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História Orgulho e Preconceito - Newtmas Version - Antes que o cinto estale e as formiguinhas andem!


Escrita por: LadyNewt e evilhoney

Notas do Autor


O&P DAAAAAAY!

Oh Happy Day!!! hahahaha

Muita calma que tem bastante coisa acontecendo por aqui hoje.
Quero agradecer o carinho de alguns leitores que não comentam a fic, mas recentemente mandaram DM e whatsapp elogiando nosso trabalho. Isso é MTO gratificante para nós. Obrigada a todos por acompanharem nosso esforço literário.
Um bom domingo e divirtam-se.

B o a L e i t u r a!
LadyNewt
& Honey

Capítulo 18 - Antes que o cinto estale e as formiguinhas andem!


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Preconceito - Newtmas Version - Antes que o cinto estale e as formiguinhas andem!

 

Point of View of Newton Bennet

 

O dia de trabalho na fazenda Netherfield havia sido bastante intenso e cansativo, mas eu estava contente, pois o salário daria para ajudar nas desepsas de casa, e assim evitar que os Bennet fossem a ruína por completo. Eu só não estava sentindo-me confortável com todo esse peso em minhas costas, esta enorme responsabilidade, enquanto minha mãe é uma desmiolada e meu pai quer logo um casamento para que saiamos da lama. Não concordo com tais atitudes, acho que deveríamos achar uma solução melhor para os tempos de crise. Além disso, a forma como o casamento vem sendo tratado em minha casa era tão leviana, que me irrita. Quero dizer, casamentos são mais por interesse do que por amor em nossa sociedade atual do século 19, e a felicidade matrimonial é algo muito raro, mas não é isso o que quero para minha vida, não quero me casar unicamente por dinheiro, quero que haja sim um sentimento maior do que apenas interesse, talvez não necessariamente amor, mas uma afeição que ao menos possibilite uma vida feliz ao lado de quem quer que seja a moça com a qual me casarei.

Pensei em todas essas coisas enquanto voltava para casa, e isso me levou a pensar em meu irmão Benjamin e na senhorita Teresa Darcy. Torço muito para que se casem, mas é óbvio que ela pertence a uma classe maior do que a nossa e, um casamento com Benjamin seria algo praticamente desmoralizante para ela, as pessoas a olhariam torto e suas amigas da alta sociedade londrina a julgariam, fofocando sobre ela quando ela não estivesse ouvindo, soltando comentários maldosos sobre meu irmão e sua origem que provavelmente será tida como medíocre e simplória.

Quando finalmente cheguei em Longbourne logo notei que havia alguma confusão se desenrolando, pois vi Tess saindo de casa aos prantos.

– O que aconteceu? – perguntei a ela antes que ela entrasse na charrete que a levaria de volta a Netherfield.

– Eu e Benjamin fomos flagrados e seu pai… Seu pai… Galileu… ai o cinto… – ela chorava enquanto tentava me contar o que aconteceu, misturando as palavras.

– O que meu pai fez, Srta. Darcy?

– Ele foi tão mal, Newt. – ela respondeu me abraçando com força. – Ele desaprovou totalmente meu romance escondido com Benji, e vai contar tudo a Thomas, que me impedirá de ver meu amor. Oh, estou fadada a tristeza e a morrer solteiraaaaaa.

Teresa continuou chorando, fazendo com que me sentisse na obrigação moral de tranquilizá-la.

– Fique calma, Teresa. Conversarei com meu pai e explicarei tudo, enquanto a seu irmão, bom, acho que posso conversar com ele também e domar a fera. – eu disse, acalmando-a.

– Será mesmo? – suas turquesas iluminaram - Ah, não sei. Oh meu Deus, como eu e Benjamin pudemos ser tão descuidados.

– Quem os flagrou? – indaguei, curioso, embora já soubesse a resposta.

– Seu irmão, Galileu. – Teresa respondeu confirmando minhas especulações, em meio aos soluços causados pelo choro que se fazia presente.

