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História ORBIS — Histórias de Dragões - Dragões por Natureza


Escrita por: Ydragonmother_1

Notas do Autor


"Eu sou Flagelo! Aprisionado no meu Selo posso ver através das paredes transparentes da Jóia que não consegui quebrar. Depois de onze anos rugindo pela liberdade, eu olho para a criança que me libertou e vejo como o mundo a despreza! E meu desejo por sangue, que ao longo dos anos vinha sendo abafado, agora está PEGANDO FOGO!!!"
—palavras de Flagelo.

Capítulo 1 - Dragões por Natureza


Tudo começou com um belo dia de agosto, o que foi surpreendente, pois as últimas semanas haviam sido péssimas. Mas ao longo do mês, o céu começou a clarear e os pássaros voltaram a cantar, e a medida que todos comemoravam, a turma do Programa de Iniciação em Dragões vinha ficando mais animada, pois os ovos escolhidos por eles haviam chocado e os bebês estavam prontos para o treinamento.

Mas para Yasmin, tudo ia ainda melhor, pois ela já possuía um dragão adulto. Nesse dia em específico, não havia uma nuvem no céu e as flores estavam desabrochando na Ilha de Berk, como se as estações estivessem perdidas e acreditassem que era uma ótima hora para a primavera.

Não existia cara fechada entre os alunos do Programa.

Yasmin Haddock, em específico, era a que mais estava feliz, seria a melhor em todas as provas, tinha a Jóia do Dragão pendurada em seu pescoço e escondida debaixo da blusa.

Seu avô, o Velho Toffe, havia cuidado muito bem dos filhotes de dragão e agora estavam prontos para ir com seus novos mestres. Portanto, lá estavam todos eles, os cinco alunos do Programa, arrumados em uma fila feliz e sorridente, em frente ao estábulo dos dragões no pé da Campina Alta, afastando o matagal que espetava suas pernas.

Lá estava Yasmin Haddock, a mais fraquinha das meninas e de cabelos mais despenteados que as costas arrepiadas de um gato irritado, que tirava péssimas notas nas provas escritas e era adorada até pelo dragão mais arisco.

Lá estava a segunda melhor amiga de Yasmin, Daisy, que era completamente o oposto de Yasmin. Ela tinha asma, tirava dez em todas as provas e não sabia nadar.

Lá estava Elizabeth, mais conhecida como Lizzie. Uma garota encantadora ("pra quem gosta de garotas chatas que desprezam qualquer um que tire notas piores que ela!", dizia Yasmin).

Lá estava Thomas. Um prazer de se conhecer ("se você gosta de conhecer garotos que maltratam qualquer coisa menor do que ele!", dizia Yasmin).

Lá estava o terceiro melhor amigo de Yasmin, Philip. Ele era o filho do ferreiro, por isso, andava sempre sujo de óleo e outras coisas, sendo assim, era o alvo perfeito para Thomas e seus comentários nada úteis.

Lá estavam todos eles, essa pequena e desigual coleção de vikings. E Toffe falava com eles em sua habitual voz fraca e acolhedora.

—Certo. —disse Toffe. —Presumo que todos vocês saibam porque eu os trouxe aqui.

Todos eles estavam esperando a meses por esse dia. Todos, exceto Yasmin, que já teve tanto contato com dragões selvagens que nem tratava seu dragão como bichinho de estimação, e sim como seu primeiro melhor amigo.

Mas o resto estava muito animado.

Yasmin sentiu a Jóia se mexer em baixo de sua blusa, talvez o dragão quisesse falar com ela, mas não podia fazer isso na frente de todos. O plano ia começar em pouco tempo, só iriam esperar que seus amigos ganhassem seus novos dragões.

—Ok, crianças, ouçam. —disse Toffe, quase cochichando. —Treinar um dragão é algo difícil e requer muita responsabilidade!

Yasmin parou de sorrir. Não precisava se preocupar com aquilo pois seu dragão era adulto e sabia se cuidar sozinho, mas se tinha alguma coisa que ela não fazia ideia de como ter, era responsabilidade.

—Eu estive observando vocês nas aulas no Grande Salão e percebi suas personalidades e o jeito que se comportam. Escolhi cada dragão especialmente para cada um, e espero que fiquem felizes com seus novos companheiros.

