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História Opposites - Thoughtful


Escrita por: lyscunha

Notas do Autor


Eu realmente iria esperar uma semana para postar, mas pensei bem e decidi fazer logo antes que as aulas da facul voltem hahaha
Nem acredito que tenho 10 favoritos apenas nesses dois dias, para alguns parece pouco, mas para mim é crescimento, acredito que quanto mais pessoas lerem, mais nós seremos <3
Obrigada pelo carinho nos comentários *o*

Capítulo 2 - Thoughtful


Fanfic / Fanfiction Opposites - Thoughtful

Thoughtful | Pensativos

Justin ainda ficou olhando até Selena sumir completamente naquele prédio, acreditava que provavelmente a menina ou a amiga que entrou com ela tinham muito dinheiro, afinal, aquele não era um lugar acessível a qualquer pessoa.

– Mano, tá comigo ainda? – Rato disse com voz de riso e balançou levemente o amigo pelo ombro.

– Eu nunca vi uma mina tão linda, Ryan... – Justin suspirava pela garota que acabara de ver.

– Deve ter zuado com tuas ideias mesmo, cara, tá até me chamando de Ryan! Olha que cê não me chama assim desde criança!

– Esquece! Bora comer logo. – Colocou a camiseta e deu tapinhas na costa do amigo o chamando para pegarem as motos. Os dois arrancaram e saíram em direção à sua refeição, enquanto pilotava o rapaz pensava que adoraria levar a baixinha para comer uns petiscos e beber umas caipirinhas bem geladas.

Selena e Francia subiram pelo elevador rindo e conversando em voz alta, a menina queria entender o que tinha sido aquela troca de olhares e quem era o loiro lindo que tinha babado pela sua amiga.

– Não faço ideia... Mas era um boy magia! – Derreteu-se Selly, abanando-se com as mãos.

Quando chegaram ao apartamento ainda entraram fazendo algazarra, Dalva veio correndo para sala ainda enxugando as mãos num guardanapo e preocupada com o que pudesse ter acontecido que despertava aqueles gritinhos estridentes.

– Meninas, por favor, aconteceu alguma coisa? – Dalva perguntou com uma expressão assustada.

– Não foi nada, Dalvinha, meu amor. Obrigada por ter me feito ir à praia hoje! – Respondeu e deu um beijo no rosto de sua para sempre babá.

As meninas foram para o quarto, tiraram os shorts e começaram a preparar a hidro, uma vez que estava cheia, elas prenderam os cabelos e ficaram jogando conversa fora sobre vários assuntos, inclusive sobre a faculdade. Francia era louca por Direito, agradecia aos céus pela bolsa que conseguiu na universidade, sua família jamais teria condições de pagar e, se não fosse Selena ajudá-la às vezes, o dinheiro que ganhava como balconista da lanchonete nunca seria suficiente para pagar transporte, comida e os materiais utilizados na disciplina.

– Cê tem estudado o assunto do professor Cássio? Ele disse que a prova vai vir fer-ran-do! – A morena questionou a amiga sem abrir os olhos.

– Ah, na medida do possível, sempre estudo, mas cê sabe que eu não gosto, né? – Selena respondeu.

– Nunca entendi o porquê de cê fazer Direito, cara... Manda logo pros seus pais que não gosta!

– De novo com esse assunto? Fran, eles querem e se querem vou fazer, ponto.

– Já sabe minha opinião sobre isso, deveria impor o que quer pelo menos uma vez, pow!

– Ai, ami, não estraga nossa manhã com esse assunto, vai... Por favor! – A moça pediu com sua voz meiga.

– Okay, okay. – A outra respondeu dando-se por vencida. – Então, mudando de assunto... Percebeu a cara do Edu quando cê ficou encarando o gostosão na praia?

– Do Edu?! Fala sério, amiga. – Riu alto, jamais percebeu qualquer investida de Edu.

– Só você que não vê isso, Selly, mas ele tá totalmente na sua.

