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História Orgulho e Preconceito - A man with a little girl's voice


Escrita por: Xokiihs

Notas do Autor


Hello!
Aqui estou eu novamente com mais um capítulo!
Espero que gostem! <3
Boa leitura :)

P.s.: Estou respondendo os comentários com a velocidade de uma lesma com cãibra, mas estou.
XX

Capítulo 15 - A man with a little girl's voice


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Preconceito - A man with a little girl's voice

O final de semana tinha finalmente chegado, e, com ele, meu animo. Uma coisa que precisam saber sobre mim: eu amo ficar atoa. E, nos fins de semana, eu podia ficar atoa sem me preocupar com nada – tirando os trabalhos e as mil textos que eu tinha que ler para a faculdade, mas abafa. No sábado, por já ter trabalhado dois fins de semana seguidos, estava de folga. Portanto, pude dormir até a hora do almoço, feliz da vida.

Quando acordei, ao meio-dia e alguma coisa, ouvi o som da chuva batendo em minha janela e sorri; não existia som mais gostoso e confortante do que o da chuva. Levantei em um pulo, calçando as pantufas do Pluto, e sai feliz da vida do quarto. Estava de bom humor, não sabia exatamente o porquê. Eu tinha varias coisas para ler, descobrira que uma das minhas séries preferidas tinha sido cancelada, e, o pior, o carinha por quem eu tinha um crush e com o qual eu deveria ter tido um encontro, aparentemente tinha uma namorada bonitona e loira. Outra loira. Umpht.

E ainda tinha o fato de que eu não tinha contado para ninguém o fiasco que meu “encontro” tinha sido; Temari raramente estava em casa – ela e Shikamaru estavam cada vez mais sérios, e ela passava boa parte da semana no dormitório dele. Por isso, não tive a oportunidade de falar com ela sobre o que tinha acontecido. E, sendo sincera, não estava muito animada para isso. Primeiro que seria uma vergonha imensa; todo mundo tinha achado que eu ia a um encontro, e, na verdade, o carinha já estava pegando outra. Eu sabia que Temari faria um escândalo, e eu não estava afim disso. Portanto, a única pessoa que sabia do (des) encontro, era Sasuke Uchiha.

Era estranho, mas eu nem mesmo estava me importando com esse pequeno fato. Se fosse há um tempo, eu estaria arrancando até os pelos dos cílios, de tanto nervoso. Todavia, Sasuke tinha sido tão gentil e legal comigo, que eu não achava que ele contaria a alguém sobre meu infortúnio. Então eu estava tranquila.

Voltando, acordei, fiz minha higiene matinal e segui a cozinha, pronta para atacar a geladeira. Para minha surpresa, encontrei Temari e Shikamaru juntos no sofá, abraçadinhos, vendo algum filme.

— Ah, não sabia que estava aqui, Tema. – disse, parando por um momento para falar com eles.

A loira me olhou, sorrindo. Estava de bom humor, pelo visto.

— Hoje resolvemos ficar aqui vendo um filminho. Quer ver com a gente?

— Que filme é? – perguntei, sem estar muito animada, para falar a verdade. Temari e Shikamaru não eram conhecidos pelo pudor, e eu nem gostaria de imaginar o que eles poderiam fazer ali, na sala escurinha, vendo filminho (chega de diminutivo!)

— “Dormir, comer e cochilar”. Já viu?

— Aquele com a Julia Roberts? – Temari assentiu, colocando um punhado de pipoca na boca. Percebi, então, que Shikamaru, que estivera quieto até o momento, estava, na verdade, dormindo.

— Vou só fazer um rango e já volto. – disse, indo em direção à cozinha para preparar uma comidinha deliciosa: miojo com queijo. Coloquei a vasilha com agua no micro-ondas e fiquei esperando; quando estava pronto, voltei para a sala e sentei no sofá.

A tarde passou tranquila, comigo e Temari vendo alguns outros filmes, Shikamaru no décimo quinto sono, Ino em algum canto do universo, e o dia chuvoso. Estava tudo uma delicia. Até o filme “Não case com um idiota” acabou e a Temari resolveu puxar assunto.

— E então, você nem me falou como foi o encontro com o Utakata. – ela comentou, enrolando um fio de cabelo de Shikamaru no dedo; vendo-os assim, sem estarem se comendo, era até fofo. Eles se combinam.

Desviei o olhar, limpei a garganta e pensei em alguma mentira.

— Foi legal. Tranquilo. Favorável. – dei de ombros, começando a morder o canto da bochecha.

Temari bufou, rolando os olhos.

— Sakura, você mente muito mal. Como foi?

Suspirei, sabendo que não conseguiria inventar nada – nunca fui boa com mentiras. Inclusive, meus maiores problemas na adolescência tinham sido por causa disso. Uma vez, sai de madrugada para beber umas com uns amigos, e minha mãe descobriu. Quando ela perguntou o que eu fiz, respondi que tinha sido abduzida e por isso a minha péssima aparência. Fiquei de castigo por um mês.

