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História Orgulho e Preconceito - Newtmas Version - O que ela tem que eu não tenho?


Escrita por: LadyNewt e evilhoney

Notas do Autor


O&P DAY na área!

Será que agora esse Newt aparece?
Façam suas apostas!

B o a L e i t u r a!
LadyNewt
&Honey

Capítulo 24 - O que ela tem que eu não tenho?


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Preconceito - Newtmas Version - O que ela tem que eu não tenho?

Point of View of Thomas Darcy

 

Após largar Bingley e minha irmã na casa dos Bennet, decidi procurar por Newt nas redondezas de Longbourn. Se fosse preciso iria até Nottingham atrás dele. Algo dentro de mim me assusta e posso afirmar com total convicção dos fatos que o loirinho está fugindo, tão confuso e perdido, lutando contra o acontecido na noite anterior.

Segundo Vince, o pobre coitado acredita piamente que seu filho passou na noite em Netherfield na companhia de Lady Brenda. Suspeito que Newt tenha mentido ao pai, inventando alguma história mirabolante e tão ou mais literária que os romances que lê. É evidente que mentiu sobre suas intenções com a Baronesa somente para permitir que Benjamin tivesse Tess para ele.

Um sorriso inocente molda meu rosto agora ao cogitar isso. Esse é Newton Bennet, o homem que abre mão de tudo pelos outros. É este tipo de homem que despertou algo em mim, desconhecido até então. Um jovem tão altruísta, capaz de tirar o pão da sua boca para alimentar quem ama. Ele pode passar fome, mas em momento algum deixa transparecer isso, mantendo-se firme e unindo a todos. Alguém misterioso, cheio de segredos, tornando-se atrativo de diversas formas para meus olhos calejados da mesmice. É este tipo de homem que agora habita meus pensamentos dia e noite, fazendo-me questionar tudo que vivi até hoje; uma mentira oca, defino assim.

Viagens. Presentes caros. Estudo na melhor universidade dos Estados Unidos. Festas. Bailes. Mulheres. Sexo fácil. Dinheiro. Bebidas. Amigos por interesse. Tudo. Absolutamente tudo até então não tinha o valor e o peso que Newt passou a representar em minha vida.

Entendo e sei muito bem onde estou me metendo. É um caminho suntuoso, arriscado, de terreno arenoso e que muitos desistem na primeira tentativa. Possivelmente terminará mal. Não é ser pessimista e de má fé, colocando mau agouro nas coisas. Dois homens juntos em pleno século XIX? Isso é loucura.

Mas aqui, agora, parado na entrada de sua casa em Longbourn, prefiro passar o resto dos meus dias em um sanatório, atado a uma cama e taxado de maluco, do que deixar que este sentimento evapore antes mesmo de conseguir entender o que sentimos um pelo outro. E eu sei que ele sente o mesmo. Só não será fácil admitir.

Finalmente dou o comando aos meu pés, eles se movem com rapidez e precisão. O estábulo dos Bennet é o destino. Bree, sua égua, está lá, pacata, abandonada em seu coche, com um olhar indiferente a mim.

- Onde seu dono foi parar? – sussurro para ela, que finalmente me encara olho no olho, lambendo minhas mãos com sua longa língua áspera e molhada.

Saio montado nela, desejando estreitar os laços com o animal que Bennet nutre tanto carinho. Ela é mansa, como ele. Cavalga sem presa, submissa aos meus comandos. Aperto o arreio em minhas mãos e imponho um ritmo mais apressado. Ela responde ligeiro ao estímulo, trotando em disparada pela fazenda.

Atrás de nós, apenas poeira e lembranças da noite anterior. Os lábios de Newt ainda fazem pressão sobre os meus, causando um frio incomum e inédito em meu estômago. Uma sensação nunca antes vivida. Sinto-me diferente. Especial. Único. Respiro o mesmo ar de sempre, mas hoje ele foi modificado por alguma razão. Está mais leve, puro, lavando meu peito com algo novo, trazendo paz e harmonia a meu corpo. Eu desejo Newt de todas as formas humanamente possíveis. Isso é pecado? Nunca fui santo. Então pecador serei até toma-lo em meus braços, deixando-o exausto de tantos beijos, carinho e amor. Cansado demais até para respirar e lembrar-se do próprio nome, pois o único som que saíra de sua boca em minha cama será Thomas Darcy, arrastado, como um gemido sôfrego e alucinado. Pecarei constantemente. Todos os dias. Até que a morte nos separe.

Deixo meus devaneios e fantasias de lado, já com mais da metade de Longborun percorrida e nem sombra do meu loirinho. Nada nos campos, lagos ou florestas. Bree segue firme e parceira, disposta a me ajudar na caçada. Parto para as redondezas, cavoucando todos os cantos onde Newton Bennet pode estar. Interrogo pessoas, funcionários e vizinhos. Newt tornou-se invisível, desaparecendo após o baile. Todos eles relataram o mesmo padrão – A última vez que vimos o jovem Sr. Bennet foi após uma dança com a Srta. Lucas.

