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História Operation Crush: Fail - Mission 03: Senior Year


Escrita por: CarolAkiyama

Notas do Autor


CALMA, EU POSSO EXPLICAR! :v

Então, hueheuehue Faz tempo né? .-. q
Bem, gente, para vocês que não acompanham meu twitter, eis a explicação: Quinta feira foi o dia marcado para a minha apresentação do TCC, e eu precisei muito usar a quarta para estudar minha parte e me preparar direitinho. MAS eis o que realmente acabou acontecendo: Minha apresentação foi remarcada de última hora para quinta da semana que vem (dia 8), por um dos professores que faz parte da banca. Então... Eu gostaria de deixar avisado que semana que vem, o capítulo 44 vai sair ou na quinta ou na sexta, e NÃO na quarta. Tudo bem? Mas não se preocupem, depois da semana que vem, voltamos a nossa programação normal das quartas mesmo haha :)

Para vocês que me desejaram boa sorte na apresentação pelo twitter e por pm aqui no SS: Muito obrigada pelo carinho, vou guardar o boa sorte de vocês até o dia da apresentação semana que vem~ <3

Enfim, sem mais delongas, aqui vai o tão atrasado capítulo 43~ Eu espero que gostem~
Boa leitura e até lá embaixo :3

PS: Irei responder os comentários assim que eu postar o capítulo~

Capítulo 43 - Mission 03: Senior Year


Fanfic / Fanfiction Operation Crush: Fail - Mission 03: Senior Year

 

 

-Sooyoung-

 

- “Alguém fala logo o que está escrito naquelas listas pelo amor dos meus ships!” - Exclamei. A única palavra que me definia naquele momento era: desespero puro. Ah, espera… São duas palavras…

 

- “Larga de ser palhaça e tira a mão do olho, sua mula!” - Hyoyeon gritou atrás de mim, enquanto eu sentia suas mãozinhas puxando minha camiseta, como se ela quisesse me tirar de seu caminho, claro sem sucesso, com toda aquela altura dela. - “Se eu tivesse o tamanho dessa avatar eu já teria decorado a maldita lista de tanto ler!”

 

- “Não exagera!” - Rebati. - “E eu estou nervosa, me deixa!”

 

- “Affe, Yul, fala logo ai, nega, o que está acontecendo?” - Taeyeon gritou atrás da gente.

 

- “Não sei, não, Branca de Neve, eu não enxergo muito bem a distância”

 

- “MANO, EU SÓ QUERO SABER EM QUE CLASSE A GENTE ESTÁ!” - Taeyeon gritou, e eu pude olhar pra trás alguns segundos antes da Hyoyeon e da Taeyeon meterem o pé nas costas da Yuri e a impulsionarem pra frente. Por pouco que a nega não enfia a testa no painel com as listas. - “TÁ ENXERGANDO MELHOR AGORA?” - Taeyeon provocou.

 

Yuri lançou um olhar irritado pras duas, que apenas rolaram os olhos. A morena acabou tendo que deixar as Kim em paz para se focar nas listas com nossos nomes. Evitei olhar para elas por medo do que iria ver. Eu realmente odiaria ter que me separar das meninas… E de mozão.

 

- “E então, Yuri, qual o veredicto?” - Perguntei impaciente.

 

- “Bem… Taeyeon, Tiffany, Jessica e eu estamos no Terceiro A.” - Yuri respondeu. - “Sooyoung, Sunny e Juniel no Terceiro C”. - E sim, Sunny Bunny se mudou para nossa escola junto com Juniel. Depois que começamos a namorar, ela decidiu debater a questão com os pais e acabou ganhando o apoio deles na questão. Os Lee me têm como uma ótima nora e nunca vão contra qualquer coisa que a Sunny peça quando o assunto é ficar em minha companhia. Meus sogros claramente não sabem das coisas que eu apronto na companhia das pestes que eu chamo de amiga… E vamos deixá-los na ignorância, só para garantir.

 

- “Pelo jeito, é mesmo impossível todas nós cairmos na mesma classe” - Tiffany murmurou cabisbaixa.

 

Eu também não estava lá tão feliz, claro. O circo é sempre melhor quando todo mundo tá junto, mas… Eu tinha que olhar o lado bom das coisas: - “Pelo menos os ships prevaleceram!” - Falei com uma voz que deve ter soado engraçado nos ouvidos das outras meninas, porque de repente elas começaram a rir.

 

- “Porra, e eu? Em que classe eu fiquei?” - Hyoyeon gritou e foi aí que me lembrei da outra baixinha.

 

- “Bem… Você ficou no Segundo B.” - Yuri respondeu.

 

- “Segundo o quê? D?”

 

- “B, sua anta, B de bola”

 

- “Yuri, sua burra, bola não começa com D!” - Hyoyeon protestou.

 

- “BURRA É VOCÊ, EU DISSE B!”

 

- “P?”

 

- “NEM TEM TANTA CLASSE ASSIM!” - Yuri protestou, e claro que já estávamos soltando gargalhadas nessas alturas.

