~ Flashback ~
– Ei! Por favor, vamos juntos dessa vez. - a pequena criança de fios negros dizia mais uma vez ao grupo que ia a sua frente. – Por favor, não façam isso. E-eu não sou um m-monstro! - a criança exclamara novamente ao perceber que aquele grupo havia formado uma espécie barreira ao redor de si.
– Saia, saia, monstro! - as crianças repetiam diversas vezes. - Não queremos andar com você!
~ Fim do flashback ~
Pov’s Woozi
– Pare com isso! - eu exclamei abrindo meus olhos após um breve pesadelo, me xingando logo em seguida por ter gritado metrô.
– Ei, o que está insinuando, estudante? Eu não estou fazendo nada com você, estou? - o sujeito ao meu lado perguntou, porém eu fiquei calado tentando ignorar os olhares que estavam sendo direcionados a mim. O sujeito se levantou e quando ia sair do metrô, a moça ao lado dele o empurrou, fazendo com que fosse de encontro ao chão e derrubando uma espécie de caixa de leite.
– Não fez a ele, mas fez a mim. Este homem estava me assediando! - ela exclamou e parecia assustada. As pessoas dentro do metrô começaram a murmurar algo e a cercar o sujeito, eu me levantei e quando me abaixei pra pegar a caixa, alguém, que estava no alvoroço de ir pegar o assediador, pisou nela, estourando-a, fazendo a mesma espirrar sangue para todos os lados, melando-me também. Eu tentei controlar os meus instintos, porém um garoto se aproximou de mim, este possuía feições fofas, sem muita massa corporal, bochechas um pouco fartas e seus olhos que lembram um tigre, de pequenos e "afiados", seu cabelo loiros da pontas e verde mar em cima, caindo sobre seus olhos, o deixando mais fofo, e seus lábios finos e rosados, tão maravilhosos. Eu balancei minha cabeça levemente, tentando afastar esses pensamentos e ele agachou-se a minha frente.
– Ei! Você está bem? - o garoto perguntara. – Você estuda na mesma escola que eu estudo, não estuda? - comecei a sentir um cheiro de sangue doce e o fato dele ter um pescoço bem bastante branco, era como se eu pudesse ver as veias existentes ali, não ajudou muito a minha situação. Aproximei-me do pescoço dele e pude sentir ainda mais o cheiro de sangue, minhas presas surgiram, porém ele parecia não perceber. Aproximei meus lábios cada vez mais do pescoço dele, até que me dei por mim, afastei-me rapidamente e corri para o banheiro.
– Ei! Para onde vai? Vai se atrasar se perder este metrô! - o garoto disse.
Corri até o banheiro mais próximo, não me importando com o que ele falou, e comecei a limpar-me, enquanto me fitava no espelho.
– Muito bem, Jihoon, quase fudeu com tudo. - eu disse para o meu reflexo no espelho.
~ x ~
Assim que cheguei no colégio, dirigi-me até a sala diretora. Como a porta já estava aberta, eu entrei e expliquei parte da situação a diretora, ela apenas disse para não me atrasar mais e levou-me para a minha sala. Deu algumas batidas na porta e logo após adentrou a mesma comigo.
– Desculpe a minha interrupção, mas vim aqui trazer o aluno novo. - ela disse e todos direcionaram seu olhar pra mim. – Como chegou atrasado, apresente-se depois e sente-se naquela cadeira que está vazia. - apontou para uma cadeira no final da sala.
Assenti, apenas, e caminhei com a cabeça baixa até o local, retirei meu caderno da mochila.
~ x ~
Após o termino da aula, alguns alunos juntaram suas cabeças e começaram a conversar enquanto olhavam algo em seus smartphones, eu percebi que a garota ao meu lado não parava de me fitar e estava bem animada.
– Olá, qual o seu nome? O meu é Yoon Jeonghan. - a garota, quer dizer garoto, disse animado.
– Lee Jihoon. - eu respondi e ele começou a puxar assunto comigo enquanto fazia o mesmo que os outros.
– Ei, é você aqui no vídeo, não é? - ele perguntou e eu afirmei – Ei! PESSOAL, O ALUNO NOVO ESTAVA NO TAL”ACIDENTE”! -Jeonghan gritou para todos e eu amaldiçoei ele mentalmente.
Todos os alunos fizeram uma espécie de círculo ao redor de mim e começaram a me encher de perguntas.
~ x ~
A segunda aula já havia sido iniciada, e por causa das inúmeras perguntas, eu sentia uma leve dor de cabeça, mas apenas a ignorava, o professor falava algo sobre a coexistência entre humanos e vampiros e muitos alunos o questionavam quase sempre.
– Por que nós humanos somos obrigados a conviver com essas coisas? - Jeonghan perguntou e eu torcia um pouco a barra do meu uniforme.
Por que estas pessoas são tão hipócritas? Porque simplesmente não nos aceitam. Nós aceitamos eles, não aceitamos? – eu pensei, mas fui interrompido por uma voz um pouco conhecida.
– Mas por que o senhor cita direitos humanos se eles não são humanos? São vampiros, não humanos. - aquele garoto no metrô falou. Eu tentei me controlar o máximo, mas as palavras dele ecoavam na minha mente.
~ x ~
Era hora do intervalo, ou como eu prefiro particularmente chamar “hora do rango”. Me sentei numa mesa onde não tinha ninguém e comecei a comer meu lanche quieto enquanto algumas pessoas me olhavam e murmuravam algo como “ele é tão grosseiro. Nem quis aceitar meu convite para comer conosco” , eu ignorei os comentários deles e continuei comendo.
– Eu soube que vampiros não conseguem comer comida de humanos. - ouvi uma garota falar.
Aí que você se engana, nós vampiros conseguimos sim ingerir comida humana, por pouco tempo, até o nosso organismo rejeitar. – eu pensei e terminei meu almoço. Após eu terminar meu almoço, saí de cabeça baixa até o correr e aos poucos a minha dor de cabeça foi piorando, senti vontade de vomitar e corri para o banheiro.
~ x ~
Enquanto procurava um bom lugar para realmente almoçar, consegui achar o terraço e subi as escadas. Me sentei perto do batente e comecei a beber meu “suco de tomate”. Enquanto bebia o sangue, eu fitava um pouco o chão e pensava sobre beber sangue humano e etc.
– Por que não somos como a Marceline? Era só comer uma corzinha e pa, sem fome, sem sangue! - eu disse para mim mesmo.
~ x ~
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