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História Orgulho e Preconceito - Oh shit, not you again


Escrita por: Xokiihs

Notas do Autor


Olá!
Aqui estou eu novamente.
Gostaria de agradecer a todas que comentaram e favoritaram a fic. Estou muito feliz com todo esse retorno hahahaha.
Bem, mais um capítulo viajante.
Espero que gostem!
Boa leitura :)

Capítulo 5 - Oh shit, not you again


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Preconceito - Oh shit, not you again

Depois da surpresa, não tão maravilhosa, que tive ao saber que Mr. Darcy estudaria comigo por mais quatro anos – e que não desgrudaria de mim desde então -, tentei me concentrar ao máximo no professor que tinha entrado em nossa sala às 07h40min, ou seja, dez minutos atrasado. Era um homem de uns trinta anos, com cabelos grisalhos (que combinavam muito com ele, estilo George Clooney), um suéter bem maneiro que o dava aura de intelectual, e um humor bem ácido. Seu nome era Kakashi e ele era nosso professor de História da Língua Inglesa.

Como ainda era primeiro dia, ele resolveu fazer algo estilo escola, pedindo para que nós nos apresentássemos e disséssemos o que estávamos fazendo ali; eu fiquei bem animada, pois finalmente iria conhecer quem seria minha (ou meu) melhor amiga para o resto da vida, e estava tão atenta ao que as pessoas diziam que mal notava a presença do Mr. Darcy ao meu lado – ou o fato dele ser um dos caras mais bonitos daquela sala.

Todo mundo ali, percebi, parecia querer a mesma coisa: ser um escritor de sucesso. Um ou outro dizia que queria lecionar em escolas ou universidades, mas era bem pouco mesmo. Talvez isso deveria ter me desanimado, já que eu também queria ser escritora, mas eu fiquei bem feliz por saber que tantas pessoas dividiam o mesmo sonho que eu; e que, no futuro, muitos ali poderiam ser bem-sucedidos, entrando para a literatura do nosso país. Ou, no meu caso, ganhando um Nobel.

Enfim, a primeira hora da aula foi basicamente para isso. Eram muitos alunos, então, até chegar a minha fila, uns vinte já tinham falado. Dentre esses vinte, quatro foram para minha lista de BFFs para o futuro:

Eliza Thompson, uma menina parecida com a Amélie Poulain, que simplesmente amava J. R.R. Tolkien, e gostaria escrever livros de fantasia.

Rowland Morland, um cara de Birmingham com um sotaque bem interessante, ruivo, cheio de sardas e, certamente, um membro perdido da família Wesley; o que me atraiu para ele, no entanto, foi seu nome que rimava.

Mary Elizabeth Elliot, uma menina magricela e alta, com óculos arredondados e completamente apaixonada pela Era Vitoriana, como eu. Até mesmo seu nome combinava com a época.

Por fim, Karui Ngozi, a menina que sentava ao meu lado, que, além de ser estilosa, tinha vontade de escrever sobre os costumes do país de origem de seus pais, a Nigéria. Além disso, ela tinha como inspiração autoras como bell hooks, sobre quem eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha parado para ler.

Bom, entre esses quatro, Karui era minha favorita. Por falar na moça, depois dela, quem falou foi eu.

— Ér, meu nome é Sakura. Olá, prazer. Eu estou aqui porque amo literatura – dã- e gostaria de escrever sobre... é... – bem, eu não sabia sobre o que queria escrever, só sabia que queria ser escritora.

Engoli em seco, percebendo que as pessoas estavam me encarando muito, o que me fez ficar vermelha como um pimentão. Me remexi desconfortável, olhei para o professor, que esperava pacientemente, para a Karui, que nem parecia prestar atenção ao que eu dizia (poxa, Karui!), e, finalmente, para Mr. Darcy; ele sorria de lado, e, quando o olhei com cara de desespero, ele piscou para mim.