 

Jessica de repente agarrou os ombros da prima de Taeyeon e a encarou com um olhar digno do SubZero. - “Ela disse B. Agora. Pare. De. Gritar.” - Falou de modo ameaçador. Hyoyeon assentiu com a cabeça várias vezes. Tava só o desespero, essa doida.

 

A garota que agora havia tingido os cabelos de loiro, abandonando o colorido polêmico, finalmente se viu livre da ameaça da Jung, e soltou um enorme suspiro de alívio na mesma hora. - “E quem está nessa classe comigo?”

 

- “Mesmo que eu dissesse, não ia adiantar, você não conhece ninguém aqui, esqueceu?” - Yuri mencionou.

 

- “Acontece, Kwon Yuri, que eu tenho esse incrível dom de saber se as pessoas são legais só de ouvir o nome delas”

 

Taeyeon rolou os olhos. - “Nossa, que dom incrível, muito mágico mesmo, viu! Tu é quase uma bruxa” - Ironizou. - “Como tu é anta, Hyo” - Aquelas duas viviam assim, a aparentemente, nem a presença de Tiffany consegue dar um jeito na namorada e impedi-la de cutucar a prima.

 

- “Anta é a senhora tua tia!” - Hyoyeon rebateu. Nos entreolhamos por alguns instantes antes de cairmos na gargalhada. Hyoyeon havia ofendido a própria mãe. - “Droga! Sempre esqueço que somos primas!” - Murmurou e aí que rimos ainda mais. - “Affe, foda-se. Fala logo aí quem mais está na classe logo de uma vez!”

 

Yuri rolou os olhos. - “Um monte de gente!” - Disse, já se afastando dos painéis, indicando que não ficaria ali de palhaça vendo nome de gente que não conhece.

 

Hyoyeon bufou, mas teve que se conformar quando muitas pessoas começaram a se amontoar atrás de nós, empurrando a gente pra frente, de modo que se tornara impossível ficar por ali por mais tempo.

 

Acabamos na portaria. Decidimos esperar Sunny e Juniel que chegariam juntas um pouco em cima da hora, por causa do horário apertado dos pais de Juniel que se comprometeram a trazer as duas hoje. Bem, você deve estar se perguntando o que Juniel está fazendo da vida dela ao se transferir para a escola da garota que inventou o ciúmes. Bem, eu não faço ideia. Ela sempre atrapalha meus ships e deixa a pobre da Fany se mordendo de raiva. Sunny ainda tenta me dizer que é sem querer, e que a garota é sem noção mesmo, mas eu não consigo me conformar! Apesar de ser muito lindinho ver a Taeyeon acalmar a Tiffany com crise de ciúmes. Em dias de sorte, rola até beijo! Ain, como o OTP é lindo, gente, me segura!

 

Quando as duas chegaram, nem deu tempo de cumprimentar direito. Só consegui um beijo de Sunny na bochecha antes do sinal bater e todas nós termos que correr para nossas salas. Foi uma confusão dos infernos. Porque primeiro dia de aula é aquela coisa clássica de novatos perdidos, transferidos bonitões que chamam atenção, gente se esbarrando nos corredores, o início clássico de história de amor em fanfic. Mas para nós, do terceiro ano, aquilo só significava uma só coisa: Eita. Porra.

 

O fato é que… Ninguém aguenta mais. Nem Tiffany que costuma ser bastante dedicada aos estudos. O terceiro ano é o símbolo de que a fase escolar da vida está realmente acabando e a única coisa que queremos é seguir em frente. O único problema é… Para onde?

 

Entrei na sala aos tropeços, mas pelo menos pude impedir minha namorada de ser atropelada pelo bando de animais que era os garotos na minha sala. Não posso dizer o mesmo de Juniel. A garota acabou no chão na curva depois dos armários. Confesso que me senti um tanto culpada de deixar a menina lá, sendo um alvo fácil pra ser morta naquela correria, mas né, vocês sabem… Bunny é sempre a prioridade. Paramos na porta da sala e por sorte, conseguimos ver Juniel correndo em nossa direção rapidamente, e sem tanta gente bruta pelo caminho, ela conseguiu chegar até nós em relativa segurança.

 

Assim que entramos definitivamente na sala de aula, empacamos perto da porta no mesmo instante, chocadas com nossa nova classe. O quadro negro caindo aos pedaços foi de repente substituído por um quadro de vidro, tão limpo que dava até vontade de sair riscando. As paredes da sala foram repintadas de branco. As carteiras eram novas, e o melhor de tudo: Não eram de braço. As cadeiras tinham um estofado azul muito bonito e decididamente confortável. Minha bunda agradece, de verdade. Aparentemente, a escola tinha investido muita verba nas instalações do colégio durante as férias de fim de ano. Ninguém tá reclamando aqui, pode continuar que a gente agradece, viu, amada senhora diretora!

 

- “Classe! Eu sei, eu sei. Tudo é muito maravilhoso, mas por favor, admirem as novas mudanças sentados em seus lugares e de bico fechado de preferência!” - Nosso professor de história gritou de repente e com isso, corremos todos para nossos lugares.

