História Orgulho e Preconceito - Newtmas Version - London? London!

Point of View of Thomas Darcy

Cuidar de Newt ontem a noite não foi uma das tarefas mais fáceis da minha vida. Colocar um assassino na cadeira, plantar bananeira por 24 horas ou ir andando de joelhos de Londres a Oxford é mais fácil do que dar conta do pequeno Bennet bêbado. O loiro estava tagarela, irredutível, mas devo admitir que seus notórios feitos em meu quarto ainda podem ser sentidos profundamente pela minha alma e principalmente meu corpo.

Cala-lo com um beijo, selando nossos lábios afoitos, foi a saída mais inteligente que tive em anos. Diria que se Bennet fosse um cliente meu, seria o pior de todos eles; questionador, inteligível e difícil de barganhar qualquer acordo com ele. Mas bastou chocar minha boca faminta e desesperados na sua, que o loirinho amoleceu, permitindo que tomasse conta dele.

A embriaguez era tanta, que assim que deitei ele em minha cama, apagou como se alguém tivesse acionado o interruptor de energia em seu corpo. Tudo que tinha planejado para nós dois caiu por terra, restou a mim somente a tarefa de deitar ao seu lado, analisando-o antes de dormir.

Newt é de todo maravilhoso. Sua serenidade dormindo me encantou de tal forma, roubando-me o ar dos pulmões. Ele é frágil e isso causa um sentimento inexplicável, abalando toda a minha estrutura.

Penso nisso enquanto abro os olhos lentamente, tateando o espaço ao meu lado na cama de casal. VA-ZI-O! É esse sentimento que encontra-se forçando e arranhando meu peito, além do espaço vago, sem a presença dele.

Esse garoto me deixou sozinho!!!! ARGH!

Espreguiço meu corpo, rolando para a direita. Foi ali que ele dormiu e é ali que está seu cheiro. Impregnado. Incutido. Aguçando minhas narinas e todos os outros sentidos. Uma onda de calor percorre meu corpo com a rapidez de um piscar de olhos. Eu me toco. É inevitável. Livro-me do meu calção, desejando que Bennet pudesse ver o estado que me deixa – vulnerável e febril – são pequenos perto do que ele é capaz de proporcionar.

Mordo os lábios com força a cada onda de calor que deixa meu membro abrasado e rígido. Não faço isso com frequência. Sempre tive outras formas de satisfazer meus desejos e vontades e sinto que terei que ir com calma se quiser ter Newton Bennet na minha cama.

Aumento a velocidade, aprisionando meus olhos na imagem de Newt. É inevitável lembrar-me do dia em que o conheci no lago aqui em Netherfield, nadando nu. Passeio agressivo minha vista pelo seu corpo, cavoucando cada detalhe do que vi. Pernas, tórax liso, braços delicados porém torneados. Nem meu maior esforço revela o ponto culminante. Esse foi incondicional; ele fez questão de esconder. Penso nele nesse quarto, na minha cama. Penso em como seria o maior deleite tê-lo aqui, estirado, exposto, gemendo meu nome enquanto o beijo e o tomo para mim. Seus resmungos e chiados intensificam a medida que me perco dentro dele, sentindo cada fragmento do seu corpo abaixo do meu retesar com as minhas investidas. E ele é meu. Somente meu.

- Argh, Newtie... – deixo escapar uma lamúria pelos meus lábios oscilantes, permitindo que meu corpo fraqueje a medida que estou chegando lá.

Reviro meus olhos e regozijo, reverenciado o homem – e único – capaz de fazer-me rever o conceito de tudo vivenciado até então. Levanto-me e tomo um rápido banho antes de seguir com minha rotina matinal e ela resume-se a somente uma coisa; observar Bennet sempre tão focado e obstinado em seus afazeres, enquanto me esquivo das investidas maciças de Lady Brenda.

- Bom dia, dorminhoco! – doce e animada como sempre, Tess brinda minha manhã da maneira mais saudosa possível.

- Bom dia, futura Sra. Bennet! – entretenho ela de forma amistosa, quase que num galanteio. Sei que minha irmãzinha não vê a hora de tornar-se uma Bennet. – Bom dia para você também, Baronesa – uso um tom mais rude. Ela estica seu braço na minha direção, impondo que eu beije o dorso da sua mão. Contenho um impulso em revirar os olhos.

Isso é tão Newt em sua essência...

Beijo sua pele cheirosa e sinto um enjoo alcançar meu âmago. O loiro tem uma essência muito mais estimulante que a dela.

- Bom dia, querido Dacy. Finalmente posso desfrutar de um delicioso café da manhã em sua companhia. – me provoca, já que tenho evitado coexistir no mesmo espaço que ela desde que tentou me beijar.

Estreito meus olhos pela janela de madeira. É rotineiro. Eles já movem-se sozinhos desde que Newt passou a trabalhar em Netherfield. Minha boca saliva no exato instante em que observo ele passivo e centrado, na companhia do marceneiro da fazenda.