—Vou ganhar um grandalhão! —comentou Thomas, com a cabeça erguida. —Vai me ajudar a limpar o chão com a cara de qualquer um que quiser cair no braço comigo! E talvez me ajudar a descobrir quem matou o resto do rebanho de ovelhas do meu pai...

Yasmin desviou o olhar. Seu dragão havia perdido a cabeça e, sozinho, quase ANIQUILOU o rebanho, matando todas as ovelhas e deixando apenas um pequeno bezerro vivo. Foram necessárias duas horas para tirar o pobrezinho de de baixo da mesa do Grande Salão, e, quatro semanas depois, ele ainda tinha medo da própria sombra.

—Cada um virá comigo para os ninhos e irá levar os filhotes. —explicou Toffe. —Farão isso para demonstrar que não apresentam perigo para os bebês, pois as mães são extremamente super-protetoras com a primeira ninhada.

—Nós não podemos escolher os nossos próprios dragões? —reclamou Lizzie.

—Eu te conheço, Lizzie! —brincou Toffe. —Agarraria o primeiro Estridente que avistasse, e eles são muito, muito difíceis de se treinar. Principalmente para quem não se dá bem com os dragões!

—Vovô tem razão! A culpa não é dele se os dragões te odeiam! —debochou Yasmin.

—Certo, chega! Philip, venha comigo, vamos buscar seu pequeno lagarto de fogo.

Philip mal esperou Toffe terminar de falar e disparou estábulo adentro. Yasmin, curiosa como era, saiu de trás da fila e foi espiar pela porta.

—O que você está fazendo? —disse Daisy. —Vai se meter em problema de novo!

—Sai! Eu quero ver! —disse Yasmin, soltando os braços das mãos da amiga. —Ele pegou um Corta Tormenta!

Philip segurou o pequeno filhote nos braços, com cuidado para abrigar as quatro asas rosadas do precioso fardo. A mãe era acinzentada e de barriga branca, um lindo exemplar fêmea. Ela chegou mais perto para lavar seu filhote pela última vez e os dois se viraram para sair.

Assim foi o processo de tudo. Eles entravam, Yasmin espiava e a criança tinha um dragão.

Mas nada era perfeito para eles. Um pequeno indício de que talvez o dia tomasse o rumo errado era que Lizzie, quando voltou de dentro do estábulo carregando um pequeno e verde Pesadelo Monstruoso, notou que a árvore sob a qual os dragões costumavam se deitar fora reduzida a carvão. Toda área ao redor havia sido queimada.

A turma se aproximou atrás de Toffe. Estavam espantados com aquilo, pois não havia sido o sol, havia sido o FOGO. Em geral, os dragões eram muito cuidadosos com a maneira de como usavam o fogo, apenas utilizando em lutas ou para pegar presas, jamais tentariam incendiar toda uma paisagem. Aquela era a terra que lhes sustentava, lhe dava comida e abrigo. Porque queimar tudo sem mais nem menos?

—Crianças, atrás de mim! —chamou Toffe. —Parece que houve um incêndio de dragão aqui.

—I-isso deve ter sido causado por um raio de verão! —resmungou Thomas. Queria parecer corajoso, mas na verdade, estava morrendo de medo.

—Não tivemos nenhuma tempestade. —lembrou Daisy. —E olhem: —ela se ajoelhou na poeira. —tem uma mancha esbranquiçada aqui. Vocês acham que pode ser uma espécie malvada de dragão?

—Não existe dragão malvado assim! Existe? —perguntou Philip, abraçando ainda mais a pequena Corta Tormenta que ele batizou de Glória.

Os dragões bebês ficavam agitados e guinchavam alto. As crianças foram obrigadas a segura-los no colo para que não fugissem voando pelo matagal alto. De repente, quando voltavam para o estábulo, a campina explodiu em chamas bem na frente de todos. Tentaram correr, mas já era tarde, graças ao monte de grama, o fogo se alastrou muito rápido. Eles estavam cercados pelas labaredas.

—Senhor Toffe! SENHOR TOFFE! —chamou Daisy. —YASMIN SUMIU!

Toffe olhou para os lados e não encontrou a neta em lugar nenhum. Havia algo escuro em meio ao mato, algo que estava provocando aquelas chamas.

Lizzie o viu passar por ela rapidamente.

Uma grande pantera negra alada, correndo baixo no matagal.


Notas Finais


"Com amor para mamãe e papai!"
—agradecimentos de Yasmin.


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