “O sexo é ótimo, mas o que eu disse sobre não constranger a minha namorada?” - Taeyeon saiu do banheiro, com os cabelos ainda molhados e a toalha pendurada no pescoço.

 

Hyuna riu alto. - “Qual é, Tae, a gente quer saber dos detalhes sórdidos!” - Falou rindo maliciosamente.

 

Fiquei ainda mais vermelha, como se fosse possível, enquanto minha namorada apenas soltou um riso de canto. - “Se mordam de curiosidade, vocês!” - Disse simplesmente, antes de se aproximar da cama onde eu estava e se sentar ao meu lado.

 

Taeyeon me deu um beijo estalado na bochecha, me fazendo rir, ao mesmo tempo em que ganhava risadinhas e “ooowns” das outras três.

 

Foi quando a porta do quarto se abriu de repente. Uma das tias de Taeyeon apareceu ali. - “Garotas, acho melhor vocês irem tomando banho. A ceia começa às dez em ponto e já são seis da tarde. Do jeito que vocês demoram, não vai dar tempo”

 

- “Ah, obrigada, mãe, já vamos tomar banho!” - Yeri agradeceu.

 

O que se passou a seguir foi um revezamento clássico de quem usaria o banheiro. As três garotas decidiram por consenso que eu era a convidada especial e que deveria tomar banho primeiro. Taeyeon também incentivou, dizendo que era melhor aproveitar a oportunidade porque suas primas costumavam demorar mais no banho até do que eu. Acabei aceitando e logo tomei meu primeiro banho em Busan. Já que estava na casa de gente não conhecia, não enrolei muito e saí em meia hora.

 

- “Vocês precisavam ver a cara das meninas quando eles se beijaram!” - Taeyeon contava. - “Ficaram com aquela cara do cu trancando hahahahahaha” - As outras meninas caíam na risada e eu já imaginava sobre que episódio minha namorada deveria estar se referindo: Yunho e Jaejoong se assumindo para a escola toda. Juntei-me à ela no relato dos eventos, enquanto Yura ia tomar seu banho.

 

Ficamos o tempo assim, contando coisas que aconteceram conosco nesse último ano. A parte triste é que os doritos acabaram na metade da conversa, mas em compensação, pude conhecer melhor as primas de Taeyeon. Yura é a mais velha e a mais cabeça das três, e mesmo assim ela não resistia quando o assunto era provocar as primas mais novas. Hyuna é um poço de fofura, mas de vez em quando soltava umas bombas pesadas na conversa. Yeri é a caçula, sempre mimada, e por isso apronta que só ela, mas a maknae sabe ser fofa e carinhosa quando quer. Hyoeyon apareceu nos últimos minutos para tomar um banho mega rápido. Dentre todas as primas, ela é quem mais se parece com minha namorada.

 

Quando todas terminamos de tomar banho, prosseguimos em trocar de roupa e colocar um pouco de maquiagem leve para a virada do ano. Nessas alturas, eu já estava tão a vontade na presença das garotas, que nem me importei em ir ao banheiro para me trocar. Segui o exemplo de Taeyeon e fiz tudo dentro do quarto mesmo.

 

A mãe de Yeri apareceu novamente para informar que só faltava a gente na mesa e com isso, tivemos que apressar um pouco a produção, mas nada muito trágico. Quando chegamos lá fora, os adultos tinham juntado várias mesas e já se acomodavam nas cadeiras. Os avós de Taeyeon ficaram numa ponta só, juntinhos, era tão bonito de ver. As crianças pegaram uma ponta só para elas, e assim poderia bagunçar e conversar a vontade sem incomodar ninguém. O resto de nós, apenas se misturava entre as duas pontas. Acabei perto de Jaejoong, Yunho e, óbvio, Taeyeon. Sentamos praticamente no meio, com os primos e primas de Taeyeon em nossa volta.

 

Os avós de Taeyeon fizeram uns discursos bonitinhos, agradecendo a presença de todos, com destaque para a minha (coisa que me deixou com bastante vergonha, mas consegui sobreviver), antes de começarmos a comer.

 

- “Me pergunto quem vai afundar o Ano Novo dessa vez” - Jongdae se pronunciou, fazendo todo mundo ali dar risada, menos eu, claro, porque eu não estava entendendo nada. E notando isso, ele emendou. - “Todo ano, um de nós apronta alguma coisa. É quase uma tradição e nunca é realmente planejado”

 

- “Teve o Ano em que Hyoyeon botou fogo numa tomada.” - Jaejoong contou e eu arregalei os olhos. - “Em plena virada, todo mundo de olho na contagem e ela me enfia um clipes nas duas pontas da tomada. Ao invés de brindarmos, passamos o ano novo apagando um incêndio” - Contou, me fazendo cair na risada.

