Saímos do elevador ainda muito alterados e corremos até a sala 45, estávamos no nono andar do prédio 23, restavam poucos minutos e começamos a correr rapidamente até abrirmos a porta, lá dentro estava uma mulher vestindo um macacão branco justo, tinha cabelos negros lisos e estavam amarrados em uma trança deu uma rápida olhada em nossa direção e tirou dois blocos de papel de uma mesa apontando as cadeiras a nossa frente.
—Este é o manual – ela nos encarou e se aproximou apertando meu bíceps e olhou para o abdômen malhado de Liam enquanto eu a observava curioso, ela tinha um olhar ferino do tipo que raramente as mulheres possuíam fora da capital, mulheres eram frias e distantes dos seus parceiros, a verdade que não era comum manifestações de amor entre as pessoas, ainda mais amor carnal, casais eram obrigados a largar a família, irem às fábricas ou plantações e, era isso, o trabalho seria sua meta de vida até o fim dela e, por isso, muitas pessoas evitavam o amor ou a manifestação física carnal em lugares públicos enfim a mulher nos devorava com os olhos e ela se aproximou olhando em meus olhos —Você já possuiu uma mulher?
—Possuir? – repeti olhando para ela que me observava seriamente como se conseguisse ler meus pensamentos —Eu... – fiquei pensando no que havia acontecido com Nat e fiquei em dúvida se consideraria tudo que acontecera entre nós —Não.
—Você nunca foi penetrado também? – Ela murmurou olhando diretamente para Liam e eu senti meu estômago gelar e eu a encarei e neguei com a cabeça enquanto ela olhava para Liam.
—Você prefere meninos ou meninas? – Ela olhava para Liam e ele olhou para mim e balançou os ombros.
—Os dois – Liam respondeu olhando diretamente para ela e ela não mudava sua postura, o rosto sério, os olhos abertos e contundentes pareciam ler a alma enquanto eu olhava aquele contrato e me sentei na cadeira enquanto ela franzia a testa e se aproximou de mim.
—Eu disse a você que poderia se sentar, ler ou fazer qualquer outra coisa? – ela perguntou usando um tom assustador.
—Não – respondi enquanto ela segurava meu braço e o ergueu me fazendo ficar de pé.
—Acredito que vocês não tenham muito a falar, tirem suas toalhas, ali naquelas caixas estão as roupas que usarão a partir de agora – disse se encostando na mesa e me encarou.
—Tirar as toalhas? – murmurei olhando para a mulher e ela se aproximou e passou a mão pelo meu abdômen alcançando a toalha e puxou a dobra que a prendia à minha cintura enquanto eu não sabia se a encarava ou se olhava para cima ou para baixo enquanto ela sentava no canto da mesa.
Ela segurou meu pênis entre seus dedos e o observava como se fosse um objeto, prendi minha respiração e olhei para o horizonte enquanto sentia a saliva secar em minha boca, estava aterrorizado, nú em frente a uma mulher desconhecida ao lado de meu melhor amigo, ela deslizou as mãos pela superfície apertou minha virilha e terminou com um tapa em minha nádega esquerda enquanto se aproximava de Liam que não desviou os olhos dela, ela o despiu da mesma forma, sem desviar os olhos sentou-se no canto oposto da mesa e seus dedos deslizaram pelo abdômen de Liam e ela segurou seu pênis fechando a mão e a movimentou enquanto Liam continuava olhando em seus olhos, ela flexionou o tronco, abriu a boca enquanto eu sentia meu pênis responder àquela cena a medida que aproximava do pênis de Liam e nem assim ele se moveu...
Continuavam se encarando e ela se afastou, foi até as caixas e entregou um pacote para ele, ele se vestiu e ela entregou um bracelete que estava escrito uma palavra que me fez piscar os olhos “Master”, ele sorriu e passou o dedo sobre a inscrição no metal enquanto ia até a outra caixa e pegava um pacote de roupas e me entregou com seu típico sorriso, sensual e amistoso. Abri o pacote e os dois se apoiaram na mesa e passaram a me observar enquanto me vestia, sentia minhas bochechas arderem diante dos meus pensamentos que me atormentavam e ela se aproximou colocando o bracelete em meu pulso e não poderia ser diferente do que eu imaginara “Slave” fiquei olhando para aquela palavra e franzi as sobrancelhas, era submisso? Decidiram assim? Por causa do que aconteceu no elevador? Meu subconsciente explodia meu cérebro com questionamentos que antes ficaram mascarados pelo medo do trabalho forçado e agora eu me sentia preso da mesma forma, aquele pedaço de metal selara meu destino.
—Não se preocupe – a mulher se aproximou e segurou meu ombro o apertando firmemente – Isso é apenas para saber que você já conheceu o sexo o suficiente para ser considerado submisso, acredito que tenha receio à ideia de dominar sexualmente alguém, mas terá chance de experimentar coisas que sequer imagina e essa pulseira será substituída quando necessário, disse me mostrando a dela, agora, sentem-se, leiam o contrato, voltarei com alguém que os encaminhará aos seus setores, se me derem licença...
A mulher deu meia volta de uma forma quase militar, abriu a porta, fechando-a enquanto eu me sentava na cadeira e Liam me observava através do canto dos olhos, eu estava perplexo diante de sua postura e não queria sequer olhar para ele, tinha medo do que ele diria, o quanto Liam conhecia de sexo? O quanto ele me induzira ao sexo? Novamente meu subconsciente começava a questionar tudo o que reprimia desde meus 13 anos enquanto eu deslizava os olhos em direção a ele e ele me encarava com seu sorriso torto, o do tipo que eu mais gostava, Oh man... Eu via que estaria muito mais fodido do que imaginava.
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