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História Origem - Aprisionados


Escrita por: Ckjima

Notas do Autor


Anjos com asas quebradas, mãos imperfeitas, olhos que são incapazes de enxergar um palmo diante de si...
Todos os livros perdem a importância desde que o conheci...
Tão belo, tão perfeito... O mais doce dos monstros que se aproxima gentilmente e me leva pela mão...
Me mostra que até os brutos podem amar...
Amar? O que é o amor?

Capítulo 12 - Aprisionados


Fanfic / Fanfiction Origem - Aprisionados

            Voltei para o dormitório ainda excitado demais com tudo que havia acontecido, me despi e me enfiei embaixo do chuveiro enquanto meu subconsciente brindava com parte daquele dia, dentro de mim, existia algo novo, uma sensação desconhecida, aquela vontade única de sentir Nat em meus braços, enquanto seu corpo respondia fisicamente ao meu, aquilo fora o despertar de algo que eu nunca imaginara ser possível acontecer entre um homem e uma mulher... Por um momento eu abri os olhos embaixo do chuveiro, eu não era mais um garoto, eu era um homem agora? Meus olhos deslizavam pelo banheiro enquanto minha mente divagava sobre esse fato, todos meus sentimentos, todas minhas experiências... Era um aluno, um garoto que sonhava em vir à capital estudar e agora estava ali, sentindo em minha mente, meu corpo sensações desconhecidas, minha boca se abriu e eu engasguei, saí do chuveiro tossindo e me enxugando quando vi que Liam estava sentado em minha cama olhando para mim.

—Quer me dizer alguma coisa? – perguntei enquanto ele erguia a sobrancelha.

—Você gostou de conhecer aquelas pessoas? – Liam perguntou diretamente sem hesitar.

—Eu ainda estou tentando entender como você e Nat conseguiram se tornar dominadores em tão pouco tempo, havia aquele homem amarrado... Ele aparentava ser mais velho do que meu pai... – murmurei olhando para Liam e ele deu um sorriso torto e balançou o ombro.

—As pessoas mais velhas, que eram crianças na época da guerra, cresceram com conceitos diferentes dos nossos, você sabe disso, você lembra das aulas? Prostituição em troca de comida, drogas, todas as merdas que eles fizeram até chegar aonde estamos agora? – Liam pela primeira vez falava abertamente sobre o que pensava sobre o passado, Liam que sempre fora ausente apenas usava respostas ensaiadas que eram comuns entre muitos estudantes, como se todo aquele tempo na Origem ele estivesse representando um personagem, eu o encarei por alguns segundos, olhava em seus olhos, seu rosto, Liam era muito mais homem agora, toda aquela aura de garotinho confuso havia desaparecido e, eu não poderia deixar passar.

—Na escola, nos lugares... Lá na Origem... Você e Nat estavam fingindo ser estudantes? Fingindo ser inocentes? Ela veio com você e, vocês voltaram e esperaram até os 17 anos? – murmurei um pouco irritado por terem me escondido isso, eu era tão inocente assim?

—Chris, por quê não voltamos para lá? Por quê não enviamos notícias para eles... Você realmente acredita que a origem é apenas o lugar de onde vem a comida? – Liam me olhava diretamente nos olhos e eu corri meus olhos pelas paredes, ele estava dizendo o quê?

—Eles foram condenados pela O.N.U.? Meus pais? Seus pais? Os pais de Nat? Não, você deve estar enganado, você quer dizer que somos filhos de terroristas, rebeldes, traficantes e outros criminosos? – murmurei perplexo.

—Chris... Você não é tão idiota... Será que tenho que terei de explicar? – Liam balbuciou enquanto eu o encarava boquiaberto —Nenhum deles, nossos pais nasceram lá? Você sabe que não... Não preciso falar sobre isso não é?

—Eles disseram que voltaram à Origem por que queriam se casar e ter filhos e que aqui não... – murmurei olhando para Liam e pisquei os olhos – Só existia trabalho... – murmurei cabisbaixo.

—Vamos dormir, amanhã você terá aula com o professor Smith... – Liam murmurou rindo.

—O quê? Como sabe que tenho aula com ele amanhã? – perguntei enquanto ele me encarava.

