História Oreru Dio Nhamandu Depressum: O Deus Que Não Faz Nada - Um Deus Inútil (Capítulo Único).

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– [Você já pensou como eu estou deprimido?] –

– [Sim.] –

– [Como?] –

– [Pensando, ué!] –

– [O Deus Depressivo deixas eu lhe apresentar um poema que eu fizestes para tu!] –

– [Fale então, não tenho afazeres mesmo...] –

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– [Sujo] –

[Deitado] e [Ensangüentado]. Como uma bela [Borboleta] presa, agora [Desapareça]!

Minha existência é [Discrepante] perto do mundo retumbante da arca do [Retornante]. Em meio a um beco de solidão, é realmente um deus vagabundo, Adão...

– [... Não.] –

 A dolorosa luz que vem do [Sol]. Podia agora ser pintada de preto. [Preto] do branco e o [Branco] do preto. Tenho certeza de que a sua feiúra seria levada com a [Escuridão]. A feiúra de um [Deus Que Não Faz Nada]. Não tem necessidade de uma bíblia pra tu.  Eis tão inútil quanto o [Oreru Nhamandul].

– [... Estes sou eu.] –

Só podia ser. Um Deus tão irrelevante e discrepante. Desprezível tanto quanto a Lua amante. Amante de [Edimião]. 

A borboleta suja que influencia todos. [Azul] tanto quanto o mar que ela mesma estas a sujar. Ela tem batido as suas [Asas]. Eu acredito que esse lugar seja uma [Mentira].

 Tudo está sendo [Enganado]. Não há mais retorno agora que nossos sonhos estão sendo [Menosprezados] pelos [Mal-amados].
– [...E... ] –
Mostrando para sempre um cinema de [Desespero].

O apagado [Carretel] continua a rodar. Sem mostrar um sorriso ou lágrimas, Eu começo a ser projetado na tela. O [Coração] do céu que já está fechado. Não pode sequer gritar bem alto. nunca mais nesta vasta escuridão de criação de um [Anão].

 Não pode ser ouvido, mas o que é assustador é estar sozinho. Sem oradores ou perdedores. Eu não posso alcançar, os [Oradores] de ontem.

Eu acredito que a fraqueza é má, tudo foi destruído por esconder os sorrisos, tudo tem sido enganado. É muito tarde para [Voltar] agora.

– [Nunca é tarde o bastante!] –

E os sonhos também estão sendo menosprezados. E então, mostrando para sempre um cinema de desespero. O [Deus do Pavor] e o [Deus do Terror] trabalhando juntos pelo temor e jamais pelo amor.

O apagado carretel continua a rodar. Sem mostrar um sorriso ou lágrimas, Eu começo a ser projetado na tela.

Para sempre, o cinema de desespero está sendo exibido. E hoje ele ainda está rodando. Assim como um brinquedo [Quebrado].

Bem, que tal tirarmos uma folga. [Deus] tem que sempre descansar, assim acontece o Apocalipse, não?

– [Claro, por que não? Humanos nem tem coração!] –

– [Eles tem sim, eu mesmo os dei. Com o poder que tanto odiei!] –

– [Claro... Claro... Se reconheça! Oreru Nhamandu, tu eis o Deus da criação a benção do humano chamado Adão e também o responsável pelo filhos de Edimião. Ser tão atarefado é o que te faz não fazer nada?] –

– [Sim. Assim que me tornei um simples...] –

...[Deus Que Não Faz Nada].

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– [Belo Como o Luar. Então, deixas eu lhe contar uma pequena história...] –

Não entendo... Bem... Ninguém nunca pensa em mim. Dizem que eu sou só mais um... Me esqueceram por mais de um século inteiro. E agora... E agora... Eu sou ninguém... Eles me chamavam de Deus! Eu era o governante e agora... Depois de bilhões de anos após eu criar o universo eles rezam para todos os meus colegas... Menos por mim... Até o homem nascido do sangue eles rezam, porém o homem nascido do pó eles não falam nada! Por isso estou deprimido...

...Eu estou deprimido por que eu sou Deus.