— Então, depois que sai da mesa, encontrei com ele. Ele me ofereceu uma bebida e foi buscar. Quando fiquei na mesa, comecei a conversar com os amigos dele e tinha uma menina loirinha, peituda e até bonita, parecia até aquela atriz, como é o nome dela mesmo...?

— Sakura, foco.

— Ah, tá. Enfim, ai papo vai, papo vem, a menina solta que o Utakata era namorado dela.

— O que? – os olhos verdes de Temari arregalam. Eu balanço a cabeça.

— Pois é. Eu fiquei tão de cara que, quando Utakata voltou, engoli a cerveja que ele trouxe e inventei que tinha que ir embora.

— E ai?

— Bem, ele tentou me fazer ficar mais, mas eu já estava doida para vazar. Então, o Sasuke apareceu e...

— O que? De onde o Sasuke surgiu? – ela me interrompeu, franzindo o cenho. Dei de ombros.

— Sei lá, só sei que foi na hora certa. Ele me tirou de lá.

Temari ficou em silêncio, me encarando com o cenho franzido. Depois, ela abriu um sorriso felino, que a deixava mais assustadora do que nunca.

— Mas que interessante. – ela disse, sem parar de sorrir.

— O que é interessante? – perguntei, mais confusa do que apresentadora de Miss Universo.

Ela piscou os olhos, virando a cabeça para o lado.

— Você é bem lerda, hein Sakura?

— Aí, pare de falar em charadas. Eu não ‘to entendendo.

Ela revirou os olhos, porém, antes que ela pudesse falar, uma voz masculina se fez presente.

— O Uchiha estava de olho em você. Agora calem a boca que eu quero dormir. – Shimakaru resmungou, sem abrir os olhos.

Agora era minha vez de revirar os olhos – tanto para o que ele disse, quanto para o que ele fez. Me mandando ficar quieta na minha própria casa? Vai catar coquinho na esquina!

— Ah, claro.

— Mas é sério, Sakura. Como você acha que ele descobriu a hora certa de te ajudar?

— Não sei. – dei de ombros, não gostando do rumo daquela conversa. — Talvez ele estivesse passando e percebeu.

Temari balançou a cabeça, fazendo alguns fios loiros saírem de seu coque.

— Você realmente acha isso?

— Sim. – falei, firme. Levantei-me e resolvi que era hora de tomar alguma coisa.

Fui até a geladeira e peguei uma garrafa de vodca, que já estava na metade. Aquela tinha sido catada por Ino em alguma festa, e, apesar de ser um saco, ela não ligava de dividir conosco.

Sem me importar que ainda eram cinco da tarde, coloquei uma certa quantidade em um copo e juntei com um suco de laranja que tinha na geladeira.

— Faz um pra mim também! – Temari pediu, falando alto e recebendo um resmungo de Shikamaru em resposta.

Bufei mas fiz o que ela pediu, levando para a folgada.

Beberiquei a bebida sentindo o sabor cítrico do suco alaranjado e a vodca queimando minha garganta. Era tão gostoso. Voltei a sentar no sofá, mas não olhei para Temari. Ao invés disso, mirei a tv, que passava uma propaganda qualquer.

— Sakura, eu acho que o Sasuke está na sua.

Encarei Temari como se ela tivesse duas cabeças, cinco olhos, dez braços e estivesse dançando Ula Ula com uma penca de bananas pendurada no pescoço. Ér.

— Temari, sério, acho que você anda muito com esse ser humano aí. – apontei para Shikamaru com a cabeça, e o moreno abriu um olho para me fitar. — O que? Todo mundo sabe o que você cultiva no seu dormitório.

Ele bufou, voltando a fechar o olho e a ficar quieto.

— Apesar de gostar bastante do cigarrinho da paz, não estou falando doideira. Aliás, seria tão inacreditável assim se ele estivesse?

Revirei os olhos, enjoada já daquele assunto. Uma mulher não podia viver sem ter que se pegar com um cara? Que saco.

— Seria sim. Nós dois não temos nada a ver um com o outro.

— Você que pensa. – ela bufou, ficando irritada. —  Só você não se toca de como vocês esquecem todo mundo quando estão juntos. Não sei de onde saí tanto assunto, para duas pessoas que “não tem nada a ver”.

Ela fez uma imitação ridícula da minha voz, que eu sabia não ser tão esganiçada daquele jeito. Por minha vez, apenas tomei um gole da minha bebida. Se eu tivesse que discutir aquilo, pelo menos queria estar “anestesiada”.

— Nós temos alguns assuntos, mas é só besteira. Coisa que eu falaria com qualquer um.