—Professor Smith é um... Amigo... – Liam respondeu sem deixar sombra de dúvidas sobre o tipo de amizade que existia entre eles.

—O que ele faz? – perguntei e Liam começou a rir —Pelo visto não deve ser boa coisa...

—Sabe aquelas coisas do passado, bonecas para entretenimento adulto? – Liam murmurou ainda rindo —Ele criou uma espécie de cyborg, um robô especial para sexo.

—O quê? – Você quer dizer que o professor Smith... Aquele senhor é um fabricante de prostitutas? – murmurei encarando Liam e ele começou a rir.

—Prostituição era quando obrigavam as pessoas a vender o corpo em troca de dinheiro não é isso? – Liam perguntou e eu confirmei com a cabeça —Ele não fabrica prostitutas pois ele doa suas invenções para as pessoas e, elas são robôs não tem inteligência artificial.

—Doa? Em troca de nada? – perguntei curioso, nunca havia experimentado receber algo de graça.

—Apenas tenha em sua mente que você pode topar com um dos seus professores em uma daquelas reuniões que você viu ontem, ou até em uma daquelas casas onde fomos à festa. – Liam murmurou se virando na cama.

—Festa estranha não é mesmo? – murmurei e me lembrei do velho com as garotas —Quem era aquele senhor com as garotas que o cumprimentou?

—Professor Barnack – Liam deu de ombros —Leciona eletrônica espacial, boa Noite.

            Eu me sentia golpeado como nas aulas de artes marciais, estava no chão, completamente dominado, lutando para entender o que acontecia naquele lugar e, nesse momento, me lembrei dos ensinamentos, você não precisa ser mais forte que seu oponente, você precisa entender o que o seu oponente pretende e como neutralizar seu ataque... Diante daquela situação, eu percebi o que realmente Nat e Liam queriam de mim era a confiança, mas eles precisavam dela para exatamente o quê? Se éramos inocentes, por quê éramos mantidos como prisioneiros na Origem e precisávamos chegar aos 17 anos para tentar uma vida aqui, Como entender o que acontecia com Liam e até mesmo Nat? O quê realmente existia fora daqui? Me usar como um objeto sexual e satisfazer minha curiosidade e desejos poderia ser algo que estivesse sendo interessante entretanto, eu me perdia diante daquela conversa, meus pais cumpriam pena por que razão? Eles eram tão bons, tão trabalhadores... Minhas pálpebras pesaram e eu acabei adormecendo, sonhando com minha família, acordei com o alarme e bocejei enquanto pensava em Anna, era justo mantê-la presa? Tantas crianças... Pensei e me lembrei de que desde muito cedo eram separadas das famílias indo para a escola... Desci da cama e entrei no chuveiro, ao sair Liam já estava vestido, usava uma calça com fundo banco e estampas escuras, uma jaqueta e uma boina preta.

—Bom dia, que roupa é essa? – perguntei enquanto me vestia.

—Hoje vamos viajar até Grupie – Liam respondeu – missão de caça e apreensão de fugitivos.

—Fugitivos da Origem? – murmurei piscando os olhos.

—Claro, só a Origem recebe prisioneiros da O.N.U. – Liam deu de ombros —Quer uma foto das nebulosas que formam os anéis?

—Não, já brinquei com o sistema solar enquanto estávamos na escola... – murmurei dando de ombros —Boa sorte, estou indo para o laboratório.

            Saí do dormitório correndo e desci pelo elevador até o saguão, andei em círculos até que vi Alexa chegando com uma garota, loura, cabelos encaracolados, usava uma calça de couro e botas de salto alto, a camiseta rasgada deixava em evidencia os seios fartos, deu um beijo na boca de Alexa que entrou correndo em direção ao elevador, me escondi atrás dos alunos, aquela cena das duas garotas se beijando havia me abalado, exalava quando Alexa me empurrou o ombro.

—Oi calouro – ela murmurou rindo —Está perdido? Não costumo te ver no saguão.

—Ah... – meus olhos correram pelos alunos enquanto tentava encontrar uma boa explicação.

—Na verdade queria te fazer uma pergunta... – murmurei enquanto ela me encarava —É que eu preciso de fazê-la em um lugar com menos gente...