– Não brinca, cara, somos apenas amigos, nada mais. – Mal terminara de falar isso e o celular tocou, era justamente o Edu. As duas entreolharam-se e Francia disse sem nenhum som um claro “Eu disse”; Selena deu de ombros e atendeu.

– Oi, Edu, o que manda?

– Vai rolar uma balada hoje sim ou não? – Perguntou o garoto com esperança na voz.

– Pera, deixa eu confirmar aqui com a Fran. – Disse para o menino. – Você pode ir pra night hoje? – Voltou à última parte para a amiga que apenas confirmou com a cabeça.

– Ela topa, Du! – Respondeu sorrindo.

– Ótimo! Passo pra te pegar ou cê vai sozinha?

– Ué, passa pra me pegar como sempre, né bobão! – Ela soltou uma gargalhada gostosa e Francia atenta a tudo fez sinal para que a amiga colocasse no viva voz.

– Hum... Pensei que seu amigo da praia fosse te acompanhar. – Falou o menino sem graça, ela pensou em perguntar qual amigo, mas a morena estava novamente com aquela cara de “eu te avisei”.

– Ah sim... Na verdade, não. Ia sozinha mesmo, mas se não der pra me pegar, tudo bem!

– Não, esquece! Passo aí às 9, certo?

– Certo. Vou te esperar, beijos. – Despediu-se apertando a tecla de desligar com uma cara de um misto de espanto e riso para a amiga.

Francia ficou aquele restinho da manhã zoando a amiga por ser tão boba e despercebida, Selena continuava tentando negar o óbvio. Logo elas tiveram que sair da hidro para almoçar, já que a moça pegava o turno da lanchonete pela parte da tarde naquele dia. Dalva avisou as meninas que a refeição estava pronta e logo que se trocaram correram até a cozinha para comer, estavam famintas.

A cozinheira, Cida, havia preparado um peixe de forno que as garotas adoravam, ele vinha com camarões rosa num molho branco delicioso e coberto de queijo. Selly e Fran sabiam que era uma bomba calórica, mas não iriam resistir a um prato daqueles que parecia muito convidativo. Começaram com uma salada bem básica e passaram para o prato principal, o devoraram em questão de poucos minutos e preferiram pular a sobremesa, afinal, as duas teriam que fazer expediente extra na academia para queimar todas as calorias adquiridas apenas naquele almoço.

– Dalva, cara, isso tá divino! – A visitante fez questão de parabenizar a mulher assim que parou de mastigar.

– Ah, querida, obrigada! Mas dessa vez as honras são todas pra Cida. – E dizendo isso voltou para cozinha, deixando as garotas mais a vontade.

– Amiga, agora me conta, você não conhecia mesmo o bonitão lá da praia? Pensei que tava tendo um treco ou algo do tipo, lá paradona de boca aberta... Só faltou babar! – As duas riram animadas enquanto Selena corava um pouco.

– Não exagera. Eu só olhei para um rapaz bonito, foi só. – Desconversou.

– Ahãm, e eu nasci ontem!

As duas não queriam se despedir, adoravam momentos como aquele, além disso, não era sempre que a menina do Vidigal visitava a do Leblon, na verdade, os pais de Selly não conseguiam engolir muito bem aquela amizade, pois, diziam que Francia não era uma amiga decente; em outras palavras não gostavam dela, pois a moça não tinha dinheiro, era bolsista e morava na favela.

Selena insistiu para que Fran deixasse que o motorista a levasse em casa, mas ela recusou, afirmando que morava muito perto e poderia pegar um ônibus. Depois de deixá-la no elevador, fazendo mil planos para a noite na balada, despediram-se e seguiram seus rumos.

Sem ninguém para conversar, a menina foi para seu quarto se entreter um pouco, volta e meia o rosto daquele rapaz vinha em sua mente, não era possível que alguém invadisse seus pensamentos com tanta rapidez! Balançou a cabeça tentando reorganizar as ideias, pensou seriamente em estudar um pouco, mas sabia que não conseguiria se concentrar, então preferiu ler algum de seus livros preferidos, puxou Dom Casmurro de sua prateleira, Machado de Assis escrevera o que ela precisava para passar aquela tarde entretida e encantada.