 

Peguei um lugar perto da parede, na quinta carteira. Essa sou eu claramente usando minha altura como desculpa para ficar na zona universalmente conhecida como “fundão”. Minha namorada fofinha ocupou a carteira em minha frente e Juniel acabou sentando-se na frente dela. As três marias ali, unidas e isoladas do resto da turma. Ah bem, não é que a gente sofra bullying ou algo do tipo, mas digamos que o clubinho das lésbicas dificilmente aceita novos membros por motivos de: As pessoas olham estranho.

 

Até hoje, nunca sofremos nenhuma ameaça ou violência verbal ou física, graças aos meninos do ex-terceiro ano que sempre metiam medo em qualquer idiotazinho que se quer cogitasse a ideia. Sem eles por perto, ficamos bastante preocupadas em como seria, mas acredito que a novidade sobre nossas orientações sexuais já passaram faz é tempo e hoje, ninguém liga mais. É tipo uma fofoca ultrapassada. Algumas pessoas olham torto, ou com nojo, mas com olhares nós podemos lidar facilmente.

 

Não é como se não soubéssemos sobre isso antes de nos assumirmos, não é como se eu já não tivesse visto o tratamento que Taeyeon recebia quando se assumiu, e finalmente: Não é como se não soubéssemos que isto é a Coreia de Sul. Com a proteção dos garotos ou não, nós estamos sujeitas a sofrer esse tipo de preconceito em cada esquina, e eles não podem nos defender em todos os lugares e em todas as horas. Com isso em mente, acho que estamos relativamente preparadas para enfrentar qualquer comentário ou bullying que nos seja dirigido, mesmo torcendo para não haver nenhum.

 

As aulas da manhã foram aquela ladainha já conhecida: Dinâmica de apresentação para o resto da turma, aquele troço que os professores insistem em fazer para forçar amizade entre a gente, coisa que claro, sempre piora nosso status perante a sociedade, porque não sei vocês, mas eu sempre me atrapalho toda e passo a maior vergonha. No primeiro ano do ensino ensino médio, quando conheci Taeyeon e Yuri, as duas deram muitas risadas da minha apresentação nessas dinâmicas. Eu estava tão nervosa, que basicamente disse: “Oi, meu nome é comer e eu gosto de Sooyoung!”. Elas se sentaram atrás de mim e depois ficaram soltando piada do tipo “Oi, meu nome é música, eu gosto de Taeyeon!” ou “Oi, meu nome é esportes, eu gosto de Yuri!”. Eu me lembro que fiquei tão irritada e, mesmo que seja difícil de acreditar, vermelha, que acabei explodindo com elas no primeiro momento em que tive a chance, e foi assim que começamos essa linda e desvirtuada amizade.

 

Saí para o almoço com o estômago nas costas. Honestamente, eu passei a aula toda com fome e mesmo comendo um pacote de doritos clandestinamente no meio da aula de matemática, ainda sentia um buraco na barriga do tamanho do mundo. Juniel passou o tempo todo me encarando de boca aberta enquanto Sunny me ajudava a esconder a comida do professor com avisos do tipo: “Ele tá vindo pra cá, guarda isso.” ou “Sooyoung, engole esse troço logo, ele tá olhando pra você!” ou até mesmo “Para de dar tão na cara que está mastigando!”. Eu estou com o maior orgulho de dizer que minha namorada é a melhor cúmplice do universo.

 

- “Sunkyu~!” - Taeyeon chamou assim que entramos no refeitório, num tom proposital pra irritar mozão.

 

- “Vou enfiar a mão na sua cara, Taeyeon” - Sunny rebateu.

 

- “Eu seguro e você bate, Bunny” - Murmurei, e quase derreti ao ganhar um sorriso fofo dela. Sentamos à mesa junto com TaeNy e YulSic.

 

Talvez vocês devem estar se perguntando se eu me incomodo com a interação da Taeyeon com a Sunny, por elas terem namorado e coisa do tipo… Bem, eu não me incomodo. A verdade é que quando eu conheci a Tae e a Yuri, a Sunny não namorava a outra baixinha mais e por isso, eu nem cheguei a conhecê-la na época. Só sabia quem era porque Taeyeon e Yuri me apontavam a garota nas redes sociais. Conheci Sunny pessoalmente num dia em que eu estava no trampo do restaurante dos meus pais e ela entrou pela porta. Reconheci no mesmo instante como a ex de uma de minhas melhores amigas e fiquei um tanto receosa em ir atendê-la. Eu nunca ouvi detalhes de como era o relacionamento das duas, e vai que tivesse acabado mal… Nunca se sabe quando o climão vai aparecer, não é mesmo?

 

Apesar dos meus protestos, minha mãe me fez atender a mesa dela e eu fui lá toda me tremendo. Sunny me reconheceu como a garota alta das fotos da Tae e ficou rindo do meu estado de nervoso. A verdade é que eu a achei muito mais bonita pessoalmente do que por foto e o fato de ter a confirmação de que ela também se envolvia com garotas me deixava hiperventilando, porque eu estava tentando não pensar na ex de uma amiga dessa forma. Acabamos trocando algumas ideias rapidamente naquele dia e depois disso, a baixinha passou a frequentar o restaurante. Meus pais perceberam que ela conversava  comigo de vez em quando e, por isso, eles sempre me davam um intervalo de folga justo quando ela aparecia, para que nós pudéssemos conversar.

