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História Opposite Souls (EM REVISÃO) - Close


Escrita por: badsizzlwr

Notas do Autor


Pessoal, me perdoem por não ter postado na terça. Eu não tenho desculpas, apenas aconteceu um imprevisto e eu não pude postar. Na sexta eu não teria como postar também, o único jeito que eu arranjei foi postar hoje. SORRY, BEARS!
Boa leitura!

Capítulo 47 - Close


Dois dias. Apenas mais dois dias para aquela brincadeira imbecil do Mark acabar. Se as coisas correrem do meu jeito, tudo isso vai acabar bem, mas se a Lily não cooperar, eu tenho medo do que pode acontecer. Ela é teimosa, muito teimosa, não me surpreenderia caso ela errasse agora. Essa ideia idiota e sem fundo dela de contar tudo para aquele cara não me desceu bem. Se essa porra contar, acabou tudo. Já era. Não temos mais o que fazer. 

Sem sono. Sem vontade de comer. Não dava para fazer nada. Eu queria tanto protegê-la que era só isso que me importava. As minhas outras necessidades haviam ido embora junto com ela. Ainda tenho a última imagem dela sorrindo para mim. Caralho, que puta sorriso, Sr. Bieber. É disso que eu preciso agora. Preciso daquele sorriso. 

Não aceito eu ter virado um Charles Somers. Como também não aceito amanhecer ao lado de um celular esperando pela ligação dela. Eu estou me esforçando para não pensar no pior. Não quero me preocupar, mas não é mais uma escolha. A frase de Chaz passava pela minha cabeça, mas eu não conseguia fixá-la lá e acreditar no que ele acha que pode ter acontecido. "Ela deve estar sem tempo." eu queria acreditar nisso. Essa ausência só me deixa cada vez mais desconfiado. 

Chaz e eu éramos os únicos dentro daquele depósito. Éramos os únicos que estávamos caçando o cara que quer comprá-la. Bem, pelo menos eu estava tentando. Chaz só estava perdendo o tempo dele com a ficha de Mark. 

— Somers, para de pesquisar sobre ele e me ajuda, cara! — fechei todas as páginas abertas no dispositivo dele. 

— Eu tentei, Justin, mas não é tão fácil quando não tenho pelo menos uma informação sobre o cara. — ele tentou dar uma desculpa. 

— Quer uma informação sobre ele? Que tal a qual ele quer comprar a minha mulher achando que ela é uma escrava sexual? O que você acha dessa? Não é boa o suficiente? — gritei com a incapacidade de ele não buscar alguma coisa para descobrir sobre esse cara. 

— Calma, Justin! Eu vou ajudar você, irmão. Foi só uma brincadeira. 

— Não tenta explicar porque você vai piorar a tua situação comigo. — ele assentiu e começou a procurar algumas informações que chegassem no cara certo. 

Chaz estava mostrando-se mais empenhado depois do meu surto de preocupação e raiva. O tamanho da minha preocupação era inexplicável. Era incontável o risco que ela correria caso algo não saísse como o combinado. Tudo dependia dela e do trabalho que o amigo de Chaz faria. Tudo teria que estar perfeito. Desta vez, nada poderia dar errado. 

— Acha que o dinheiro pode estar pronto em dois dias? — perguntei.

— Dois dias? — ele repetiu, engasgando. — Se quiser notas mal feitas, é possível. 

Travei o maxilar e comecei a pressionar o mouse com mais força, começando a pensar que ele estava levando isso na brincadeira. Ele nada fez, apenas começou a olhar para a tela e gaguejar. 

— Escuta, Justin. Eu aposto que o dinheiro pode ficar pronto em quatro ou cinco dias. — ele expôs sua opinião sobre isso, e eu levei isso na brincadeira. Ele não poderia estar falando sério. Quatro dias? Qual é? Eu prometi para a Lily que tiraria ela de lá logo. Em dois dias ela estaria longe daquela casa. 

— É zoeira, né? — resmunguei.

— É só o que eu acho, Justin. — se defendeu. 

— Espero de verdade que esteja errado, Charles. Eu realmente espero! — falei frustrado. 

Quatro dias? Eu não posso considerar isso o melhor tempo. Como eu vou contar isso para a Lily? Ela vai ficar pior. Eu não posso fazer isso. Tem que ter outro jeito. Nunca quis tanto que o Chaz estivesse errado. Pelo menos agora ele tem que estar. Quatro dias, pior ainda, cinco, está fora de cogitação! 

— Tenho uma lista sem fim de caras que compram garotas jovens. — Chaz disse, e eu me arrastei para o lado dele. 

— E como você quer encontrar apenas um cara nisso tudo? 

— Por isso eu pedi informações sobre ele, Justin. Seria muito mais fácil. 

Torci a boca e comecei a pensar em algo que pudesse nos ajudar. 

— Eita, caralho! — falei quando me lembrei que sabia aonde ficava a casa dele. 

— O quê? Lembrou de alguma coisa? 

— É só me seguir. — falei antes de me levantar da cadeira e pegar o carro. 