 

- “Teve outro ano que a Taeyeon empurrou o Jaejoong na piscina” - Jonghyun contou. - “Tava um frio do cacete e ele não parava de tagarelar no ouvido dela, aí ela jogou ele lá dentro. Jaejoong saiu da piscina feito um cubo de gelo, e a gente teve que ir direto pro hospital” - Arregalei os olhos, enquanto fitava minha namorada.

 

Taeyeon deu de ombros. - “Ele não parava de falar de macho pra mim!”

 

- “Em outro ano, os meninos fizeram uma coleção de insetos vivos e soltaram no quarto das meninas” - Foi a vez de Myungsoo falar.

 

- “No ano seguinte, nós acordamos de madrugada para maquiar os meninos enquanto eles dormiam, só de vingança” - Yura rebateu, me fazendo prender o riso. - “O Taehyung não acordava por nada no mundo, o que nos deu a ideia de pintar mechas do cabelo dele de rosa” - A mesa inteira gargalhou.

 

- “Teve muitas outras histórias, na verdade, mas esses foram os mais memoráveis” - Yesung comentou.

 

- “Quem será que vai aprontar esse ano?” - Hyunjoong perguntou misteriosamente, fazendo todo mundo se entreolhar.

 

Foi quando Taeyeon se esticou para pegar uma das latinhas de refrigerante do outro lado da mesa. No segundo em que ela abriu a lata, a pressão lá dentro fez com que o refrigerante atinginsse seu rosto em cheio. Não tive escolha a não ser me afastar e rir. Jaejoong gargalhava alto.

 

- “Vai, palhaça, vai acordar os outros com balde d’água, vai!” - Replicou ele. Hyoyeon também dava risada e não percebeu quando o oppa trocou o refrigerante dela por outro em suas mãos, provavelmente prestes a explodir também. Jaejoong piscou um olho pra mim quando percebeu que eu estava olhando. O resultado foi o já imaginado. Hyoyeon foi a próxima a tomar banho de coca cola.

 

- “Porra, Jaejoong! Vou ter que tomar outro banho!” - Taeyeon esbravejou e o irmão deu de ombros.

 

- “Não mandei vocês me molharem no Natal!” - Prendi o riso, enquanto encarava minha namorada com refrigerante escorrendo pelo cabelo.

 

- “É melhor você ir logo tomar banho, Tae” - Murmurei baixinho, só para não correr o risco de perder o controle e acabar rindo alto da cara dela.

 

Um segundo depois, Taeyeon e Hyoyeon seguiam juntas para o banheiro, enquanto o resto da mesa se acabava de rir.

 

- “E o troféu de confusão do Ano Novo, vai para…..” - Jongdae narrou, com uma voz engraçada. - “Kim Jaejoong, senhoras e senhores!” - A parte mais estranha é que os adultos estavam tão acostumados com essa loucura que nem faziam nada, até riam com a gente.

 

Durante os minutos em que Taeyeon estava ausente, fiquei na mesa ouvindo as histórias loucas de Ano Novo daquela família. Jaejoong me ajudava a me enturmar sempre que necessário e foi realmente ótimo passar esse tempo com os Kim, uma família tão fora dos padrões, tão agitada e tão diferente da minha.

 

Quando as duas voltaram, já era mais de onze da noite e já não tinha tanta comida sobrando. Taeyeon voltou para o meu lado com um olhar maligno pra cima do irmão, e murmurava alguma coisa sobre se vingar. Tive que ser uma ótima cunhada e distrair minha namorada dessas ideias. Em pouco tempo, consegui dissipar a névoa de irritação da baixinha e a convenci a comer, o que deixou os primos dela muito surpresos, porque aparentemente, Taeyeon nunca deixava barato esse tipo de coisa.

 

Foi nesse mesmo clima que a meia noite foi se aproximando. Quando faltavam apenas alguns minutos, os adultos fizeram a gente levantar para fazermos o brinde todos juntos, já que a mesa era tão grande que era difícil brindar com todos. O pai de Taeyeon abriu a garrafa de champagne no maior estilo. A rolha acabou batendo na parede e ricocheteando direto para a testa de Hyoyeon, o que fez todo mundo dar risada.

 

- “Taeyeon, Jaejoong, vocês-”
 

- “QUERO!” - Meu cunhado gritou, quando percebeu que o pai oferecia champagne para ele.