 

Conforme nos falamos, eu ficava cada vez mais preocupada em estar apaixonada pela “ex de minha melhor amiga”. Não sabia exatamente como Taeyeon reagiria a isso. Quer dizer, eu sabia que não havia mais sentimentos entre elas, Sunny me garantiu várias vezes que ela superou há anos e Taeyeon… Bem, Taeyeon nunca gostou dela dessa forma, disso eu sabia. Quando percebi que a Tae tava em outra já, e para o meu deleite, essa outra era a Tiffany Hwang e que elas formavam um casalzinho muito lindo, comecei a colocar na cabeça que eu e Sunny poderíamos acontecer.

 

Foi quando o grupo todo nos flagrou no jogo de paintball. Sunny participou da competição e me convidou para assistir e torcer por ela. Ela nem precisou falar duas vezes e eu já estava aceitando. Quando as meninas apareceram junto com o Yunho e o Jae, eu juro que não sabia o que fazer. Queria mesmo enfiar minha cabeça no buraco, mas para minha surpresa, Bunny agiu muito naturalmente e não pareceu se importar com nada. Taeyeon ficou bem confusa e incrédula naquele dia, mas não demonstrou chateação ou coisa do tipo.

 

Na semana seguinte, a Tae me puxou de lado para conversarmos. Ela me perguntou o que estava rolando entre a Sunny e eu. Claro que engoli em seco, mas não menti. Expliquei que havia encontrado Sunny por coincidência e que ficamos próximas. Ela logo deduziu que eu estava gostando da baixinha do aegyo, e ao contrário do que eu esperava, me deu muita força para me envolver com ela.

 

Descobri naquele dia que Taeyeon sempre esteve ciente dos sentimentos de Sunny durante o namoro delas. Ela disse que quando Sunny a beijou depois de ter bebido um pouco, tudo ficou bastante claro. Taeyeon aceitou ter um relacionamento sério com a baixinha por via os sentimentos da Sunny por ela, e sabia que ela é uma boa garota e que seria incrível se elas dessem certo. Taeyeon passou o tempo todo tentando corresponder Sunny, ser feliz com ela, mas os sentimentos românticos que ela tinha não eram forte e nem sinceros o suficiente. Durante a conversa, pude notar que Taeyeon se arrependia muito de ter causado tanta dor na melhor amiga do fundamental.

 

Nada disso se quer chegou ao conhecimento de Sunny, ela apenas pensa que a outra nunca soube sobre seus sentimentos. Taeyeon achava que poderia magoá-la ainda mais se ela admitisse que sabia e também, não tinha motivo para contar agora que as duas haviam superado toda a situação. Então, a conversa acabou se tornando um segredo entre nós duas e com os conselhos de Taeyeon, eu finalmente chamei Sunny pra sair e consegui pedí-la em namoro. Por esse e outros motivos que eu não me preocupo nem um pouco com as duas conversando ou andando juntas pelos corredores do colégio. Meu problema real na verdade é…

 

- “Sun!” - Hyoyeon chamou, adentrando o refeitório no maior pique. - “Onde fica a sala do clube de dança que você mencionou aquele dia?” - Rolei os olhos e fitei as duas impaciente. Enfiei uma grande quantidade de comida na boca, e fiquei encarando com cara de mal humorada.

 

- “É na direção da quadra de esportes, Hyo. Você vira a segunda a direita…” - Minha namorada se prestou a dar as direções.

 

Pelo que eu havia entendido, Hyoyeon e Sunny se conheceram na época do namoro da Bunny com a Taeyeon e desde então, haviam se tornado boas amigas e sempre conversavam por redes sociais, mesmo depois do término do namoro. O que realmente me incomoda é que a prima louca da Taeyeon é quase uma Juniel 2.0. Ela vive arrumando papo com a minha namorada, e juro que não é coisa da minha cabeça, às vezes eu noto ela observando demais a mozão. Oras! Um olhar de cinco segundos é mais do que o aceitável para ‘normal’, convenhamos!

 

Estreitei os olhos quando Sunny terminou a explicação e Hyoyeon saiu correndo dali de perto em busca da tal sala de música. Essa garota não me engana!

 

- “Nossa, Tae, que mãos bonitas você tem! Tu bem que podia trabalhar de modelo de mão depois do ensino médio!” - Esta é Juniel não tendo noção do perigo.