Ele concordou sem questionar algo e saiu do depósito, me acompanhando logo atrás. 

POV Tessie

Não sei se posso acreditar que sairei daqui em dois dias. Justin já me deu bons motivos para não acreditar na palavra dele. Por que agora seria diferente? Ele nem me contou sobre seus planos para me tirar desta casa. Eu quero e ao mesmo tempo não quero acreditar no que ele disse para não criar tantas expectativas e no final não ocorrer nada. Já fiz isso antes, não tenho vontade de refazer mais vezes. 

As horas eu contava no dedo. Cada minuto que se passava era apenas um imã que levava minhas esperanças junto. 

Cara, como minha mãe conseguiu pensar que ele tinha mudado? O que ele deu para ela que fez com que ela pensasse assim? De uma hora para outra ela muda de ideia, tão de repente... Eu não entendo. Agradeço por ele não ter vindo atrás de mim hoje. Por um lado foi estranho, mas eu me mantive calma. 

Meia-noite em ponto. Definitivamente, eu só tinha mais dois dias. Agora é oficial. Se o que Justin me contou foi realmente verdade, eu tenho um dia para sumir daqui. Tenho um dia para me encontrar com ele novamente e escutar de sua boca um "acabou", tratando-se disso que eu vivi. Eu sei que ao lado dele coisas como essas nunca vão acabar, mas são coisas como essas que me fazem abrir os olhos para o que eu estou vivendo. São apenas mais umas das tragédias do destino. 

Meu bebê estava agitado. Meu pequeno garotinho não queria me deixar dormir, estava toda hora se mexendo dentro de meu ventre. Seus movimentos me faziam esquecer de algumas coisas e me concentrar apenas no que ele estava me proporcionando. A cada movimento eu queria sentir mais ele. Queria aproveitar mais das sensações que o meu pequeno estava me permitindo. 

Aos poucos meu neném foi se acalmando e me deixando cansada. Ainda estava receosa em ter que fechar os olhos e sonhar novamente com o horror que seria ter o Justin... Bem, eu prefiro não lembrar. Mas meu medo em dormir era esse, porque eu sei que é uma coisa que pode acontecer. 

Olhei para a janela e me lembrei da loucura que ele fez de ter arriscado a vida vindo aqui para se desculpar. Sem perceber, o lado direito dos meus lábios já estava erguido. Foi um breve sorriso. Eu poderia dormir pensando nisso, eu não me importaria. Eu posso dormir com a imagem dele naquela janela em minha cabeça. 

Fechei os meus olhos e deixei que o sono viesse enquanto a imagem dele estava viva em minha cabeça ainda consciente de controlar cada pensamento. Com a mão na elevação da barriga, eu adormeci. 

 

Meu garotinho estava inquieto dentro de meu ventre. Tudo o que ele sabia fazer era chutar. Não é um dos melhores jeitos de acordar, admito, mas saber que ele está bem aqui dentro me deixa feliz. Até agora tudo está dando certo na minha gestação. Só espero que isso seja bom. Sempre que as coisas começam a dar certo eu começo a desconfiar na hora. Já virou costume. Mas, agora, eu vou tentar não me preocupar tanto. 

Me espreguicei e levantei da cama, fazendo minhas higienes logo depois. A melhor parte disso é me olhar no espelho e ver que está cada vez mais perto de eu ter o meu querido filho. Passei a mão por toda a barriga e comecei a massagear a ponta da barriga. 

— Filha, já acordou? — escutei minha mãe bater na porta, procurando por mim. 

— Entra, mãe. — falei, permitindo que ela abrisse a porta sossegada. 

— Como você está? Ocorreu algum sangramento? — ela perguntou correndo até mim no banheiro, segurando o meu rosto. 

— Não precisa se preocupar. Está tudo bem! — suspirei e ela se aliviou. 

Sua mão acariciou o meu rosto, aonde um beijo foi depositado. Ela envolveu seu braço no meu ombro e me levou para tomar café. Susan tinha o costume de fazer isso sempre que começava um novo mês. Agora já é o começo do meu sexto mês. Não posso esconder que estou nervosa pelo resto da gestação, pois diz ela que depois só piora. 

— Lembra do W. Bushnell? — assenti, tendo a imagem nele em minha cabeça. — Bem, ele acabou de ligar pra cá e disse que está com um jantar marcado para vocês. — ela sorriu, apertando mais o meu ombro. 

Ela também confiava nele. Depois de ouvir da minha boca o que ele poderia fazer, ela passou a confiar um pouco mais nele. 

— Jantar? Mas, pra quê? 

— Diz ele que conversou com o seu pai e conseguiu convencê-lo de conversar com você. — disse. — Ele tem uma cara de cafajeste, que se aproveita de garotas...

— Fracas? — sugeri um adjetivo para ela. 

— Boas. Garotas boas como você. — ela me corrigiu, sorrindo reconfortante. — Acho que você pode explicar tudo para ele, mas não conti tudo. Seguranças poderão os acompanhar. 

