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História Orgulho e Prepotência - A Carta


Escrita por: GabiMaddox

Notas do Autor


as senhoras acharam q eu já tinha morrido?
nãmmmm, continuo aqui, vivíssima! mas são os mesmos problemas que falei antes: muito trabalho e pouco tempo.
aliás, ultimamente tá todo mundo meio sumido né? e.e (pelo menos as fics q eu acompanho ahsajahsaj)
consegui um tempinho pra atualizar hoje (tenho aulas aos sábados, blé) por isso aq estou. inclusive mudei a capa, cês viram?
enfim, como eu disse, não pretendo abandonar não! o lado bom é que vim adiantando os capítulos nesse meio tempo, então o próximo não vai demorar tanto assim.
bem, beijos e boa leitura!!!
ps.: pra quem não lembra, jack e elsa (recém-coroados) estão fazendo visitas a vilarejos próximos. enquanto isso, o conflito entre protestantes e católicos continua. oq será que eles vão ter que enfrentar daqui pra frente, agora que estão governando juntos?

Capítulo 14 - A Carta


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Prepotência - A Carta

                                                Every step that I take is another mistake to you.

 

A loira, quando parou de fitar as próprias mãos ou mexer no tecido do vestido, levantou o rosto e percebera, através da janela, que eles haviam chegado à cidade mais próxima do reino — Riviera, com um número relativamente grande de habitantes, e ela manteve-se receosa se sua presença seria bem vista ou não ali.

Ignorando tais pensamentos, desceu depressa da carruagem, novamente segurando a mão de Jack e sorrindo altivamente para as exclamações e reverências dos nobres e alguns populares ali presentes que se seguiram.

Fazia-se uma espécie de festa, ou comemoração à chegada dos reis, com música, danças e barracas meticulosamente ornamentadas; de fato, Elsa lembrara-se até do Festival que fora uma vez, contudo, lá não haviam as mesmas flores. Ainda tinha cara de inverno.

— Majestades! — Exclamou o Duque, alto, aproximando-se dos dois e reverenciando-se, ainda que com desgosto — Admito que pensei que estavam com problemas no trajeto, já que atrasaram-se... Quarenta minutos— disse, sórdido, olhando para o relógio de bolso.

— É, tivemos alguns problemas com o horário — respondeu Jack, olhando para Elsa sorrateiramente e ela lançou-lhe um olhar indignado rapidamente; como se apenas ela fosse a culpada pelo atraso, porém resolveu ignorar.

— Mas então, Duque, como se encontra a situação aqui? — perguntou ela, ligeiramente, mudando de assunto.

— Ah, eu não diria que está tão boa assim... — disse ele, pouco à vontade, e Elsa levantou uma sobrancelha, curiosa.

— À que se refere? — perguntou Jack, antes que Elsa tivesse a chance de indagá-lo.

— Bom... Tivemos alguns problemas, se me entendem... — disse ele, abaixando a voz.

— Não, não entendemos — disse Elsa, perdendo um pouco a paciência — Como assim?

Antes que o Duque tivesse a chance de responder, todos viraram o rosto rapidamente quando ouviu-se um grito de “ladrão! Peguem ele!” no meio da multidão, e guardas que corriam para alcançar um homem pobre e maltrapilho; Elsa pôde observar, rapidamente, uma caixa de madeira que o homem carregava, e quando ele tentou desvencilhar-se dos guardas, foi brutalmente espancado por um deles, até que perdesse a consciência. Tudo aconteceu numa fração tão rápida de segundos que a loira, com os olhos arregalados de horror, sentiu-se impotente diante da situação que tinha se passado. Jack, no entanto, já se aproximava deles, ordenando que cessassem — o que não foi muito bem recebido pelas pessoas, principalmente pelo comerciante roubado, já que não se tolerava o crime de furto — mas, ainda que com desgosto, os guardas o obedeceram.

Elsa já havia se aproximado do homem inconsciente, e desviou os olhos para a caixa derrubada, ainda fechada; abaixou-se para pegá-la, e levantou a tampa, revelando alguns pães velhos e um queijo mofado.

— Comida — disse ela, quase inaudível — Ele só... devia querer alimentar a família — concluiu com os lábios trêmulos, e o homem, ainda jogado no chão, assentira.