Mas que merda! Pensei. Nem precisou que Teresa me contasse o restante da história, pois se bem conheço Galileu, ele correu para contar tudo ao papai e como ele acredita que eu e Teresa estamos flertando, deve ter batido em Benjamin por estar furando o olho do irmão, no caso, eu.

– Teresa, se acalme, por favor, siga para casa e aguarde, mandarei um bilhete quando eu conseguir resolver as coisas por aqui. – garanti, colocando-a dentro da charrete para que fosse transportada em segurança para casa.

– Você vai mesmo resolver isso? – ela perguntou, ainda muito nervosa.

– Sim, considere isso resolvido, ok? Confie em mim, eu sei administrar coisas, agora vou aprender a administrar pessoas! – eu disse brincando, tomando sua mão e beijando-a com carinho. – Agora vá, pequena e melhore essa carinha, não vai querer um interrogatório quando chegar a Netherfield, vai?

Ela negou brevemente e então se foi. Sendo assim, segui até minha casa, engolindo a seco diversas vezes enquanto subia os longos degraus da entrada principal.

Ao adentrar a sala, me deparei com meu pai parado, sério, me encarando enquanto tinha um cinto em sua mão direita. Ele parecia bem impaciene.

– Papai, eu posso explicar. – eu comecei a falar, mas ele me interrompeu.

– Para a biblioteca, agora, Newton. – ele ordenou, e é claro que eu obedeci.

Encontrei Benjamin já esperando lá, sentado em uma poltrona, claramente acuado e choroso. Vince fez com que ele se levantasse para ouvir o seu sermão.

– Estou chocado e perplexo com o que aconteceu. Benjamin, você não tem vergonha nessa cara? Dando em cima, flertando descaradamente com a pretendente de seu irmão? – papai dava a bronca, estalando o cinto no ar. A cada estalada, eu e ele saltitavamos. Mais ele do que eu.

Decidi então intervir e contar logo toda a verdade sobre Benjamin e Teresa, eu realmente esperava que isso fosse a melhor saída.

– Pai, eu preciso contar algo ao senhor. – eu disse, o interrompendo.

– Não me interrompa, Newton Bennet. – ele respondeu, sendo cabeça dura como sempre.

– Mas é importante, muito importante. – insisti em uma careta.

Vince então ficou irritado, mas parou de passar o sermão.

– Então está bem, o que tem para contar, Newton? Andou fazendo alguma semvergonhisse como seu irmão fez? Essa família é uma desgraça! – bradou alto.

– Não, não fiz nada disso, pai, eu apenas preciso contar que Benjamin e Teresa estão apaixonados um pelo outro. – desabafei, tirando aquele peso de minhas costas, esperando que as coisas ficassem melhores para Ben.

– Como é que é? – Vince perguntou, ficando perplexo com o que eu acabei de dizer. – Você só pode estar brincando com a minha cara.

– Eu não estou mentindo, papai. É verdade. Ben e Teresa estão apaixonados desde a primeira vez que se viram. – garanti encarando Benji, que tinha seus olhos arregalados pela minha audácia em desmascarar tudo.

– Apaixonados, isso é uma balela. – meu pai disse.

– Pai, por favor, me ouça. – fiz com que ele desse atenção ao que eu iria falar. – Eu sei que esperava que eu e Teresa estivéssemos flertando e que isso resultasse em um matrimônio, mas a verdade é que, desde o início, Teresa nunca esteve interessada em mim, mas sim em Benjamin. E isso é ótimo, pois ele também nutre interesses e sentimentos por ela! – eu disse empolgado, como se tivesse descoberto algo surreal.

Aquilo obviamente deixou meu pai perplexo e boquiaberto.

– Você pode achar isso improvável, pois sempre disse que eu era o melhor dos seus filhos por ter estudado for a, ser culto e educado, mas Benjamin tem seus méritos e atraiu a atenção da Srta. Darcy. – falei. – Dê uma chance ao Ben, papai, el epode e vai fazer as coisas certo dessa vez. – dei ênfase nessas últimas palavras, para ver se meu irmão acorda para a vida.