 

Tiffany já tava quase virando sayajin de tanto ciúmes. Taeyeon encarava Juniel com a boca cheia de comida, na vã tentativa de mastigar tudo e não se engasgar com todo aquela ousadia. A baixinha revezava olhares entre Tiffany e Juniel e quando foi capaz de engolir a comida, finalmente disse: - “Eu não vou ser modelo de mão!” - Respondeu ao puxar sua mão das garras de Juniel. - “Eu quero ser arquiteta e me formar ao lado da minha namorada” - Soltou ao encarar a Hwang com os olhinhos apaixonados. Puxei meu celular e usei a função de foto automática pra eternizar aquele momento. Tiffany soltou um sorriso pequeno e desviou os olhos pra própria comida.

 

- “Tiffany já sabe o que quer para o ano que vem?” - Yuri perguntou num tom surpreso.

 

A ruiva estava prestes a responder quando Taeyeon falou em seu lugar. - “Moda, ela quer moda.”

 

Jessica franziu o cenho. - “Então você se decidiu definitivamente que vai ser moda, mesmo?” - Perguntou a loira, parecendo um tanto surpresa com aquele comentário da Taeyeon.

 

Tiffany maneou a cabeça e depois assentiu. Ela estava com a boca cheia e por isso não disse nada. Se bem que… Ela está agindo estranho. Hm… Algo de errado não está certo por aqui.

 

- “Mas e vocês, o que querem fazer?” - A baixinha continuou o assunto. Claro que a primeira a responder foi…

 

- “Psicologia! Vem se consultar comigo, Tae!” - Juniel disse e a mesa toda a encarou. Essa garota não conseguia nem identificar o sentimento de ciúmes da Tiffany, será mesmo que ela consegue entender e aconselhar pessoas com problemas? Ai ai ai….

 

- “Ceeeeerto…” - Taeyeon murmurou, sem saber o que falar. - “Sunny deve fazer algo relacionado a jogos e Sooyoung vai provavelmente tomar conta do restaurante… E vocês, farão o quê?” - Perguntou para YulSic.

 

Rolei os olhos e resolvi interromper antes que as duas respondessem qualquer coisa. - “Só porque minha família tem um restaurante não significa que eu vou trabalhar nele quando me formar” - Falei calmamente e ganhei olhares assustados das outras meninas.

 

- “Mas Sooyoung… Você ama comida” - Yuri murmurou.

 

- “Correção: Eu amo comer! Cozinhar e cuidar de restaurante é outro negócio. Sem falar que é capaz de eu comer toda a comida dos clientes ao invés de servi-los” - Comentei.

 

Taeyeon maneou a cabeça. - “Jaejoong mencionou mesmo que quando ele trabalhava lá, você não podia chegar perto da cozinha piloto para não acabar com todo o alimento” -  Falou e eu assenti com um sorriso.

 

- “Exatamente. Além de que, eu não me vejo administrando qualquer negócio.” - O que é bem verdade. Sabe, minha irmãzinha de catorze anos é muito mais habilidosa nesse negócio de gerência e administração do que eu, se alguma de nós tiver que assumir os negócios da família, seria certamente ela e não eu.

 

- “Então, o que quer fazer?” - Yuri perguntou numa voz estranha.

 

Eu a encarei antes de dar de ombros. - “Ainda estou avaliando minhas opções” - Respondi simplesmente. - “E só pra constar, a Bunny não fará nada relacionado à jogos, como vocês estão pensando” - Soltei, tentando tirar o foco de mim e jogar a questão para alguém que eu sabia que estava incomodada com essa conclusão precipitada que as meninas já estavam tirando sobre nosso futuro.  

 

Encarei minha namorada de canto de olho e tive que virar o rosto completamente em sua direção quando ela soltou aquele sorrisinho de canto tão charmoso. Sunny jogava em seu PSP, mas eu sabia que ela estava bastante ligada na conversa e não havia deixado passar o comentário sobre seu futuro.

 

- “O-O que vai fazer, Sunkyu?” - Taeyeon perguntou, praticamente em choque.

 

- “Primeiro, eu vou dar na sua cara se continuar me chamando assim.” - Rebateu. Taeyeon rolou os olhos.

 

- “Força do hábito, mas sério Sunny, se não será algo relacionado à jogos, o que pensa em fazer então?”

 

- “Você fala como se minha única opção fosse os jogos” - Mozão murmurou. - “Na verdade, eu só não quero estragar algo tão prazeroso para mim ao transformá-lo em meu trabalho. Jogos são apenas um hobby e devem continuar sendo um hobby” - Respondeu, sem tirar o olho da tela do PSP. - “Eu quero cursar informática biomédica”. - A mesa caiu em um silêncio profundo.

 

- “Fiquei na mesma” - Yuri respondeu com uma voz vaga.

 

- “Nossa, que burra, odeio gente burra” - Provoquei. A morena me encarou com uma sobrancelha erguida.

 

- “E você por acaso sabe o que é?”

 

Ri de canto. - “Claro que sei. Informática biomédica é… Informática biomédica, uai!” - Respondi, fazendo uma expressão de convencida.


 

Yuri rolou os olhos. - “Fala ai, Sunny, o que é esse negócio?”

 

Minha namorada pausou o jogo e encarou todas as garotas na mesa. Todo mundo tava com o olhar focado nela, nem piscavam. - “Informática biomédica é o curso que me permite construir equipamentos e programas que auxiliem no ramo hospitalar.” - Respondeu precisamente e eu estufei o peito de tanto orgulho da minha baixinha.