- Preciso ir para Londres resolver alguns assuntos urgentes. – Brenda gesticula despreocupada enquanto come.

- Isso é maravilhoso! – Tess exclama soltando sua xícara como o coice de uma mula – Tom, por favor, vamos para Londres com a Baronesa. – implora com seus lindos olhos azuis entorpecentes – Necessito adiantar os preparativos para meu casamento. O que acha? – questiona.

- Eu acho isso formidável! Finalmente utilizando a inteligência herdada da família Darcy, não é mesmo, Teresa?  - Lady Brenda testa minha irmã. Tess está absorta em um bom humor esplendido que nada a deixa afetar. – Vamos, Tom! – a Baronesa insiste e sou forçado a desviar meus olhos e meus pensamentos da imagem de Newtie ao longe na brisa pálida da manhã. – Será uma ótima oportunidade para respirarmos um ar diferente e você deve ter pendência em casa para resolver.

Isso era fato. Eu tinha diversas pendências para tratar na capital, principalmente nos assuntos da minha família e Pemberley.

 - Ok. Vocês venceram. Nós vamos para Londres. – entrego a chave da felicidade para minha irmã, que urra de alegria, esquecendo-se dos modos adquiridos em aulas massacrantes com instrutoras francesas de etiqueta.

- Mas levarei Benji comigo! – a moreninha estala a língua, impondo sua ordem. Tenho plena convicção de que Lady Brenda sufocou nesta hora.

Quero levar Newton Bennet comigo. A palavra impossível existe e ultimamente torna-se presente diariamente no meu dicionário. Será que foi mesmo uma boa ideia aceitar isso, passar um tempo longe de Newt?

Arrependo-me no instante em que o olhar castanho dele cruza o meu, palpitando minha estrutura.

Point of View of Teresa Darcy

- Srta. Darcy, que honra recebe-la tão cedo em Longbourn! – a cordialidade vem de Vince Bennet logo que salto da carruagem. – Em que posso ajuda-la? – ele questiona.

- Desejo... – minha frase nem chega a alcançar o conteúdo necessário. Somos bruscamente interrompidos por – Benji? – caio na gargalhada, sem medo de parecer ridícula diante do meu futuro sogro.

- CÓCÓCÓRICÓÓÓÓÓÓÓÓÓ! – ele canta de galo na penúltima janela a direita, andar superior, com os braços abertos, trajando apenas uma ceroula vermelha.

- Benjamin Bennet! – o pai ralha com meu príncipe, chamando sua atenção – Vá logo para dentro e apresente-se rapidamente em trajes apropriados diante da sua noiva!

Dito isto seu rosto alvo cora de imediato e ele despenca para dentro do quarto, causando um estrondo catastrófico. Vince tenta segurar o riso e consigo observar meu amor espiando minha reação, dirigindo um olhar curioso pela esquadrilha. Benji lança um beijo, que sou obrigada a disfarçar a felicidade, caso contrário o matriarca arrancará o coração do homem que amo.

Enquanto ele se apressa, Vince convida-me para entrar e tomar café com a família, mas recuso, alegando que já desfrutei daquela refeição. Ele insiste e conto o motivo de estar ali.

- Lady Brenda necessita resolver alguns assuntos na capital. Pensei em ir junto para agilizar os tramites da minha união com seu filho. – digo.

- Mas isso é formidável, minha jovem. – Ava invade a conversa, agitada e afetada como sempre. – Vamos todos para Londres auxiliá-la com este lindo casamento!

- Eu ia sugerir exatamente isso! – falo com graça, mentindo descaradamente. Anseio apenas pela companhia do meu futuro marido, mas fazer o que né?! – A companhia da família Bennet tornará minha jornada menos entediante. – isso é fato.

- Tess... – Benji finalmente junta-se a nós e conto-lhe a novidade, eufórica. Como eu, ele explode em satisfação, beijando-me na frente dos pais.

Vince simula um puxão de orelha no loiro, mas digo que está tudo bem.

- Fique tranquilo, Sr. Bennet. Mal posso esperar para tornar-me uma Bennet. Não existe honra maior do que isso! – pisco para meu noivo, que respira aliviado.

- Sonya! Lizzy! Gally – Ava chama seus filhos, descontrolada – Nós vamos para Londres! Londres, minhas queridas. Preparem suas malas! – ordena, mas estanca os movimentos, confusa – Quando exatamente vamos? – indaga.

- Se possível amanhã cedo. – revelo. Vejo Vince com o cenho franzido, muito provavelmente preocupado com gastos e despesas fora da folha da família aquele mês. – E não se preocupem. – o tranquilizo – Essa deliciosa viagem será por minha conta.

Sua respiração volta ao normal e ele finalmente sorri. Minha primeira tarefa do dia foi concluída com maestria. Agora preciso encontrar a maneira mais adequada de contar a Tom e principalmente Lady Brenda que todo o clã do meu noivo decidiu infiltrar-se de supetão no longo trajeto de Netherfield a capital. Prevejo fortes emoções até meio dia, já que Lady Bosta odeia eles.

Mas quem liga?