E então, como uma epifania pré-morte, me lembrei o porquê de ter entrado naquela universidade, naquele curso.

— Eu amo Jane Austen, ela é minha diva, minha rainha, minha Cher! Sem ela ou os livros dela, não vivo. Por isso, espero poder escrever como ela um dia!

A sala inteira ficou em silêncio depois disso, até o professor grisalho dar uma risadinha e todo mundo começar a rir da minha cara junto. Se eu liguei? Claro que sim, se tivesse um buraco no chão, me jogaria dentro. Mas, como mamãe sempre diz, siga o movimento; comecei a rir da minha própria cara também, apesar de estar chorando por dentro. Tenso.

Após a sessão “vamos rir da cara da menina de cabelo cor-de-rosa que não consegue falar sem se envergonhar na frente de todos”, foi a vez da pessoinha ao meu lado direito, ou seja, Mr. Darcy. Ou o desgraçado que mais tinha rido da minha cara – nunca vou esquecer disso, seu maldito! Para retribuir as risadas malignas que ele tinha dado quando eu falei, resolvi encará-lo emanando todas as minhas energias negativas, para que ele mordesse a língua ou gaguejasse.

O bonitão, que parecia não ligar em ser o centro das atenções, se ajeitou na cadeira, passou uma mão pelos cabelos longos, negros e mais hidratados dos que os meus, e falou como se recitasse um poema feito pelo próprio Lord Byron. Típico, não?  

— Me chamo Sasuke Uchiha, entrei nesse curso pois era necessário para publicar o meu primeiro livro.

Todo mundo ficou de cara, inclusive euzinha, que teve que segurar os olhos nas orbitas para não caírem.  

— Como assim? – o professor resolveu perguntar para sanar nossa curiosidade sobre o que ele quis dizer. A sala inteira ficou em silêncio absoluto, mal se dava para escutar nossas respirações, tão compenetrados na resposta dele que estávamos.

Mr. Darcy fez aquele suspense escondido em um sorriso de puro orgulho e satisfação. E respondeu.

– Escrevi um romance, mas, ao tentar publica-lo, a editora pediu para que eu fizesse um curso de literatura, assim encheria mais o meu currículo e facilitaria na venda.

Você deve ter gritado “O que?!” junto comigo nesse momento.

— Ah, excelente! Isso é realmente notável. Vocês podem seguir o exemplo do Sr. Uchiha (Darcy) e começar a escrever, e não só pensar em fazê-lo. O processo de escrita leva tempo, como devem saber.

O professor continuou com as apresentações, mas todo mundo tinha ficado sem graça de dizer que gostaria de escrever, já que um de nós já tinha escrito e quase publicado. No restante da aula, fiquei apenas me remoendo internamente por: 1- minha falta de habilidade para falar em público sem me fazer uma completa estupida; 2- Mr. Darcy estava cada vez mais Mr. Darcy. Só faltava a mansão em Pemberley.

 

[...]

 

Quando aquela aula de quatro horas chegou ao fim, minha cabeça já estava fervendo com tantas informações novas. Após as apresentações – acrescentei mais 3 pessoas a minha lista de BFFs, mas eu queria mesmo era ser amiga da Karui -, Kakashi começou a falar sobre o currículo do curso e o que iriamos aprender durante aquela jornada rumo ao conhecimento. Nada do que as pessoas ali já não soubessem; a parte interessante mesmo foi quando ele nos distribuiu tablets que continham todo o material necessário para a matéria até o fim do semestre. Era super prático, muito melhor do que carregar toneladas de livros e cadernos de um lado para o outro, por mais que eu fosse totalmente apaixonada por livros.

O conteúdo dos demais professores poderia ser baixado pelo portal do aluno, e eu estava muito animada para ver o que estudaria em algumas matérias. Enfim, depois disso tudo, Kakashi finalmente começou a aula, nos perguntando o que sabíamos da origem de nossa própria língua. Você provavelmente não está interessado nessa parte, então vamos pular para a parte que interessa; o final da aula.