 

O senhor Kim suspirou. - “Só uma taça, só para brindar, ok? Não se acostume” - Falou e o filho assentiu várias vezes, enquanto tinha sua taça servida. - “Taeyeon vai tomar também? Eu realmente não sei se deveria oferecer para Tiffany” - Ele murmurou a última parte, mas eu estava perto o suficiente para ouvir.

 

- “Ah! Está tudo bem. Meus pais já me deixaram brindar com champagne quando passei o Ano Novo na Califórnia. Lá, a maioridade é com dezesseis, então…” - Taeyeon sorriu comigo e juntas estendemos as taças para a meu sogro.

 

Nos minutos restantes, os familiares de Taeyeon se concentravam em encher suas taças enquanto soltavam votos de ano novo, e falavam sobre suas promessas para o novo ano. Aquela coisa de sempre: “Vou começar uma dieta!” ou “Vou estudar direito para as provas” ou “Vou arranjar uma namorada!”. Eu nem me arriscava porque já sabia que não ia cumprir nada.

 

Quando a meia noite finalmente chegou, nossas taças de chocaram no ar, e todos tomamos juntos, em meio a felicitações e desejos de um bom Ano Novo. Foi quando os fogos de Ano Novo começaram. Eu sempre achei que ver os fogos em Seul era muito bonito, os padrões eram tão intensos que nunca pensei que veria coisa mais linda em outro lugar do mundo. Mas encontrei essa visão em Busan. O céu estava limpo e com pouca estrela, de modo que os fogos iluminavam o céu de ponta a ponta. Paramos na varanda, observando o espetáculo de Ano Novo e sem pretensão alguma eu voltei meus olhos para a minha namorada, só para encontrá-la já em encarando. Taeyeon sorriu, mostrando-me sua covinha, naquela hora, eu já sabia o que aquilo significava.

 

Taeyeon puxou a taça já vazia de minhas mãos e a largou na amurada da parte externa da casa, junto com a sua própria taça, antes de me puxar para um cantinho discreto da propriedade. Não perdemos tempo antes de deixarmos nossos lábios se unirem num beijo lento.

 

- “Feliz Ano Novo” - Murmurei contra sua boca, só para sentí-la sorrir.

 

- “Feliz Ano Novo” - Ela respondeu, antes de me beijar de novo.

 

Beijá-la em um cenário tão bonito, com os fogos estourando no céu escuro era muito mais mágico do que eu poderia pensar. Parecia que as borboletas em meu estômago estavam ainda mais agitadas.

 

Acabamos tendo que nos separar quando percebemos que passamos muitos minutos ali, isoladas de todos e isso poderia gerar suspeitas. Saímos de fininho do pequeno esconderijo só para nos depararmos com Jaejoong nos olhando com malícia. Taeyeon deu a língua pro irmão, enquanto eu fingia não notar. Estava vermelha demais para isso. Talvez fosse o efeito do álcool somado ao desconforto de ser pega no flagra.

 

Voltamos para a festa de Ano Novo dos Kim, e recebemos todas as felicitações dos parentes de Taeyeon. Alguns dos adultos, já tropeçavam devido ao álcool circulando no sistema, o que me fez rir bastante. Era realmente engraçado.

 

- “Fany, eu precisava falar com você, será que você pode vir comigo?” - Taeyeon de repente disse, de modo sério. Estranhei seu tom e só por preocupação acabei assentindo.

 

- “Vou, onde?” - Perguntei.

 

- “Para o quarto” - Ela disse e eu estaquei no mesmo instante. Minha namorada riu alto. - “Não é o famosos sexo, Hwang, pare com a essa cara” - Ela riu-se de mim e eu emburrei. Taeyeon procedeu em me fazer cócegas nas costelas até eu soltar um sorriso. - “Eu só queria conversar sobre uma coisa, mesmo” - Ela disse por fim.

 

Acabei concordando em segui-la. No caminho, minha namorada ainda roubou uma garrafa de vinho quase vazia da mesa dos adultos e mais duas taças, para a minha surpresa, e sorriu de modo travesso em minha direção. Franzi o cenho, receando as atitudes da baixinha.

 

- “Tae… O que você-”

 

- “Calma, só confia em mim um pouco, ok?”

 

Assenti devagar, enquanto deixava minha namorada me guiar escada à cima. Paramos no quarto das meninas e Taeyeon puxou a cortina da janela, ou foi o que pensei. Na verdade, as cortinas escuras escondiam a porta de uma sacada. Observei chocada enquanto a baixinha abria os trancos e, com o olhar, me convidava a se juntar a ela.