Eu morro... Eu morro... Bem, eu procuro morrer...  Pois eu não morro... Eu sou Deus, sou imortal. Bem, teoricamente, também estou morto. Morto, vivo e meio vivo e meio morto... Eu sou onipresente... Eu sou tudo... Vivo... Morto... Morto-vivo... Mas, mesmo sendo o Omega e o Alpha. Eu vivo e não vivo pois sou Deus. Eu amo e sou, mentalmente, amado. Mas, não consigo amar...

...Por isso, eu vivo e morro a cada dia sem nenhuma esperança.

[...]

Em meio a uma cidade qualquer... Num distrito qualquer... Num bairro qualquer... Numa rua qualquer... Aquela era a cidade central... Era divertida, mais nem sempre... Gangues mundanas atacavam o local com ferocidade, mesmo tendo o grande [Benimaru King] e o [Deus Assassino] a cidade era um caos desordenado. Aquela cidade era a preferida [Dele].

No beco, de certa rua da caótica cidade... Várias pessoas chutavam um homem que caía sobre o chão. “Entrega logo tudo!”, gritavam eles.  A violência era gratuita, bem... A forma de violência deles não passava da própria forma humana de desprezar o próximo de um jeito moribundo e, praticamente, discrepante em relação as suas crenças. Eles atacavam um garoto de casaco verde, sua pele era morena e seu cabelo branco, seus olhos eram de um violeta.

– Ei, acho melhor dar logo... Não seria melhor do que apanhar, Nii-chan? – Dizia o líder dos rebeldes rapazes da gangue. – Olhe para ele, ele nos faz parecer vilões inicias de algum tipo de desenho... Que ridículo! – Ele levanta o rosto do rapaz e o chuta com toda a força. O rapaz é lançado contra a parede e assim ele cai no chão deixando na parede uma grande mancha de sangue.  – Vamos embora!

Após a saída de todos o rapaz se levanta. Ele estava fraco.  Seu capuz tinha recaído sobre o rosto, para ele ser ou não espancado não fazia diferença... Qual é a graça do ser humano em bater nos outros. A mínima existência humana que procura se comparar a Deus é tão fria e inconsequente que faz a mente do homem ser calculista... A ciência existe para isso. A ciência humana existe para substituir o Deus que não temos...

– Ser o Deus da criação é realmente horrível... – Dizia o rapaz coçando a cabeça.

– Você decaiu tanto ao ponto de ter de ser espancado pelas suas próprias criações?! – Proclamava uma voz feminina. Ela vinha do alto.

O rapaz de cabelos brancos olha para o seu lado esquerdo. Havia uma mulher de cabelos negros como a escuridão e em meio as mechas do cabelo haviam inúmeros pontos brancos como um universo e a própria existência presa dentro dos fios de cabelo da forma feminina, que no alto do crânio formavam um tipo de “chifres de cabelo”. Sua pele era pálida e branco e pura como a neve. Ela tinha olhos vermelhos como o sangue e usava uma camisa preta que do fim da camisa surgia uma saia rosa e por fora usava um vestido rosado meio transparente. Nas pernas, usava uma meia-calça. E por fim, utilizava salto-alto em cada pé.

– Eu estou começando a ficar irritada! – Ela vai andando até o rapaz de cabelos brancos. Ela retira de dentro do seu vestido rosa um óculos escuro de grau, suas lentes eram transparentes e bem frágeis. Ela coloca no rosto dele. Ela puxa o cabelo dele para cima e vê o crânio do garoto aberto... Era como vidro... Ele havia quebrado...  E dentro da cabeça havia... Um universo inteiro.

– Você de novo? Hera, o que veio fazer? Noite, após noite.  E o Templo da cobra polar? Você parece ter bastante tempo e poucas coisas para fazer! – O rapaz tentava mudar de assunto, porém nunca conseguirá. Hera é o tipo de mulher que não deixa quaisquer erros passar despercebido.

– Deixe o templo para lá, deixei com a Miruko! Você tentou suicídio novamente, não é? Parece que não sou a única que tem tempo, não é? – Ela bufa de desprezo e preguiça. De dentro do vestido, ela retira um grande curativo e o coloca na cabeça do rapaz para cobrir o “ferimento”, se é que podemos chamar “aquilo” de “ferimento”.