Era horário de almoço, e eu tinha combinado com Temari de que comeríamos juntas no restaurante do campus. Arrumei minhas coisas e me preparei para partir, mas não sem antes me despedir da minha futura melhor amiga.

— Tchau, Karui. Nos vemos amanhã! – ela sorriu e disse um tchau bem sem graça, mas eu não liguei.

Finalmente livre, fui caminhando em direção a saída do prédio, feliz da vida, embora estivesse com uma fome desgraçada. Minha felicidade, no entanto, não durou por muito tempo, pois, como devem imaginar, Mr. Darcy ainda existia, estudava comigo e, aparentemente, adorava me perseguir (mesmo sendo eu que esbarrasse com ele na maioria das vezes). Dessa vez, ele surgiu – sim, o cara simplesmente brota do chão do nada – quando eu estava esperando Temari na porta do prédio. Eu estava bem de boas lendo meu exemplar de “Silmarillion”, mascando um chiclete para enganar a fome e ouvindo uma música clássica qualquer; a princípio, não o percebi, já que estava absorta na história de Beren e Lúthien, mas quando ele resolveu se sentar ao meu lado em um banco minúsculo, quase me empurrando para fora, resolvi dar uma boa encarada.

— Você de novo? Caramba, isso já está ficando repetitivo. – resmunguei, voltando a ler meu livro, mas tendo noção de que não conseguiria com aquele cara ao meu lado.

Ele falou alguma coisa, que eu fingi não ouvir (o uso de fones permite fazer a desentendida), já que estava disposta a não falar com ele, porque talvez assim ele fosse embora. No entanto, o cara era persistente, e, percebendo que não estava dando bola para toda sua gostosura de Adonis, resolveu tirar meu fone.

— Que é? – me virei para ele, o sangue esquentando.

— Não é educado perceber uma pessoa e ignorá-la.

— Eu não te ignorei. – mentira, ignorei pra caramba. Mas, novamente, não admito as coisas facilmente.

— Ah sim, falar com a pessoa e depois fingir que ela não existe não é ignorar.

— Para mim não é.

— Entendi.

— Umpht.

Ficamos em silêncio novamente, e, achando que tinha o ofendido, voltei a ler meu livro. Contudo, o filho de Hades (hoje é dia de mitologia grega) resolveu que gostava de me importunar, então logo puxou assunto.

— Tolkien, hn? Achei que só gostasse de Jane Austen.

Fechei meu livro com força exagerada (desculpa, livro), e me virei para ele, fazendo a pior cara que eu poderia fazer.

— O que você quer, hein? Eu estou ocupada!

— Cuidado com a careta, se passar um vento, pode ficar assim para sempre.

O ousado teve coragem de sorrir ainda, e eu estava sentindo o sangue subir na cabeça, mas não era de vergonha. Eu poderia muito bem brigar com ele, chutar sua canela – ou alguma outra parte mais sensível -, gritar que o cabelo dele parecia daquelas propagandas da L’oreal Paris (ok, isso não é insulto), mas resolvi ser a maior pessoa da situação. Juntei minhas coisas e me levantei, pronta para ir embora e curtir meu livro em outro canto.

Entretanto, todavia, porém... o cara me segurou.

— Ei, onde está indo?

Revirei os olhos. — Vou para outro lugar.

— Por que?

— Porque você é um chato!

Ele soltou o meu braço, e, por incrível que pareça, parecia envergonhado. Ficamos nos encarando, até que o bundão desistiu.

— Desculpe por te atazanar.

— Oi? – deu bug no meu cérebro, e fiquei tentando entender essa atitude de Mr. Darcy arrependido. Só faltava dizer que me amava.