 

Aproximei-me devagar, observando a paisagem. Dava para ver vários prédios altos, casas e ao fundo, o mar. A visão noturna de Busan com alguns fogos atrasados ainda iluminando a noite era de tirar o fôlego.

 

- “É lindo…” - Murmurei e notei Taeyeon assentindo ao meu lado.

 

- “Fany…” - Ela chamou depois de algum tempo e eu me virei para olha-la. - “O próximo ano será o último” - Comentou e eu assenti, surpresa pelo assunto repentino. - “Mas eu não quero que seja. Eu quero permanecer ao seu lado mesmo depois que nos formármos. Eu quero ir para onde você for” - Soltou e eu arregalei os olhos. Claro… Eu também pensava de vez em quando nessas coisas, também não quero me separar da Taeyeon, mas… Por algum motivo, era estranho perceber que de repente já era a hora de decidir essas coisas. Era como se eu tivesse perdido a noção do tempo. A decisão do que fazer no futuro, depois do ensino médio, que eu tanto adiei, agora batia em minha porta e não iria embora até eu escolher que caminho tomar.

 

- “Você… Precisa ir para a faculdade que oferece o seu curso, Taeyeon” - Murmurei, olhando para o horizonte. Eu realmente não queria atrapalhar o futuro dela, por mais que me doa a possibilidade de termos que nos separar durante o ensino superior. Minha namorada soltou um riso de canto. - “Arquitetura, não é?” - Perguntei e ela assentiu, ainda com aquele sorriso enfeitando seu rosto levemente.

 

- “Sim, arquitetura” - Confirmou. Taeyeon tinha mencionado interesse nesse curso desde a metade do último semestre para cá, já que a baixinha se dava muito bem com as aulas de artes e desenho geométrico. Ficamos uns minutos em silêncio até ela se pronunciar novamente. - “Está vendo aquele prédio ali? Aquele com cobertura branca” - Apontou. Demorei alguns minutos para achar, mas finalmente assenti. - “É a Universidade de Busan. A maior de todas” - Comentou, como quem não queria nada, mas eu notava alguma coisa a mais em sua voz, só não sabia o que exatamente. - “É uma das únicas universidades do país que oferece os cursos de Arquitetura e Moda, com qualidade” - Ela falou, ao lançar um olhar significativo para mim.

 

A informação me deixou desconcertada, de modo que acabei por desviar os olhos do telhado da faculdade imediatamente, apenas para fitá-la. - “Tae… Eu-”

 

- “Eu quero fazer faculdade com você… Aqui” - Pronunciou o que eu já imaginava que ela diria. Minha boca ficou seca de repente e eu não sabia o que dizer. Não era… Bem isso o que eu queria.

 

Não, meu problema não era passar a faculdade ao lado de Taeyeon. Meu problema é que… Eu ainda não sei o que fazer. A verdade é que eu sempre disse para todo mundo, incluindo para mim mesma, que faria Moda quando me formasse do ensino médio. Eu repeti isso tantas e tantas vezes, até mesmo na frente de Taeyeon e, por isso, não me surpreende que ela tenha pensado nisso tudo. Acontece que… Agora, nesse último ano, em que eu sou forçada a decidir definitivamente o que farei pelo resto da vida, eu fico me perguntando se é realmente uma boa ideia, sabe? Eu realmente me pergunto se é com isso que quero trabalhar pelo resto da vida. Claro, eu amo roupas, amo escolher estilos, conversar sobre moda, estou sempre por dentro e tudo o mais, só que… Parando para pensar, eu nunca realmente considerei outras opções. E se não for isso? E se eu acabar estragando o que moda significa para mim, porque decidi transformá-la em meu trabalho?

 

Todas essas dúvidas têm me atormentado discretamente desde o dia da formatura dos meninos do terceiro ano e parece que hoje, os questionamentos vieram com tudo depois dessas falas de minha namorada. Me toquei que eu não poderia ficar empurrando a decisão com a barriga para sempre, porque a decisão não afetaria só a mim, afetaria ela também. Afetaria nós duas.

 

Não tive muita escolha naquele momento, e apenas assenti lentamente. Observei o sorriso surgir nos lábios de minha namorada e sorri também. Eu ainda precisava pensar no que fazer e talvez, nem valha a pena contar para Taeyeon sobre isso. Olhando para ela agora, eu tinha certeza que a ideia de nós duas estudando juntas em sua cidade natal era quase como um sonho, um ideal de vida. Perguntei-me quantas vezes Taeyeon já fantasiou sobre isso antes de finalmente me contar hoje. Eu não tinha coragem de furar com os planos dela só porque estou em dúvida. Quer dizer… E se eu acabasse falando, e no fim, resolvesse fazer moda mesmo? Eu estaria gerando transtorno desnecessário. Então apenas, preferi me manter de boca fechada. Pelo menos por enquanto.