— Então por que não fala? – ela rebateu, e eu fiquei encarando meu copo, sem saber o que responder.

Eu não tinha parado para pensar que, quando eu estava perto de Sasuke, só dava atenção para ele. Realmente, naquele momento em que eu comecei a analisar, percebi que Temari tinha razão; pelo menos no fato de nós dois falávamos muito um com o outro. Mas sobre ele estar “na minha”, eu discordava veementemente. Sasuke nunca demonstrou nada além de amizade para minha pessoa, assim como eu para ele. E, apesar dele ser muito bonito, cheiroso, ter ótimo gosto para literatura, um físico maneiro, e falar sobre coisas interessantes, eu não me sentia daquela forma com ele. Ok, podia sentir certa atração, coisa completamente normal com caras bonitos e gostosos. Entretanto, não passava disso. Eu não me via com Sasuke, e tinha certeza que ele não se via comigo.

— Olha só, Tema, eu e Sasuke somos amigos. – achei estranho dizer isso, mas, depois de tudo, sabia que Sasuke não era mais meu arqui-inimigo. Ele era meu amiguinho. — E eu gosto da situação como está. Nós dois não combinamos nem um pouco. Ele não é meu tipo.

— Pff, vai se enganando. – ela resmungou, tomando um longo gole da bebida em suas mãos. — Um dia, você vai perceber que está errada. Só reze para aquele homenzarrão ainda esteja solteiro até lá, querida.

— Ai, que chatice, hein. – Shikamaru voltou a resmungar, e eu segurei a vontade de dar um murro na fuça dele. — O que está bebendo?

Temari deu um gole da bebida para o peguete dela, e eu me levantei, já sabendo que logo os dois estariam em vários amassos. Fui para o meu quarto, levando comigo a garrafa de vodca e o suco. Como era sábado, amanhã eu poderia acordar com a ressaca que fosse.

Enquanto bebia e assistia “Flapjack”, fiquei, infelizmente, pensando no que Temari tinha me dito. Será que eu e Sasuke realmente combinávamos? Mas eu nunca tinha sentido nenhuma química entre nós dois. Geralmente, essas coisas a gente conseguia sentir, não é? Ou não?

Tsc, eu sempre fui uma negação com casos amorosos. Tirando quando eles eram em livros, aí eu sabia tudo o que os personagens tinham que fazer. Por exemplo, em “Orgulho e Preconceito”, desde o inicio eu sabia que Mr. Darcy e Lizzie ficariam juntos; os dois eram orgulhosos e preconceituosos demais (daí o nome do livro), e por isso tudo dava errado. As coisas só começariam a dar certo quando eles, finalmente, se resolvessem. Quando a Lizzie esnobou o Mr.Darcy, eu sabia que aquilo era o certo  a se fazer, porque a Lizzie não podia abaixar a bola tão rápido. Afinal, ela era conhecida por ser cabeça dura e orgulhosa. Por isso, eu concordei com a atitude dela. Sempre torci para que ela fosse feliz, com ou sem Mr. Darcy – apesar de shippar os dois com todas as minhas forças.

No fim, tudo deu certo e eles perceberam que se amavam, como tinha que ser. Eu sabia que aquilo ia acontecer, sabia que eles seriam felizes juntos, sabia de tudo isso. Porém, nos livros essas coisas eram fáceis. Desde o inicio, nós sabemos o que a heroína, por mais contrariada que esteja em relação ao herói, vai, no fim, se render aos encantos dele e ficar com ele. Na vida, não tem como saber o que vai rolar. Eu poderia gostar de Sasuke, afinal, ele era gente boa e um cara interessante, apesar de ser um beliscão no mamilo quando queria. No entanto, e se eu me enganasse? E se, como Temari tinha dito, eu achasse que ele estava na minha para, no fim, ele apenas me considerar uma amiga? Eram muitos “Se” e eu não estava muito disposta a pô-los a prova; eu não gosto de me arriscar. Sou assim desde que me conheço por gente.

Portanto, decidi que eu e Sasuke não seriamos mais do que amigos. Eu não iria me apaixonar por ele, nem ele por mim, e as coisas seguiriam o curso normal. Assim estava bom para mim, e eu fiquei feliz com minha decisão.

Entornei mais um copo de suco com vodca. O Flapjack reclamava da voz dele, e logo eles começariam a cantar “Ele é um homem com voz de garotinha!” e eu morreria de rir daquele episodio.

No entanto, sequer prestei atenção no desenho que eu adorava.

A porra da cara do Sasuke ainda estava na minha mente, e eu amaldiçoei Temari por colocar caraminholas em minha mente.

 


Notas Finais


Estou escrevendo uma fanfic tão bestalhada quanto essa. Deem uma olhadinha se interessar: https://spiritfanfics.com/historia/a-megera-indomada-9179156


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