— Você acha que ele pode me levar na casa do Justin? Acha que eu posso vê-lo? 

— Lily, acho que terá seguranças que acompanharam vocês, todos que trabalham para o seu pai. É meio difícil você aparecer por lá, bem impossível. — ela me lembrou outro detalhe. 

— Ele não é meu pai. — bufei. 

— Lily, apesar de tudo... 

— Eu sei, mãe. Mas eu me recuso ter ele como pai. Olha o que ele faz comigo. Nenhum pai faria isso com uma filha! 

— Querida, desculpe. — ela tentou, mas eu sabia que ela ainda citaria ele como meu pai, tanto que nem respondi. 

Respirei fundo e reduzi minhas esperanças de vê-lo ainda hoje. Eu prometi ligar para ele, nessa altura ele deve estar furioso comigo. Até eu estaria. 

Antes mesmo de chegarmos no final da escada, a estatura do homem designado por "W. Bushnell" apareceu abrindo a porta. Ele olhou em torno da sala e tirou algo da boca, olhando em minha direção e me permitindo um sorriso. Sorri de volta por educação e estranhei sua chegada. Mas ele foi para o escritório de Mark. 

O que ele foi fazer lá? Boa pergunta. Era o que eu queria saber, mas com minha mãe grudada em mim isso seria impossível de se descobrir. 

POV Anthony/Mark

Tudo estava indo como planejado. Nada estava fora do lugar, que tenha dado errado até agora. Era simplesmente um dos melhores jeitos de eu começar a administrar uma nova empresa do meu ramo em outra das cidades que eu fundei. Novos investidores, novos empreendimentos. Isso está ficando cada vez melhor. 

Senti o meu celular tocar e o peguei depressa. Só espero ter notícias boas. 

— Diga. 

Patrão, Trevor conseguiu a segunda parte do dinheiro da compra de Bushnell. A última parte será entregue assim que ele estiver com a garota, como ele mesmo disse. 

— E onde eles estão? 

Ainda estão no restaurante. 

— Isso é tudo? — indaguei, erguendo a barra das mangas. 

Mark, tem algo muito errado acontecendo com os lucros da empresa. — agora é Trevor quem fala. 

— O que está querendo dizer? A empresa estava crescendo cada vez mais, como você mesmo afirmou. Que história é essa, agora? 

Existe alguém que está extraindo o dinheiro todo para outra conta, não a sua. Alguém está recebendo por você. 

— McCartney, quem está por trás disso? Eu quero que recolha informações e livre-se desse alguém, imediatamente! 

Ainda não sabemos. A conta simplesmente não está visível. 

— Então deem um jeito de descobrir quem está se aproveitando dos meus lucros o quanto antes! — falei com os nervos atacados. — Comecem a rastrear. Não trabalham para mim à toa. 

Sim, patrão! 

— Notícias sobre o Bieber? 

Até agora nada. Estão vigiando a casa dele e buscando saber se ele está tramando algo, mas nada concreto ainda. 

— Tratem de descobrir o que ele irá fazer! Quero que tudo dê certo, TUDO! — fui ríspido e desliguei, mas sendo completamente claro nas minhas ordens. 

Scarlett deixou claro, bem específico que ele não desistiria dela tão rápido. Mas achei que isso já estivesse acabado. Esse garoto tem que sumir para não interferir nos meus planos. Espero somente que após esses dois dias eu esteja com o meu dinheiro em mãos e com as Lancasters longe daqui. De preferência, mortas! Quando meu dinheiro estiver todo entregue, eu vou me livrar de Susan o quanto antes para que ela não suje o meu nome por raiva. 

Horas mais cedo...

Escutei um barulho perto da minha sala e abri a porta para ver quem estava me atormentando logo cedo. Susan que não seja. Minha paciência com esta mulher está no limite. 

— Maria? — não entendi o porquê dela estar aqui, agora. 

— Sei que o senhor não quer ser perturbado, mas aquele senhor que estava com o senhor e a sua filha outro dia está aí. Disse que quer conversar sobre a menina Lily. 

— Menina? Está criando laços com a minha filha também, Maria? — perguntei com um tom ameaçador. 

— Não, senhor. 

— Diga a ele que pode entrar. — dei de ombros. — Lancaster ainda dorme? 

— Ela já saiu do quarto, senhor. Está tomando café. — ela disse e eu permiti que ela saísse de meus aposentos. 

Ele entrou e sentou-se em minha frente. Dois dos seguranças aproximaram-se da porta de onde eu estava para impedir qualquer desentendimento. 

— Como vai fazer com ela? — perguntei, querendo ter certeza que ele fará tudo como o planejado. 

— Quando disse que ela era inocente e que confiava em qualquer um que quisesse a ajudar, achei que estava brincando. — ele comentou e eu pude ter certeza que conseguiríamos. 

— O disfarce funcionou? 

— Tanto ela quanto a mãe dela confiam em mim. Como se sente sabendo que estou enganando sua filha e sua mulher? 

