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História Orações Suicidas - My Insanity


Escrita por: Mara_Afraa

Notas do Autor


Oii!!! Me desculpem muito ter demorado 5 dias para postar, não sei o que me deu, simplesmente esqueci!! Não volta a acontecer :(

Enjoy <3

Capítulo 11 - My Insanity


Fanfic / Fanfiction Orações Suicidas - My Insanity

Jordan´s POV

 

Passaram se 2 semanas desde que recebi a mensagem dentro do pão. (“I´m coming for you.  Ass: PLEH). Dei voltas e voltas á cabeça sobre o porquê e o quem, mas quanto mais tento obter uma resposta mais ela me escapa.

Os dias parecem passar devagar, as horas congelam e os minutos não andam. As minhas visitas ao psiquiatra são inúteis, pois ninguém acredita que estou a melhorar. A verdade é que nunca houve nada para melhorar, e como não havia provas nem testemunhas a meu favor quando fui a julgamento, pensaram que eu estava com algum transtorno mental.

Hoje é terça feira, e é o dia em que os pacientes podem sair dos quartos para passar a tarde no pátio e jardim mal-amanhado do hospital psiquiátrico. Enquanto todos os outros adolescentes perdidos jogam freneticamente com bolas e pedrinhas, eu estou sentado no chão de cimento virado para as grades de arame farpado que me prendem neste sitio. Aproveito todas as terças feiras para olhar lá para fora, e embora a paisagem seja apenas um mato sem fim, eu gosto de observar a liberdade do outro lado das grades. Fico horas e horas a fio ali sozinho, á espera que me chamem de novo para o meu quarto.

Por curtos segundos, olhei para o chão sujo e cimentado onde me sento, e reparo em algo que não estava ali antes. E eu digo isto, porque todas as semanas me sento exatamente no mesmo lugar. Estava escrito no chão, o que me pareceu ser uma frase gravada com uma pedra. “I´ll see you sooner than you think.  Ass: PLEH” (irei te ver mais cedo do que pensas). A primeira coisa que me veio á cabeça foi Isabella. Tinha de ser ela a enviar me estas mensagens inexplicáveis. Mas como é que ela iria escrever com uma pedra no lado de dentro do hospital? Bem, a verdade é que as grades têm pequenos buraquinhos onde um braço consegue caber perfeitamente. Tendo em conta que aquela frase está escrita mesmo encostada á grade, Isabella pode muito bem ter feito aquilo sem grandes dificuldades.

 

- I´ll see you sooner than you think... I´ll see you sooner than you think...

 

Continuo a repetir a mensagem para mim mesmo na tentativa de perceber o significado. Mas nada. A minha mente é como uma página branca, sem vestígios de cor. De uma coisa eu posso ter a certeza absoluta; Isto não está aqui por acaso. A pessoa que escreveu esta mensagem aqui neste sitio (que eu acredito ser Isabella), sabia muito bem o que estava a fazer. Sabia que todas as terças feiras eu me sento neste exato sitio a olhar para o lado de fora da grade. E portanto esta mesma pessoa também sabe o horário de almoço, e o menu de sempre: Um pão duro e seco, um copo de água e uma sopa. Mas como é que esta pessoa iria meter um papel dentro de um pão porra!? E justamente, como é que esta mesma pessoa iria saber, que esse mesmo pão viria parar á minha cela, e não há de outro paciente?

Se eu achava que não era doido quando vim parar a este manicómio infantil, acho que agora é que a minha loucura está a começar.

Olho de novo para as letras imperfeitas da mensagem, gravadas no cimento, e tenho uma ideia. Pode ser uma ideia inútil, mas pelo menos vale apena arriscar.

Agarro numa pedra perto de mim, e em baixo da mensagem, escrevo “Who is this?” (quem é este?). Talvez na próxima terça, eu obtenha uma resposta.

Tirando o barulho de fundo dos adolescentes a conversarem e a jogarem jogos a uns 20 metros de distancia de mim, o lugar onde estou é parcialmente silencioso. De repente, vejo uns arbustos a mexerem se causando um ruido leve das folhas do mato a moverem se. Logo fiquei alerta, pensando por momentos que a pessoa que me deixara esta mensagem poderia estar ali escondida. “Mas porra pode ter sido só um esquilo ou um coelho ou um bicho qualquer.” – penso para mim. Eu podia tirar esta duvida se não fossem estas malditas grades!