Ele respirou fundo, e ficou...vermelho! Sem brincadeiras, ele ficou rubro! Minha boca escancarou, o que aumentou ainda mais a vermelhidão dele – desculpe, não sou nem um pouco discreta.

— Desculpe por encher seu saco. – ele repetiu, me olhando profundamente. — É que... eu acho você interessante.

Vocês devem estar pensando: o que, essa menina magricela, com uma testa gigante, cabelo colorido, e gostos peculiares, interessante? Sim, isso mesmo. Eu também fiquei meio de cara que ele me achava interessante, de todas as pessoas. Pois veja bem, o cara era muito bonito, sério, vocês não sabem o quão bonito ele é (sabe aquele ator que fez Príncipe Caspian em “As Crônicas de Nárnia”? Então, parece ele); parecia ser muito inteligente; estudava Literatura Inglesa; era escritor e estava quase publicando um livro; fez cosplay de Mr. Darcy; me chamou de Elizabeth mais de uma vez e vivia flertando comigo.

Não soa estranho, para você? Como uma daquelas fanfics que as fãs fazem, em que o cara é o mais lindo e popular do universo, e se interessa pela pessoa mais picolé de chuchu de toda a estória. Tá, eu não era nenhuma picolé de chuchu, mas também não servia para ser a heroína de uma estória. Eu era comum, ordinária, e eu sabia disso. Eu não me importava com isso, até preferia ser assim. Então, por que aquele cara estava se interessando justamente por mim?

Pode deixar, vocês não vão ficar curiosos o resto da história para saber a razão. Eu perguntei.

— Interessante por que? É o meu cabelo?

Ele riu baixo, dando de ombros logo depois. — Talvez. Cabelos coloridos se destacam, não é?

— Mais ou menos. Se fosse nos anos 60, talvez. Hoje em dia é bem comum até.

— De qualquer forma, não é nem um pouco comum para mim.

— Okay então... – não foi uma resposta satisfatória, mas ok. Continuemos.

Ficamos em um silêncio meio estranho, aliás toda a situação era bem estranha; mas o que seria a vida sem um pouco de esquisitice, não? Suspirando, decidi dar uma segunda chance ao Mr. Darcy. Talvez ele não fosse a pessoa que eu estava pintando em minha mente – ou talvez fosse -, mas eu não saberia se não lhe desse uma oportunidade. Sentei-me novamente ao seu lado, e ele até pareceu surpreso, mas logo sorriu de canto.

— Então, eu leio muitas coisas além de Jane Austen. Mas ela é meu amor supremo.

Ele riu. — Entendo. Qual seu livro favorito?

— Aí, que pergunta difícil! Bem, o primeiro livro que eu li foi “Orgulho e Preconceito”, então talvez seja o meu predileto; mas, para ser honesta, amo todas as suas obras, de “Northanger Abbey”, com a infantil e sonhadora Catherine, até “Lady Susan”, a viúva mais cheia de picuinhas do mundo. Eu amo tudo o que aquela mulher escreveu, eu amo a forma como ela foi contra tudo e todos no seu tempo, se tornando uma das escritoras ícones de toda a Literatura Inglesa e influenciando tantas outras a seguirem o mesmo caminho. Ela me inspira!

— Uau, você realmente a ama, hn?

Eu sorri, assentindo. — . E você, tem um favorito?

Ele parou para pensar um pouco, e a minha curiosidade sobre quem ele poderia gostar crescia a cada segundo de silêncio que passava; eu imaginei várias possibilidades para ele, de Steventon a P.B. Shelley, mas não conseguia apontar qual seria. Ele finalmente parou de pensar e abriu a boca para falar, mas, como em um filme idiota qualquer, alguém chegou e interrompeu nossa conversa. Esse alguém era Temari.

— Ei, Jujuba. Quem é seu amigo?

Eu bufei, irritada. — Não me chame de Jujuba na frente dos outros!