– Eu não estava matando tempo. Nem tentando me matar... Não tenho como morrer. Eu só notei que aqueles rapazes estavam irritados e deixei-os aproveitarem de meu corpo físico.

– E que corpo físico horrendo, você parece um garoto de novela que interpreta o Nerd da turma!

– Isso é ruim?

– Isso é péssimo! Por que Oreru Nhamandu é tão preguiçoso?!

– Eu criei o Universo. Não sou tão preguiçoso! – Tentava o Deus resolver o problema porém seu amor platônico nunca o ajudara.

– Tentando me encher de mentiras e ambições falhas. Hoje estou com vontade de comer no Beteguese, vem junto, Dio? – Pergunta ela estalando os dedos e abrindo um portal interdimensional.

Oreru Nhamandu, ou Dio, concerta seus óculos e bufa para Hera. Sua respiração percorre todo o local e faz uma fumaça esbranquiçada percorrer o volume do espaço. O ar condensado que resfria-se é transformado em algo perto da inutilidade para um Deus. Dio acabou de respirar para nada. Aliás, ele é Deus, ele não precisa de nada, pois, ele tem e é tudo.

[...]

Em meio a uma das luas de Saturno... Próximo a uma estrela... Dio e Hera comiam em uma barraca onde vendia comidas caseiras. Um local meio... Inconveniente? Talvez. Mas, para Deus a palavra inconveniência não existe!Pra que preocupações? Pra que oferendas? Não é ilógico oferecer algo para um homem que já tem tudo?! Meio [Relógico], porém não previsível, ou não, talvez.Previsibilidade é discutível, mas não unilateral como o ideal de Deus.
Oreru “Dio” Nhamandu mastigava algo indescritível em línguas mundanas. Ele olha para Hera e diz:
– Parece que o estande Betelguese mudou um pouco...

– Você acha, mas a comida ainda continua ótima. O Shoukuma não parou de cozinhar bem nem em seus últimos minutos de existência! – Colocando uma garfada na boca ela geme de prazer por saborear uma comida tão consistente e suculenta. – Você devia comer algo melhor, Dio.

O rapaz olha para a mulher com falta de felicidade, aliás, ele era Deus, não precisava de felicidade ou a infelicidade. Ele era as duas mesmo. Alpha e Ômega. Gênesis e Apocalipse. Ele tem um lapso de memória de 1,345453 bilhões de anos atrás, quando ele procurava algo para melhorar a Terra e teve a grande ideia chamada Adão e Lilith.

Adão e Lilith foram criados juntos do mesmo pó. Eles eram seres equivalentes. Lilith foi criada por Oreru Nhamandu com a mesma matéria prima de Adão, porém ela recusava-se a “ficar sempre por baixo durante as suas relações sexuais”. A procriação humana que de tão pecadora criar-se até mesmo uma rebelião no Éden. E assim nascera a primeira anarquista em prol da liberdade da única mulher. Egoísmo? Igualdade? Nunca iremos saber.

Após o nascimento de Adão, que estava sozinho, Dio disse: “Não é bom que o homem esteja só”. Assim, Dio, Oreru Nhamandu, Deus, então criou a mulher para Adão, da terra, como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a de Lilith.
Adão e Lilith imediatamente começaram a brigar. Lilith disse: “Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti?” Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.”

[Anarquia...]

[... Rebeldia...]

[... Dissimilação...]

[... Desobediência...]

E assim... Morte.

Quando reclamou de sua condição a Deus, o próprio Adão retrucou: “Eu não vou me deitar abaixo de você, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou um ser superior.” Lilith respondeu: “Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra”.

Mas eles, nem Dio nem Adão, não deram ouvidos a Lilith. Quando Lilith percebeu isso, ela pronunciou o Nome Inefável e voou para o ar, era o Samuel, o Lúcifer... Aquele que traz a Noite. Adão permaneceu em oração diante do seu Criador: “Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!”. Ao mesmo tempo Deus enviou três anjos para trazê-la de volta. Os três anjos foram e insistiram para que ela voltasse e ameaçaram afogá-la, porém ela se recusou a voltar, sendo assim condenada por Deus a perder cem filhos por dia.
Maldição...