Sem tempo para sequer tentar olhar de novo para os arbustos, ouço o som de vários apitos, o que significa que o meu tempo de liberdade limitada acabou. Vários enfermeiros e enfermeiras tiveram como sempre, de arrastar alguns pacientes com coletes de força. Como eu não quero ser tratado da mesma maneira, levanto me do chão empoeirado, e dirijo me para a porta do edifício. Ainda chocado com a situação que acabara de ver, continuei a olhar para trás a cada dois segundos até entrar no corredor gélido de quartos. Um enfermeiro levou me até á minha cela, e trancou a mesma com várias chaves.

 

 

 

[...]

 

 

 

Já desde que anoiteceu que ainda não preguei olho. Não tenho a mínima ideia de que horas são, pois o dono desta instituição de malucos não se lembrou de colocar no mínimo um relógio nos quartos dos pacientes. Também deve pensar que o usaríamos para martelar a cabeça até cair para o lado.

No entanto, embora não saiba que horas são, presumo que já passe da meia noite. Estou deitado de barriga para cima no colchão velho e desconfortável da cela, pensando em tudo ao mesmo tempo. Pensado que estar dentro deste hospício, leva uma pessoa á loucura muito mais facilmente do que circunstancias da vida lá fora. Isto não ajuda um único cérebro, apenas o piora. Isto é como uma lixeira para onde os adolescentes são atirados sem dó quando fazem algo de errado. E depois as suas famílias esquecem nos, e as suas vidas passam a ser apenas um coração a bater e a transportar sangue para o resto do corpo, mantendo todos os outros órgãos vivos. É como eu estou neste momento.  Vivendo sem vida, comendo nada mais que o suficiente para me manter acordado.

Com esta nostalgia toda, lembrei me de uma conversa que há uns meses tive com um rapaz do orfanato onde eu vivia antes de Maria e Luke me terem adorado. Aquele mesmo rapaz que só a presença dele no meu quarto me tirava do sério, e o mesmo rapaz que de cada vez que tentava ter uma conversa comigo, eu o esmurrava. O mesmo rapaz, que na ultima noite que passei no orfanato, me contara uma historia improvisada de todas as crianças e adolescentes que nunca teriam uma oportunidade de serem adotados como eu fui.

 

Flashback on

Acabo o jantar nojento da cantina da instituição, a dirijo me ao pátio descampado na parte de trás do edifício para fumar o meu ultimo cigarro naquele lugar. É de noite, e o ambiente é fresco mas calmo. Sento me no chão observando o nada que me rodeia, e o fumo do cigarro a desfazer se no ar e também a transformar se no nada que vejo á minha volta.

 

- É incrível como o fumo produzido pela nicotina desse cigarro queimado se desfaz em questão de segundos, não é? – Oiço uma voz familiar atrás de mim a aproximar se – Esse cigarro que tens na tua mão é tal e qual como cada um de nós neste orfanato. Queima até ficar demasiado pequeno, enquanto nós crescemos até ficarmos demasiado velhos para aqui estar. Quando finalmente o cigarro já não serve de nada, é posto fora e pisado até ficar em cinzas. Nós quando chegamos aos 18 anos, somos também postos fora e ficamos assim á deriva. Sem família, amigos, casa, comida, nada. Devias dar te como sortudo por não seres como esse cigarro que tens na mão, a partir de amanhã. – Henry senta se ao meu lado com um leve sorriso deprimido. – Boa sorte Jordan.

 

- Talvez também não sejas só um cigarro inútil. Talvez sejas muito mais do que isso. Adeus Henry.

 

Levanto me, e afasto me de Henry, o rapaz a quem eu tinha dado uma trilha de socos no primeiro dia que cá estive. Durante quase 1 ano de aqui estar, nunca tive uma conversa tão anormalmente normal com ele. Vou para a cama e caio no sono num instante, tendo em conta que a melhor coisa que sei fazer é dormir. Enquanto durmo, o meu coração bate, mas eu não existo. Não penso, não sinto, não trabalho, não faço nada. É como estar morto por algumas horas, e depois acordar e ver o mundo cair me em cima.

Flashback off

 

Onde quer que estejas Henry, espero que estejas feliz. – penso para mim mesmo, enquanto caio no sono profundo.

 

“I´M NOT AFRAID OF THE DARK. I´M JUST AFRAID OF NOT FINDING THE LIGHT AGAIN.”


Notas Finais


https://spiritfanfics.com/historia/a-perfect-imperfection-6875475 <<<< minha primeira fic com os 5SOS (Calum hood)
https://spiritfanfics.com/historia/living-the-dream-i-cinnamon-love-7524175 <<<<< minha terceira fic com 5SOS (Luke Hemmings)

comentem o que acharam por favor <3


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