A loira riu, e eu percebi que agora que ela não pararia mais; ela tinha começado a me chamar por aquele apelido por causa de um desenho animado, onde uma personagem com cabelo cor-de-rosa era chamada de Princesa Jujuba. Desde então, Temari só me chama assim.

— Jujuba? – e, olha que beleza, Mr. Darcy ouviu e parecia bem alegrinho em também usar esse apelido.

— Oi, eu sou Temari, amiga da Jujuba. Como se chama?

— Não me chame de Jujuba!

— Sou Sasuke, prazer. – os dois me ignoraram totalmente e foram se cumprimentar.

— De onde vocês se conhecem? – a loira perguntou mais, com um brilho perigoso em seus olhos verdes. Puxei seu cabelo mentalmente, porque não tinha coragem de fazer na vida real né?

— Ele é da minha sala. – falei antes que Sasuke começasse um relato da primeira vez que nos conhecemos e blá blá blá. Se a Temari descobrisse, não pararia de encher minha paciência.

— Já fazendo amiguinhos, Jujuba? Você é rápida, hein. – ela deu uma risada sugestiva e eu quis me esconder em algum canto, porque Mr. Darcy deu um sorriso de lado me olhando.

— Enfim, nós não temos que almoçar?

Temari riu novamente, mas concordou. — Shikamaru e uns amigos dele estão nos esperando lá no restaurante. Você gostaria de ir, Sasuke?

Eu engasguei com o ar, querendo cada vez mais matar Temari; tudo bem que tinha concordado em dar uma chance a Sasuke, mas vamos a pequenos passos. Chamá-lo para almoçar assim, na cara dura, era muito pra frente, e poderia passar a impressão errada.

— Não, obrigado. Vou almoçar com um amigo.

— Ah, que pena. – YES! — Então vamos, né Temari?

Puxei a loira pelo braço, enquanto ela se despedia de Sasuke.

— Tchau, Sasuke.

— Até amanhã! – ele respondeu, com aquele sorrisinho de canto. A peste só ficava mais bonito, e agora tinha decidido ser legal comigo. Seria difícil resistir.

Eu e Temari fomos andando em direção ao restaurante, e ela logo começou o interrogatório sobre o “cara super gato que eu deveria ter apresentado logo”. Com o maior tédio possível, comecei a contar a “história” entre mim e Mr. Darcy, desde a festa até aquele momento.

— Nossa! – ela estava com a boca escancarada, quando terminei. — Vocês foram destinados a ficar juntos! Qual o signo dele, você sabe?

— Ah, é o mesmo que o do demônio. Existe isso?

— Bem, talvez seja Escorpião? – eu tinha falado de brincadeira, mas ela realmente levou a sério e começou a fazer mil perguntas sobre a personalidade dele, enquanto eu só queria comer e ir dormir.

— Jujuba, você tem que agarrar aquele cara, sério. Se você não fizer isso, eu faço!

Revirei os olhos, já cansada de discutir sobre Mr. Darcy.

— Pode ficar, agora pare de encher a paciência mulher!

— Vish, tá boladinha é?

— Não, eu só não quero “agarrar” ele. Eu nem gostava dele até alguns minutos atrás.

— Pff, quando você passar a gostar, então faça o favor.

— Ok, ok. – resmunguei, para dar um ponto final aquela discussão.

Finalmente chegamos ao restaurante, e eu quase ajoelhei e agradeci a Buda, Ala e Jesus por estar ali. O esquema do restaurante era pegar uma bandeja, um prato e os talheres, entrar em uma fila e esperar as pessoas que trabalhavam lá te servir. A fila estava imensa, como era de se esperar, mas pelo menos já estava ali. Temari estava logo atrás de mim, e, finalmente, tinha parado de falar.