As pessoas já haviam acalmado-se à aquela hora, apenas o comerciante ainda se mostrara indignado, por isso a Rainha apressou-se em dizer que ele seria ressarcido, e o homem enfim parara de reclamar. Permitiram que o maltrapilho deixasse o local sem sofrer mais penalidades, à contragosto dos guardas, ainda com a caixa na mão, e ele agradeceu profundamente aos reis por não ter sido linchado, com uma reverência desajeitada e deixando apressado o local.

— Bem, esse tipo de problema. — disse enfim o Duque, olhando para Jack e Elsa, receoso.

Problema?! — disse a loira, indignada — Isso é realmente sério, Duque, se estas pessoas estão roubando para se alimentar é por que...

— Porque estão passando fome, de fato — concluiu o Duque, e ela limitou-se a olhar enraivecida.

Uau, se não tivesse falado isso, jamais chegaríamos a essa conclusão — disse Jack, por fim, mas seu comentário foi prontamente ignorado pelo Duque.

— Não era exatamente isso que eu ia dizer — disse Elsa, se recompondo — Estou dizendo que a situação, para chegar a este ponto, já se mostra insustentável...

— Quê aconteceu com a safra deste ano? — perguntou Jack, de súbito.

— Bom, foi um inverno rigoroso, e quando a situação se amenizou, a safra não foi próspera o suficiente para alimentar a todos... Realmente lamentável. — explicou o Duque, sem muita emoção — Temos dinheiro, mas não temos os grãos.

— Então devemos comprá-los, obviamente? — disse Elsa, como se aquilo fosse um pensamento muito óbvio.

— Seria essa uma fácil solução, Majestade, se metade dos países de quem pudéssemos comprar não estivessem sendo recrutados para as alianças francesas e inglesas — disse o Duque, sorrateiramente — Mas ora, Rainha Elsa, tenho certeza de que como boa governante que é, logo encontrará solução para este caso, não é mesmo? — concluiu, debochado, e Jack olhou para ele irritado. — Tenho que ir andando, sou um homem ocupado, sabem, irei em uma reunião em Bergen. — disse, apressado — No mais, desejo-lhes uma boa sorte, Majestades.

E afastou-se, deixando uma loira preocupada e um albino ainda irritado. Porém, logo Elsa apressou-se para falar com ele, encarando-o com olhos hesitantes.

— Jack, acredito que o mais viável agora é que façamos um acordo com a Rússia — disse a loira — Vocês ainda têm bons grãos, certo?

Frost, já esperando aquele pedido, contudo, hesitou por uns instantes.

— Elsa, temo não lhe trazer boas notícias... — disse ele, olhando para ela — Acredito que a safra deste ano tenha sido suficientemente boa, no entanto...

— No entanto o quê? — disse ela, preocupada.

— Quais serão os nobres que desejarão realizar um acordo com Arendelle? Todos já se mostraram bastante irritados com os últimos acontecimentos, desde nosso casamento — disse ele, e ela baixou o olhar, ainda mais apreensiva.

— Tem certeza que não há uma única pessoa que possa fazer isso? — disse ela, meio temerosa e ansiosa.

— Bom... — começou ele, hesitante — Na verdade, tem, sim — disse o albino, relutante.

— Então — começou ela — Quem...?

— Tenho um primo, Patrick, soube que teve um boa safra este ano — disse ele, um pouco obstinado, levantando o olhar — Ele não se importaria, naturalmente, é protestante, mas isso não vai ser nada bom... — concluiu, franzindo a testa.

— Qual o grande problema se ele é protestante ou não, se ele têm os grãos? — disse a loira, impaciente.

— Elsa — disse ele, com um olhar de certa reprovação para ela — Acabamos de nos casar, fazer um acordo com um protestante justo agora com os nobres no nosso encalço iria irritar toda a nobreza católica — disse, com um rosto sério, que não combinava nem um pouco com seu habitual sorriso sarcástico; ela pareceu hesitar um pouco, mas continuou firme. — Não é mais uma guerra que você quer.

— Não posso ficar de braços cruzados quando é meu povo que está morrendo de fome — disse ela, também séria — Não, não sei, Jack... Por quê não tenta falar com esse seu primo, então?

— Não — disse ele — Eu não diria que ele é do tipo confiável, também. — falou, convicto.

— Então o que quer que eu faça? — falou a loira, alteando a voz, ávida por soluções. — Fique de braços cruzados diante da situação, é isso?

— Vamos dar um jeito — disse ele, tentando acalmá-la — Fique calma, ainda temos que falar com o resto dessas pessoas, lembre-se de colocar um bom sorriso no rosto, Rainha — falou, referindo-se aos nobres que volta e meia vinham cumprimentá-los, e sorriu para um homem que acenava para eles ao longe.