Não tão longe dali fisicamente, mas num mundo totalmente diferente, Justin chegava a sua casa com Rato à tiracolo, o almoço tinha sido de rei, afinal, quem poderia oferecer algo melhor do que camarões e caipirinhas? Estacionaram as motos e entraram para um pouco de sinuca e conversa, era assim que tomavam as principais decisões do negócio lucrativo que empreendiam.

Trocaram os aparelhos celulares, como faziam constantemente para que não fossem rastreados pela polícia, e mandaram mensagens para seus “empregados” avisando de uma reunião extraordinária para falar das últimas novidades que envolviam a vida deles; a resposta veio tão rápida quanto foi enviada, estariam lá em menos de uma hora.

Começaram a partida e Justin estava com os pensamentos longe, mais precisamente na praia em que estiveram lá atrás, de súbito teve a ideia de um milhão de dólares, como não pensara naquilo antes?

– Rato, quero contato daquele cliente que a gente viu na praia. – Disse com a voz mais despreocupada possível, porém, mal conseguia disfarçar sua ansiedade.

– Mano, o que cê quer com o cara? – Ryan perguntou desconfiado.

– E isso interessa? Eu quero e ponto. – Afirmou encaçapando uma bola ao mesmo tempo e se deslocando na mesa para partir para outra.

– Justin, aquele cara é cliente grande, sempre compra e paga direitinho, não vai me aprontar com o maluco! – O rapaz disse com o queixo apoiado na ponta do taco esperando sua vez de jogar.

– Relaxa! Eu só quero o contato daquela mina... Ele tava com ela, não tava? – Perguntou esperando que o amigo confirmasse que aquilo não era coisa da mente dele.

– É, mano, tava sim. Mas tu quer a mina do Leblon? Aquilo lá é chave, num viu o prédio que ela entrou? Deve ser montada na grana, esquece isso. – Rato aconselhou o amigo, mas sabia que era em vão.

– Não leva a mal, cara, mas cê sabe que eu não peço, eu mando. Se é teu cliente, o número tá contigo, então pega essa porra e não discute. Quero até o fim do dia, tá ligado?

Ryan não tinha mais nada para retrucar, o amigo era cabeça dura e ainda por cima era seu chefe, melhor atender o desejo e deixar que ele visse por conta própria o problema em que estava se metendo. Os dois passaram a jogar em silêncio, esperando os colegas chegarem para reunião, pouco depois das duas todos já estavam reunidos. Justin distribuiu os novos aparelhos e deu os antigos para que um deles desse fim, os rapazes fizeram a prestação de conta e pegaram a mercadoria nova que havia chego para fazer a distribuição.

– Hoje tem baile, quero cuidado na hora de vender esses bagulhos, olhem pra cara dos sujeitos e verifiquem pra quem vocês tão vendendo! Não quero confusão com a galera aqui da quebrada, certo? – Perguntou aos seus subordinados e todos confirmaram.

– Mano, fiquei sabendo que a galera do Chaz vai tá por lá. Quais são os procedimentos? – Joel, mais conhecido como Punk, se manifestou na reunião, era um cara grandão, mas parecia tão do bem que jamais alguém desconfiaria que o moço fosse barra pesada. Quem o olhava todo sorriso, nunca pensaria que tinha mais mortes em sua conta do que as bolas na mesa de sinuca.

– Cê sabe que a gente não pode impedir eles de entrarem lá, mas quero atenção redobrada com esses otários. Ninguém vende no nosso setor, tá ligado? – Dessa vez foi Rato que respondeu e Justin apenas balançou a cabeça confirmando.

– Mais alguma coisa? – O chefe perguntou. Como não houve manifestações, deu a reunião por encerrada. – Rato, vai buscar o número do cara pra mim. Vou tomar um banho, entra e deixa lá no quarto depois. – Dizendo isso subiu as escadas para seu quarto.