—Quer dizer que tem uma pergunta pessoal para mim – Alexa me encarou baixando a cabeça e me encarou de uma forma direta, direta demais para ser sincero, me senti constrangido.

—É sobre a Origem... – disse antes que ela pensasse sobre alguma coisa relacionada a sexo.

—Ah... Okay – ela entortou a cabeça enquanto saíamos do elevador me levando por corredor até que usou seu cartão e abriu uma das portas entrando na sala escura, enquanto fechava a porta ela acionou o interruptor e havia uma mesa comprida e uma cadeira —O que foi?

—O motivo pelo qual todos me encaram por aqui como se fosse uma aberração é por causa da origem ser uma prisão da O.N.U. – murmurei sem esquivar de seu olhar sério.

-Você não sabia disso? – Alexa perguntou me observando com seus olhos grandes —Sinto pena de vocês... Sinceramente, não é justo fazer isso com crianças, tudo bem que existe todas as estatísticas que levam ao D.N.A. ser o responsável pela criminalidade, não acho justo dizer que como seus pais foram condenados você provavelmente será um criminoso – Alexa murmurou me encarando e deu de ombros —Você tem tendências à sociopatia?

—Não, claro que não – respondi enojado —Você... Seapie... Por que Humanas?

—Neurociências, tenho um fraco por cérebros – ela murmurou com um sorriso safado.

—Cérebros? – murmurei e resolvi perguntar pela loura —E sua namorada?

—Namorada? – Ela balançou a cabeça e sorriu —Oh... Você viu a Sabrina...

—Ela é sua namorada? – insisti perguntando, nunca havia visto duas meninas se beijando sem ser nos filmes antigos.

—Não, ela somente é minha sub – ela respondeu e puxou minha pulseira —Você é submisso de Liam?

—Nat... Liam... dos dois – respondi e a encarei —Você sabia dele todo esse tempo?

—Liam estava preocupado com você... – Alexa murmurou sem desviar o olhar – Quando eu o conheci entendi o motivo, você é tão branco como sua farda.

—Eu? – murmurei pensando em tudo que havia acontecido nos últimos dias e resolvi ficar calado.

—Vamos nos atrasar para aula e não quero que pensem que estava aqui trepando com você – Alexa murmurou e olhou para mim —Você não quer isso, quer?

—Não... – respondi fazendo cara de nojo —Não preciso... Nat... Bom, eu sou submisso dela, sabe o que quero dizer?

—Ela é boa demais para você... – Alexa riu enquanto abria a porta e andávamos rumo ao laboratório.

            No intervalo do almoço meu cérebro estava fritando, genética, robótica e clonagem eram assustador, usaram corpos nas aulas, tirando os órgãos e explicando processos de reestrutura molecular para cura de doenças físicas, treinamentos mentais e alimentação para ativar neurocampos cerebrais e a clonagem já estava usando D.N.A. de seres ancestrais para recriar animais e plantas que foram extintos após a guerra. Fascinante, envolvente e causador de uma explosão de dores que me faziam enxergar estrelas brilhantes enquanto caminhava rumo à sala de descanso.

—Ei newbie... – Alan o ruivo do primeiro dia se aproximou e sorriu —Tudo bem?

—Tudo... – dei de ombros —Você estava na aula do professor Smith, gostou da cybourg – disse rindo.

—Arrasou com aquela cyborg... Uau... – o garoto revirou os olhos —Já escolheu sua área?

—Não – balancei a cabeça – Na verdade antes de conhecer aqui pensava em medicina comum.

—Você é de Purpie? – olhei para farda preta e roxa e resolvi arriscar.

—Yeap – ele olhou para mim e sorriu —Se precisar de diversão... Tenho amigos para você – disse dando uma piscadinha e saiu andando entre os alunos enquanto tentava entendê-lo.

