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História Orações Suicidas - She is Back


Escrita por: Mara_Afraa

Notas do Autor


Oi!!!!
Mil desculpas por eu ter demorado uma semana INTEIRA para publicar, mas foi uma longa semana, e foi muito complicado eu ter tempo para escrever... MAs voltei!!

Estava muito ansiosa para escrever esse cap, por isso espero que gostem!
Enjoy, xoxo

Capítulo 12 - She is Back


Fanfic / Fanfiction Orações Suicidas - She is Back

Jordan´s POV

 

Dia, noite, dia, noite, dia, noite. Três dias já se passaram desde terça feira, ou seja, três dias já se passaram desde que vi aquela mensagem gravada no chão de cimento, a dizer “I´ll see you sooner than you think.” (Vou ver você mais cedo do que pensa). Estou ansioso por saber se a pessoa que escrevera aquilo também já respondeu á pergunta que gravei a pedra debaixo da mensagem, a dizer “Who is this?” (Quem é esse?). Não consigo esperar mais. Não consigo aguentar até á próxima terça feira para ver a resposta, se é que realmente há uma.

São duas da tarde, o que significa que em exatamente dez minutos tenho a minha consulta diária no psiquiatra. E não vou perder a oportunidade de tentar escapar depois da consulta, para ir até ao pátio do hospital e verificar se realmente já tenho uma resposta.

 

 

[...]

 

 

Como sempre, estava deitado de barriga para cima no colchão raso do meu quarto almofadado a observar as estrelas imaginárias, quando ouvi um enfermeiro entrar por lá a dentro.

 

- Jordan Edward, a sua consulta é agora. Venha por favor.

 

Assenti, e segui em silencio o enfermeiro até ao corredor gelado e deserto. Entrei na sala com cheiro a mofo, e lá estava ele, o velho de barba grisalha e com um olhar de desdém sentado atrás da secretária a revisar alguns papéis perdidos. Sentei me na cadeira de ferro dura, e esperei ele me dizer alguma coisa durante aproximadamente dois minutos, até ele finalmente se manifestar.

 

- Como se sente hoje? – ele perguntou sem interesse.

 

- Vivo. – eu disse, com o tom mais sínico que fiz na minha vida.

 

- Vá lá senhor Edward, diz me isso todos os dias. – ele revirou os olhos e apoiou o queixo nos dedos das mãos. – Preciso que me diga algo mais, senão nunca se vai curar. Se nunca me disser mais nada, o seu diagnóstico vai ficar na mesma e a sua chance de sair daqui também.

 

- O que quer que lhe diga? – empurrei o meu corpo para a frente e o fuzilei com os olhos. – Quer que lhe diga que hoje me sinto bem e feliz vivendo nesta prisão? Ou quer que lhe diga que me sinto perdido no meio de uma floresta como uma estrela no meio do universo? Acho que ambas as opções me fazem ainda mais maluco do que se eu me mantiver calado.

 

Mal acabei de falar, ele começou a digitar teclas rapidamente no seu computador, provavelmente tirando notas sobre o que eu dissera.

 

- Você acha mesmo que cada tecla desse computador que você carrega lhe vai aumentar o ordenado? Se fosse a você, ficava com as mãos quietas, a não ser que me queira fazer companhia não como psiquiatra mas sim como paciente. Quando o juiz ler o relatório inútil que você faz das minhas consultas, ele vai perceber que aqui o maluco é você, por prender um adolescente num hospício quando sabe muito bem que a minha única doença é eu não ter valor para as pessoas. O meu cérebro está mais sóbrio do que nunca, e eu matei aquele rapaz em legítima defesa de outra pessoa. Mas foi mais fácil acusarem um adolescente que já não tinha futuro de qualquer jeito, e arrumarem a papelada no fundo das gavetas sem sequer se darem ao trabalho de me deixarem  defender. – o meu tom continuava sereno, e eu olhava a parede atrás do médico, agora de olhos arregalados e as mãos paradas sobre o teclado.

 

- Bem, eu só aqui estou para avaliar o seu estado mental. Não sou juiz, muito menos seu advogado. Sou apenas um mero psiquiatra. A consulta termina aqui. Vejo você amanhã á mesma hora. – Ele disse secamente, sem sequer tentar argumentar comigo sobre o que eu dissera antes.

 

- Passe bem. – caminhei até á porta, mas logo me virei para trás antes de sair, e o encarei de novo. - Posso só lhe fazer mais uma pergunta?

 

- Diga.

 

- Tem filhos?