Mas não adiantou; a loira permaneceu distante, continuou com a imagem do homem espancado em sua cabeça durante toda a visita, deixando que Jack encarregasse-se de conversar com aquelas pessoas.

Em razão disso, ficou mais afastada durante a visita, quase perdendo-se em meio às pessoas que ali se apresentavam; foi surpreendida, no entanto, quando sentiu um esbarrão numa súbita cabeleira rebelde e cor-de-fogo que identificou imediatamente.

Ai! — exclamou a ruiva — Me desculpe, moça, essas bebidas sempre me deixam.... Elsa? — exclamou rapidamente, surpresa e abestalhada quando identificou o rosto da figura loira que sorria — Menina, quê que cê tá fazendo aqui? — disse, rindo, e só aí se deu conta de que ela já era uma Rainha. — AAH! Ai meu Deus, isso presume que eu deva dar mais do que um pedido de desculpas não é? Ai caramba, sou muito burra! — disse, martirizando-se com a mão na testa, e Elsa limitou-se a rir.

— Mulher, tranquila... — disse a loira, calma — É verdade que é minha súdita sim, mas também é minha amiga — a ruiva pareceu acalmar-se do susto — Então não precisa dessas coisas. Também, já estou acostumada né... — disse essa última parte um pouco mais baixo, mas ainda assim audível, contudo a ruiva não pareceu entender.

— Ah, sim, bom... — disse, meio enrolada — Mas de qualquer forma, porquê está aqui? — perguntou curiosa.

— Era isso que eu ia lhe perguntar — falou a loira — As visitas pós-coroação, lembra-se? Não sei se comentei com uma das garotas... — disse, vagueando.

— Não sei, acho que não lembraria de qualquer forma — confessou, rindo; talvez um pouco mais pelo efeito das bebidas, Elsa pode perceber, mas não fez nenhum comentário — Ah... Sobre o que eu faço aqui? Fácil, esse lugar tem os melhores vinhos da região, e eu tive que vir conferir — falou, e Elsa riu mais frouxamente.

— Entendo — disse — Hiccup está com você? — perguntou.

Ahn... — começou, tentando se lembrar, e a memória pareceu acender em sua cabeça. — Está, sim, lembrei agora — falou rápido — Na verdade ele nem queria vir, mas de uma maneira consegui convencê-lo, já que ele ficou me enchendo o saco sobre Bergen naqueles últimos dias — disse, baixando a voz.

— E onde está? — perguntou a loira.

— Tá ali, ó — apontou com uma das mãos, para um canto mais movimentado — Vejo que ele também já encontrou Jack. — percebeu, mesmo que não fosse preciso falar, já que a loira notara os dois conversando. Seus pensamentos voltaram para Jack e o maltrapilho por alguns segundos, mas logo tratou de afastá-los.

— Bom — disse a loira, mudando de assunto — Tenho realmente que lhe agradecer por ter me emprestado aquele livro, Meri — falou, sorrindo — Me ajudou muito mesmo...

— Não falei? — disse ela, sorrindo — Achei que aquele final podia ser melhor de qualquer forma, sabe, Arya não merecia aquilo...

Então começaram a conversam avidamente sobre o tal livro, vários minutos e opiniões se passaram até a ruiva voltar a falar com Hiccup (que reverenciou Elsa timidamente, enquanto ela sorria de canto e avisou-lhe baixo — acho melhor a Merida dar um tempo nesses vinhos, Hic) e deixar Elsa e Jack novamente sozinhos. Suas feições, ainda que tentasse esconder, mostravam-se cansadas e abatidas, observou ela.

— Será que já podemos ir, agora? — perguntou a loira, de canto, para o albino.

— Só estava esperando você dizer — respondeu ele com um sorriso, e em poucos minutos já se encontravam dentro da carruagem em movimento, observando a fina geada que caía sob a janela, enquanto Jack girava e fitava sua coroa pesada com as mãos, meio perdido à pensamentos.

 

(...)

 

— Como foi? — perguntou Elsa, de súbito, longos minutos após terem entrado na carruagem, rompendo o vasto silêncio que ali habitava. Ele pareceu sair dos pensamentos e ergueu os olhos safira para encará-la. — Digo, com as pessoas... os nobres, acha que eles estão ao menos otimistas?