— Isso não vem ao caso. — esbravejei. — Mas você precisa saber sobre o que Bieber está planejando. Precisa tirar todas as informações sobre ele possíveis. 

— Talvez ela possa me contar sobre isso à noite. Quero sair com ela sem seguranças. 

— Isso eu não permito! — neguei ao pedido dele.

— E quer que ela me conte sobre o plano do amado como? Se tiver seguranças ela não conta, Thompson. 

Comecei a pensar em outras possibilidades, mas não encontrei nenhuma. Poderia ser uma cilada, mas se for para me manter informado eu arrisco. 

— Certo. Sem seguranças. — menti, pois haveria um que os seguiria. Ele não precisa saber disso. 

Querida filha, não sabe o que te espera daqui para frente. 

POV Tessie

Preciso dizer que tudo o que ele está fazendo comigo e com os meninos, ameaçando todos para conseguir o que quer, não poderia ser um caminho tão diferente. Já era de se desconfiar. Mas eu não sabia que quem comandava tudo era ele. Não sabia que o chefe de tudo era o Mark. Aposto que nem os garotos sabem. 

Nem imaginava que quando passasse pelo corredor tudo iria ser revelado. 

McCartney, quem está por trás disso? Eu quero que recolha informações e livre-se desse alguém, imediatamente! 

Saber que ele tem relações com Trevor foi algo inacreditável. Estava difícil de acreditar nisso. 

Então deem um jeito de descobrir quem está se aproveitando dos meus lucros o quanto antes! Comecem a rastrear. Não trabalham para mim à toa. 

Não esperava escutar nada disso. Estou longe de querer ser bisbilhoteira, mas não pude deixar de escutar isso. Eu precisava escutar até o final, mas assim que vi Maria subir eu tive que continuar até o meu quarto. 

Justin precisava saber disso o quanto antes, porém ligar agora seria um erro para nós dois. Mark está em casa e vigia o meu quarto sempre que possível, seria burrice minha arriscar. 

Preciso me aprofundar nisso e ter certeza de tudo. Preciso saber sobre o quê eles estavam falando e avisar Justin o mais rápido. Como eu vou poder me calar por horas sabendo que eles podem conseguir alguma coisa com esta constatação? Essa é a hora que eu mais odeio, porque a ansiedade em querer contar toma conta de mim e nunca acaba bem. Só desejo não acontecer nada e que esperar tenha sido a melhor escolha até agora. 

Algumas horas depois...

— Lily, seu pai aceitou. Eu não sei como, mas ele permitiu que você saísse sem os seguranças. — Susan abriu a porta do quarto em um rápido empurrão, o que me assustou de repente. 

— O quê? 

— Lembra do Sr. Bushnell, aquele que esteve aqui mais cedo, que veio conversar com o seu pai? — confirmei com a cabeça. — Eles conversaram durante alguns minutos sobre negócios e perguntou se poderia sair com você sem os seguranças por perto. 

— Ele permitiu? 

— Permitiu! — ela disse empolgada, segurando a minha mão. — Mas eu disse que você não ia. 

— O quê? Por quê? — não acreditei no que ela tinha feito, pois ela sabia que isso poderia me ajudar a sair daqui ilesa. — Susan, por que fez isso? — perguntei, soltando a mão dela. 

— Lamento, mas eu não posso permitir que você saia com ele. 

— Você não entende? Ele pode me tirar daqui. Você acabou de estragar tudo... — ela começou a rir e foi aí que eu fiquei ainda mais confusa. — Do que está rindo? 

— Acha que eu seria capaz de fazer isso sabendo que ele pode te tirar daqui? 

— Então... 

— Foi mentira. Ele virá daqui a pouco. Esteja pronta. — ela disse e isso aliviou o peso em meu peito. 

Suspirei e comecei a me arrumar, procurando alguma roupa confortável, já que algumas não cabiam mais. Peguei o celular para não acontecer de uma das empregadas encontrar e acabar nas mãos de Mark e o coloquei dentro de uma bolsa que estava levando. 

Maria, uma das confidentes de minha mãe apareceu em meu quarto para avisar que aquele homem havia chegado. Por um milagre, Thompson ainda estava em casa, ficou por lá desde que chegou e se revelou como o chefe de Trevor, um verdadeiro mafioso. 

Desci a escada e observei que aquele homem não estava lá, provavelmente estava me esperando lá fora, o que me pareceu estranho. Susan me acompanhou até à porta e vi Mark perto do carro do Bushnell, conversando com ele, ou melhor, discutindo. Eles notaram a minha presença fora de casa e se calaram. A cena foi familiar, por isso não liguei. Veio cenas de Justin na minha cabeça, o que tirou um breve sorriso de meus lábios. 

— Tem um spray na sua bolsa caso precise. — Susan sussurrou e eu arregalei os olhos assustada. Como assim, mãe? 

— Certamente não vou precisar. — tentei transparecer naturalidade. Mas eu queria mesmo era tirar aquele objeto de dentro da bolsa. 