– Se isso é verdade, e deve ser, já que ele estava aos beijos e quase fornicando com aquela moça, então, bom, quem sabe…

– Quem sabe ela e Benjamin se casem. – completei. – Basta vocês acreditarem que Benjamin é capaz de ser um bom homem. – lancei um olhar a meu irmão, que sorria agora, com o corpo mais relaxado.

– Além disso, a baronesa pareceu interessada em mim, e não apenas profissionalmente. – eu disse mentindo, mas sabia que aquela seria uma forma de meu pai autorizar que Ben flertasse com Teresa, desde que eu tivesse caído nas graças de uma moça tão prendada (financeiramente falando) quanto Teresa.

– Ela tem, é? – ele indagou com um brilho exótico no olhar.

– Sim, mas mantenha isso apenas entre nós. – eu pedi, afinal não queria que aquela mentira se espalhasse por aí e causasse problemas maiores. Mal sabe ele que a mulher me odeia e me persegue nor Netherfield a ponto de desejar minha cabeça a prêmio.

Com isso, meu pai acabou tendo seus ânimos apaziguados e talvez realmente deixasse que Ben investisse em Teresa, o que me animou muito.

Depois que nosso pai nos liberou, subi para meus aposentos a fim de tirar minhas roupas e tomar um banho, uma nova porta havia sido instalada, eu a tranquei e então tomei meu refrescante banho, o sol já estava se pondo quando ouvi um alvoroço vindo do andar de baixo. Pensando se tratar de uma nova briga, dirigi-me até lá rapidamente após me vestir, sendo surpreendido ao ver que a razão para aquele alvoroço era, na verdade, a presença surpresa de Thomas Darcy em nossa casa.

– Ah, aí está ele. – minha mãe anunciou ao me ver. – O Sr. Darcy está a sua procura, Newton.

– É mesmo? Desculpe-me, eu não o esperava. – disse, me dirigindo a Thomas.

– Podemos conversar a sós, sr. Bennet? – Thomas perguntou, e eu confirmei que sim, então saímos e começamos a caminhar pelo exterior de Longbourn, em direção ao estábulo.

– Então, a que devo a honra da sua visita surpresa? – perguntei a ele, olhando para seus olhos, quando percebi que o fazia, desviei imediatamente da sua figura. Ele as vezes é tão intimidador…

– Pode olhar para meus olhos, são lindos, eu sei. – disse ele fanfarão, fazendo com que eu corasse imediatamente. – Eu vim aqui porque, bem, creio que você seja meu novo amigo e portanto eu tenha um dever de te contar coisas, pois afinal isso faz parte da amizade, sendo assim, aqui estou, pois quero te contar algo.

Entramos no estábulo e então perguntei o que ele queria me contar.

– Espero que seja algo importante para justificar sua viagem de Netherfield até aqui. – acrescentei, já que Darcy parece se importar demais com coisas pequenas.

– Bom, certamente que é. – ele disse seriamente. – Lady Brenda tentou me beijar hoje, depois que você saiu da porta da cozinha após nos ver juntos.

Fiquei surpreso com aquilo, mas também fiquei confuso. Acho que arregalei os olhos, o que não deveria ter feito. A justificativa dele de que estávamos nos tornando amigos e por isso ele queria me contar as coisas parecia ineficaz, pois em minha perspectiva, vir até Longbourn apenas para me contar sobre um beijo qualquer parecia desproporcional. Quantas mulheres não querem beijar esse homem? Quantas já não tentaram? Quantas até já jogaram sua moral pela janela e deitaram com ele?

Meu Deus, por que estou nervoso?

– Ela tentou te beijar? – indaguei, como se não tivesse acreditado quando ele falou pela primeira vez. O fato é que senti um incômodo em meu interior, não sei explicar como, nem porque.