Srta. Lucas. Novamente ela consome minha preocupação. Newton não seria atrevido ao ponto de gastar sua noite ao lado dela após nossos beijos na carruagem. Ele a respeita. Ele não é profano. Respiro mais aliviado com estes pensamentos em minha mente, porém os cascos de Bree levam-me direto até a fazenda de Harriet. Sinto-me atrevido com isto, mas encontrar Newt é muito mais importante do que meus bons modos diante da sociedade, que modéstia parte estou despreocupado com seus julgamentos.

- Bom dia. A Srta. Harriet Lucas, por favor. – solicito a uma das criadas na entrada da imponente casa deles. Ela faz as honras, levando-me diretamente para a sala ampla e bem decorada, adornada com algumas obras de arte. Foco em uma delas, bem infantil e colorida. O nome do autor me chama atenção. É uma obra em conjunto, parceria inusitada: Newton Bennet e Harriet Lucas. Torço o nariz com aquilo. Essa intimidade deles me corroí. Vejo Alby e junto-me ao moreno em um papo fútil sobre o baile. Ele não disfarça a curiosidade em me ver ali, mas só abro minha boca quando sua irmã finalmente junta-se a nós.

Harriet nada sabe sobre o paradeiro de Newt e mostra-se tão preocupada quanto eu.

- Você necessita de ajuda para procura-lo? – Alby oferece.

Quero negar. Desejo encontra-lo sozinho, mas acabo aceitando a oferta mais por educação. Antes de sair peço segredo para a Srta. Lucas. Alego que não quero deixar os Bennet preocupados com qualquer besteirinha. Ela sorri com graça, despedindo-se com carinho e por um segundo entendo o motivo de Newt tê-la beijado. Ela é como ele; frágil e cativante.

Alby segue em seu cavalo até Nottingham, fazendo-me companhia. Na estrada, todas as paradas foram direcionadas aos vizinhos, sem o menor sinal do loirinho por lá. Reviro a cidade a procura dele. Vou direto a livraria, na esperança de encontra-lo com a fuça enfiada em algum livro. Quebro a minha cara ao notar o lugar vazio. Bares, restaurante e até o hospital chequei. Alby Lucas partiu para cuidar dos negócios da família, deixando-me sozinho finalmente.

Duas meretrizes sorriem para mim quando percorro o perímetro do Lady Marmalade. Um pé deseja entrar e averiguar. O outro grita em meu ouvido, bradando que aquilo é besteira. Newt nunca terminaria sua noite num bordel. Mas eu entro, porque sou um poço de teimosia e argumentos.

- Sra. Satine! – cumprimento a mulher, que lembrou do meu charme e meu rosto convidativo. – Por acaso a Sra. recebeu ontem Newton Bennet por aqui? – pergunto num jogo aberto.

 - Acho que Eleanor vai responder melhor a sua questão. – ela rebate, entrando na partida.

Caminho até o mesmo espaço reservado que estive dias atrás com Bennet. Ela fecha a cortina, mas não demora muito e a cortesã perfeita aparece, sentando-se ao meu lado.

- Eleanor... – sorrio cretino e ela revira os olhos, como Newt. – Preciso de informações. – coloco minha carteira sobre a mesa, deixando claro que pagaria por aquilo.

- Não preciso do seu dinheiro, Thomas Darcy. – ela revela meu nome com rancor, medindo meus pés, subindo lentamente pelo meu corpo, até soltar um olhar fulminante em meus olhos. – Apenas fique longe dele. – sibila protetora, me afrontando.

- Então ele esteve aqui? – pergunto desapontado, com o coração em pranto.

Ela concorda com a cabeça, tragando tranquilamente um cigarro, ao passo que eu estou quase tendo um ataque de nervos, ansioso para encontrar Newt.

- Você precisa me levar até ele. – eu ordeno, mas Eleanor continua sentada no sofá, ignorando-me.

Subitamente puxo-a pelo braço, ela protesta, mas estou tão nervoso que não a ouço.

- Você vai me dizer onde ele está. – digo, disposto a fazê-la falar. A levo pelas escadas, chegamos no corredor, seguimos até um quarto e entramos.

No andar superior tranco a porta e empurro ela na cama. A morena caí com rigidez, assustada. Não estou mais jogando. Prometi a mim mesmo que só saio deste quarto quando souber sobre Newt. Ando de um lado pelo outro, a respiração está difícil e minha visão começa a ficar embaçada, mas eu não vou sair daqui enquanto não souber algo sobre ele.

- O QUE ELE VEIO FAZER AQUI? – grito, com raiva.

Ela nada responde, continua ali, agora de pé, me olhando, como se estivesse me testando, como se estivesse brincando comigo.

Eu volto a insistir.

- O QUE ELE VEIO FAZER AQUI COM VOCÊ? O QUE ELE TE DISSE? O QUE VOCÊ FEZ PRA ELE?

Sinto uma vontade incontrolável de quebrar algo, de atear fogo naquele lugar, de destruir o mundo.