Susan me acompanhou, mas havia uma coisa que havia chamado a minha atenção de modo confuso. Não havia segurança algum perto de nós duas ou de onde eles estavam. Isso me chamou atenção. 

— Qual o motivo da bolsa? — Mark perguntou assim que nós duas nos aproximamos. Gelei na hora. Fiquei completamente muda e, por impulso, levei a bolsa para trás das costas, com medo de acontecer dele tentar arrancá-la de minhas mãos e encontrar o celular. 

— Eu coloquei alguns pertences femininos caso ela precise, Thompson. — Susan respondeu por mim. 

— É claro. — ele disse em um tom duvidoso. 

A minha atenção ficou toda em volta do carro, procurando por algum segurança, mas nenhum estava por perto. Eu só quero pensar nisso como uma coisa boa. Se os Armários não nos seguirem, eu posso passar pela casa do Justin. Eu posso rever o meu Justin e tentar explicar tudo. Talvez eu esteja imaginando demais, criando ilusões, mas é uma possibilidade. 

Antes de entrar no carro, Susan me deu um abraço e sustentou o meu olhar por um tempo, depois abriu a porta do carro e a fechou. 

Era para eu estar feliz com essa oportunidade, mas tem algo errado. Eu estou desconfortável. Isso não faz mais sentido. De repente veio a imagem do Justin na minha cabeça e tudo o que ele já me falou sobre o que irá fazer para me resgatar passou como um relâmpago pela minha cabeça. Eu não estava confiando nele? Não estava valorizando o seu esforço? Todos os meus pensamentos estavam misturados, confundindo o que eu queria e até me desligando do mundo. 

— Menina? — o cara parecia estar me chamando um bom tempo pelo jeito que me olhava. 

— Sim?! — falei, sem prestar 100% de atenção ao que ele falava. 

— Saia do carro. — ele mandou e fez um gesto com a mão, pedindo para que eu fosse mais rápida. 

Saí do carro e ele me guiou até dentro do restaurante. Antes de entrar, eu pude observar em volta do local a elegância da estrutura do restaurante. Confesso que poderia ter vindo com uma roupa melhor, mas nem sabia para onde viriamos. 

Morton's The Steakhouse

Ele parou quando eu parei e não entendeu o motivo de eu estar olhando tanto tempo para a estrutura do restaurante. 

— Querida, pare de admirar por fora e venha comigo. — disse ele, me puxando, gentilmente pela mão. — Vamos. Precisamos verificar a reserva com a Hostess. 

— Quem? — não queria parecer estúpida por perguntar, mas não me segurei.

— A recepcionista. — ele disse, simplesmente e soltou um risinho. 

Ele verificou a reserva com a recepcionista, ou melhor, Hostess, e ela nos acompanhou até a mesa reservada. Nos deu dois cardápios e voltou aonde estava. 

Cada vez mais essa ideia se aceitar um jantar batia na minha cabeça com toda a força, receando concordar com tudo isso. Estava tudo muito exagerado. O lugar. O jeito no qual ele estava me tratando. Estava tudo estranho. Ele nos tratava como se fôssemos um... casal. Mas eu não poderia desperdiçar uma chance dessas. Por mim e pela minha mãe. 

Aliás, ainda tenho perguntas de como ele conseguiu convencer Mark a não colocar seguranças na nossa cola. 

Estava mais do que na cara que Mark confiava nele. Me autorizou sair sem tantas exigências, como a presença dele no local... Está na cara que ele é confiável e a minha passagem para sair daqui caso nada dê certo. Não que eu esteja duvidando do Justin, estou mais é me prevenindo. Justin fala mais desse roubo que dos preparativos para a minha saída. Não aposto tanto nisso. 

— Por que Mark autorizou você a me levar para outro lugar? — fiquei curiosa em saber sobre isso, querendo ter toda a certeza da proximidade dos dois. — E sem seguranças? 

— Não foi problema para ele. Alguma vez ele te proibiu de algo? 

Se me proibiu? Por onde você quer que eu comece? 

— Sim, quer dizer, não. — não queria  contar tudo de uma hora para outra, tanto que minha cabeça ficou confusa na hora de achar as palavras certas. — Pais proíbem as filhas de algumas coisas bobas por preocupação, você sabe... 

— Não, eu não sei. — ele disse seco. — Não tive pais, então eu não sei dos prós e contras de ter eles por perto. 

— Me desculpe. Eles morreram? — eu e meu descontrole. 

— Provavelmente. Eu fugi de casa para me tornar um dos homens mais ricos do mundo. — ele se orgulhou do que disse, mas foi completamente estranho o jeito que ele disse, foi egoísta. 

— E você não se arrepende disso? — fiquei espantada com a serenidade dele. 

— Eu nunca me arrependo. — ele falou e ficou calado por um breve momento, mas depois começou a conversar comigo amigavelmente. 