            As aulas continuaram e eu voltei ao dormitório tinha o resto do dia livre, fiquei na rede social, enviando convites à alguns colegas e pessoas, preenchendo relatórios, questionários enviando testes aos professores, analises, haviam perguntas pessoais para ajustes de relacionamentos, meu perfil foi aberto na rede social, meu sexo era marcado como masculino e orientação sexual indefinida, havia uma caixa de opção para esconder meu perfil submisso, a marquei, fiquei com medo de começar a ser assediado por pessoas desconhecidas. A verdade foi que o resto do dia, e nos três dias seguintes, as aulas se tornaram tão intensas que mal tinha tempo para fazer nada, apenas ir às aulas, voltar, preencher todos os relatórios, testes e demais correspondências que enviavam que a semana voou, mal via Liam, muito menos Nat.

            Haviam semanas que não nos falávamos quando finalmente recebi um convite para uma festa Sub, enviado por Nat, dizendo que deveria me vestir com o vestido e a peruca, usar maquiagem e me parecer uma garota, que ela estaria me esperando na sala 23421 às 16:40. Quando voltei ao dormitório, o vestido, a peruca, meias calças, langerie feminina e sapatos de salto estavam em cima da minha cama, ao seu lado uma bolsa com maquiagem. Senti enjoo, corri ao banheiro e tentei vomitar, peguei o bilhete sobre a caixa e a abri, havia algo para usar e me limpar, peguei a caixa entre os dedos tremendo e fui ao banheiro, eu conhecia aquilo, Liam usara em mim... para me limpar, tirei a tampa e apertei sentindo o liquido entrar em meus intestinos e esperei enquanto lia seu bilhete.

“Uma noite de prazer para um aluno estudioso, o prazer tem garras e arranha deixando marcas em suas vítimas, você tem se esforçado, tem se dedicado e saiba que não esquecemos você, estamos sempre por perto, apenas não queremos sobrecarrega-lo, mas hoje é seu dia de viver uma nova experiência”M.

            Terminei de ler enquanto sentia os efeitos da emulsão, me limpando, entrei no chuveiro e me lavei, me sequei e andei nú até a cama. Peguei a calcinha e a vesti, apertava meus quadris, minhas nádegas, vesti o sutiã e coloquei o vestido, calçando as meias e coloquei os sapatos, penteei os cabelos e olhei para a peruca, a enfiei na cabeça, as lágrimas escorriam por minhas bochechas, eu chorava de medo e raiva, chutei os sapatos, peguei a maquiagem e comecei a espalhar no rosto quando ouvi a campainha. Me aproximei tentando ouvir quem era quando ouvir as batidas contra a porta.

—Sou eu, Alexa, Nat me mandou aqui para ajuda-lo – a voz de Alexa ecoou em meus ouvidos.

—Obrigado – disse abrindo a porta e ela olhou para mim e ergueu as sobrancelhas.

—Venha não temos tempo a perder, sente-se na cadeira e feche os olhos – Alexa murmurou.

            Quando terminou, me levantei da cadeira e me olhei no espelho, pisquei umas duas vezes tentando reconhecer o que, em quem, no que Alexa havia me transformado, os cílios longos que foram afixados sobre os meus, a maquiagem parecia com a da rainha ruiva, minha boca... Eu tinha uma boca tão feminina desse jeito? Fiquei olhando minha imagem... A imagem... Enquanto Alexa se aproximava e tocava meus ombros e eu a encarei sem saber o que dizer.

—Nunca imaginou ser outra pessoa? Essa é uma ótima oportunidade – Alexa sorriu e me puxou pela mão enquanto pegava os sapatos de salto e enfiava em meus pés —Passos curtos até se acostumar, depois, pode ser velozes... Boa sorte... Disse me puxando pelo corredor até o elevador, apertou o quarto andar e o térreo, quando as portas se abriram me empurrou gentilmente para fora enquanto acenava as portas fecharam e ela descia rumo ao desconhecido, sentindo meus dedos sendo apertados pelo sapato, a calcinha enfiando na minha bunda e querendo arrancar aquela peruca respirei fundo quando cheguei à sala 21 e passei o cartão sobre o leitor, as portas se abriram enquanto meus olhos se arregalavam. Uma festa, bebidas, um salão pessoas vestindo roupas de todos os tipos, Nat vestia um terno masculino como nos filmes antigos, usava uma cartola e se apoiava em uma bengala, que girava enquanto me observava sorrindo, parecia gostar muito do que via.