 

- Tenho sim, dois rapazes. – ele disse desconfortável, olhando para a fotografia pendurada na parede, que presumi serem eles.

 

- Imagine então que eles fazem algo de errado, e o castigo deles é prende los numa cave sem janelas, relógio, cama ou cobertores, durante meses e meses a fio. Acha que depois disso eles teriam aprendido a lição, ou por outro lado eles teriam vontade de o matar a si? – eu disse lentamente, para ter a certeza de que o psiquiatra ouvia bem o que eu dizia, e sentia cada palavra que saía da minha boca.

 

- Até amanhã senhor Edward. – ele recusou se a responder, e tentou esconder o seu nervosismo convidando me a sair da sala.

 

Mal saí, dei de caras com o mesmo enfermeiro que me trazera até aqui, o que significava que a minha tentativa de escapar para o pátio tinha ido por água abaixo. Andávamos com passos lentos e pesados, quando de repente ouvi um grito estridente, seguido de outro, e de outro. O enfermeiro que estava ao meu lado, começou a correr e praticamente ignorou a minha existência. Era a minha oportunidade para escapar, mas a minha curiosidade para saber de onde o grito vinha era mais forte. Os gritos e gemidos de dor e aflição continuaram, e por isso tentei seguir o som, até chegar ao primeiro piso, onde havia uma grande roda de pacientes e enfermeiros. Estavam todos em volta de alguém, a mesma pessoa que gritava. Eu aproximei me, e a cada passo que eu dava mais perto da roda de pessoas, os gritos me pareciam mais familiares. A minha respiração começou a ficar pesada, e eu estava cada vez mais perto. As minhas pernas começaram a ficar bambas á medida que me metia no meio dos pacientes para ver de onde vinham os gritos. Até que o meu coração congelou.

 

- Larguem-me seus porcos! – ela gritava enquanto um dos enfermeiros vinha com uma seringa de sedativos. – Não!... – ela tentou resistir, ao mesmo tempo que os seus músculos relaxavam, e ela adormecia aos poucos.

 

- Ohhhhh. – todos os pacientes disseram ao mesmo tempo como se estivessem desiludidos por a gritaria ter chegado ao fim.

 

Enquanto todos se iam embora, cada um para os seus cantos, uns para os seus quartos outros para a sala de convivência, eu estava especado, a olhar para os enfermeiros levarem a rapariga para um dos quartos vazios. Depois de uns minutos, o corredor já estava deserto e silencioso de novo, e eu ainda lá estava, á espera que o meu cérebro me desse algum sinal para eu reagir. Será que eu vi bem? Será que os meus olhos me enganaram?

 

Esperei que os enfermeiros saíssem do quarto da rapariga, e a medo, andei até lá, tentando me preparar para confirmar o que eu tinha visto antes. Como o primeiro andar era o andar que tinha os pacientes num estado não tão grave de loucura, as portas eram de madeira simples e destrancadas. As camas tinham lençóis, haviam pequenas janelas, cómodas, e as paredes eram rasas e não almofadadas. Antes de abrir a porta, respirei fundo, e fechei os olhos com força na tentativa de transformar tudo num pesadelo.

 Abri a porta perra, e lá estava ela, com os braços amarrados ás pulseiras de metal da cama, vestida numa bata branca. O seu cabelo estava num rabo de cavalo bagunçado, e as suas olheiras não conseguiam tirar a sua beleza natural. Ela parecia magra, muito mais magra do que da última vez que eu a tinha visto.

Ela dormia profundamente por conta do sedativo forte, e enquanto eu dava um passo em direção á sua cama, um enfermeiro apareceu no quarto, me tirando de lá logo de seguida. Pela cara dele, ele devia estar a pensar que o meu estado de insânia me levaria a matá la, e por isso levou me de volta para o terceiro andar, onde os pacientes com o grau mais alto de loucura ficavam. Fui atirado para o meu quarto branco e almofadado, e agora não eram aquelas paredes que me sufocavam. O que me sufocava, era saber que aquela pessoa, estava agora presa neste hospício tal como eu.

 

 

“DAYS GO BY,

  WEEKS GO BY,

  MONTHS GO BY,

  YEARS GO BY,

AND WHILE SOME ARE LIVING LIFE, I AM WASTING IT.”

 

 


Notas Finais


https://spiritfanfics.com/historia/a-perfect-imperfection-6875475 <<<< minha primeira fic com os 5sos
https://spiritfanfics.com/historia/living-the-dream-i-cinnamon-love-7524175 <<<< minha segunda fic com os 5sos

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quem será esta rapariga?? eu acho que voces sabem....
Comentem o que acharam!! <3


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