Ele parecia estar bem interessado na conversa. Apesar de seu jeito de falar parecer de um estúpido qualquer, ele parecia ser o cara certo. Digo, para me ajudar. Até porque é a segunda vez que ele permite que eu saia com esse tal de W. Bushnell, mas antes eu não tive essa ideia. E, também, na primeira vez Mark veio com a gente e não tivemos muito o que falar. 

— Então, me conte sobre esse tal de Sr. Justin insignificante. Quem é o rapaz? — ele disse e eu me engasguei com o suco que estava tomando, limpando rapidamente a boca. 

— Quem? — me fiz de boba. 

— Oras, o pai do seu filho, querida. 

— Andou fuxicando a minha vida?

Por que todos estão buscando saber sobre mim? Que horror. 

— Sua mãe me contou, Lily. Na tarde passada eu perguntei para você, mas não ganhei muitas respostas suas, já da sua mãe... 

Pensei no que ela poderia ter contado para ele e desisti de tentar comparar algumas das respostas que ela daria com as minhas. Eu só não tinha certeza se falava. Quer saber? Eu preciso de ajuda. E se ele puder me ajudar eu não vou perder essa oportunidade. 

— Você já deve ter ouvido falar dele. O gangster de Atlanta. — sussurrei, para ninguém ouvir, além de nós. 

— Espere. Está me dizendo que o Sr. Justin insignificante é o Romano? — ele perguntou, me interrompendo. 

— Por que está se referindo a ele deste modo? — me irritei com o jeito que ele falava do Justin. 

— Foi o nome que Susan me deu, garotinha. 

Só poderia ser. De todas as pessoas que andam comigo, a pior delas – na opinião dela – era o Justin, por isso não gosta dele. Ela e a Rebecca são verdadeiras aliadas que me preferem com outro garoto, vulgo Ryan Butler. Até o carismático Chaz entrou nessa. Mas ninguém sabe o que o Justin fala para mim. Eles não sabem o que eu escuto e o que eu vejo nele. Apenas eu sei quem ele é através de tanta armadura de ferro. 

Bushnell tomou um gole de seu vinho e me encarou. 

— Então. É ele. O Drew Bieber é o pai do meu filho e meu noivo. — disse e ele soltou um risinho quando eu disse isso. — O que foi? 

— Seu noivo? Aquele cafetão é o seu noivo? — começou a gargalhar. — Garota, você não sabe no que se meteu. Está sendo iludida. Está se apaixonando pelo garoto mais errado desta cidade. 

— Você também não entende... 

— Eu entendo. Você caiu nas armas de sedução do Bieber e em pouco tempo cairá de cara no chão quando acordar para a realidade. Não é difícil entender. 

— Não, não! 

— Não sinta vergonha em falar que se apaixonou pelo destruidor de corações, querida. Todos caem nessa. Você foi outra virgem, acontece. — ele disse sem dó. 

Como é? Outra virgem? 

— Eu não tenho que escutar isso de um babacão como você. 

— E como você o conheceu? — ele tentou outro assunto, querendo saber mais sobre isso. 

— Desde quando conhece o Mark? — também perguntei.

Ele circulou o líquido alcoólico dentro da taça e disse:

— Desde que ele se chamava Anthony Brandon. — respondeu, suspirando. — Responda-me. 

— Foi uma confusão. Ele achou que eu era a filha da Clarice, de fato eu pensava que era, mas era tudo farsa dela para derrubá-lo. — comecei, tentando lembrar dos principais pontos. — Espalharam que eu era a mulher dele, mas era apenas uma cilada. Resumindo, foi tudo um mal-entendido. 

— Um desentendimento lhe reconhecendo como mulher dele, mas olhe para você agora... Até filho dele está esperando. 

— É. Foi uma jogada do destino. — sorri de lado com isso. 

— Acredita no destino? — olhei para ele e assenti. 

— Tanto que acho que você também foi uma jogada. 

— Como? — ele perguntou, querendo uma explicação para o meu comentário. Respirei fundo e tomei coragem. 

— Você é um dos poucos que podem me ajudar. Mark tem confiança em você e sei que isso pode te ajudar a me tirar da casa dele. — primeiro, ele achou que isso era uma brincadeira, pois não estava me levando à sério. 

— Te ajudar? No que? 

— Você não sabe quem ele é. Ele está me mantendo presa naquela casa por causa de um valor alto de dinheiro que roubaram dele. 

— E por que ainda não ligou para a polícia, menina? 

— Ele me mantém à base de ameaças e se livrou de qualquer meio que pudesse me comunicar com meus amigos, ou até mesmo com o Justin. Eu não tenho nada. Apenas dois dias para acabar com isso ou ele fará algo comigo e com o meu filho. 

— E quem roubou esse dinheiro? — ele questionou a pior parte. 

— Sobre isso... 

— Se quer que eu lhe ajude, tem que me contar! — ele disse, e eu entendi isso como um "eu vou te ajudar, agora fala!". 

— Justin. — ele fez uma expressão debochada. — Mas eu não sabia. Quando eles armaram o roubo eu não tinha ideia de que seria o meu pai o alvo. 

— E por que ele está lhe cercando? Por que não o Drew Bieber? — questionou isso.