Pulando a parte de pegar a comida, que demorou um bom tempo, esperei Temari e juntas fomos até a mesa em que Shikamaru e os amigos dele estavam. Tinham quatro pessoas, Shikamaru, Lee, e um homem e uma mulher que eu não conhecia; a mulher tinha cabelos e olhos castanhos, rosto em formato de coração e era uma gracinha. Já o homem era gorducho, tinha cabelos longos e de um castanho avermelhado – e vestia uma blusa do Kill Bill, com a O’Ren Ishii segurando sua katana. Já tinha gostado dele.

— Chegamos. – Temari anunciou, sem necessidade já que era obvio que estávamos ali. Ela sentou ao lado vazio de Shikamaru, que me cumprimentou com um aceno, e eu sentei ao lado da única pessoa que conhecia além do casal, Lee.

— Oi, prince- Sakura! – ele falou, animado como sempre. Eu sorri, me ajeitando melhor.

— Fala aí, Lee. Tudo beleza?

— Sim, e você?

— De boas.

Essa foi nossa conversa amistosa, que logo foi esquecida porque eu precisava conhecer as demais pessoas ali e comer minha comida logo.

— Meu nome é Sakura, prazer.

— Podem chamar ela de Jujuba. – Temari interrompeu, rindo.

— Temari! – dei um chute em sua perna, mas acabei acertando o Shikamaru.

— Porra! – ele gritou, atraindo atenção de todo mundo do restaurante e mais um pouco; ninguém entendeu nada e eu me fiz de desentendida.

— Eu sou Tenten, prazer. – a menina estendeu a mão e eu apertei, achando ótima a distração momentânea.

— Chouji. – o menino falou, e então todos estavam apresentados.

— O que vocês fazem? – resolvi puxar assunto com eles, sendo educada. Tenten sorriu abertamente.

— Cinema. Sou da sala de Temari.

— Sério? Que legal! – eu estava realmente feliz por Temari, que tinha feito uma amiga gracinha daquelas; eu ainda estava com zero amigos e um Sasuke.

— A Temari disse que você quer ser escritora, né? Eu quero ser roteirista. Até pensei em fazer Literatura, mas optei por Cinema, acho mais minha cara.

— A Tenten já fez uma websérie. – Temari se meteu no assunto, comendo uma de suas batatas fritas. Arregalei os olhos, surpresa por outra pessoa já estar bem adiantada na vida.

— Qual o nome?

— Casa de Armas. É a história de uma princesa que gostaria de se tornar uma guerreira poderosa. Está no youtube, só procurar.

— É incrível! Eu já assisti, chegou até a ser mandada para o prêmio anual de séries amadoras. A Tenten roteirizou, contracenou e ainda direcionou todo o filme, junto ao namorado dela, que é ator!

— Uau, que fodástico! – eu já tinha virado fã de carteirinha de Tenten naquele momento; e eu não me enganei sobre ela ser incrível, pois anos mais tarde, ela realmente roteirizou um filme grande.

Eu e as meninas continuamos a conversar sobre Cinema, literatura, até mesmo música, enquanto os meninos falavam sobre qualquer coisa sem importância. Eu tinha melhorado meu humor em noventa por cento (ainda queria dormir), pois estava bem feliz em ter conhecido uma pessoa nova. Estávamos no restaurante a mais ou menos meia hora, quando, do nada, Lee deu um berro.

— Naruto! Aqui! – ele começou a balançar os braços freneticamente, como um boneco de posto, e eu fiquei tão atenta a sua semelhança com a diversão dos postos de gasolina, que nem relacionei o nome que ele chamou com a pessoa.

Só fui perceber quando ouvi outra voz tão estridente quanto a de Lee.

— Oi, gente! Desculpe a demora! – eu reconhecia aquela voz; era o raio de sol.

Me virei, sorrindo, mas a alegria durou pouco. Ao lado dele, estava ninguém menos que...

A porra do Mr. Darcy. 


Notas Finais


* Homenagem à J.R.R. Tolkien, um dos melhores autores contemporâneos e meu velhinho querido!


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