— Otimistas, não sei se é a palavra certa — falou Jack, cansado, passando a mão pelos cabelos e bagunçando-os levemente — Certamente as pessoas já se deram conta do problema com o abastecimento — disse — Mas acho que estão esperando que façamos alguma coisa, esperando para ver qual será nosso próximo passo.

— Entendo — assentiu ela, em concordância — Jack... — disse ela, meio hesitante, quando se sentiu levemente intimidada pelos penetrantes olhos azuis que a cortavam, mas ainda assim continuou — Tem certeza... de quê fazer um acordo com esse Patrick não é uma boa ideia? — disse por fim, baixo.

— Não, Elsa — disse ele, convicto, e ela suspirou cansada — Eu já disse que iremos achar uma solução para isso — falou, e ela em vão percebera que aquela seria sua palavra final, teimoso como de costume, desviou os olhos para a janela e recostou-se no banco irritada.

— E veremos quanto tempo mais essas pessoas irão aguentar até que morram de fome — completou ela, ríspida; ele ouviu mas não ousara falar mais nada, e o silêncio voltou a se instalar, pesado e gélido.

 

A carruagem enfim aportou no castelo, já era tarde da noite, Elsa descera rapidamente sem dar uma palavra a Frost; ele sabia que ela estava irritada, contudo, não fez muito, ou não sabia o que fazer, para contornar aquela situação entre os dois.

A loira chegou ao castelo e não fez menção de ir cumprimentar Anna, ou mesmo Rapunzel, que àquela altura deveria estar no décimo sono. Quando pensou em subir para o quarto, contudo, parou ao ver seu antigo quarto com a porta entreaberta, uma ideia súbita e insana ascendeu-lhe à cabeça.

Entrou rapidamente, observando papel e tinta em cima da cômoda, que usara bastante quando escrevia cartas para Anna enquanto a mesma estava em Londres.

Não pensou mais que duas vezes ao começar a escrever, com caligrafia meio afetada, uma carta curta, porém com valioso conteúdo. Ao terminar, percorreu os olhos por ela, leu e releu mais algumas vezes até concordar consigo mesma que aquilo era realmente o certo a se fazer. Por fim, carimbou o símbolo do reino de Arendelle, azul como gelo, e fechou a carta rapidamente.

Olhou de esguelha pelo corredor, Jack já deveria ter subido a essa altura, pensou ela, e assim aproximou-se de uma das poucas empregadas que ainda estava no corredor.

— Sra. Fields — chamou Elsa, baixo, para a senhora simpática de meia-idade e cabelos castanhos grisalhos.

— Majestade — reverenciou-se rápido dela, e observou-a esperando algum pedido.

— Preciso que entregue essa carta o mais rápido possível, por meio dos generais, nobres, não sei — disse ela, ansiosa, segurando a carta por entre os dedos, e a criada a observava com atenção — A quem está endereçada, tem o símbolo real, ele vai saber do que se trata. E peço que, por favor, não a comente — ordenou rápido, e a Sra. Fields assentiu, pegando a carta cuidadosamente, até Elsa agradecer e ela retirar-se.

Tendo feito isso, e já sabendo que não poderia voltar atrás, limitou-se a subir as escadarias com hesitação e angústia. Mordeu os lábios.

Não queria ter sido obrigada a fazer isso, mas muito menos gostou de ver o que acontecia fora dos portões do castelo.

É isso que meu pai faria?, pensou, enquanto subia mais os degraus; provavelmente não, uma voz ao fundo se sua cabeça respondeu, e ela sorriu internamente — mas, no momento, quem governa sou eu. Ela não se importava.

E não seria mais uma subordinada do rei, que vive à sua sombra. Queira Jack ou não.

Não queria ser lembrada como uma mera esposa do Rei, e sim como uma Rainha.

Será que a pessoa a quem a carta estava endereçada responderia? Não sabia, não tinha ideia do que pensar... Talvez seja loucura...

No entanto, já tinha feito, agora lhe restava esperar.

 

 


Notas Finais


VIXE!
acredito q vcs já tenham uma ideia de quem é o destinatário da carta, né non?
pq será que o jack não confia nesse primo dele, o Patrick? ai, isso ainda vai dar o que falar viu!
acham certo oq a elsa fez? como será que o jack vai reagir a ela resolvendo as coisas sozinha? governar juntos vai ser mais difícil que eles pensavam HAUHAUHAJA
mais importante, qual a opinião de VCS? Comentem!!!!!! comentários são o que ainda me fazem continuar, so, please, imploro, não me façam escrever pras paredes. esperando vcs.
bem, até, beijos!!!


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