 

- “Nossa, isso sim é uma surpresa” - Taeyeon murmurou.

 

- “Mas parando pra pensar, eu realmente acho que vai se dar bem nisso, Sun” - Tiffany falou, ao levantar os dois polegares na direção da baixinha, como uma forma de incentivo.

 

Sunny riu e assentiu com a cabeça algumas vezes. - “É o que eu espero” - Murmurou.

 

- “E vocês, já escolheram o que querem?” - Perguntei pra Yuri e Jessica.

 

- “Eu já” - Jessica respondeu simplesmente, antes de voltar a mastigar seu almoço, deixando todo mundo no vácuo.

 

- “Jessi, você se decidiu por aquele curso mesmo? Aquele que falamos noutro dia?” - Tiffany perguntou, com uma expressão de curiosidade. A Jung apenas assentiu com a cabeça, deixando mais da metade da mesa confuso sobre sua escolha.

 

Cutuquei Yuri com o cotovelo. - “Ei, que curso é esse que ela escolheu?” - Cochichei. Yuri apenas riu e estava prestes a responder quando a própria Jessica tomou a frente.

 

- “Odonto” - Ela disse. Sua voz soou tão fria que eu estava prestes a me desculpar por me meter nos assuntos dela, mas quando olhei melhor em sua direção, percebi que a loira sorria levemente e não parecia se importar com a minha curiosidade.

 

- “Oh, uma faculdade bastante tradicional” - Sunny comentou.

 

- “Já sabe onde vai cursar?”

 

Jessica maneou a cabeça. - “Pensei na Universidade Nacional de Seul, mas ainda não tenho certeza. Não tenho uma preferência pela faculdade em si” - Respondeu e todo mundo assentiu. A maioria das faculdades de Seul eram boas, até mesmo as particulares, então quando o curso que você quer existe em todas as faculdades da cidade, escolher uma delas é uma dúvida cruel.

 

- “E você, Yuri? Vai fazer o que?” - Perguntei.

 

A morena deu de ombros. - “Vender miçanga artesanal na praia, quem sabe?” - Respondeu, e logo recebeu uns tapas de Jessica no ombro.

 

- “Leva as coisas a sério, Kwon Yuri!” - Ralhou a namorada.

 

- “Ai, amor, eu só estava brincando, oxe” - Caímos na gargalhada. - “É que eu ainda não me decidi sobre o que cursar” - Ela comentou. Parecia cabisbaixa.

 

- “Não tem uma noção?” - Tiffany perguntou e Yuri negou com a cabeça. - “Não é possível que não tenha nadinha em mente, Yul” - Ralhou.

 

Yuri encolheu os ombros. - “Mas eu não tenho… Não consigo me imaginar nenhuma profissão pelo resto da vida” - Falou, parecia sério dessa vez.

 

- “Mas deve ter algo do qual você goste…” - Taeyeon insistiu. - “Qual a sua área favorita? Exatas? Humanas? Biológicas?”

 

- “Nadas” - Yuri respondeu, gerando crise de riso em todas nós.

 

- “Nadinha mesmo, nada?”

 

- “Educação física conta?” - Perguntou.

 

- “Não” - Respondemos todas juntas.

 

- “Então nada” - Falou, com sorriso leve.

 

- “Bem, talvez você deva procurar por matérias nas quais se dê bem… Qual é a matéria que tem maior nota?”

 

Yuri abriu um sorriso e eu já previ alguma merda. - “Educação física conta?” - Perguntou de novo. Nós reviramos os olhos. - “Então, não tem, ué”

 

- “Como não, Yul?”

 

- “Ah gente, eu não estudo porque gosto de estudar ou porque gosto da matéria, eu estudo porque preciso passar. Minhas notas em todas as disciplinas sempre estão oscilando, não há nenhuma que se destaca em particular, apesar de eu estar sempre dentro da média” - Explicou e depois disso, nós acabamos assentindo. Ficamos um bom tempo em silêncio, sem saber muito mais sobre o que falar.

 

- “Gente, pra onde foi a Hyoyeon? Ela vai ficar sem almoço” - Tiffany de repente comentou.

 

- “Eu a vi se juntando à mesa das garotas do segundo, faz uns minutos já” - Sunny respondeu e eu tive vontade de perguntar porque ela prestava tanta atenção na Hyoyeon, mas deixei pra lá. - “O que será que ela vai escolher quando estiver se formando ano que vem?” - Perguntou, com um sorriso maroto.

 

Taeyeon riu. - “Hyoyeon vai provavelmente se juntar a Yuri na venda de miçanga artesanal” - Respondeu e todo mundo riu alto, até mesmo eu, porque a imagem daquelas duas nessa situação era realmente épica.

 

O sinal do fim do horário de almoço de repente soou e nós fomos obrigadas a cortar o papo ali mesmo. Durante o caminho de volta para as salas, meu sexto sentido de “O OTP está interagindo” disparou em minha cabeça e eu me virei rapidamente para o lado a tempo de ver Taeyeon beijando a testa da namorada ternamente. Não me aguentei, claro. Nunca me aguento.