 

Fui chamada para a realidade quando um tilintar suave ecoou por meus ouvidos. Observei a baixinha enchendo as duas taças de vinho tinto. A garrafa estava quase no fim, e por isso, deu apenas uns dois dedos para a cada uma.

 

Taeyeon segurou em sua taça e olhou para mim com expectativa. Imitei minha namorada sem nem pensar duas vezes. - “Ao nosso futuro juntas” - Murmurou, me fazendo sorrir.

 

- “Ao nosso futuro juntas” - Correspondi, antes de encostar minha taça na dela levemente. Eu estava me sentindo um tanto sem jeito e completamente insegura. Eu estava fazendo uma promessa com aquele brinde, certo? E se eu não fosse capaz de cumpri-la?

 

Tornei a taça no mesmo instante e quando voltei a encarar Taeyeon, ela sorria para mim. Sorri de volta e o beijo que se seguiu foi inevitável. Naquela hora, com os lábios de Taeyeon sobre os meus e seus braços rodeando possessivamente minha cintura, foi impossível pensar em outra coisa a não ser em quanto eu a amo.

 

Empurrei os pensamentos negativos para o fundo da mente, e me neguei a pensar nisso tudo enquanto ainda estivesse em sua companhia. Seja o que for que aconteça nesse Novo Ano… Eu sei que nunca abrirei mão da presença de Taeyeon na minha vida tão facilmente e, para ser honesta, era só isso que me importava no momento. Apenas ela.

 

Nos separamos num pulo quando o barulho alto de vidro se quebrando ecoou pela casa toda. Taeyeon havia empurrado a garrafa de vinho amurada à baixo enquanto me beijava, e por sorte não acertou ninguém.

 

Nem um minuto foi necessário até que a senhora Kim irrompesse pelo quarto, completamente surtada.

 

- “KIM TAEYEON!” - Gritou a mãe. Notei que a mulher entrara no quarto de olhos fechado e eu logo franzi o cenho com aquela situação. - “FICOU LOUCA? SEUS AVÓS NÃO PODEM VER ISSO!”

 

- “Mãe! Para com isso, não estamos fazendo nada!” - Taeyeon justificou-se e eu só pude corar quando notei o mal entendido que estava acontecendo. Minha sogra tirou as mãos dos olhos lentamente e ainda espiou pelo vão dos dedos. Quando constatou que ambas estávamos vestidas e completamente comportadas, ela soltou um suspiro de alívio. - “Eu apenas estava mostrando a faculdade pra Fany…” - Minha namorada explicou.

 

A senhora Kim caminhou até a gente com passos controlados. - “E por que do vinho, Kim Taeyeon?”

 

Minha namorada olhou para a mãe com um sorriso amarelo. - “Para brindar?” - Murmurou.

 

A senhora Kim rolou os olhos. - “Voltem lá para baixo, as duas! E que eu nunca mais pegue vocês sozinhas aqui, hem!” - Intimou, mas no fundo, tanto eu quanto Taeyeon sabíamos que ela não estava tão brava assim. Apesar disso, obedecemos sem nenhum pio.

 

A festa de Ano Novo continuou até altas horas da madrugada. O que eu posso dizer? Os Kim sabiam mesmo como se divertir. Eu dei risadas como nunca e apenas apreciei o momento ao lado de minha namorada e de sua família maluca.

 

Sobre os assuntos que tomaram meus pensamentos naquela sacada… Eu não voltei a pensar neles pelo resto de minha estadia em Busan, mas sabia, desde o início, que iriam me atormentar pra valer quando eu finalmente voltasse para casa. No momento, tudo era bem incerto, mas ao olhar Taeyeon sorrindo ao meu lado, com a família, se divertindo e realmente pensando num futuro em que nós estejamos juntas… Eu só posso dizer que farei tudo para estar ao seu lado, seja quando for, ou onde for.

 

 

 

 


Notas Finais


Eita hueheueheu O que será do Taeny agora que a Tiffany tá com essas dúvidas loucas? xD

Espero que tenham se divertido com esse capítulo, de verdade~ Deixem seus comentários ai, caso queiram, óbvio~ u adoraria ler qualquer coisa que vocês escrevessem *-*

Muito obrigada por lerem e até semana que vem <3

PS: Quem quer amigar comigo no tuiti? @ _DongBangPeia bora lá :3


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