— Porque... — eu não tinha uma resposta certa. 

— Você deve ser o ponto fraco do garoto. Você deve ser o que o deixa vulnerável, por isso ele pegou você como refém. — ele arriscou um comentário, que foi o melhor. 

— Exatamente. — balancei a cabeça, concordando. 

— Ele não se responsabiliza por você? 

— Ele é meu noivo, não meu pai. 

— Ele não faria tudo por você? — eu deveria responder? 

— Ele está planejando umas coisas, mas eu não sei do que se trata. 

— Eu preciso saber o que são essas "coisas". 

— Eu não sei. Ele preferiu deixar o plano apenas entre ele e os garotos. — falei, mas ele pareceu não acreditar.

— Mais alguém além dele vai realizar o ato? 

— Sim. Ele não faria isso sozinho. Acho que os meninos vão participar. 

— Acha? 

— É, eu não tenho certeza. Quantos menos eu souber, melhor. — citei uma das coisas que Justin me disse. 

Ele chamou o garçom e solicitou a conta. O garoto fez algumas perguntas antes de entregar, se tudo estava do nosso gosto ou algo estava errado. Bushnell respondeu às vezes, poucas das perguntas e o garoto entregou a notinha. 

Fiquei me perguntando se algo que eu havia falado errada, mas nada me veio à cabeça. Ele pagou e se levantou, me acompanhando até à saída. A recepcionista se despediu com um sorriso amigável da gente e o homem que ficou encarregado de estacionar o carro logo se aproximou de nós. 

— Tem certeza que não sabe de nada? — ele questionou novamente. 

— Só sei que ele fará tudo amanhã. Mas eu não acredito nisso, pois é pouco tempo. — respondi, deixando o meu subconsciente dominar a minha cabeça. 

A vontade de ver o Justin era tanta que eu não poderia deixar oportunidades passar. 

— É pedir demais para que me leve até à casa dele? — pedi, mostrando o celular com uma chamada dele. 

Ele me olhou por alguns segundos e virou o rosto, olhando em volta. A chamada continuou, eu não atendi. 

—  Creio que sim. — ele respondeu. — Tem alguém nos seguindo. — ele disse e me arrastou para dentro do carro quando viu um carro próximo da gente. 

Aquele carro... Como eu poderia esquecer daquele carro azul? 

Bushnell bloqueou o meu celular e traçou um caminho novo para a casa de Mark. Novamente a ligação de Justin. O homem me olhou como se pedisse para que eu não atendesse, mas eu não poderia fazer isso. Atendi assim que olhei para o aparelho. 

— Jus...

Lily, desce desse carro. Sai de perto desse cara! 

Olhei para o retrovisor e pude ter certeza de que era ele atrás de nós dois. 

Você está aí? Tá escutando? Desce desse carro! Eu estou aqui. Estou perto de você. — abaixei o vidro do carro e coloquei a cabeça para fora. — Está gostando do que está vendo? — percebi o deboche em sua voz. 

— Você precisa parar o carro! — falei toda enrolada, desesperada para sair do carro. 

— Eu não posso fazer isso. — rejeitou o meu pedido. 

Lily, eu disse parar o carro, e não acelerar mais. — Justin disse, ainda atrás de nós. 

— É o Justin naquele carro. Eu preciso que você pare o carro!

— Não. Eu não posso parar. — ele disse, já estávamos bem perto de casa. 

— Por que está fazendo isso? Para o carro! PARA! — gritei nervosa. 

Por que não atendeu as minhas ligações? 

Quando já estávamos perto de casa, o portão foi aberto às pressas e ele entrou desesperado dentro da minha casa. Foi o suficiente para alguns dos seguranças ficarem em volta do carro. Guardei o celular antes que um deles vissem e saí do carro, correndo até o portão. Antes que um daqueles guarda-roupas me alcançassem, eu pude ver o carro do Justin chegar perto da casa. 

— Leve-a para dentro. — Mark apareceu junto de Susan. — O que está acontecendo aqui? — ele perguntou assim que me levaram para dentro com poucas dificuldades, já que o meu medo de machucar o bebê foi maior. 

Susan me olhou com medo e me sentou no sofá. Ela estava confusa com o meu estado. Meus sentimentos estavam todos misturados. Eu sentia meu coração acelerar cada vez mais ao saber que Justin estava tão próximo de mim. O meu desespero em querer estar perto dele acabou piorando as coisas para mim. Eu estava sentindo o meu corpo ficar mole. Eu só sentia a vontade de estar com ele. Saber que ele ainda estava lá por mim só me deixou mais esperançosa. 

— Filha, respira fundo. Responda devagar, o que aconteceu? — ela me perguntou, mas eu ainda estava tentando recuperar o meu fôlego. 

Quando eu estava me acalmando, eu vi Mark passando pela porta e imaginei que ele já soubesse quem estava atrás de nós e pronto para me arruinar, mas ele passou por mim com um olhar indiferente e subiu para o quarto. 