 

- “AI MEU SHIP!” - Gritei, enquanto tirava o celular do bolso e batia um monte de foto. As duas rolaram os olhos, mas não me repreenderam, acabaram até posando para a minha câmera. Eu sou a shipper mais sortuda do universo. Esperem só até eu postar essas fotos no meu instagram fake de foto de casais fofos.

 

 

-Jessica-

 

As aulas da tarde foram um tanto mais sérias do que as da manhã. A maioria dos professores, assim como  a gente, já estava de saco cheio desse negócio de dinâmica de apresentação e ao invés disso, resolveram fazer aquele lindo discurso motivacional típicos do último ano de ensino médio. Coisas como: “Agora é a hora de seguir os seus sonhos” ou “Estudem bastante, e tentem ao máximo, mas se não passarem, não desistam e continuem tentando!”. Alguns até contaram suas próprias experiências de vida com relação à formação acadêmica. O papo até que foi interessante… Na primeira meia hora. Depois deu vontade de dormir, mesmo que eu seja suspeita para falar isso.

 

Nesta primeira semana de aula, os clubes esportivos não teriam treinos, de modo que eu não precisei esperar Yuri para irmos para casa. E sim, ainda fazíamos esse esquema de irmos juntas embora depois das atividades do clube de Handebol da Yul. Isso meio que se tornou um hábito para nós, sem falar que é realmente ótimo ter um tempo com ela para contarmos como anda nossa vida, sabe? Se teve uma coisa que senti falta durante as férias, foi isso. Foi caminhar com ela até minha casa, tomar um sorvete no meio do caminho e coisas assim. Claro que saímos juntas nas férias, né, fomos ao cinema algumas vezes, jantamos fora, fomos ao parque de diversões, Yuri até me arrastou para uma convenção de quadrinhos que aconteceu alguns dias atrás na primeira semana de janeiro. Aliás, aqui na Coréia, as aulas começam uma ou, no máximo, duas semanas depois do Ano Novo. Já que são férias de inverno para nós, não tem sentido ficarmos sem aulas.

 

Despedimos das meninas na frente dos portões e logo eu e Yuri seguimos caminho até minha casa. Fomos o caminho todo de mãos dadas e o percurso foi silencioso. Eu já havia percebido que tinha algo de estranho com minha namorada, mas não queria ser a primeira a iniciar o assunto. Nossa política sempre foi esperar que a outra estivesse pronta para contar, ao invés de ficar pressionando para saber de tudo. Então, continuei caminhando ao seu lado sem dizer nada.

 

- “Sica…” - Yuri finalmente chamou. Encarei-a de canto e Yuri abaixou o olhar. - “Você… Está decepcionada comigo?” - Perguntou.

 

O questionamento me pegou de surpresa. Parei de andar e me virei para ela. - “Claro que não, por que eu estaria?”

 

- “Porque eu não tenho certeza sobre o que vou fazer…?” - Ela disse. A afirmação soou levemente como uma pergunta.

 

- “Eu não te culpo por não saber… É realmente bem difícil escolher nossa profissão tão cedo” - Respondi, antes de voltar a andar. Ela me acompanhou.

 

- “Mas você e a maioria das meninas já sabem o que querem… Apenas eu e Sooyoung que não. Acho que até aquela magrela deve estar menos perdida que eu sobre isso” - Murmurou.

 

Dei de ombros. - “É uma escolha pessoal… Vai de cada um. Tem gente que tem mais dificuldade, tem gente que tem menos, oras” - Respondi. - “Mas Yuri… Se essa escolha também influenciar no nosso futuro juntas…” - Suspirei. - “Bem, talvez seja bom você pensar bastante nisso e com cuidado para não… Demorar demais” - Falei cautelosamente. A morena me olhou de esguelha e eu decidi continuar sem encará-la de frente. - “Porque eu não quero ficar longe de você em hipótese alguma” - Declarei.

 

Yuri sorriu, e logo eu senti suas mãos se desvencilhando das minhas só para que ela pudesse me abraçar de lado, desajeitadamente. - “Não se preocupe com isso, Sica… Mesmo que eu nunca resolva o que farei da minha vida, eu estarei sempre com você. Irei vender miçangas artesanais na praia onde você estiver!” - Declarou, de um modo vagabundamente romântico, (por mais incrível que pareça, foi possível achar o romantismo na frase dela).

 

- “E se na cidade para onde eu for não tiver praia?” - Desafiei.

 

Yuri fez uma careta pensativa e logo riu. - “Venderei as miçangas no sinal, então” - Contou e eu rolei os olhos e a empurrei de brincadeira. - “Eu vou achar alguma coisa pra fazer da minha vida, Sica-ah, e farei isso ao seu lado. Não precisa se preocupar” - Ela disse, numa voz branda. - “Eu acho” - Completou baixinho. Acredito que não era para eu ter escutado aquilo, mas eu pude ouvir, quase num suspiro. Preferi ficar quieta e fingir que não percebia sua preocupação e insegurança à esse respeito.