- É por isso que ele veio até mim... – ela então fala, tirando-me temporariamente do meu transe. – Ele tem medo de você. Não importa o que faça. Não importa o que diga. Newt sempre vai voltar pra cá. – ela finaliza.

Minha mão agarra um vaso que está em cima de uma mesinha e eu o jogo na parede, fazendo com que se quebre em mil pedaços antes mesmo que eu pudesse controlar minha fúria. Seus olhos castanhos estão arregalados e marejados, mas ela ainda me fita. Fita com angustia. Com compaixão. Fita da mesma forma que Newt teria me encarado, quebrado. Partido ao meio.

Então eu a beijo. A beijo com fúria, apaixonado, perdendo-me em sua boca, desesperado para encontrá-lo. Newt obviamente não está ali, mas é como se estivesse. Vejo o loiro na minha frente e o desejo que me domina é avassalador. Eleanor resiste, debate-se, tenta se esquivar das minhas investidas. E eu a quero, mas não mais que ele.

É por isso que ele veio até mim. Ele tem medo de você… ” – sua doce voz penetra meu consciente e num sobressalto me afasto dela, recriminando meu ato num choro assustado. Newt esteve com ela. Newt conversou sobre mim e isso me apavora.

- Ele está confuso, Sr. Darcy. – ela ajeita-se, sentando na cama, devolvendo sua roupa no lugar.

Revelo minha face escondida entre minhas mãos trêmulas, olhando-a com piedade. Eu devo estar a assustando. Sinto-me um monstro e desabo a chorar novamente.

Eleanor ainda me fita, imóvel, analítica e superior. Me questiono o que ela tem de tão especial para Newt ter voltado para cá. O que fez dela tão especial para ele trata-la diferente?

- Vocês transaram? – é tudo que consigo perguntar, transtornado com a possibilidade afirmativa. A garota não responde. – VOCÊS TRANSARAM? – grito colocando-me de pé, sendo invadido novamente por alguém que eu nunca mais desejava ser.

Enchendo uma taça de vinho, como forma de tentar se acalmar, ela lança rindo:

- Você não sabe de nada, Thomas Darcy. - o desdém da sua voz me perfura, causando uma ferida dolorida – Eu e Newton Bennet nunca transamos. – revela – Ele não é como as garotas que está acostumado a lidar.

- O que quer dizer com isso? – questiono bebericando o vinho tinto.

- Newt nunca se deitou com mulher alguma. Ou com um homem. Por isso ele reagiu desta maneira. Ele está assustado.

Meu coração dispara no exato instante em que ela finaliza a frase. A respiração passa a falhar e eu o desejo mais ainda. Como fui tão lerdo e não percebi isso, com todos os sinais que ele sutilmente deixou escapar?

Peço perdão de joelhos a garota e na saída do bordel acerto o que prometi com a cafetina. Eu estou atormentado, desejando encontrá-lo. Rodo o dia inteiro e nenhum sinal dele. Nada. Inconformado, me dou por vencido quando o sol começa a se pôr. Monto em Bree e parto de volta para casa, arrasado.

Lá na frente, após cavalgar por mais de uma hora na estrada escura, vejo um vulto. Eu finalmente encontrei Newt. Dou um salto da égua e corro até ele.

- Meu Deus! Achei que tinha te perdido para sempre! – murmuro e dou um abraço apertado nele, sem retorno. Quando afasto meu corpo do seu, estreito os olhos pelo seu esqueleto – O que foi que aconteceu? – questiono segurando as lágrimas. Seu fraque sujo e rasgado, cabelos desgrenhados e cheio de terra e o rosto abatido, sem brilho algum.

- Eu... Preci... Preciso... Que... Que me... Deixe em paz! – disse pausadamente, revelando que estava totalmente bêbado.

Passeio minhas narinas pela sua estrutura. Whisky, Vodka, nicotina e um certo cheiro de Absinto acabam impregnando nelas.

- Vem. – digo passando seus braços em volta do meu pescoço – Preciso cuidar de você.

- Já... Disse... Que... Estou ótimo! – justifica, soltando-se dos meus braços, quase caindo de cara no chão.

Ignoro seus resmungos e agarro sua cintura, jogando ele no lombo da égua. Monto logo atrás dele, envolvendo seu corpo com o meu. Newt está gelado, batendo o queixo de frio.

Antes de dar o comando para Bree partir, retiro meu blazer e cubro seu corpo com cuidado, tentando aquecê-lo. O loiro olha revoltado para o tecido e dá uma longa fungada, ao que balbucia:

- Perfeito! Agora vou ficar fedendo a Thomas Darcy. Isso é prejudicial a saúde. – relaxa o corpo e finalmente encosta a cabeça em meu peito.

- Vamos para casa, Newtie. Eu vou cuidar de você.


Notas Finais


Todos queremos vc fedendo a Thomas Darcy SIM, Newt!

uh.... Espera! Eles foram para casa do Thomas?

HMMMMMMM (carinha maliciosa)


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