Nem bem chegou ao andar de cima, ouviu uns barulhos abafados vindo da sala de jogos, entrou no banheiro que estava ao lado e pegou uma pistola que escondia em baixo da pia, caminhou lentamente, tentando abafar o som dos seus pés no carpete e viu que a porta estava entreaberta. Contou até três e escancarou a porta, apontando sua arma para quem quer que estivesse lá dentro, assim que viu os olhos doces de seu labrador amarelo abaixou o revólver aliviado e o deixou num móvel ali perto.

– Cê quase me matou de susto, garotão! – Recebeu o cachorro que veio em sua direção com carinhos atrás da orelha. – O que tá fazendo aqui tão quietinho hein? E ainda por cima nem correu pra me receber, tá ai todo desconfiado... Muito suspeito. – Conversava com o cachorro como se ele fosse responder, o bicho o olhava com uma cara de “não sei do quê você está falando”.

Justin começou a tentar chegar ao lugar onde seu animalzinho de estimação estava tão quietinho, mas o labrador se enroscava em suas pernas tentando atrasá-lo, nada de bom poderia sair daquela reação.

– Caralho, Phil! Sabe quantos salários a coroa juntou pra me dar essa poltrona? – Falou zangado com seu melhor amigo. – E não se faça de desentendido, tô falando com você, olha pra mim. – Pediu para o cachorro que fazia cara de paisagem. – Aaaaaaah cara, porque cê quis comer logo a minha favorita? – Disse choroso.

O rapaz percebeu que não adiantava esbravejar com o bichinho, afinal, ninguém mandou deixar a porta da sala de jogos aberta. Saiu pisando duro e Phil veio andando a seu lado, provavelmente, procurando uma chance de se redimir com o dono.

– Nem vem não, cara. Traiu minha confiança, deveria ficar de castigo... Uma semana sem TV, ouviu? – Dizia apontando para o focinho dele. Ironicamente o cachorro uivou, como se tivesse entendido que agora não teria mais seu Animal Planet para matar o tempo. – Não adianta chorar, tô decidido. E não, não vai entrar no meu quarto, pode ficar aí. Ah, e se comer mais alguma coisa vou deixar sem TV um mês, tá ligado? UM MÊS! – E bateu a porta.

Justin acabara de puxar a camisa pela cabeça quando ouviu alguém bater, por um momento achou que era seu cachorro, mas aí percebeu que cães não podem bater na porta, o que é óbvio.

– O número tá aqui, mano! – Rato chamou do lado de fora.

Mais do que empolgado ele abriu a porta, puxou o caderno que o amigo estendia e trancou a porta sem nem agradecer. Rapidamente começou a procurar o número, daí se deu conta que nem sabia o nome do rapaz, destrancou a porta para correr atrás de Ryan, mas quase bate de contra com ele.

– Tava esperando cê se tocar que não sabe onde achar o número. – Rato sorriu.

– Qual o nome do maluco?

– David. Agora sim, fui. – E virou-se para sair, mas acabou parando no meio do caminho e voltou. – Ah, o que o Phil fez pra ficar de castigo dessa vez?

– Roeu minha poltrona preferida, cara, aquela que a coroa me deu. – Falou sentindo a irritação fluir novamente.

– Ih carinha, até ia tentar te ajudar, mas dessa vez cê pisou na bola, viu? – Ryan dirigiu-se ao cachorro acariciando lhe a cabeça.

Justin entrou no quarto e jogou-se de barriga para cima na cama, fechou os olhos e lembrou com exatidão da menina da praia, ela tinha olhos lindos e encantadores, além de uma boca perfeita e de um corpo magnífico, como bônus, era baixinha bem do jeito que ele gostava. Abriu os olhos novamente e encarou o caderninho onde Rato anotava os números dos clientes, voltou para posição de sentado e procurou o nome David, assim que achou sorriu e já começou a fantasiar sobre o que faria quando encontrasse sua mina novamente.

 


Notas Finais


Dedos cruzados para que tenham gostado :}
Mais uma vez obrigada pelo carinho e logo logo tem capítulo novo porque eu não sei esperar hahaha
Beijos :*


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