[...Castidade...]

[...Maldade...]

[...Será o ato certo para um Deus? Ou não? Mas... Será que Certo ou Errado existe mesmo?]

Desde então, para proteger os recém-nascidos da influência de Lilith, seria necessário colocar amuletos com o nome dos 3 anjos: Snvi, Snsvi, and Smnglof. Lembrando-a de sua promessa.
E assim, tivesse uma idéia melhor... Deus criou a mulher “perfeita”. A mulher pura como o sangue do sangue da neve da névoa. A mulher indescritível... Eva.

[...Evangelho...]

Após lembrar-se de tanta confusão, Dio permaneceu calado por segundos... Míseros segundos incalculáveis por máquinas humanas. Um tempo tão ínfimo quanto 1 milhão perto de 0,01. Após notar que Hera não falaria mais, Dio se dispõe a falar:
– Pelo visto não tem ninguém aqui para por Ordem e o chefe se foi. – Falava Dio com inocência. Porém, ele já sabia a resposta dela, pois ele era onisciente. Não tem como passar a perna em Deus.

Não tem como você trapacear jogando contra Deus. Mas, por que mesmo Deus sabendo que Lilith iria se rebelar ele não a ajudou antes? Mesmo sabendo das confusões entre Adão e Lilith ele deixou ela ser levada? Dúvidas... As coisas que perpetuam em plena mente humana chamada dúvida é o que Oreru menos tem. Dúvida a conseqüência da ignorância plena. Algo inimaginável perto de Oreru “Dio” Nhamandu.
Depois de milésimos de segundos, Hera responde o deus:
– É que eu o devorei... – Ela aponta o garfo para Dio e diz novamente, com um tom sucinto e plácido. –... Você quer o resto da comida?

– Deve ser por isso que 5 estrelas-mãe sumiram do mapa interestelar. Deveria se divertir, Hera. Se há diversão ao seu redor a fome não virá tão facilmente. Sendo que a última vez que viemos aqui, juntos, foi há 85720375832 quadrilhões de anos atrás. Eu nem sonhava em criar o Universo... Era tudo tão feliz no Olimpo e no Mundo espiritual e metafísico que nunca sonhava em criar o espaço físico... Eu pensei por muitos anos até criar os átomos e assim foi seguindo... E seguindo... Enfim... A Nostalgia de um Deus vai longe... !

– Nota-se. Quando se come algo... Algo se vai...  O maior dos tesouros. O menor dos lixos! Como uma “God-Eater” eu preciso cuidar de tudo para a janta. Contudo, isso também é uma mentira, não és? – Perguntou Hera com hesitação.

Dio retira um pirulito do “nada” e o coloca na boca, dizendo:
– Isso não é uma mentira. Não posso oferecer o espaço-tempo para suas refeições. Afinal, todas as suas portas estão fechadas, mas podem ser abertas, aliás, se não fosse possível abri-las elas não seriam portas! Entenda, eu só não abro todas as portas para você não comer as o espaço-tempo, pois eu amo... Tudo.

– Embora eu seja diferente de você, eu também amo tudo. E é por eu amar tudo que eu devoro!

– Hera, você é uma tremenda mentirosa!

A mulher sorri de forma única. Seu corpo angelical... Não, divino. Literalmente e metaforicamente. Ela se levanta da cadeira da barraca de comida e sai flutuando pelo espaço-sideral. Ela fica alinhada com uma das luas de saturno, Dione, dando uma visão única para uma Deusa tão formosa e bela quanto Hera.
– Eu não estou mentindo, eu te odeio. Por isso eu ainda não te devorei!

–... – Oreru Nhamandu somente sorria perante a forma física da mulher de Zeus.

– Minha barriga ainda ronca, vamos verificar os outros Betelguese?!

– Eu deveria expandir o espaço... Mas... Depois eu termino ainda tenho infinitos anos mesmo... Vamos lá, acho que tem um próximo a Adelbaran.

...Bem... Só mais um dia na vida de um Deus.
 

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