—Madame – ela me ofereceu o braço e saiu andando comigo pelo salão enquanto as pessoas nos observavam, havia uma espécie de palco, havia uma mulher nua dançando, pessoas sentadas observavam a dança sensual, usava um tecido transparente para dar ênfase a performance, o jogava para o alto, enquanto girava e ele descia e se enrolava em seus seios, ela fazia gestos estranhos, desconhecidos por mim enquanto as pessoas aplaudiam. Nat me puxou pelas mãos e eu tremi quando vi nada menos que Liam sentado no colo de um oriental de farda, vestia uma blusa curta preta, uma minissaia verde e peruca loura, estava rindo e bebendo e pensei o que veria a seguir, não muito distante encontrei o professor de artes marciais, ele estava cercado por pessoas e conversava animadamente.

            Nat parecia querer me mostrar aquelas pessoas, quando finalmente ele se aproximou, não era jovem, deveria ter cerca de 30 anos, cabelos pretos, olhos azuis, ele tinha um rosto muito bonito, extremamente delicado, vestia uma espécie de toga e sorriu, um sorriso quente, sensual, que faria qualquer um derreter diante dele, respirei fundo enquanto Nat se curvava perante ao homem, será que era sua submissa? Ele me olhou dos pés a cabeça, se aproximou e olhou para Nat, sorrindo e me puxou pela mão, sem dizer uma palavra, me levou até uma porta e a abriu.

            Era um quarto antigo, havia uma cama larga com colunas e ele me esperou fechar a porta enquanto sentava-se na cama. Olhava em meus olhos e eu não entendia o que ele esperava de mim, ele ergueu a mão e ofereceu um lugar ao seu lado enquanto eu o encarava receoso. Ficou deitado ao meu lado e questionou o que eu desejava, deu um sorriso irônico enquanto sua boca me provocava com palavras. A resposta foi imediata, entrelacei seus dedos e puxei-o para junto ao meu peito. Embora houvesse claramente o desejo de ambos, ele ainda se mantinha afastado, eu deveria revelar meus ímpetos mais profundos e menos controláveis como o desejo de suga-lo, queria que ele tomasse a iniciativa consciente do que poderia acontecer. Sua boca beijou meus dedos e seus olhos me observaram, meu olhar, meus cabelos, meus lábios provocaram-no questionando sobre seu olhar me parecer assustado e, ele rebateu com um elogio agressivo, falei sobre o que sentia através de seus desejos físicos, sua necessidade de fazer aquele jogo sensual, seus olhos que pareciam querer rasgar minhas roupas, eu realmente não tinha um parâmetro para definir onde estavam as palavras e onde estavam meus pensamentos, eu me declarei constrangido, que o desejava simultaneamente. Paciência e bom tato sempre foram grandes obras literárias dedicadas ao romance, e como estava vestido, encarnaria uma mulher, ele me tomou nos braços, era tão bruto, suas provocações enquanto rolávamos pela cama, disse que eu deveria ser sincero e respondi-lhe a altura, dizendo que tudo que acontecera até aquele momento fora um aprendizado, segurei a toga que ele ainda vestia e a deslizei por seus braços, observando sua nudez...

            Lambendo seu pescoço e acariciando seu tórax como uma mulher faria, rolamos pela cama mais uma vez, apesar de toda sua libido estar dispersa ainda o subconsciente teimava em reinar meus instintos de proteção, me despi ficando de langerie e me enfiei embaixo dele e o empurrei contra a cama enquanto sorria, ele me observou erguendo a sobrancelha esquerda num misto de surpresa e desconfiança, deslizando minhas mãos por suas pernas, acariciando sua virilha e beijei a cueca, e ia o despindo quando diante de meus olhos estavam seus lábios vaginais e seu cheiro invadiu meu olfato e eu ri, excitado, afastei seus lábios e abocanhei seu pênis que crescia diante da excitação e do estimulo que eu proporcionava e senti seu sangue se concentrando naquela região, o cheiro da excitação, o aumento da temperatura me faziam procurar a origem daquelas reações, tocava-o, lambia-o, pressionava-o, eram tantos pontos, aquele andrógino se exibia enquanto a genitália dupla respondia se contraindo e acumulando o sangue para manifestar fisicamente o quanto ele estava excitado, pediu que sugasse seu ânus e quando o fiz ele finalmente gemia e seu corpo explodia, em um movimento único de dilatação onde seus fluídos surgiam e sua genitália se contorcia sem sentido, sugava seu gozo enquanto ele relaxava e se entregava e eu sentia o prazer em seus olhos, uma das coisas mais insanas, era um homem com entranhas de mulher, eu sorri, ela queria continuar a brincadeira...