Lady Brenda estava se atirando para cima de Thomas então? Que novidade. Seria por isso que ela me perseguia? Ou seria por isso que me encarou como uma diaba sentada no lombo do seu cavalo com Thomas Darcy engatado atrás dela?

– Sim, ela tentou, fiquei surpreso, ou nem tanto, não é raro as mulheres ficarem encantadas comigo. – Thomas disse se gabando, suas palavras estavam longe demais e eu tão perdido em meus pensamentos andando para lá e para cá, que eu acabei tropeçando em uma pá que estava no chão do estábulo, fazendo com que eu caísse em cima de Thomas.

Fomos os dois para o chão, Thomas ficou por baixo, pois tinha caído de costas, eu fiquei por cima dele, com meu corpo sendo amparado pelos seus braços vigorosos. Minha respiração estava ofegante devido ao susto da queda, meus lábios ficaram tão próximos dos dele que por um instante parecia que… NÃO, NÃO. Que absurdo, dois homens se beijando, nem que seja por acidente. Tentei segurar meu fôlego enquanto olhava para os olhos dele, em seguida para seus lábios, e vi que ele sorria de volta, de uma forma tão perfeita que um arrepio atravessou minha espinha.

– Me-me des- desculpe, Sr. Darcy. – disse gaguejando, levantando-me e ajudando-o a se levantar. – Eu sou tão atrapalhado.

Thomas riu, é claro que estava rindo da minha cara, da minha falta de jeito.

– Mais cuidado da próxima vez, Bennet. – Thomas disse, em tom brincalhão. – Poderia jurar que estava se jogando em cima de mim.

– Jamais, e o senhor me ofende pensando isso, que absurdo. – eu disse, ofendido com a brincadeira estúpida dele.

–  Calma loirinho, foi só uma queda, embora eu ainda ache que se jogou de propósito para cima de mim, tentando descobrir o que a Baronesa tanto quer. – ele continuous a rir, ajeitando suas vestes levemente sujas de terra.

– Ha! Ha! Ha! Você se acha tão engraçado. – debochei ajustando meus cebelos.

–  Muito bem, loirinho, era só isso que eu queria lhe contar. – ele disse seguindo para a porta.

–  Veio de Netherfield até Longbourn para me dizer que quase roubaram um beijo seu? – perguntei incrédulo.

– Não, vim para alertá-lo. – Thomas disse sério, freando meu corpo e me presionando contra a parede de madeira, que rangeu com o movimento repentino. – Vim alertá-lo que existem mulheres perigosas por ai, capazes de roubar beijos e dignidades, elas são perigosas, você deve temê-las e tentar se proteger. Estou lhe fazendo um favor.

Arregalei meus olhos, deixei que minha respiração falha tomasse conta de mim junto com minha face transtornada com ele dominando meu corpo novamente. Esse homem não presta!!! Todo esse circo e ele ainda continua brincando com a minha cara, rindo sem parar.

– Newt, Newt… - divagou soltando-me do cerco – Você precisava ver sua carinha agora, diria que estava se borrando de medo de mim e quer saber? – Thomas aproximou-se da minha face, pairou sua boca a centímetros do meu ouvido, soprando uma rajada de ar quente contra ele antes de falar – Eu não mordo, a não ser que você peça!

Ele então do nada se despediu e foi embora, rindo sem parar. Já eu fiquei ali no estábulo, tentando convencer a mim mesmo que não havia sentido nada de diferente enquanto estava no chão com o Sr. Darcy e muito menos prensado por ele na parede e muito, muito, muito menos sentindo as formiguinhas percorrendo meu corpo agora, dando vida a certas partes do meu corpo.

Esse homem ainda vai me enlouquecer…


Notas Finais


Hmmm, Newtinho está sentindo formiguinhas pelo corpo é?
A gente nem gosta! rs Acho bom começar a colocar elas para andar também por ai em busca do Thomas.
:)


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