 

Chegamos na porta de casa depois de alguns minutos. Convidei Yuri para entrar, mas ela recusou, disse que precisava voltar pra casa cedo hoje e que a gente poderia deixar para outra hora. Não fui contra e apenas assenti. Trocamos alguns beijos na entrada de casa e logo depois, ela se foi.

 

Entrei em casa já sentindo o cansaço do ano todo, isso porque as aulas mal começaram. Seria um ano pesado, tanto por causa do conteúdo da escola quanto pela pressão psicológica dos vestibulares e futuro. Mesmo com tão pouco tempo, todo mundo já percebeu isso.

 

- “Ah, filha… Troque de roupa e desça aqui assim que terminar. Eu e sua mãe precisamos falar com você” - Meu pai disse. Ergui uma sobrancelha, na intenção de fazê-lo falar logo de uma vez, mas ele negou com a cabeça. - “Vamos, deixe seu material no quarto, se troque e volte aqui. Rápido, rápido!” - Apressou.

 

Fiz careta com a situação e mesmo sem entender nada, eu o obedeci. A curiosidade me fez apertar o passo, de modo que cheguei na sala de TV em poucos minutos. Sentei-me ao lado dos meus pais e os encarei, esperando algumas respostas.

 

Os dois se entreolharam, e depois de longos segundos, papai finalmente se virou em minha direção com um sorriso fraco.

 

- “Jessica… Nós precisamos voltar para os Estados Unidos” - Soltou de repente e naquela hora, eu senti a conversa inteira que tive com Yuri em menos de meia hora escapando pelos vãos dos meus dedos.

 

- “C-Como? Você quer dizer… Morar lá?” - Perguntei, quase engasgando.

 

Meu pai assentiu lentamente. - “A empresa aqui será fechada até o fim do ano. Meu chefe me permitiu ficar e coordenar todos os assuntos finais até lá, e com isso, me garantiu um emprego fixo na sede americana.” - Explicou apreensivo. - “Pense pelo lado bom, temos ainda um ano antes-”

 

- “Ainda assim é muito de repente” - Soltei e os dois abaixaram a cabeça.

 

- “Sabemos que é inesperado, querida. Sabemos dos seus planos de cursar faculdade aqui” - Minha mãe disse, tendo o cuidado de tratar o assunto delicadamente.

 

- “E de estar ao lado de Yuri” - Meu pai completou.

 

- “Mas não há escolha. Yuri poderá nos visitar sempre que possível, e nós também podemos voltar pra cá algumas vezes no ano para que você veja suas amigas” - Minha mãe disse, de modo apressado, como se estivesse desesperada para me fazer ver o lado bom das coisas. Mas os dois sabiam que para mim, não haveria lado bom. Todos os meus planos envolviam ficar na Coreia. - “Sobre seu futuro, nós… Já até pesquisamos algumas faculdades boas de Odonto em Nova York-”

 

- “Você disse Nova York? Não iremos voltar para a Califórnia?” - Questionei, quase me exaltando.

 

- “Não, querida… A sede da empresa fica em Nova York” - Papai respondeu com um sorriso amarelo. Quer dizer que eu não poderia reaproveitar nem a vida que eu tive antes de me mudar pra cá? Terei que começar do zero, me readaptar totalmente. - “Vai ser dificíl, mas dará tudo certo, meu amor…”

 

- “Sim, e quem sabe teremos outra oportunidade para nos mudarmos de volta pra cá? Nunca se sabe o futuro” - Definitivamente, nunca se sabe o futuro mesmo.

 

- “Krystal já sabe?” - Perguntei.

 

Os dois se entreolharam de novo. - “Não.. Na verdade, eu só recebi o comunicado do meu chefe hoje, no trabalho e sua irmã vai passar a noite na casa de umas colegas, já que ela ainda tem mais uma semana de férias. Iremos contar quando ela voltar amanhã.”

 

Suspirei e assenti. - “Tudo bem, obrigada por me contarem assim que souberam” - Murmurei e os dois ficaram quietos.

 

- “Talvez a gente deva pedir pizza para a janta…” - Minha mãe sugeriu com um sorriso sem graça.

 

- “Podem pedir pra vocês, eu estou sem fome” - Declarei, antes de subir para o meu quarto.


Joguei o corpo na cama e fitei o teto. A conversa inteira rebobinava em minha cabeça, dando voltas e mais voltas no meu cérebro. Um único pensamento envolvia toda a conversa e me fazia querer chorar só de pensar… Como contarei para Yuri?

 

 

 


Notas Finais


E.I.T.A. P.O.R.R.A. Será que o yulsic vai desandar agora? hm hm hm hueheueheu ~fugindo~

Enfim, espero que tenham gostado :3 Fiquem a vontade para deixar seus comentários ai, por favor :3
Muito obrigada por lerem e até a próxima semana o/

PS: Pela trocentésima, milionésima, centésima vez: VAMOS AMIGAR NO TWITTER \O/ @ _DongBangPeia ~


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