            Dessa vez retribuiria, girou em meus braços, enquanto ele lambia os lábios e os mordia diante da minha insinuação e se ajoelhava diante dos meus olhos e eu senti o calor de sua língua esfregando sobre a extensão do meu pênis e eu gemi excitado enquanto ele me questionou curioso e até surpresa se sentia o que me excitava. Afirmei que estava excitado com ele, virei os olhos e dei um sorriso e o provoquei para continuar, enquanto ele se ajoelhava me observando atentamente, esquecera o pudor, o abocanhou usou os dentes e o lábio sugando e deslizou-o para fora, e eu sentia meu pênis vibrar e ele riu e provocou dizendo bobagens profanas sobre homens com cara de anjo enquanto colocava a língua para fora e lambia minhas nádegas com ela e mamava em meu pau, me fazendo inflar as narinas a procura de ar, ele continuou a se excitar e ficou de quatro empinou o quadril e abaixou a cabeça enquanto lambia meu pênis ruidosamente.

            Eu havia lido que durante os anos 2000, homens se transformavam em mulheres e mulheres se transformavam em homens e não fazia ideia se ela havia feito coisas desse tipo, mas estar ali, sentindo-as como eu sentia, ela se divertindo em sentir meu pênis responder aos seus estímulos físicos parecia que era algo novo, talvez o fosse, sentia fisicamente a vibração do seu corpo, a libido aumentava à medida que se dedicava ao ato, sua boca estava aberta e a saliva que escorria enquanto se dedicava a engolir meu pênis, Ele rolou na cama e puxou um acessório que parecia uma calcinha, no centro pendia seu pênis que ereto era maior do que o meu, e ele o acariciou, me colocando de quatro enquanto cuspia em meu ânus e forçava sua cintura, o pênis entrou enquanto eu agarrava os lençóis da cama, gemendo e rebolando em resposta e ela se ajoelhava se movimentando, eu sentia o seu pênis dentro de mim, eu gemia e meu pênis voltou a ficar rígido enquanto ela se concentrava em me preencher, se movimentando contra minhas nádegas. Quando percebeu meu pênis ereto ela apontou uma caixa escura no canto da cama, que estava esquecida e, eu a abri, havia algo dentro dela, frascos, ela disse para guardar o esperma dentro dele, eu me masturbei e enchi o frasco. Ela deslizou para fora de meu ânus, se levantou da cama, se vestiu e me abraçou, agradecendo, saiu pela porta, levando sua caixa. Nat entrou no quarto minutos depois, perguntou como me sentia e eu disse que havia lido sobre pessoas como ela, que tinha a genitália diferente da aparência física, então ela me explicou sobre transsexualidade, crossdresser, homossexualidade e todas as pessoas que vivem presas em corpos que não correspondem à sua mente.

            Foi uma conversa fascinante onde eu entendi alguns sentimentos que compartilhávamos, como ser perfeito vê-la como um homem e poder ter um pênis e uma vagina, expliquei à Nat que ela havia jorrado de uma maneira que nunca havia visto antes e Nat parecia curiosa, eu expliquei que o cheiro era de mulher, o gosto era de homem, mas eu olhava para ele e via um homem... Nat me abraçou, me ajudou a me vestir e me levou para fora do quarto, fiquei ouvido a conversa das outras pessoas, assimilando o que diziam, tirando minhas próprias conclusões enquanto Liam voltava vestido como homem, sentava-se ao meu lado e eu o observava curioso, até um dominador como ele poderia ser crossdresser? Quanto existia dentro de nós aprisionado de várias maneiras, desde a mais tenra idade e que estava sendo libertado naquele lugar durante aquelas sessões? Era mais uma lição aprendida e eu voltava ao dormitório, dessa vez, com a sensação de que algo muito estranho estava para acontecer.



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