— Era o Justin. — falei quando tive certeza de que Mark já estava lá em cima. — O Justin estava perto do restaurante. Ele veio atrás de mim. Eu tinha tudo para sair daqui, mas aquele homem não parou o carro. 

— Justin? Lily, você ficou louca? — ela "gritou" em um sussurro. — Você não pode chegar perto dele enquanto estiver aqui, nesta casa. 

— Eu sei. Mas eu não consegui me controlar. Ele estava lá, mãe. — as lágrimas começaram a descer, mas eu estava confusa. — Ele disse para que eu ficasse longe dele. — falei, me referindo ao W. Bushnell. 

— Ele deve ter falado isso para você ficar assim. — ela disse e me abraçou. 

— Não. Havia outras coisas que ele queria me falar. Eu sei disso. 

— Você falou com ele? Como? — perguntou. 

Não respondi. Ao invés de encarar aqueles olhos que pediam por uma resposta, eu subi a escada para o meu quarto e me tranquei lá, apagando a luz. Mesmo ela sendo minha mãe, eu não queria contar. 

Coloquei a palma da mão na testa e tentei me acalmar, engolir tudo o que tinha acontecido. Não acredito que deixei uma oportunidade dessa passar por mim. Me deitei na cama e tentei dormir. O sono não vinha. A minha cabeça estava cheia. Eu não conseguia parar de pensar nele. Pensar no quão próximos nós estávamos um do outro. 

O som do meu celular tocando me fez gelar. Procurei pela minha bolsa ao lado da cama, mas ela não estava mais lá. Eu ainda estava sonolenta e não queria conversar com ninguém. Assim que o toque parou, me deitei novamente na cama. Mas a minha preocupação volta assim que ouço uma outra voz no quarto, e tenho certeza que minha mãe não tem uma voz grossa. 

— Se não é o meu genro ligando. — levantei no pulo da cama, procurando pela voz no quarto. 

Olhei em direção à escrivaninha, logo atrás de mim e vi quem eu menos queria logo de manhã. 

— Achei que já tinha desistido de minha filha, Justin Bieber. Quanto tempo eu não escuto sobre você... 

Mark. Ele levantou-se de onde estava e atirou o celular pela janela, quebrando o vidro. Ele caminhou até a minha cama e segurou o meu rosto com brutalidade, o erguendo até a altura do dele. 

— Quando eu disse a você para manter seus amigos longe, isso seria ao Bieber também, como o principal para ficar longe disso. — ele falou, apertando cada vez mais a parte do meu maxilar, que já estava com uma certa dor. 

— Ele não sabe de nada. Não contei nada a ele. — me defendi, mesmo que fosse mentira. 

— Ele sabe de mais. — murmurou entre dentes. 

— Não é o dinheiro que você quer? Então, por que se importar com isso? 

Ele não me respondeu, apenas me acertou um tabefe na cara, descontando a sua raiva pelo que eu havia fala ou feito, nem sei. Ele deitou as minhas costas na cama, agressivamente, e apontou uma faça em minha barriga. Eu conseguia sentir a pinta da faça me furar com a pressão que ele estava fazendo. 

— Isso importa, e muito. Meu aviso foi claro, Lancaster. Eu não queria ninguém metido nisso. — pressionou mais. — E o seu filho de merda que vai pagar. 

— SAI SE CIMA DE MIM! TIRA ISSO! MEU FILHO NÃO TEM NADA A VER COM OS SEUS PROBLEMAS. ME LARGA! — gritei desesperada, esperando que alguém aparecesse e tirasse aquele louco de cima de mim. 

— Chega de brincadeiras, garota. Eu já aguentei muita coisa de você nesses últimos anos. Cansei de ser pai de garotinhas mimadas. — ele gritou, apontando a faca no meu pescoço. 

— Você ainda precisa de mim. Você não vai fazer isso. — me convencia disso, mas a certeza no olhar dele me fazia tremer sabendo que ele poderia me matar quando quisesse. 

— Thompson, deixa a menina! — o único que deve ter escutado os meus gritos apareceu no quarto, arrancando Mark de cima de mim. Bushnell. Ele ainda estava nesta casa. — Larga isso. — W. arrancou o objeto cortante das mãos dele e jogou para o lado. — Leva ela para o meu carro. — ele pediu assim que Susan entrou no meu quarto. 

— Não. Ela não vai sair daqui. — Mark gritou. 

Olhei para Susan que não se moveu, assim como eu.  Ela segurou a minha mão e me confortou com o olhar, sussurrando um "vai ficar tudo bem", mas não ia. Ela desceu a escada comigo e Mark se soltou de Bushnell, correndo atrás de nós duas. 

— Eu quero o meu dinheiro, ninfeta! — Thompson gritou do alto da escada. 

— Quer o seu dinheiro? Aqui está o seu dinheiro. — a voz do Justin soou naquela sala e rapidamente alguns seguranças o seguraram, apontando armas na sua cabeça. 


Notas Finais


A história já está chegando no final... Eu amo vocês 💙


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